Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do décimo quarto episódio, S10E14 – “Look at the Flowers”, da décima temporada de The Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Após eventos que deixaram os fãs de The Walking Dead animados com o que vem por aí na série, como a morte de Alpha e os primeiros sinais de que Rick Grimes pode estar vivo, “Look At The Flowers” freou a empolgação ao entregar um episódio cheio de pseudo-tensões – momentos que podem ter até deixado o espectador um pouco mais nervoso, mas que no fundo sabíamos que as coisas terminariam bem.
O início, no entanto, foi bem interessante. Em um flashback, Negan está sentado em sua cela só esperando o derradeiro momento em que o conselho de Alexandria o levará para a forca por ter matado acidentalmente uma das agressoras de Lydia. No entanto, ele se depara com Carol, e os dois, que nunca haviam dividido tempo de tela desde “Walk With Us“, o décimo segundo episódio desta décima temporada, dividem um interessante diálogo. Enquanto Negan se mostra conformado com seu destino, Carol oferece uma alternativa. Ele não precisa morrer e pode iniciar sua redenção se entregá-la a cabeça de Alpha.
Um detalhe parece importar muito para Carol: ela quer a missão cumprida rápido. Quando Negan a entrega a encomenda, ela não considera o tempo ideal, mas deposita a cabeça de Alpha em uma estaca na fronteira com os Sussurradores – em um movimento parecido com o feito pelos mascarados na cena da morte de Henry e outros 9 sobreviventes. Quando o ex-Salvador e agora ex-Sussurrador cobra o início de sua redenção com Alexandria, ela diz que precisa ir embora e não voltará para a comunidade imediatamente. Assim como em outros momentos cruciais para a história da personagem em The Walking Dead, Carol prefere se isolar a encarar novos desafios. Novamente ela será atormentada por seu passado, e a iminência da solidão se mostra um remédio que pode ser fatal para ela.
Aqui é interessante notar a ansiedade de Negan em retornar logo à Alexandria e iniciar seu processo de redenção. Na verdade, ele já trabalhava nisto desde e nona temporada, em especial no último capítulo, “The Storm“, quando resgata Judith de uma nevasca e tem uma amigável conversa com Michonne. O personagem não tem para onde ir quando Carol resolve ir embora e, apesar de estar livre da prisão e de Alpha, se encontra sozinho com as duas linhas de frente da guerra, Sussurradores x Hilltop, querendo encontrá-lo e matá-lo.
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Talvez uma das cenas mais esperadas após “Walk With Us” era a reação de Beta ao descobrir que sua líder estava morta. Graças à atuação de Ryan Hurst, o momento foi muito bem entregue, com um Beta incrédulo, mas ciente do que vem por aí em sua jornada. Mesmo assim, o personagem não se mostra imediatamente pronto para assumir o posto de novo líder, e quando um capanga Sussurrador afirma que ele é o novo Alpha, Beta não aceita a alcunha e sacrifica o homem antes de, respeitosamente, retirar a cabeça da líder da estaca e depositá-la em uma sacola.
Outra coisa que despertava a curiosidade dos fãs era o passado de Beta, que foi finalmente esclarecido em “Look at The Flowers”. Confirmando teorias, o Sussurrador foi um cantor country de sucesso. Descobrimos isso quando ele se refugia no que parece ser sua antiga casa, onde ele encontra resquícios de sua carreira no passado. Beta, que parece querer esquecer o que viveu antes do apocalipse, primeiramente reage mal ao encontro com quem foi antes ao destruir um vilão, mas depois usa de sua própria música para atrair um novo exército de walkers. Sempre com a cabeça de Alpha como fiel escudeira.
Este momento parece representar um grande insight para Beta, que fica muito perto de revelar seu rosto, mas tira apenas metade da máscara. Aqui ele parece se sentir preparado para assumir de vez a missão da antiga líder: aniquilar os inimigos. Antes de se despedir de Alpha, ele agradece os ensinamentos daquela que foi quem o resgatou da solidão no antigo hospital que os dois ocuparam juntos antes de fundar os Sussurradores. Para não se esquecer da líder, o episódio dá um toque genial ao novo Beta. O pedaço da máscara que ele tirou do rosto é substituído pelo rosto de Alpha. Ele então parte para o novo ataque.
