TWD World Beyond

[EXCLUSIVO] Jelani Alladin fala sobre The Walking Dead: World Beyond

To access the interview with Jelani Alladin in english, click here.

The Walking Dead: World Beyond expandiu o universo de The Walking Dead mergulhando em uma nova mitologia e história que segue a primeira geração criada em uma civilização sobrevivente do mundo pós-apocalíptico. A série teve duas temporadas e foi concluída no ano passado, mas deixando em aberto o destino de vários personagens.

O The Walking Dead BR conversou com o ator Jelani Alladin, intérprete de Will em TWD World Beyond, para saber um pouco mais sobre o seu tempo na série. Jelani nos contou sobre o relacionamento de Will e Felix, sobre o passado de seu personagem, outros projetos e muito mais.

Sem mais delongas, confira nossa entrevista exclusiva com Jelani Alladin:

TWDBR: Oi, Jelani! É um enorme prazer para nós conversarmos com você. Muito obrigado pela oportunidade! Para começar, gostaríamos de saber como foi para você participar de uma série como World Beyond, que é derivada de uma série de grande sucesso mundial. Como esse projeto surgiu para você e como foi seu processo de audição? Você conhecia o Universo The Walking Dead antes de conseguir o papel?

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Jelani Alladin: É ótimo conversar com vocês! Foi absolutamente incrível fazer parte de “World Beyond”. Independente das pessoas acharem a série ótima ou não, para mim foi uma experiência de aprendizagem fundamental. Foi minha primeira série de TV. E como foi divertido brincar em uma “caixa de areia multimilionária” repleta de zumbis e vilões que eu pude correr e matar. Eu havia assistido as três primeiras temporadas de “The Walking Dead”, que são de longe as melhores, tendo em vista o quão altas estavam as apostas [sobre a série]. Eu fiquei emocionado de ter a oportunidade fazer parte desse universo diverso.

Will e Felix são um dos principais casais LGBTQIA+ do Universo The Walking Dead, e conseguiram ter um final feliz ao fim de World Beyond. Como você vê a influência de personagens como o seu dentro da ficção? Você achou que Will fosse sobreviver até o final ou perder Felix em algum momento?

Jelani Alladin: Eu acredito que “ficção” nunca é apenas “ficção”. Existem alguns elementos do mundo real que não podemos deixar para trás, e é essencial que histórias de ficção não apaguem os diversos tipos de pessoas que existem no mundo, seja em termos de raça, identidade de gênero, sexualidade ou deficiência. Todos nós existimos e merecemos ser representados. É claro que eu não faço ideia de como seria o destino final de Will e Felix, mas eu tenho esperança de que a série nos traga de volta, todos juntos, no final. Ambos os personagens estão arriscando a própria vida para isso, então, independente de qualquer coisa, eu estou muito feliz que o show tenha sido uma “batalha pelo amor”.

Como foi para você trabalhar com Nico Tortorella no desenvolvimento dos personagens? Você já conhecia Nico antes ou foram apresentados em World Beyond?

Jelani Alladin: Eu odiei trabalhar com Nico! Brincadeira. Sem Nico não existiram Will e Felix. Desde o meu primeiro dia no set, no qual eu precisei olhar para Nico, até então uma pessoa desconhecida, e, de forma crível, dizer “eu te amo”, eu soube que eu estava trabalhando com uma pessoa que eu realmente poderia acreditar nisso. Elu é muito aberte, espontânio/a/e, engraçade e sensível. E eu apenas tive sorte.

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Entre os personagens gays do The Walking Dead Universe, Will e Victor Strand (Colman Domingo) são os únicos homens negros. Você conversou com Colman depois da sua escalação? Pegou alguma dica de como ser um sobrevivente no apocalipse zumbi?

Jelani Alladin: O engraçado é que eu realmente procurei Colman, de quem eu sou fã desde minha época de colégio e de quando ele fazia a peça “Passing Strange”. Nos conectamos nesse mesmo local, de gratidão, de que podemos ser receptáculos pela representatividade nesse universo. E o mais legal é que nossos personagens são muito diferentes, mostrando todo o espectro de como homens negros podem ser. E eu nunca pedi por dicas pois eu entendo que toda experiência é única e singular. Mas, se eu pudesse voltar no tempo, pediria dicas de como tirar sangue e sujeira do rosto e das unhas depois de sair do set [risos].

O relacionamento entre Will e Felix é uma ancora para ambos os personagens, sendo um dos motivos deles lutarem para um futuro melhor. Existe algo que, na sua opinião, faltou ser abordado entre eles ou propriamente para o desenvolvimento do Will?

Jelani Alladin: Sabe… houve um certo debate sobre isso, particularmente sobre as escolhas das palavras de Felix para Will. Se você reassistir a série verá que Felix nunca diz “eu te amo” para Will, com essas palavras. Eu tive problemas com isso. Mas conversando com nossa diretora, Loren Yaconelli, ela me esclareceu sobre isso dizendo que não são todas as pessoas que conseguem falar “eu te amo”, mas que mostram isso através de ações. Isso arrancou lágrimas de Will e minhas também. Eu estava tão preso no fato de “não ouvir” [as palavras] que não percebi como as ações de Felix diziam isso.

