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Telltale descreve a dificuldade de começar do zero na 2ª Temporada de The Walking Dead

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Criar a segunda temporada de The Walking Dead foi uma proposta difícil, basicamente pela quantidade de mortes da primeira.

[SPOILER: se a primeira frase não fio uma dica clara o suficiente, o artigo em seguida discute os eventos da primeira temporada do jogo, bem como o primeiro episódio da Segunda Temporada. Leitor, esteja avisado!]

Em um painel da SXSW Gaming 2014 intitulado “Telltale Games sobre o Futuro do Entretenimento”, Harrison Pink, Kevin Bruner e Job Stauffer da Telltale descreveram os desafios que vieram com a criação do elenco de novos personagens para a segunda temporada do jogo. A maioria do elenco da primeira temporada está desaparecido, morto ou deixaram o núcleo da série de alguma forma. No geral, Clementine, a personagem que lhe foi incumbida de proteger na primeira parte, é a única pessoa conhecida na etapa atual do jogo.

Esse tipo de abandono de personagem é raro nas séries de vídeo games, mas é altamente apropriado para The Walking Dead. A revista em quadrinhos já consolidada de Robert Kirkman reciclou personagens, matando indivíduos protagonistas sem grande culpa ao longo dos anos.

“É um dos grandes aspectos da franquia também,” disse Bruner. “As revistas exploram muito a história de sobrevivência, e elas são bem cruéis a respeito do que pode acontecer com personagens principais que você gosta. Com isso, vimos algo muito interessante de se fazer como produtores de jogos e contadores de histórias, e pareceu algo certeiro para se fazer no universo de The Walking Dead.”

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Faz sentido para o jogo de The Walking Dead a mudança de elenco, mas a Telltale queria ter certeza de que isso não eliminaria os acontecimentos passados do que aconteceu na sua produção dentro da franquia de zumbis. Descobrir como mudar a cara da história sem mudar a história em si foi uma tarefa difícil.

“Não foi um problema fácil de resolver,” disse Pink. “Porque há muitos personagens notáveis na primeira temporada – simplesmente apertar um botão de parada? Tentamos não fazer algo, ‘Bum, novo jogo.’”

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“Não encaixaria na série fazer algo do tipo, ‘É algo novinho,’” adicionou Pink. “Nós testamos algo assim em 400 days, pra termos certeza, mas a Segunda Temporada precisou ter continuidade.”

Claro, a maior mudança na nova lista de personagens da Segunda Temporada foi fazer de Clementine, uma personagem não jogável na primeira parte da série, a estrela do jogo. O desafio nessa transição não foi somente na narrativa, mas na mecânica: como, em um jogo de aventura, você coloca uma garotinha em situações onde a escolha dela – a escolha do jogador – pode criar uma mudança crítica no mundo? Como as decisões dela afetam as decisões dos adultos, fazendo dela um conduíte poderoso para a experiência do jogador?

“Olhando para trás, se você fizer uma lista dos nossos maiores desafios de execução – foi algo do tipo, na Primeira Temporada você tinha o papel de um professor universitário, inteligente, capaz, fisicamente preparado e agora, na Segunda Temporada, você tem o papel de uma garotinha,” disse Bruner.

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“Tipo, o desafio é você jogar como uma personagem que era um NPC (Non-Player Character; personagem não-jogável) antes, a maneira como o mundo a trata é muito, muito diferente. Como uma garotinha você entra em uma conversa sobre zumbis atacando, praticamente ninguém quer saber o que a meninha quer fazer. Montar situações em que Clementine tem poder é importante da maneira que fizesse sentido, foi bem desafiador.”

Uma vez que esses problemas de narrativa foram solucionados, um empecilho maior permaneceu: Como eles fizeram Clementine ser sentida como uma versão de Clementine feita pelo jogador, em vez de uma cópia de sua personagem do primeiro jogo? Ao final da primeira temporada, o protagonista Lee parecia fruto de uma criação das decisões do jogador – foi importante para a Telltale dar a Clementine essa mesma impressão já no início da Segunda Temporada. Eles fizeram isso separando a menina de qualquer personagem conhecido o mais rápido possível.

“Quando você começa com Christa, é tipo, ‘Ah, fantástico, eu sei quem está cuidando da Clementine depois da primeira temporada. E então, imediatamente, você – porque você é a pessoa com o controle – você estraga esse cenário,” disse Bruner. “Você fica, ‘Nossa, agora ninguém está cuidando da Clementine e isso é culpa minha.’ E assim você entre nessa grande período de solidão, em que existem apenas a Clementine e você. A primeira coisa que Clementine faz é estabelecer uma relação com a pessoa segurando o controle; é a primeira coisa que o jogo faz,” Adicionou Bruner.

O que você está achando da segunda temporada do The Walking Dead The Game até agora? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.

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Fonte: Polygon
Tradução: @Felipe Tolentino / Staff Walking Dead Brasil

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