Caso você ainda não saiba, Inmates pode ter muitos significados, dentre eles “fugitivo”. E neste episódio seguimos a trilha de cada grupo de sobreviventes que fugiram da prisão. Sem intercalar as histórias, desta vez nós acompanhamos os grupos separadamente, como se cada núcleo de sobreviventes fizesse parte de um pequeno conto.
Em Inmates nós também temos uma ideia de como tem sido o ritmo desta temporada ou ainda como funciona The Walking Dead de uma maneira geral.
Da primeira morte na prisão causada pela gripe, passando pela expulsão de Carol e finalmente chegando à invasão do Governador, cerca de uma semana se passou. (Tô estimando hein, pessoal. Se alguém aí quiser fazer esse cálculo certinho e postar aqui, terá minha gratidão eterna. É só postar aí embaixo nos comentários que semana que vem a gente coloca na próxima review).
Agora, entre a segunda e terceira temporada, assim como entre a terceira e quarta, meses se passaram. É como se os personagens tivessem que viver toda a tensão infernal da série em pouquíssimos dias. E é justamente esta tensão que movimenta a história e nos prende na frente de um pc/tv/tablet para assistir TWD. Não me entenda mal. Cabeças de zumbi explodindo são HIPER-MEGA-LEGAIS!! Mas são as pontas soltas que realmente nos fazem querer ver uma série ou não.
O grande pecado da season finale da terceira temporada foi não ter deixado pontas soltas, tensões a serem resolvidas. Se os produtores da série tivessem terminado a terceira temporada com um letreiro dizendo “E Rick e seus amigos viveram felizes para sempre na prisão”, nós entenderíamos. Iríamos achar uma droga, mas faria sentido, por que não havia necessariamente mais nada a ser dito. Eles estavam num lugar seguro e tinham acabado de vencer o inimigo. Pronto. Já a midseason finale da quarta temporada deixou milhares de pontas soltas.
E de todos os sobreviventes que fugiram da prisão, o grupo de Tyreese e Carol é o que apresenta a maior parte da tensão criada ainda na primeira parte da temporada. Não bastasse o gigante não saber que foi Carol quem matou Karen, em breve os dois vão ter que lidar com o comportamento cada vez mais tenebroso de Lizzie.
Se até agora nos perguntávamos o quão triste deve ser crescer durante um apocalipse zumbi (Carl que o diga), agora nos perguntamos quão mentalmente saudável pode ser uma criança que é obrigada a crescer com uma faca na cintura, ou ainda uma criança que não sabe diferenciar o que é vida e morte, mas precisa lidar com isto ativamente.
Inmates também foi o episódio para nos despedirmos definitivamente da prisão. A destruição causada pelo Governador foi algo tão repentino, que não deu tempo de nos desapegarmos emocionalmente do abrigo. E embora Glenn é quem teve as honras de apagar as luzes, foi Beth, em seu monólogo confissões de adolescente, quem ilustrou a ironia de acreditar que seria possível ficar seguro.
– Confesso que não entendi. Maggie percebeu ou não percebeu que aquele não era Glenn? Por que mesmo os zumbis asiáticos devem ter os olhos puxados…
– Quem diria! Não é que o alcoolismo do doutor Bob salvou a vida de Glenn e Tara?
– E pela primeira vez nós temos uma menção ao Santuário. Se você leu os quadrinhos já sabe o que isso significa, mas se não leu, a pergunta desta semana é para você. Que tipo de lugar deve ser o Santuário? Algo como a prisão de Rick ou uma Woodbury a lá Governador? E os novos personagens que apareceram no fim do episódio? Serão uma ajuda ou uma ameaça?
Escrevam e até a semana que vem!
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