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11ª Temporada

CRÍTICA | The Walking Dead S11E24 – “Rest in Peace”: Aqueles Que Vivem

Rest in Peace foi o 24º episódio da 11ª temporada de The Walking Dead. Veja a nossa crítica ao episódio e discuta conosco.

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Carol e Daryl sentados conversando em cena do último episódio de The Walking Dead.

Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do 24º episódio, S11E24 – “Rest in Peace”, da 11ª temporada de The Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Os mortos invadem a Commonwealth. Ninguém está à salvo.

É isso. Chegamos oficialmente ao fim de The Walking Dead. Esse episódio tinha o desafio que todas as series finales tem: finalizar satisfatoriamente uma saga. Aqui ainda é mais complicado pois além de fechar esse capítulo, ainda precisa deixar portas abertas para os derivados. É praticamente impossível agradar a todos, mas a série fez o máximo que pode.

Iniciamos diretamente com Daryl tentando buscar ajuda para Judith, que acabou levando um tiro de Pamela Milton. Quando finalmente conseguem chegar no hospital, Daryl é nocauteado por alguns troopers e cabe a Judith, toda lascada, tentar trancar o hospital e salvar ambos.

Filha de Rick Grimes não vai se render fácil, né? Mas apesar disso tudo ser muito legal, é meio incoerente eles terem deixado o Daryl vivo tendo em vista que as ordens de Pamela eram de matar todos do grupo. Mas, tudo bem, vamos botar a culpa no desespero de sair rápido do lugar.

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Enquanto o grupo continuava fugindo nas vielas da comunidade, nossas primeiras baixas: Jules, que é devorada no local; e Luke, que após ser mordido acaba morrendo no hospital cercado pelas suas companheiras de grupo. Apesar de uma cena bonita, ninguém ligava o suficiente pra eles dois pra se emocionar de verdade.

Pouco tempo após todos conseguirem entrar no hospital, os walkers invadem, com direito a um dos inteligentes quebrando os vidros com uma pedra – coisa que ninguém ali comenta no momento. Essa cena no hospital me lembrou muito a morte de Noah (Tyler James Williams) na quinta temporada, além de um dos figurantes que também morrem na cena estar com um boné que lembrava muito o Glenn.

Após todos fugirem do hospital, eles partem em busca de outro local seguro para reagrupar e preparar a próxima etapa do plano.

Enquanto isso, Rosita parte com Eugene e Gabriel em busca de Coco e as outras crianças. Essa talvez seja a sequência mais angustiante do episódio. Começando pelo fato de que as crianças estavam totalmente encurraladas por walkers e se eles demorassem mais cinco minutos pra chegar, iam todas de “arrasta pra cima”.

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Mas mesmo após resgatarem as crianças, eles ainda estavam encurralados. O que leva a tentativa de fuga quase impossível deles, que lutam contra os walkers enquanto ainda levam os bebês no colo. Sério. Tudo isso foi muito angustiante, e a sequência ainda finaliza com Rosita, que levava Coco, caindo de um poste no meio da horda.

No maior estilo “Glenn na sexta temporada” ela simplesmente levanta descendo a porrada em todos os walkers até conseguir escapar e pular com Coco para onde Eugene e Gabriel estavam! A maior heroína de ação da série.

E eu estava muito disposto a aguentar essa cena no maior fan service contando que Rosita ficaria a salvo, mas isso não aconteceu. Durante a sua queda, ela acabou sendo mordida nas costas, num lugar onde não era possível amputar, o que selou o seu destino.

A cena em que ela revela o que houve para Eugene é, ouso dizer, uma das mais bonitas da série. Começando pelo fato de que ele, no fundo, sabia o que havia acontecido, mas estava tentando se sustentar na esperança de que tudo ia ficar bem. Tudo desaba no momento em que Rosita assume o que houve. Atuações majestosas de Christian Serratos e Josh McDermitt.

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Com a ajuda de Mercer, que foi resgatado da prisão por Princesa e Max, o grupo consegue se unir em um lugar seguro e levam Judith e Lydia, que havia sido encontrada com Aaron, para os cuidados de Tomi.

Mercer e Ezekiel tomam a iniciativa, convencendo todo o restante do grupo, de que eles deveriam dar um jeito de tirar Pamela do poder e tentar abrir os portões da mansão dela para tentar salvar o máximo de cidadãos possível. Esse plano se cruza com o de Maggie e Negan.

Isso porque ambos estavam juntos para dar um fim definitivo na Governadora depois de uma longa conversa. Ao flagrar Negan indo em busca de Pamela, Maggie o questiona o porquê ele está fazendo isso, o que abre mais uma oportunidade para Negan se desculpar por ser um safado por ter matado Glenn.

Agora que ele está prestes a ser um pai de família e que está apaixonado desde a morte de sua esposa, Lucille, ele finalmente entende um pouco do que tirou de Maggie, e se desculpa por isso. Eles então partem para finalizar a Governadora mas são impedidos quando Mercer e o restante do grupo entram e ordenam a abertura dos portões.

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O Tenente acaba convencendo os troopers que faziam a segurança de Pamela a ficar do lado certo da força e a condenam à prisão ali mesmo. Mas não antes de, em uma grande frase de efeito, Daryl falar sobre como eles não podem se tornar insensíveis e devem lutar contra o verdadeiro inimigo, afinal de contas, “WE AIN’T THE WALKING DEAD“. SACARAM? ELE FALOU O NOME DA SÉRIE!

