Tivemos algumas respostas no final da metade dessa temporada de The Walking Dead. Mas também temos novas perguntas! Como por exemplo: Quando decidiram matar Beth? Como Maggie vai se recuperar dessa última morte na longa lista de mortos da família Greene? Rick está se tornando Gareth? Quão perto Morgan está do grupo? E o que podemos esperar quando a série retornar em 2015? Como eu disse, temos perguntas! O Entertainment Weekly conversou com o homem no comando, o showrunner Scott M. Gimple. E aqui está o que ele disse. (confira também a conversa profunda com Andrew Lincoln, perguntas e respostas sobre o último episódio com Norman Reedus e uma conversa bastante emocional com Emily Kinney).
ENTERTAINMENT WEEKLY: Me diga como você chegou à decisão de matar Beth. Esse era o plano quando toda a história do hospital surgiu e deu um rumo aos primeiros oito episódios ou evolui para isso depois?
SCOTT M. GIMPLE: Direi que evoluiu um pouco. Estávamos passando por muitas iterações diferentes da temporada e a maneira como essa história se encaixa na história como um todo e como se encaixa na história de Beth – foi a história que queríamos e não queríamos contar. Queríamos muito contar a história bastante trágica de alguém que descobriu que sempre foi forte. E forte o suficiente para não ser capaz de engolir uma injustiça quando disseram a eles que Noah teria de ficar para trás. E forte o suficiente para acreditar que ela poderia atacar essa pessoa – e meio que frisar quem ela não queria se tornar, que seria alguém tão comprometida como Dawn. Essa é a tragédia, que uma pessoa comprometida a derrubou, que é uma história bastante dolorosa. E não é uma história que sentimos prazer em fazer a audiência assistir, mas o sentimento que ela deixa nos telespectadores e nos personagens é a porção da história que estamos contando e que vai fazer sentido na próxima temporada e colocar os personagens nos lugares onde os encontramos.
Como é ter que contar a atores e atrizes como Emily que eles vão ser mortos? Eu imagino que não seja sua parte favorita do trabalho.
Scott M. Gimple: Não eu posso dizer com certeza que é, de longe, a parte menos favorita do meu trabalho. E é algo que não te ensinam no curso de direção – tipo, é assim que você faz isso. Então ainda é um processo de aprendizado de como fazer isso. É horrível porque existem personagens para os quais você adora escrever e há pessoas com quem você ama trabalhar. O único consolo que eu tive é saber o quão talentosas são as pessoas com quem eu trabalho, e ter esperança de que talvez eu trabalhe com elas de novo, ou as veja em coisas maravilhosas das quais eu vou gostar – o que tem sido o caso em todas as vezes. Mas sim, é um parte terrível do trabalho.
Você fez um ótimo trabalho com personagens que eram mais secundários nas outras temporadas, dando a eles histórias mais concretas. Mas geralmente há um grande preço a se pagar porque logo depois de você nos fazer gostar deles, você faz coisas horríveis a eles. Você estava preocupado que as pessoas previssem a morte de Beth por causa da evolução dramática e heroica que você deu a ela nesta temporada?
Scott M. Gimple: Você quer que as mortes dos personagens tenham sentido nessa série, sentido para as histórias dos personagens e você não quer que as pessoas se adiantem nelas. Mas essa audiência é tão esperta e tão experiente que é como jogar com sua própria mente enquanto trabalha, porque você pensa “bem, a coisa mais óbvia para os telespectadores pode parecer não tão óbvia, e a coisa não óbvia é óbvia porque eles são muito espertos”, então é meio que um cubo mágico. Mortes de personagens por si só não devem ser feitas apenas para causar choque. Essa com certeza não foi feita para isso. Foi uma história incrivelmente trágica e então por mais que as pessoas façam previsões, elas sempre vão chegar a isso porque tentam adivinhar tudo em todas as direções. Mas se faz sentido para as pessoas e se estamos preparando para algo grande e significante, é a melhor abordagem que conheço.
Eu sei que pra você é tudo sobre fazer a história continuar e você deu essa dica agora há pouco, mas me diga o que isso vai significar para o grupo, e particularmente para Maggie, que até agora viu sua família morrer na fazenda, seu pai ser decapitado na prisão e agora Beth aqui. Alguns telespectadores destacaram como Maggie não estava falando nada sobre Beth enquanto ela estava desaparecida, mas vimos sua reação quando o corpo sem vida da irmã foi carregado para fora. O que isso significa para ela, individualmente, e para o grupo como um todo?
Scott M. Gimple: É devastador para ela, e eu acho que a maneira como a vimos processar o sumiço de Beth no geral – que tem sido silenciosa, ela não tem trazido o assunto à tona em todos os episódios, apesar de sua primeira fala nessa temporada ter sido sobre isso – isso vai devasta-la e vamos ter um deslumbre de como ela tem processado tudo isso. Mas ela está destruída e esse grupo está devastado, e o momento emocional do qual vamos partir na segunda parte da temporada será um lugar bastante obscuro e as coisas só ficarão mais obscuras para eles até que as coisas mudem de uma maneira grandiosa.
