Walking Dead Brasil
The Walking Man: Norman Reedus é capa da revista Men’s Fitness
A revisão “mais útil” de uma Horton Scout HD 125 na amazon.com diz que a besta é “excelente tanto para caçar quanto para matar walkers sem chamar muita atenção.” Quem escreveu, classificou a arma com cinco estrelas. Abaixo desta, uma revisão com quatro estrelas diz que o comprador desejava ter uma “por que é a utilizada em The Walking Dead e é uma excelente arma para caça.” Alguns coices da arma podem acontecer – para Norman Reedus, é assim. Por que, por três temporadas, o homem que interpreta Daryl Dixon – o moderadamente feroz e insanamente popular personagem de The Walking Dead – tem usado uma Scout 125 para matar cervos, esquilos e especialmente walkers, e acaba sendo a pessoa mais responsável por inspirar tais revisões de produtos que fazem a vida real entrar em conflito com um show a respeito do apocalipse zumbi.
Uma verdadeira Scout é muito mais pensada do que você pensa ser, se você não lida com bestas diariamente. E não há maneira como Reedus, ou qualquer outro ser humano, para tanto, conseguir realmente carregá-la com flechas da maneira como Daryl faz. O que torna uma besta tão poderosa e mortal é a tensão da corda – você usa algo mecânico para mantê-la. E em uma daquelas tardes escaldantes próximas a Senoia, GA, Norman Reedus espanta um mosquito e faz a demonstração.
“Vocês falam como se Daryl tivesse uma super força,” diz Reedus, e quando é sugerido que ele está enganando a América, ele ri. “Eu acho que quem usa a besta sabem disso.” Na maioria dos casos, ele diz, a flecha que ele está segurando nem mesmo está armada — ou, se estiver, está frouxamente armada, uma vez que Reedus não as dispara de verdade. “A flecha que você vê na TV é inserida digitalmente,” ele diz.
Reedus, 44 anos, tira uma mecha de seu cabelo suado do rosto, revelando seu semblante; é o tipo de rosto que rapidamente conta a você como parecerá quando ele ficar velho. Ele recém chegou com sua motocicleta neste estúdio independente fora de Senoia para um dia de ensaios; e apesar de sua voz verdadeira em nada lembrar a de Daryl – não é uma fala arrastada – ele parece demais com o seu personagem, com uma camiseta preta desbotada no lugar das camisas sem mangas que tornaram-se a assinatura de Daryl. Mais cedo, quando ele foi buscar a besta no camarim, Reedus enxergou – entre pilhas de armas e munições – uma faca monstruosa, com um “soco inglês” no seu cabo e uma lâmina maior que seu antebraço. Era uma faca que parecia capaz de fatiar uma árvore ao meio. “Quem vai ganhar isso?” ele perguntou ao mestre de armas, e a sacudiu no ar. “Ela parece perfeita para Daryl.”
Durante seus três anos de filmagem de The Walking Dead, Reedus se tornou perito em várias armas. Ele ergue a manga de sua camiseta para mostrar um hematoma no ombro, decorrente do coice de uma pistola automática, com a qual ele recentemente treinou em um rancho de tiro. “PQP, aquela coisa dá coice,” ele diz. Uma arma automática calibre 50 também deixou suas marcas.
Senoia – “seh-noy” na pronúncia local – é uma pequena cidade a 45 minutos de Atlanta, com uma Rua Principal tão perfeita que frequentemente é mostrada como a pequena e idílica cidadezinha em filmes e shows de TV. Até o momento, foi mostrada em 24 diferentes projetos, sendo este o mais famoso, The Walking Dead, no qual acabou se tornando a Woodbury da terceira temporada — e, na verdade, teve que se enfeitar para o papel. Os moradores foram solicitados a deixar a grama crescer indiscriminadamente e, ao longo da Rua Principal, jornais foram colocados sobre os vidros das lojas enquanto a vida continuava lá dentro.