Em uma casa onde feridos da batalha contra a horda de Alpha se recuperam, Eugene e uma ferida Rosita conversam sobre o encontro que o cientista terá com Stephanie, a misteriosa sobrevivente do rádio. Rosita insiste que Eugene anuncie e justifique sua retirada. Eugene, claramente abalado com os recentes acontecimentos, diz que precisa ir e pede para que as pessoas respeitem sua decisão, deixando-o ser o tolo da vez, desde que o permitam viver essa aventura que se apresentou a ele.
Ezekiel e Yumiko se juntam e Eugene na empreitada. A despedida da advogada logo após se reencontrar com Magna pode ter sido rápida, mas deixou duas impressões. Primeiro: Magna voltou mudada da caverna. Seja pela preocupação com Connie, que ainda não foi encontrada desde que ficou presa na caverna, seja pelo susto que passou, a personagem não é a mais a mesma mulher de personalidade tão forte que beirou a intransigência em alguns momentos. Segundo: ela e Yumiko não estão mais juntas, mas existe um claro amor e respeito pelas duas, que têm uma história que vem desde antes do romance entre elas. A dupla se conhece desde antes do apocalipse, mesmo que não tenhamos visto isto na série.
Outra despedida que chamou a atenção nesta cena foi a de Ezekiel e Jerry. Mais uma dupla que está junta há bastante tempo – antes mesmo de aparecerem em The Walking Dead – se despede com ares mais definitivos. Isso porque o rei está doente e cada vez mais vulnerável (isso fica claro quando ele tem de enfrentar três walkers e tem sérias dificuldades impostas pelo câncer) e seu fiel escudeiro não tem certeza de que verá o chefe novamente.
O novo trio então parte para sua nova jornada e avistamos um cenário que há muito não vemos em The Walking Dead: uma cidade. Há anos vemos os sobreviventes se reagrupando em florestas e agora parece que o ambiente urbano vai novamente aparecer na narrativa.
Ezekiel, cada vez mais fragilizado, tem que matar seu cavalo, mordido por um walker, e isso acaba por fazê-lo se questionar se realmente deveria estar ali. Primeiro porque está doente e, segundo, porque agora se tornou um fardo para um dos companheiros, que deverá dividir sua carona com o Rei. Yumiko, que não conheceu o Reino nem acompanhou as façanhas de Ezekiel, o convence da importância de todos ficarem juntos, ciente que o homem contribuiu, e muito, para construir o que todos têm hoje.
Seguindo viagem eles chegam à cidade infestada de errantes customizados. Uma verdadeira cidade-zumbi foi construída ali e o cenário não parece ser nada favorável, dada a bizarrice da situação. Claramente quem mora ali não tem controle sobre as próprias faculdades mentais e Ezekiel logo percebe isso em um acesso de risadas pelo contexto em que se encontram. A graça logo perde quando eles encontram a responsável pelo inesperado cenário: Princesa.
A introdução da personagem na série é mais um indício da introdução da maior comunidade vista em The Walking Dead: Commonwwealth (Império). Nas HQs, ela é encontrada justamente neste momento da história, que já começa a desenhar os próximos capítulos pós-Sussurradores.
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Já estamos acostumados com uma Carol sozinha e atormentada por recentes decisões e “Walk With Us” mostra novamente esta faceta da personagem. Vamos lembrar que, apesar de o apocalipse já fazer parte da vida dos sobreviventes há mais de uma década, Carol passou a maior parte de sua vida de modo frágil e retraído, e foi assim que conhecemos a personagem quando ainda estava em um casamento abusivo com Ed. Todas as perdas pelas quais passou forjaram a personagem a ser o que ela é hoje, mas recorrentemente a Carol frágil a visita.