Eu quero voltar à primeira cena desse episódio. Rick diz ao policial que ele acabou de atropelar “Não pode voltar, Bob”, que é exatamente a mesma frase que Gareth disse a Bob Stookey no fim. Eu não posso imaginar que isso não tenha sido intencional.
Scott M. Gimple: Então Rick estava lá, e quando Rick escuta essas palavras saindo de sua boca, elas não têm um gosto muito bom. Ele não gosta de ouvir essas palavras saindo de sua boca. Mas eles estavam em uma situação ali na qual essas palavras eram verdadeiras. Então o que você faz quando está dizendo exatamente as mesmas coisas que alguém que você categorizou como um monstro disse? E essas palavras são verdadeiras naquele momento. Não é uma coisa à toa.
Eu sei que a temporada toda está centrada nessas questões de o quão longe você iria e você pode voltar? Todos temos celebrado o quão durão Rick está e sua atitude “não faça prisioneiros”, mas estamos chegando a um ponto no qual essa atitude de tolerância zero está indo longe demais? Isso é algo no qual devemos ficar de olho no futuro?
Scott M. Gimple: Absolutamente. E qual a mensagem que tiramos desse episódio e dessa história? Ele queria entrar atirando e eles não fizeram isso e Beth morreu. Isso não vai dissuadi-lo de fazer coisas assim no futuro.
Voltando àquela primeira cena, na qual Rick atropela Bob, eu acredito que tenha sido uma referência à maneira como Rick mata Martinez nos quadrinhos, certo?
Scott M. Gimple: Com certeza. E isso foi algo que nunca tivemos em episódios anteriores e sempre foi um momento que achei ser muito importante para definir quem Rick é e foi muito adequado com quem ele é agora em nossa história, nesse momento.
Então temos outra cena pós-créditos com Morgan seguindo as marcas nas árvores perto da igreja e comendo um doce (GooGoo Cluster). O quão perto ele está do grupo agora? Ele está dando um tempo ali?
Scott M. Gimple: Eu não gostaria de falar demais, mas se você olhar a primeira cena pós-créditos do primeiro episódio dessa temporada, já parece que algum tempo se passou desde que Rick e seu grupo estiveram naquela marca. Então, se o tempo passou, quão perto ele está? Eu não posso responder essa pergunta porque é a história quem deve responder. Eu direi, no entanto, que ele só pegou um mapa que dizia o nome de Rick. Isso é bastante pesado. E o afeta profundamente. E definitivamente é parte da nossa história.
Sabe o que seria demais? Se você o mantivesse só nas cenas pós-créditos e ele nunca alcançasse o grupo e continuasse os perdendo. “Droga! Os perdi de novo!”
Scott M. Gimple: Bem, lentamente, mas certamente, as cenas pós-créditos se tornarão cada vez mais longas e cedo ou tarde se tornará o Show de Morgan e teremos apenas o teaser com o resto do elenco.
Então, Robert Kirkman disse no Talking Dead que você irá apresenta “um personagem gay bastante proeminente nos quadrinhos”. Quero dizer, eu acho que deve ser bem óbvio para os fãs da HQ de quem ele estava falando quando disse isso, certo?
Scott M. Gimple: Bem, mas, você sabe, como um leitor da HQ, que não há apenas um personagem gay na história.
Verdade, mas há um bem importante nesse momento, no entanto, que se encaixaria perfeitamente.
Scott M. Gimple: Bem, qual é “o momento”, na verdade? Eu direi, nós realmente voltamos atrás em histórias bastante específicas dos quadrinhos nessa metade, mas estamos brincando com o tempo e remixando as coisas, então pode ser o personagem no qual você está pensando ou pode ser um diferente.
Boa jogada.
Scott M. Gimple: Oh, obrigado!
Uma coisa grande que pode ter sido ofuscada pela morte de Beth é que o grupo está reunido de novo. Obviamente sempre haverá pessoas saindo em missões paralelas ou para procurar suprimentos ou qualquer coisa, mas o grupo ficará junto por um tempo agora?
Scott M. Gimple: Você sabe que não gosto de ser totalmente específico, mas eu direi que os veremos mais juntos do que separados. Temos preparado umas lentes bem amplas.
Eu falei com Andrew Lincoln e Norman Reedus e ambos disseram que os próximos oito episódios terão um sentimento bastante diferente dos oito primeiros dessa temporada. O que isso significa? Eles se referiram ao tom que a história toma? Ou a locações? Ou ao sentimento no geral?
Scott M. Gimple: Em todos os sentidos. Eu vou dizer que começa com uma sensação familiar e uma situação familiar e então tudo vira de cabeça para baixo. O que Norman e Andy disseram é correto. Não será apenas uma mudança de rumo ou de locações – tudo meio que muda. Iremos cumprir o que eu disse, que é: a cada oito episódios, é uma série nova em folha, e isso será uma série nova em folha. Não inicialmente, mas chegaremos lá.
The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a segunda parte da quinta temporada no dia 08 de Fevereiro de 2015 na AMC e no dia 10 de Fevereiro de 2015 na FOX Brasil. Confira todas as informações sobre o midseason premiere (S05E09) e fique por dentro das notícias.
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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: @Vicky_CR / Staff Walking Dead Brasil
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