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CRÍTICA | TWD World Beyond S01E08 – “The Sky is a Graveyard”: Fissura Familiar

The Sky is a Graveyard foi o oitavo episódio da primeira temporada de The Walking Dead: World Beyond. Veja a nossa crítica ao episódio.

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Silas amarrado no parquinho no episódio 8 da 1ª temporada de The Walking Dead: World Beyond.

Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do oitavo episódio, S01E08 – “The Sky is a Graveyard”, da primeira temporada de The Walking Dead: World Beyond. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

O oitavo episódio de TWD: World Beyond, intitulado “The Sky is a Graveyard” (“O Céu É um Cemitério”), usou e abusou dos flashbacks para mostrar a história de Silas (Hal Cumpston) enquanto no presente o grupo precisa lidar com a crise instaurada devido a um ato gravíssimo.

Nós fomos deixados em “Truth or Dare” com a descoberta do assassinado de Tony (Scott Adsit), o desaparecimento de Percy (Ted Sutherland) e a provável culpa de Silas nessa história. É realmente corajoso que World Beyond, que levava sua trama de forma bem infanto juvenil até então, trate um de seus personagens como um assassino de forma tão taxativa.

Enquanto Elton (Nicolas Cantu) e Iris (Aliyah Royale) lutam para tentar inocentar ou encontrar alguma explicação para o que o amigo possa ter feito, Hope (Alexa Mansour) se mostra por boa parte do episódio categórica em demonizar o até então amigo. Possível gatilho de culpa e projeção pela própria culpa que carrega? Sim. Apesar de o que Silas possivelmente fez realmente seja muito grave.

Enquanto o episódio mescla uma cena do presente com uma do passado – de forma até cansativa – descobrimos que Silas realmente matou o seu pai, mas a trama mostra o lado que era até então sublimado, o de que o garoto sofria nas mãos de um pai abusivo. É justificável? Não. Mas mostra que ele não é o psicopata sanguinário que poderia ser, além de mostrar que seus possíveis transtornos psicológicos são anteriores ao seu trauma, o que causa um apelo ao público pelo menos.

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O episódio constrói de forma muito eficiente a gravidade da decisão que é preciso ser tomada pelo grupo sobre o futuro do Silas. A experiência de viver fora dos muros da Campus Colony uniu aquelas pessoas de uma forma que torna toda a situação dolorosa tanto para os personagens quanto para quem assiste. Silas, no final, decide ir embora sozinho, abandonando o grupo e a si mesmo de forma metafórica representada pelo walkman jogado no chão e a não hesitação em matar um empty no caminho.

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A devoção de Elton para com o amigo é o gatilho para que o segredo de Hope sobre sua mãe seja revelado. Numa cena muito importante e super bem conduzida pelos atores, Hope desabafa sobre o que aconteceu na “noite em que o céu caiu” contando o segredo que sela a última chance de conciliação do grupo. Pelo menos, uma conciliação mais rápida.

A cena final mostra novamente a tenente Elizabeth (Julia Ormond) recebendo a visita de ninguém menos que a Huck (Annet Mahendru), que está a serviço dela desde o princípio. A conversa fala sobre o ativo estar seguro e finaliza com a entrega de um presente que soa mais como uma ameaça. Será que Huck está traindo o grupo devido a seu senso de dever aos militares ou está sendo obrigada a trabalhar para salvar o seu pai, citado no episódio?

Faltando apenas dois episódios para finalizar a temporada, World Beyond sai do seu lugar comum separando seus protagonistas e implantando uma possível traição que pode causar muita treta dentro do grupo. Espero que os próximos episódios continuem elevando seu nível de complexidade nas decisões e mostre que essa história ainda tem muito para mostrar. Além de esperar mais CRM, óbvio.

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