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Muitas das cenas, porém, são filmadas em um local fora da cidade, no Raleigh Studios. Parte do terreno foi construída para parecer com a prisão abandonada onde Daryl e o resto do grupo de sobreviventes seguem escondidos desde a temporada anterior.Toda a área foi usada para o show. Não é incomum ouvir explosões e tiros pelas florestas da Georgia, enquanto elenco e equipes vivem seu próprio Armagedon diário. Mas nesta tarde de Setembro as coisas estão estranhamente quietas, enquanto Reedus aponta sua besta para um local entre as árvores, que os fãs do show reconhecerão como o local onde Michonne passou o inverno, e puxa o gatilho. Há um “thwock” quando ela dispara e um “crack”quando a flecha atinge a casca da árvore. “Essa aqui tem um som diferente,” diz ele, e entrega a besta a um estranho.
A Horton Scout, como os fãs mais ferozes sabem, é a antiga besta de Daryl. No ano passado ela foi substituída por uma Stryker Stryker Zone, a mais temida arma que dispara uma flecha, com velocidade de 380 pés por segundo, comparada aos 125 pés por segundo da Horton. Como um souvenir, Reedus leva a besta para sua casa no final de cada temporada, então, neste momento, ele tem quatro destas em seu apartamento em Manhattan. “Não, são seis. E tem um arco japonês,” ele diz. “As pessoas me dão de presente.”
Juntamente com tudo mais que você possa imaginar. “Eu ganho tanta coisa,” ele diz, rindo. Ele está usando um boné escrito “Dixon Training Camp”, enviado por um fã. Sua capa de celular mostra a Mona Lisa vestindo um colar de orelhas — outro presente — e o seu capacete é repleto de adesivos feitos por fãs, incluindo o de um fã-clube chamado Reedus Sluts (Outros grupos incluem Norman’s Nymphos, Dixon’s Vixens e Boondock Betties, inspirado pelo cult independente Santos Justiceiros, onde Reedus aprendeu a lidar com armas.)
As mulheres tem fortes sentimentos por Reedus — que foi modelo da Prada, entre outras griffes — e depois do episódio em que Daryl pegou um bebê recém-nascido no colo, ele quase quebrou o Twitter e recebeu uma avalanche de estranhos presentes, tais como um travesseiro em forma de útero, vários objetos redondos considerados “ovários” (felizmente todos de brinquedo) e até mesmo uma prótese de silicone que uma mulher aparentemente removeu por ele, pois achou que ele estava um pouco deprimido durante uma entrevista. “Agora é o lugar onde deixo meu iPhone no trailer”, ele diz. O presente mais estranho até o momento, ele diz, provavelmente é a “sacola plástica com carne e um tempero amarelado” dado a ele por uma mulher com “um sorriso sincero em seu rosto.” Ela entregou a ele e disse, “É esquilo. Cacei com uma pá.” A lembrança o diverte. “A primeira coisa que pensei foi ‘Wow, você é rápida! Como você conseguiu caçar um esquilo com uma pá?”
Reedus jamais caçou ou matou um animal. Ele tentou pescar, certa vez, com seu filho, mas usou bacon como isca por que, ele pensou, “todos amam bacon.” Não pegou nada. quando compartilhou as novidades no set, todos riram dele. “Aparentemente, peixes não comem bacon.”
Não se pode dizer que Reedus fica desconfortável perto de animais mortos. Para alcançar mais verossimilhança durante uma famosa cena, os produtores mandaram-no a um taxidermista na Georgia para aprender a “abrir um esquilo adequadamente” (a técnica, se você ficou curioso: “Você o corta do pescoço para baixo e o abre como se fosse uma casca dura de banana.”) E, em Agosto último, uma galeria de arte em Nova York apresentou uma exposição de fotos de Reedus, todas vendidas e a renda revertida para caridade. O tema: animais mortos na estrada.
“Eu pego imagens grotescas e tento fazê-las ficar bonitas,” Reedus explica. “Este é meu negócio. Não sei por quê.”
Reedus na verdade é um fotógrafo de algum renome. Um livro com suas fotos, chamado The Sun’s Coming Up Like a Big Bald Head, chegou às lojas em Novembro. Mas quando os organizadores da exposição ficaram sabendo o que ele planejava expor, eles empalideceram. O público, pelo que falaram a ele, seriam turistas fazendo compras na Times Square; eles não queriam ver gatos com os olhos esbugalhados! Ao que Reedus respondeu, “É o que tenho. É o que levarei.” E quando o show abriu, as fotos foram vendidas em 20 minutos.