E isso remete ao episódio “Them”, da quinta temporada. Quando Rick conta uma história sobre o seu avô na guerra e termina dizendo “Cause we are the walking dead”, onde o Daryl responde “we ain’t them!”. Também tem a referência a HQ onde o Rick fala a mesma frase!

Outra referência legal aqui é para com a história de Gabriel. Se você se lembra, o Padre Gabriel era um grande covarde em suas primeiras aparições. A história de sobrevivência dele foi marcada pelo fato de que ele se trancou dentro da igreja e deixou todos os fiéis do lado de fora. Ele deliberadamente decidiu não ajudar quem precisava para salvar a própria pele.

Aqui, depois de toda a sua jornada, ele estava disposto a morrer para abrir os portões de Pamela para salvar os cidadãos da comunidade. Uma finalização de arco maravilhosa.

E depois de rendida, achei que Pamela ia ter o mesmo fim da Carol das HQs. Isso porque ao ver o Hornsby zumbi nos portões, ela dá a entender que vai se deixar ser mordida por ele. Mas Maggie a impede ao atirar no walker antes que ele pudesse morder a Governadora.

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É até meio engraçado, porém, que depois de abrirem os portões e mandar todo mundo pra dentro, o plano para parar a horda e tentar salvar todo mundo é, no final, destruir toda aquela parte da comunidade. Pelo menos isso resolve parte do problema. Mas depois acabam tendo uma área gigante para reconstruir com as 100 pessoas que ficaram vivas na comunidade – se muito sobrou isso tudo ali.

Depois temos uma nova conversa entre Negan e Maggie, que diz a ele que está disposta a trabalhar com ele, aguentar a presença dele, mas nunca o perdoará pelo que ele fez. Eu juro por tudo que é mais sagrado que se eles tentarem fazer desses dois um casal em The Walking Dead: Dead City eu não vou responder por mim.

Num momento de comemoração embalado por Landslide da banda Fleetwood Mac, o grupo descobre o que houve com Rosita. A despedida dela é linda e emocionante e foi de longe a maior perda em muito tempo na série além de ter sido a única relevante no episódio. ROSITA PARA SEMPRE EM NOSSOS CORAÇÕES. 

Um ano se passa. Tudo está em harmonia, Commonwealth foi reconstruída, Ezekiel e Mercer são, respectivamente, o Governador e o Vice desse novo momento da comunidade, Hilltop também está de pé novamente e aparentemente governado pelo agora Rei Jerry.

Não existe muita construção do motivo, mas Maggie fala sobre como há muito mais lá fora a ser explorado e assim temos, aparentemente, Daryl partindo em busca de “novas esperanças” para a comunidade.

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A despedida dele com Judith é fofa, mas ele e Carol se despedindo é de partir o coração. É possivelmente a última vez que vemos essa dupla gigante junta em tela. O legado que eles deixaram e o tanto que eles foram gigantes juntos… Eles dizendo que se amam…

Depois disso, ganhamos uma grande surpresa. RICK GRIMES e MICHONNE apareceram!!!!

Mesmo que separados, eles deixam claro que os personagens não foram esquecidos e que voltam em breve – esperamos – para o seu próprio spinoff. Como isso vai ser construído ainda não sabemos.

Michonne e Rick aparecem escrevendo cartas para os filhos e falando sobre a esperança de que vão se encontrar novamente. O visual dela, inclusive, está incrível, com uma roupa que é meio que uma armadura de samurai! Sua última cena é cavalgando em direção ao que parece ser a maior horda de walkers que já apareceu na série.

Já Rick aparece com uma jaqueta de couro e a arma característica da CRM. Depois de jogar a mochila num barco, ele se rende a um grupo num helicóptero que se dirige diretamente a ele. A voz no helicóptero fala para Rick se render e diz “É como ele disse. Não há escapatória para os vivos!”.

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Quem é “ele”? De onde e de quem Rick está fugindo? Para onde Rick vai? Como ele e Michonne vão se encontrar? Eles um dia encontrarão os filhos de novo? Como Daryl vai parar na Europa? Como Maggie e Negan vão acabar juntos numa missão em Manhattan? Bem… essas perguntas só serão respondidas em suas respectivas séries. Mas não tem problema, pois nós somos aqueles que vivem para esperar o que vem por ai.

Uma curiosidade é que “we are the ones who live” (Somos nós que vivemos), a frase que marca o final do episódio é embalada durante as cartas de Rick e Michonne. Mas, coincidentemente – ou não –, essa frase já foi dita pelo menos duas vezes antes pelos próprios Rick e Michonne.

No episódio “Try”, da quinta temporada, Rick fala a frase depois de uma discussão feia com Pete (Corey Brill). Ao empunhar a arma para todos os cidadãos de Alexandria presentes ele fala que ele sabe o que precisa ser feito pois eles (o grupo dele) são aqueles que sobrevivem.

Já em “Rock on The Road”, da sétima temporada, Michonne fala isso à Rick depois da sequência maravilhosa em que eles amarram um cabo de aço entre dois carros e saem partindo uma horda de walkers no meio no maior estilo Mad Max.

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E por aí, o que você achou de “Rest in Peace”, o 24º episódio da 11ª temporada de The Walking Dead? Deixe sua opinião nos comentários!

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