4ª Temporada
Andrew Lincoln promete: “Iremos abrir as portas do inferno para cima desses Termites”
RICK GRIMES ESTÁ DE VOLTA! Não terá mais dessa de trocar a arma pela enxada. A transformação de Rick de volta para o destemido líder aconteceu na hora certa no último episódio da quarta temporada, quando ele mordeu o saqueador (Joe) no pescoço e depois estripou seu companheiro que cumpria ordens para ferir Carl. Os sobreviventes precisarão desse novo foco agressivo considerando seus recentes dilemas, já que a temporada terminou com a maioria do grupo trancado em um vagão de trem pelos malvados do Terminal.
A Entertainment Weekly conversou com o astro de The Walking Dead, Andrew Lincoln, para ter sua opinião na evolução de Rick Grimes nessa temporada, sobre filmar aqueles flashbacks com Scott Wilson (Hershel), aquele final de suspense, e porque ele não pode esperar para a batalha começar na quinta temporada.
ENTERTAINMENT WEEKLY: Vocês percebem que estão nos torturando por nos deixar com esse final de suspense, certo?
ANDREW LINCOLN: Bem, estamos convivendo com isso por quase quatro meses, Dalton, então não sei por que você está preocupado!
EW: Verdade, acho que isso torna as coisas mais fáceis.
LINCOLN: Acredite em mim, todos estamos nos perguntando “COMO SAIREMOS DESSE VAGÃO?”, é só isso que escrevemos nos e-mails dos últimos quatro meses. Foi incrível, eu amei – AMEI – isso! Amei o fato de fazermos um suspense. Não tínhamos feito isso antes e assim como a maioria dos finais de temporada, só algumas coisas mudavam, meio que quebrava a série e voltava desde o início, reconstruindo de forma diferente.
EW: Talvez mais que qualquer um, Rick realmente lutou contra sua humanidade nesse mundo apocalíptico. E esse episódio completou o longo arco de sua evolução de um cara que não queria ser líder para um cara que está pronto para chutar uns traseiros e fazer o que for possível para manter seu grupo a salvo.
LINCOLN: Ah, eu não ligo pro que Scott Gimple escreveu – nós improvisamos os primeiros dois episódios. Já dizemos que esses Termites (Nota do Tradutor: “termites” literalmente significaria “cupins”. Mas ele fez um trocadinho infame, chamando de Termites os moradores de Terminus. Como se fossem os “termitas”.) – nós vamos somente chutar seus traseiros! Honestamente, é muito bom voltar a interpretar o velho Rick. E você está absolutamente certo, esse é o cara – sua jornada nessa temporada e desde o começo – que trás a questão que podemos voltar a ser a pessoa que fomos antes, e certamente a primeira parte da temporada foi sobre um homem suprimindo isso, e suprimindo sua brutalidade pelo bem de seu filho. Agora você pode ver um homem aceitando completamente esse seu lado, essa brutalidade pelo bem de seu filho. E é na verdade um jogo puro que você pega um homem que está completamente em paz com o fato de que é um homem e um monstro e precisa ser isso nesse novo mundo, e provavelmente ser assim ao máximo. Por isso que a mudança final é nada menos que um chamado às armas. Eles não têm ideia com quem estão lidando.
EW: Mesmo que a temporada tenha terminado na pior situação possível, eu consegui encontrar aquele momento final com sua fala “Eles estão mexendo com as pessoas erradas” e foi muito revigorador. Tipo, isso aí, Rick Grimes está de volta!
LINCOLN: Vamos meter a porrada! Estou muito empolgado, isso é tão legal! Eu não faço ideia de como sairemos de lá, mas quando sairmos, iremos fazer chover inferno nesses Termites!
EW: Aquela cena com Norman onde Rick fala pro Daryl, “Você é meu irmão.” Eu não percebi até aquele momento o quanto senti falta de ver esses dois caras juntos.
