Más notícias a quem espera uma onda de filmes com mortos-vivos, a exemplo da recente febre vampiresca pós-“Crepúsculo”. Zumbi não é o novo vampiro.
Essa é, ao menos, a opinião do britânico Charlie Adlard, 44, desenhista dos gibis de “Walking Dead” – que virou série de TV em 2010, após o sucesso no mercado editorial, com mais de 2 milhões de cópias vendidas.
Os mortos-vivos não devem ganhar os corações dos adolescentes românticos por diversos motivos, segundo Adlard. O primeiro é que, já que eles estão em decomposição, eles não podem ser fofos como o vampiro Edward da saga “Crepúsculo”.
Há motivos no âmbito das possibilidades narrativas, também. “Zumbis são uma ótima oportunidade para desenvolver os personagens ao redor deles”, diz Adlard, em entrevista à Folha.
“O interessante é pensar em como os protagonistas reagem diante desses monstros”, diz. “É preciso que sempre haja muitos zumbis, eles funcionam em massa.” Dito isso, completa, “eles são bastante desinteressantes”.
Apesar de estar no mercado mainstream de HQs há décadas, tendo ilustrado clássicos como “Arquivo X”, Adlard se especializou em mortos-vivos devido ao sucesso de “Walking Dead”.
“Estou ciente dessa fama, é por isso que sempre tento fazer coisas diferentes”, diz. “Se bem que, no ano passado, não tive tempo de desenhar mais nada.”
A hora de se preocupar, afirma o autor, “é quando as pessoas começarem a me chamar de “o cara dos zumbis’”. Talvez Adlard não saiba, mas era assim que os fãs o chamavam, enquanto esperavam o início da mesa-redonda de que ele participou com os americanos Tim Fish (“Cavalcade of Boys”) e Abby Denson (“Dolltopia”). O debate foi sobre quadrinhos de massa versus publicações independentes.
Os gibis de “Walking Dead”, parcialmente lançados no Brasil pela HQM, vêm sendo reeditados no mundo após a estreia da série de TV.
“A TV é o melhor trailer possível para quadrinhos”, brinca o autor, que já é reconhecido antes pelos zumbis das telas do que pelos das páginas das HQs.
Adlard vem frequentemente ao festival de Angoulême, que celebra o mercado franco-belga de quadrinhos. Antes de ser famoso, ele trazia seus desenhos para mostrar a editores e tentar emplacar uma publicação.
“Com isso, percebi que preferia desenhar no estilo europeu, mais voltado a adultos”, afirma.
Os desenhos de Adlard chamam a atenção pelo uso de branco e preto, opção geralmente feita por economia. “Acho que sou o único autor que ganha seu pão trabalhando sem cores”, diz. “Mas acho um jeito adorável de trabalhar.”
Fonte: Folha
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