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CRÍTICA | The Walking Dead S11E19 – “Variant”: Evolução

Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do 19º episódio, S11E19 – “Variant”, da 11ª temporada de The Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Eugene precisa lidar com as consequências de suas ações em Commonwealth. Aaron e seu grupo fazem uma descoberta importante na jornada para Oceanside.

“Variant” (que começa com voice over de Judith focado em Eugene) começa a mostrar, definitivamente, o quão longe a Governadora Milton pode ir em busca de vingança. Em sua primeira cena ela já deixa claro a Mercer que a vida de Max pode ser salva em troca da vida de Eugene.

É interessante que essa ameaça tenha sido tão direta, sem meias palavras ou sem enrolação. Pamela é uma mulher direta e que não tem tempo para jogos. A forma com que ela age com o corpo de Sebastian enquanto ele volta como um walker é quase como acompanhar o ódio dela crescendo a olhos vistos.

A atuação de Laila Robins é inclusive o que mais me chamou atenção no episódio. Entre todos os outros plots, a dor de uma mãe é algo potente de se acompanhar. A forma com que Sebastian morreu foi traumática. Não apenas por ser repentina, mas por ter vindo pelas consequências de Max, que ela confiava, depois de um momento em que parecia que o garoto estava finalmente amadurecendo.

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Por mais que a gente não simpatize muito com nenhum dos dois, as cenas em que Pamela conversa com o corpo do filho são emocionantes, e arrancar do público uma resposta emocional para personagens que não temos empatia é algo que apenas uma ótima atriz poderia fazer.

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Pamela também tem a sua vingança contra Hornsby, que depois de detido, é sentenciado a alimentar Sebastian zumbi com o corpo de seus agentes que também foram responsáveis por tudo isso.

Tudo isso acontece enquanto Eugene se esconde na igreja com a ajuda de Rosita e Daryl. Eugene não é um dos meus personagens favoritos, nunca foi, mas é interessante ver como ele sempre tem certa importância para movimentar determinados momentos de The Walking Dead.

Seja mentindo sobre ser um cientista, seja conseguindo criar balas, iniciando a jornada do grupo para Commonwealth. Ele é sempre alguem que ajuda a mover tramas, inclusive a que finaliza a série. O personagem evoluiu do covarde inveterado até alguém que, no final do episódio – e depois de muita lenga lenga – se entrega à morte para tentar salvar a mulher que ama.

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A ligação entre Eugene e Mercer no momento em que o primeiro se entrega é legal de se ver. Ambos estão fazendo de tudo para salvar a Max e possivelmente isso pode ser o que vai acarretar na tão esperada virada da lealdade do General.

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Mas não apenas isso, pois finalmente Princesa apareceu. Sumida desde que a temporada voltou, a personagem aparece como mais uma ligação de Mercer com o nosso grupo. E junto a isso ela trás mais um pouco do background da personagem.

The Walking Dead nunca foi a melhor no quesito “passado de personagens secundários”. É sempre uma coisa ou outra muito específica para dar um contexto a certas atitudes e isso nunca mais se torna relevante para eles. Ainda assim, o discurso sobre o passado de Juanita foi bem forte.

Enquanto isso, Aaron, Lydia, Elijah acabam precisando acampar em um parque temático (?) depois que Jerry machuca o joelho. O que parecia ser um lugar seguro acaba revelando uma nova habilidade dos walkers.

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Se você também assistiu The Walking Dead: World Beyond você provavelmente já esperava isso acontecer, não é mesmo? Na cena pós crédito de “The Last Light– último episódio da série – vemos um walker mais rápido, “esperto” e forte.

O que acontece aqui em “Variant” é que pelo menos um dos walkers que estava no grupo que atacou o grupo de Aaron era um “inteligente”. Além de levar a manada até o grupo, escalar o muro e revidar os ataques de Lydia ao segurar o bastão dela, ele também abre portas rodando a maçaneta e até pega uma pedra para atacar Jerry.

Imediatamente o grupo achava se tratar de Sussurradores, o que acarreta na cena muito boa de Aaron arrancando o rosto do walker apenas para ver ossos e nada mais. Não era uma máscara, era realmente o rosto de um zumbi inteligente.

A única vez que vimos walkers que realizavam atos que mostravam uma certa habilidade maior do que andar e comer foi em “Days Gone Bye”, o primeiro episódio da série. Lá vemos a garotinha zumbi, Summer, que mesmo já transformada, abaixa para pegar o seu ursinho de pelúcia e anda segurando-o. Além dela, Jenny, ex esposa de Morgan, também tenta abrir a porta da casa deles rodando a maçaneta.

Isso é muito bom para os futuros spin-offs da série, que agora podem contar com ainda mais desafios para os nossos protagonistas ao apresentar walkers que correm, revidam e planejam.

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A única coisa que eu achei muito estranha foi o fato de que, apesar do choque inicial, o grupo não pareceu dar mais do que dez centavos de importância para isso. Na cena final, depois de irem embora do local, eles brincam e planejam o futuro com um alto astral que não parece fidedigno depois de descobrir que o maior problema da sociedade atual conseguiu ficar ainda pior. Mas, é isso.

Talvez eles apenas esperem que seja um fato isolado já que Aaron menciona que existiam histórias sobre esses walkers por aí – mesmo que a gente, como audiência, ainda não tivéssemos ouvido falar nisso. Também achei legal que lembraram que antigamente eles meio que tratavam os walkers por “classes” ou “tipos”. Aaron cita que os tipos “andarilhos” e “furtivos” e esses termos foram usados durante as primeiras temporadas da série.

Agora quero saber como vão continuar com esses walkers inteligentes. Se vão tratar apenas como uma “aberração” ou se realmente vamos ser surpreendidos por alguma morte importante causada por uma dessas variações.

A quantidade de episódios que restam para The Walking Dead agora cabem nos dedos de apenas uma mão. Nossa jornada está quase acabando mas pelo visto os próximos episódios prometem valer a pena a nossa entrega depois de tantos anos.

E por aí, o que você achou de “Variant”, o 19º episódio da 11ª temporada de The Walking Dead? Deixe sua opinião nos comentários!

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J. P. Carvalho

Estudante de jornalismo e um apaixonado por filmes e séries. Com a ajuda de The Walking Dead me tornei um grande apaixonado por horror e sigo nesse caminho até hoje. Um eterno viúvo de Glenn Rhee.

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