LINCOLN: Ah, cara. Eu acho que essa era a intenção. Porque foi real. Podemos ver uma pessoa, mas estávamos tão isolados um dos outros, certamente na metade da segunda temporada. E você está certo: acho que essa relação é uma das mais empolgantes e satisfatórias de todas. Eu falo por mim, mas tenho certeza que Norman diria o mesmo. Esses caras trabalham tão bem juntos. E os escritores Scott e Angela Kang têm que levar créditos porque ali tem um dos atos cometidos mais brutais de toda a história, e depois vem esse momento ótimo. Acontece a mesma coisa no episódio 14 onde você tem essa coisa incrível que acontece com Carol e Tyreese e depois há um momento de graça. Quase a mesma coisa acontece nesse episódio. E então o público, mesmo depois de ficarem chocados, sente que o que Rick diz que passar por tudo isso na noite passada valeu a pena porque nós nos encontramos e temos Daryl de volta novamente. Isso é o quão importante foi eles terem se encontrado novamente pelo bem do grupo. E essa é a graça disso. Foi muito engraçado fazer essa cena, só porque não tínhamos nem ensaiado. Eu e Norman só sentamos e começamos a conversar sobre como nós convivemos com essas pessoas por tanto tempo.
EW: Como foi fazer aquelas cenas de flashback com Scott Wilson?
LINCOLN: Scott Wilson é uma lenda. Ele é o melhor. Eles quebraram seus moldes quando fizeram esse cara e só de tê-lo de volta por dois dias pude sentir o elenco levantar seu espírito. Foi bem no final das filmagens. Ele é uma das minhas pessoas favoritas do planeta. Esse flashback inteiro quase age como um antecessor para a primeira imagem que você vê de Rick como um fazendeiro. É um degrau entre a terceira e a quarta temporada e entendemos como Rick foi capaz de retornar de volta pros portões, renunciar a liderança, e percebemos o quanto foi essencial a presença de Hershel nisso tudo, em recuperar o velho Rick.
EW: A morte de Hershel foi tão brutal, e talvez a mais brutal que já vimos. E você e eu conversamos muito sobre querer que os desafios parecessem reais, assim tendo que matar pessoas, mas talvez no passado isso fosse mais no sentido de quanto mais você mata, especialmente quando eles são antigos membros do elenco, você invariavelmente muda a série. Eu gostei do fato que não perdemos ninguém no último episódio, que continuamos com essas pessoas que torcemos tanto na maior parte do tempo.
LINCOLN: É, eu concordo com você. Há sempre a preocupação que se você tirar mais de uma pessoa, o castelo de cartas cai inteiro. E eu acho que todos os escritores da série já perceberam isso. Perder Hershel foi uma explosão tão monumental que não precisamos que ninguém mais morresse porque todos ainda estão se recuperando daquela perda, e foi um choque muito profundo onde todo mundo girou para fora da órbita. Então eu concordo com você. Mesmo assim perdemos pessoas, o que também é legal. Será que Tyreese e Carol estão presos em algum desses vagões no Terminal? Onde estão eles? Onde está Beth? Ainda há pessoas perdidas e coisas a questionar. Eu concordo contigo. Temos que dar passos nessa linha fina entre o fator de surpresa – que é um dos pontos mais fortes que já tivemos na série- e também firmando a integridade e não fazendo isso só pra ter esse fator de surpresa. Tem que empurrar a história.
EW: Como foi ter esse tempo todo livre, porque antes do final da temporada nós quase não te vimos nesse último mês ou mais?
LINCOLN: Eu queria aproveitar essa oportunidade para agradecer aos escritores. Minha desvantagem caiu sete pontos! E eu ganhei muito dinheiro de David Morrissey e Scott Gimple no campo de golfe! Inicialmente era um trabalho muito cansativo, mas aí passou muito tempo e eu senti falta de trabalhar, senti falta de estar no set e também de estar presente no set com a equipe. Inicialmente foi ótimo, mas depois eu comecei a ficar um pouco louco. Minha mulher me chutou e disse “Vai ao set. Só pra dar uma volta mesmo.” Eu fico inquieto quando não trabalho. Então foi bom no começo, mas eu acho que foi tempo livre demais pro meu gosto.
The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a quinta temporada em Outubro de 2014 na AMC e na FOX Brasil. O trailer da temporada, bem como a data oficial de lançamento, será divulgada durante a Comic Con de San Diego, em julho.
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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: @LaisYes / Staff Walking Dead Brasil