A Telltale lançou nessa semana o terceiro episódio da segunda temporada da série The Walking Dead: The Game e o site Walking Dead Brasil traz um review exclusivo para vocês!
Neste segundo episódio intitulado “In Harm’s Way” (Nas Mãos do Perigo) vamos descobrir o destinos de Clementine, seus novos companheiros e o “renascido” Kenny após terem sido capturados por Carver. O final do último episódio (ou melhor, o episódio todo!) foi marcado por muita tensão e nossos heróis foram presos e levados para um acampamento desconhecido. Quem jogou o episódio especial da Primeira Temporada – 400 Days – deve ter reconhecido algumas pessoas, como a personagem Bonnie. Com isso, veremos que o grupo de Clem foi levado para o acampamento ofertado por Tavia, ao final do episódio 400 Days.
Novamente, não há muito que falar da parte técnica. Você pode conferir um pouco do que foi dito nos reviews anteriores da segunda temporada. Apenas vale dizer que a atuação dos atores foi excepcional e, principalmente o trabalho feito na voz de Clementine (por Melissa Hutchison) tem trazido robustez à personagem. Algumas pessoas novas são apresentadas e mais uma vez o trabalho de atuação foi formidável, o que sempre torna os episódios do jogo da Telltale bastante imersivos e convincentes.
Gostaria de reforçar que o review foi feito na plataforma Xbox 360, contudo, usuários de PC e Playstation 3 não devem notar diferenças.
Acredito que quase todo mundo vai concordar comigo que o episódio anterior foi marcado por muita tensão e cenas de ação que testaram os nervos do jogador, mas que serviram pra fortalecer o nosso laço com Clem e os outros personagens. Foi fácil manter uma identificação forte com a maioria dos componentes do grupo. O reencontro com Kenny também foi muito marcante a, provavelmente, o momento mais esperado por todos que passaram pelo primeiro episódio. Já neste Episódio 3, achei que o ritmo foi bastante desacelerado. Há cenas de ação, há momentos de tensão, mas, principalmente eventos de controle total – aqueles em que nós podemos controlar Clem e explorar o cenário – foram bastante reduzidos; o jogador vai passar a maior parte do tempo escolhendo e guiando diálogos. Mas isso não significa que o jogo está chato ou ruim, apenas senti uma mudança de ritmo bastante grande, em comparação com o Episódio 2, o que levou a sensações e experiências um pouco diferentes.
O jogo se inicia com o grupo sendo transportado para o acampamento de Carver e Clementine está esperando Sarah que foi fazer um xixi… Desta vez Sarah vai ser um pivô importante em alguns acontecimentos desagradáveis e, de certa forma, trágicos do episódio, ocupando o lugar de Nick, que, por sua vez, ficou um pouco apagado, sem grandes participações. Poucas decisões realmente difíceis são tomadas; aquelas que normalmente exigem cautela têm relação com a atitude que o grupo deverá tomar frente aos problemas encontrados. Isso acabou sendo um ponto negativo deste episódio, pois foi praticamente nula a sensação de que as minhas escolhas poderiam estragar tudo. Mas pessoas morrem e sofrem por algumas decisões e acredito que a produtora explorou bem alguns elementos dos quadrinhos e da série para este episódio e os fãs vão curtir bastante.
Como comentado, Sarah acaba sendo o foco de alguns problemas e já de início a garota acaba levando um tapa, que precisa ser decidido por Clementine. Essa é uma cena bastante chocante e acredito que muitos ficarão com pena da menina. Isso dá uma mostra de como será a “estadia” do grupo no acampamento de Carver. O vilão é implacável e cruel, não perdoa os deslizes e, segundo ele, atitudes fracas que possam prejudicar o grupo. Sendo assim, o desejo incessante de Kenny e de quase todos os outros é encontrar um caminho de fuga.
Por efeitos de spoilers, não vou comentar muitas das decisões do grupo, mas, logicamente, a tentativa de escapar é constante e algumas vezes os captores acabam frustrando as empreitadas dos nossos heróis. Essas tentativas, a insatisfação dos prisioneiros e a relutância dos captores criam situações interessantes de como o ponto de vista desse mundo apocalíptico realmente afeta a visão do que é certo e o que é errado, levando-nos a compreender que cada um faz aquilo que precisa para sobreviver. Carver é um personagem cruel, mas ele busca proteger seu grupo e seu acampamento, lutando pela sobrevivência dos que ali estão. Por outro lado, temos prisioneiros, que são maltratados e que também precisam sobreviver. Esse conflito é inevitável e, muitas vezes, catastrófico no universo de Walking Dead. Por isso, os personagens serão chave para que o jogador se emocione e se identifique, algumas vezes até sentindo pena daqueles que deveriam ser os vilões.
O terceiro episódio foi menos tenso e com menos ação que o anterior, mas ele trouxe elementos diferentes e enriquecedores da história de Clem e de seu grupo. É notável a mudança da garota, que se mostra mais madura, mais fria e mais durona nesse mundo perigoso. É interessante ver como temos a opção de moldá-la assim, pois muitos dos diálogos, antes apenas inocentes e, de certa forma, covardes, agora mostram a opção de fazermos com que a menina se comporte de forma mais dura, mais ríspida e até mesmo cruel com relação aos outros personagens. Ela se distancia cada vez mais da garotinha amedrontada e indefesa da primeira temporada, aproximando-se de uma personagem sobrevivente em um mundo tomado pelo terror. E, acredito, a produtora nos coloca Sarah como o contraponto disso, para sempre nos lembrar de como se espera que uma criança aja em situações de perigo e de risco.
Este episódio traz muitos eventos marcantes e enriquecedores com relação aos personagens, por isso não quero estragar muito as surpresas que serão encontras. Mas, como comentei anteriormente, alguns elementos interessantes são adaptados. [ALERTA DE SPOILER DOS QUADRINHOS DE THE WALKING DEAD] Acho que muitos se lembram de quando Carl perde um olho nos quadrinhos? Pois é, alguém vai fazer o “papel de Carl” nesse episódio. [FIM DO SPOILER] Elementos como Woodbury acabam sendo adaptados no acampamento de Carver, entre outros fatos e acontecimentos que enriqueceram muito a história. Mas, quem gosta de ação em Walking Dead talvez se decepcione um pouco com esse episódio, a não ser pelo final que, pra variar, traz um pouco mais de tensão e nos deixa esperando ansiosos pelos acontecimentos que virão.
Em resumo, o Episódio 3 da segunda temporada do jogo traz, mais uma vez, grandes emoções, com um pouco menos de ação, mas com um grau diferente de desenvolvimento de personagens! E nós do Walking Dead Brasil recomendamos a experiência com uma nota 9, talvez pela falta de impacto da maioria das decisões tomadas durante o jogo.
The Walking Dead: Segunda Temporada, Episódio 3 está disponível para PC, Xbox360 e PS3 via download por $4.99 (cerca de R$12,00) ou, sem custo adicional para quem comprou o SeasonPass ($14.99).
E você, o que achou deste episódio? Achou menos tenso? Ficou com pena da Sarah ou acha que ela é uma chorona que precisa amadurecer? E Clementine, ela ficou cruel demais ou apenas está tentando sobreviver a todo custo? Comente suas decisões e impressões!
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