Falando em coisas que não foram abordadas, não tivemos tempo de conhecer mais sobre o passado do Will como conhecemos de Felix. Os roteiristas chegaram a te contar algo sobre isso para você desenvolver o personagem? Se não, como você acha que foi o seu passado? Você se inspirou em alguém para dar vida a Will?

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Jelani Alladin: Matt Negrette é incrivelmente minucioso, então é claro que nós conversamos sobre o passado de Will. Eu creio que decidimos que ele veio de Portland e foi para Omaha para estudar e a partir disso trabalhou para crescer na comunidade. Nós também conversamos sobre como Will veio de um lar completamente diferente de Felix: um lugar cheio de vida devido ao fato de ele ser tão acolhedor e que provavelmente isso foi aprendido na prática.

O seu personagem é um lutador, especialista em segurança e graduado em psicologia comportamental. Você teria a mesma aptidão para lidar com os empties que o Will? Quais as características que vocês compartilham?

Jelani Alladin: [Risos]. Eu certamente não teria o mesmo tipo de energia que o Will tem. Eu seria muito barulhento e provavelmente morreria bem rápido, dadas as circunstâncias. Mas eu realmente acho que Will e eu compartilhamos a qualidade de sermos cuidadores. Eu adoro fazer amizades e cuidar de outras pessoas, assim como o Will. Ele tenta proteger o máximo de pessoas que ele pode e interage com praticamente todos os personagens da série. Eu era igual no set e sou desse jeito na minha vida. Eu sempre quero curtir e proteger amigos e família ao meu redor.

Mesmo que você não tenha conseguido ser um “Power Ranger”, um de seus sonhos antigos, você gravou algumas cenas de ação em World Beyond. Então, qual seu momento preferido durante as gravações? Você lembra de algo engraçado que aconteceu no set para compartilhar conosco?

Jelani Alladin: Eu não consegui ser um Power Ranger AINDA. Ainda há tempo de ser. Ou talvez um X-Men. Vamos jogar isso para o universo… Minhas cenas favoritas definitivamente são todas as cenas no episódio oito [Returning Point]. Todas elas foram muito divertidas. Houve uma vez que eu tropecei e cai no set, e não foi bonito, mas eu tentei disfarçar enquanto continuávamos gravando. Mas eu sou muito grato de reportar que toda e quaisquer outras cenas de comédia que aconteceram no set foram totalmente de propósito [risos].

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Você já participou de “Frozen” e “Hércules” na Broadway, além de participar da adaptação para filme de “Tick, Tick… Boom!” e também está em World Beyond. Entre o horror e os musicais, qual o seu preferido? Por quê?

Jelani Alladin: Uau, essa pergunta é difícil. Eu não tenho favoritos, eu apenas adoro atuar. Eu adoro ter o privilégio de fazer os dois e existir, como um ator, nos dois mundos. Ambos possuem prós e contras. É legal não precisar cantar, porém o terror é muito desgastante para o corpo. Mas eu sou feliz em qualquer um dos gêneros e mal posso esperar para explorar ainda mais.

Se você pudesse ser outro personagem em World Beyond (ou no The Walking Dead Universe), qual você seria? Por quê?

Jelani Alladin: Isso não é nem uma pergunta: Michonne. Qual é? Eu preciso brincar com aquela espada. Nós tivemos um pequeno treinamento de manusear espadas pois o S-Pole [bastão com lâmina na ponta utilizado pelos residentes da Campus Colony] tem certa similaridade no manuseio, MAS EU QUERO AQUELA ESPADA NINJA. É uma arma épica. Danai perfeita, sem defeitos.

Se existisse um crossover entre World Beyond e a série principal, qual personagem – ou personagens – você gostaria que Will conhecesse? Por quê?

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Jelani Alladin: Rick, para que eu possa estar nos filmes. Obrigado.

Você tem trabalhado em algo novo que gostaria de compartilhar conosco? Nós definitivamente mal podemos esperar para vê-lo novamente na TV ou no cinema!

Jelani Alladin: Nada que eu possa divulgar por enquanto, mas eu estou escrevendo enquanto busco novas oportunidades para atuar. E eu estou muito animado em estar trabalhando em uma série de TV baseada em uma das minhas histórias, assim como em um longa-metragem. Ambos estão no início do desenvolvimento, mas eu estou realmente animado para dividi-los com o mundo.

Jelani, muito obrigado pelo seu tempo! Espero que a gente possa se conhecer pessoalmente um dia. Você já veio ao Brasil? Se não, tem vontade?

Jelani Alladin: Eu ainda não estive no Brasil, mas minha família é da Guyana, então eu já estive ai por perto! Eu realmente espero conhecer seu lindo país algum dia!

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REDES SOCIAIS DE JELANI ALLADIN:

– Twitter: @jelanialladin
– Instagram: @jelanialladin
– Facebook: @jelani.alladin

AGRADECIMENTOS:

– Entrevista: João Pedro & Rafael Façanha
– Legenda: Marcela Aquino

Rafael Façanha

Zumbi Chefe no The Walking Dead BR. Treinador Pokémon, viciado em Magic, conectado 24 horas por dia e até já fui reconhecido como Wikipédia-Viva de The Walking Dead. Meu mundo é dividido em assistir muitas séries e filmes.

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