Reedus sente-se confortável tanto em Nova York, onde ele vive, quanto na área rural do Sul, onde trabalha. Recentemente, conta, ele e Melissa McBride, a atriz que interpreta a melhor amiga de Daryl e seu provável interesse amoroso e não sexual, Carol, estavam brincando a respeito de um possível spinoff chamado Carol e Daryl no Central Park, que mostraria ambos “vasculhando as moitas em algum lugar.” Carol estaria fazendo tricô e divagando sobre alguma coisa. “O prefeito Bloomberg fará uma coletiva de imprensa anunciando que os esquilos do Central Park estão desaparecendo.”
“Até escrevemos uma música,” ele diz, e canta o começo, algo bastante estranho: “Carol é estéril e Daryl é uma fera/Eles são um par feito no inferno…” E então ele dispara outra flecha contra a árvore.
Norman Reedus nunca foi o típico ator de Hollywood. Cedo em sua vida ele se identificou com a arte, a qual, antes da fotografia, tendia mais à escultura de vanguarda. Uma de suas primeiras peças, ele recorda, era uma gigantesca vagina com chifres, que ele esculpiu em pedra; outra foi o molde de uma “garotinha muito magra” que ele exagerou e acabou desconstruindo e tornando uma enorme escultura que está pendurada nos fundos de um restaurante badalado de Beverly Hills. Apesar de Reedus estar nervoso em demasia para estar lá, seus amigos artistas contaram que os clientes saíam “catatônicos” da sala onde está sua obra. “Era exatamente o que eu queria,” ele diz.
Reedus se tornou ator por acidente. Ele nasceu na Flórida e foi criado em Los Angeles, então saiu de lá por um longo período para depois retornar. Sendo um garotão impulsivo e romântico de vinte e poucos anos, ele seguiu uma garota de volta a Los Angeles, e arrumou um emprego em uma loja de motocicletas em Venice, chamada Dr. Carl’s Hog Hospital, para se sustentar. Quase que imediatamente a garota voltou com seu ex, mudou-se para o Havaí e casou-se, e Reedus foi deixado em Los Angeles, tentando imaginar o que faria a seguir.
Um dia ele chegou na loja e encontrou seu dono furioso com um dos pitbulls da loja, que havia mascado um armário que ele estava construindo no quintal dos fundos. Os homens acabaram brigando e Reedus pediu demissão. Naquela noite um amigo o levou a uma festa em Hollywood Hills onde, ele relembra, “Eu bebi demais e comecei a gritar com as pessoas.” Ele estava usando enormes óculos de sol quebrados e parecia ridículo — não de propósito. As pessoas notaram. “Alguém naquela multidão de pessoas me abordou perguntando sobre o que eu achava de me tornar ator,” ele conta.
Uma semana depois, Reedus estava em uma peça e tinha um agente. Ele foi descoberto, de certa forma, por estar bêbado e brigando. Moral da história: Hollywood é estranha.
O primeiro filme de Reedus foi em 1997, mas o papel mais importante veio dois anos mais tarde, ao interpretar o justiceiro Murphy MacManus em Santos Justiceiros, um violento filme de gangster que se tornou um cult. Naquele mesmo ano nascia seu filho Mingus, dele e de sua namorada, a modelo dinamarquesa Helena Christensen, e também modelou para a Prada. Miuccia Prada o teria escolhido pessoalmente. O convite foi uma surpresa, diz Reedus, tanto que sua primeira reação foi: “o que é Prada?” Ele não sabia nada de moda.
“Eu tinha um terno no meu armário, e todos os meus amigos usavam o mesmo,” ele diz. Mas a campanha foi um sucesso. “Mais gente viu aquilo do que todos os meus filmes juntos.”
Até mesmo agora, Reedus continua muito confortável em frente a uma câmera de cinema. “Eu não sou o melhor dos modelos,” ele diz. “Eu não sou alto e eu bebo cerveja.”
Durante os sete meses em que The Walking Dead é filmado, Reedus vive em uma pequena comunidade auto-sustentável a cerca de 45 minutos do set. Ele gosta da distância para andar com sua Triumph Scrambler nas estradas do interior, e não tem nenhuma vontade em se estabelecer em Atlanta, onde a maioria do elenco vive. “Eu vivo em Manhattan,” ele explica durante uma pausa nos ensaios. “Não há nada em Atlanta exceto shoppings e restaurantes.” Mas ele também escolheu esta pequena cidade em particular por que ela foi fundada por um grupo de exilados das grandes cidades que quiseram criar, do nada, uma comunidade perfeita que criava seu próprio gado, produzia suas coisas, adubam como maníacos e geram tanta eletricidade quanto possível através de energia solar e fontes renováveis.
Então ele alugou o que chama de “casa de James Bond” no meio da floresta e fez ali o seu lar, nadando na piscina todas as manhãs, fazendo trilhas pelas florestas da Georgia e comendo as frutas da terra tanto quanto possível, compradas no mercado da cidade. “É quase uma utopia hippie,” ele diz. “Mas o que mais há são senhoras de idade sentadas em suas soleiras e bebendo Chardonnay.”
Para ser Daryl, Reedus deve manter-se magro e esguio, o que exige alimentação cuidadosa e manutenção geral. Ele come alimentos frescos e evita açúcar, massas e pão; mas a verdade mesmo, honestamente, é que enquanto ele está trabalhando no show, isso não importa. “Correr pelas florestas da Georgia abaixo de um calor de 40 graus e umidade realmente faz perder peso automaticamente,” ele diz, e seus braços, sólidos e musculosos, revelam isso. “Isso quando não me mandam comer, por estar magro demais.”
Reedus não é um ator acadêmico como Daniel Day-Lewis, que provavelmente ficaria magro e caçaria gambás para o café da manhã se tivesse que interpretar Daryl. Mas ele tenta evitar incongruências. “Fiz um filme uma vez em que deveria estar vagando na floresta, comendo frutas e tudo o que encontrava vasculhando,” ele relembra. “Mas eu estava hospedado no Four Seasons.” Ele falou aos produtores que gostaria de ir para outro lugar. “É difícil solicitar ovos Benedict toda manhã e depois interpretar alguém que estava usando crack. Não funciona.”
Durante o hiatus da temporada anterior, Reedus participou de três filmes, incluindo Sunlight Jr., também estrelando Naomi Watts e Matt Dillon, nos cinemas em Novembro. Reedus descreve-o como um “estranho triângulo amoroso” filmado na Flórida, no qual ele interpreta “um caipira com uma corrente de ouro no pescoço, camisa regata branca e chinelos”, cuja ex trocou por um novo namorado, interpretado por Dillon. “Ele quer me matar e eu o odeio,” conta Reedus. O papel exigia que ele fosse tão horrível e desagradável que todos os dias ele sentia a necessidade de se desculpar com Watts pelo comportamento do seu personagem. “Eu fui um verdadeiro babaca naquele filme.”
Agora que ele é o personagem mais amado, no mais assistido drama da história da TV a cabo, Reedus recebe várias ofertas. Mas seu tempo entre as temporadas é curto, não faltam hobbies e há também seu filho de 14 anos que ele quer ter por perto o máximo possível. Então ele escolhe cuidadosamente. Quando o cronograma do show permite, ele volta a Nova York nos finais de semana para ficar com seu filho, que passa o resto do tempo com sua mãe e vai à mesma escola que Suri Cruise — significando que Reedus tem competidores pelo título de Pai mais Legal da Escola.
Quando sugerimos que um matador de zumbis que leva uma besta é mais legal que Tom Cruise, pelo menos para os garotos adolescentes, Reedus resiste. “Eu não sei. Tom Cruise se pendura em prédios em Dubai.” E ele diz então: “Deixe eu contar a vocês como Tom Cruise é legal,” e começa uma história sobre uma visita ao Empire State Building, com um tour VIP, que envolve ir até o topo do prédio, acima do deck de observação normal. “Você vai lá fora e o vento é cortante.” Lá, ele diz, há um pequeno peitoral, tão pequeno que “se você tropeçar, você morre. Você cai direto.”
A tradição é que os VIP posem para uma foto sozinhos no parapeito, cabelos ao vento. Reedus fez isso, com muita trepidação, quase agarrado à parede. “Eu não iria a lugar algum perto do parapeito por que estava apavorado,” ele diz. “Na foto, eu parecia estar quase chorando.” Depois daquilo, ele entrou de volta e começou a olhar a galeria de fotos de celebridades. “E lá estava Tom Cruise, sentado no parapeito, com as pernas balançando. Ele estava apenas sentado lá, sorrindo, dando sinal de ok — com um vento a mais de 100km/h. Eu quase urinei nas calças, e ele estava sentado no parapeito.”
Dito isso, se você perguntar a Norman Reedus: “Tom Cruise é muito mais legal do que eu.”
Quando você é o astro de um show como The Walking Dead, no qual a contagem de corpos é tão alta que ninguém mais se importa em contar, há sempre uma chance de o próximo ser o seu último episódio; qualquer personagem está a uma mordida de zumbi do desemprego. Até mesmo agora que Reedus é, inquestionavelmente, o grande astro — um cara tão amado que os fãs vestem camisetas onde se lê “Se Daryl Morrer Nos Rebelamos”– ele se assusta. Toda vez que um roteiro é entregue, ele o abre com uma pontada de medo. “Eu me preocupo toda semana,” ele diz. “Toda maldita semana. Eu não vou mentir.”
Não que seja mais fácil ver um amigo morrer. O mais difícil de todos, segundo Reedus, foi Michael Rooker, que interpretou Merle, irmão mais velho de Daryl. “Eu li aquilo e pensei ‘Isso vai ser um saco.’ Ele era um personagem tão interessante. Eu achei que estaríamos juntos por mais tempo.” Reedus olha para o teto e os personagens passam diante de seus olhos. “Mas atirar no rosto de Dale foi horrível. Sophia foi horrível. Shane… todos fora horríveis. Mais por que eles são como membros de sua família que foram embora.”
Muito frequentemente, astros de grandes shows começam a se sentir sem sentido por volta da quarta temporada, após garantir a sua popularidade. Eles falam das lutas para sentirem-se motivados, novos desafios, palcos maiores. Reedus, no entanto, declara estar ainda mais entusiasmado na quarta temporada do que na primeira. “Esta é nossa melhor temporada, a mais bem escrita,” ele diz. O novo showrunner, Scott Gimple “está matador.”
Então, o que podemos esperar de Daryl? O elenco está todo guardando segredo, então Reedus não pode dizer muito mais além do fato que o episódio que ele está filmando tem “montes e montes de Daryl.”A produtora executiva Gale Anne Hurd oferece um pouco mais: “Nós sempre tivemos o potencial de ir mais fundo no personagem de Daryl e levá-lo ao limite. Eu acho que esta temporada talvez as pessoas tenham uma ideia de ambas as coisas: até onde ele pode aguentar e quem ele realmente é.”
Hurd ficou tão surpresa quanto qualquer outra pessoa sobre o quanto Reedus, como Daryl — que não está nos quadrinhos onde o show é inspirado — basicamente dominou o show. “Eu acho que é uma combinação do personagem de Daryl e da maneira como Norman deu vida a ele que ressoa junto aos fãs não apenas nos EUA como no mundo todo. Quando você pensa no contexto do show, quem é o mais apto a sobreviver neste mundo, e quem tem um coração de ouro? É Daryl, da maneira como Norman o interpreta… no mundo pós-apocalíptico, as habilidades dele são tudo o que você deseja.”
Reedus sabe bem como os fãs se sentem em relação a ele, e o sentimento é mútuo. Ele inequivocadamente assume sua intenção em ficar no show enquanto os produtores deixarem Daryl vivo.
“Este é o papel de uma vida. Eu fiz cerca de 40 filmes — muitas coisas diferentes,” ele diz, enquanto um produtor o chama de volta ao ensaio. “Estou tendo o melhor momento que já tive em um emprego durante toda a minha vida. Serei Daryl até meus 85 anos se eles me deixarem.”
The Walking Dead vai ao ar todo domingo às 00h (horário brasileiro de verão) na AMC e às terças-feiras às 22:30 na FOX. A segunda metade da quarta temporada vai ao ar em Fevereiro de 2014 a partir do episódio S04E09, ainda sem título.
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Fonte: Men’s Fitness
Tradução: @BinaPic/ Staff Walking Dead Brasil