Desta vez é Alpha quem tormenta Carol, que ouve a voz da antiga inimiga enquanto vaga sozinha pela floresta. A Sussurradora provoca Carol ao longo do caminho, relembrando pessoas que passaram pela vida de Carol ao longo de sua jornada, desde Ed até Henry, passando por Sophia, Lizzie e Mika. Ela também questiona o trato feito com Negan, que, segundo o fantasma da vilã, foi digno de uma Alpha. Carol então se vê novamente em uma questão que já foi levantada outras vezes em The Walking Dead: quem são, de fato, os mocinhos e os vilões da história? Cada um tem uma luta, cada um faz o que é preciso para se manter vivo – inclusive tirar outras vidas. O grupo de Rick fez isso assim como pessoas que eles encontraram pelo caminho – o Governador, os Canibais, os Salvadores, os Sussurradores e outros. Carol se martiriza e se isola nessas horas.
Um dos grandes tormentos de Carol parece ter sido o fato de que crianças que estavam sob sua responsabilidade morreram sozinhas e com medo. Sophia, que se perdeu antes de chegarem à fazenda, e Henry, capturado pelos Sussurradores, acabaram morrendo sem que a mãe estivesse por perto para protegê-los.
Alpha então faz a grande pergunta que nos coloca a pensar sobre o que será de Carol neste capítulo: depois de tudo que ela fez, viveu e perdeu no apocalipse, o que ela quer agora? A resposta, segundo a Sussurradora e subconsciente de Carol: morrer, descansar, acabar de vez com tudo. E ela fica bem próxima do objetivo quando fica presa sob os escombros de um teto que tentava alcançar dentro de uma cabana.
Aqui, por poucos segundos chegamos a pensar que a história de Carl se encerraria ali, mesmo que nada indicasse que ela se despediria de The Walking Dead neste capítulo. Personagens importantes que saíram da série tiveram seus adeus anunciados antes, como Rick e Michonne, e seria uma grande surpresa se Carol morresse por um walker que a pegou desprevenida e imobilizada. No entanto, ela se solta, mata o errante que a ameaçou e conclui que sua história não se encerraria ali. Carol continuaria a lidar com seus fantasmas e a lutar pelos seus, e quando percebe seu objetivo, o fantasma de Alpha desaparece.
A primeira missão do solitário Negan é soltar Lydia, que, ele descobre, conseguiu fugir. A solidão do personagem também dura pouco já que ele é rapidamente encontrado por Daryl, sedento por vingança após o homem fugir da cadeia e se juntar aos Sussurradores. Negan então tem trabalho para convencê-lo que Alpha está morta. Daryl começa a ser convencido quando o ex-Salvador confessa que Carol foi quem o tirou da cadeia e os dois vão até o local onde a cabeça de Alpha deveria estar.
O que eles encontram, no entanto, além da estaca vazia, são três Sussurradores que consideram Negan seu novo líder, e aí que Daryl descobre que ele está falando a verdade sobre Alpha. Em mais um plano engenhoso, Negan imobiliza Daryl com a ajuda dos novos aliados, volta, mesmo que por pouco tempo, a ser o sarcástico líder, toma a arma deles e a dupla se livra dos inimigos. Mais uma vez o episódio tenta nos vender um suspense e uma dúvida sobre o que Negan faria, mesmo que estivesse claro que ele buscava convencer Daryl sobre suas recentes ações e voltar para Alexandria. É o início de uma amizade entre os dois? Não, mas Daryl se convence que Negan esteve, de fato, ao seu lado no confronto.
Antes, no entanto, Daryl confronta Negan sobre a possibilidade de ele ter gostado de ficar ao lado dos inimigos. O ex-Salvador confirma a teoria de que, sim, gostou de estar livre e se sentir importante dentro de uma comunidade novamente, uma vez que ele passou os últimos sete anos atrás das grades após ser preso por Rick. Negan também admite que chegou a pensar em poupar a vida de Alpha se ela não tivesse se mostrado uma líder tão diferente do que ele foi. O Salvador nunca matou quem ele não achou que mereceu, e isso vale tanto para os inimigos como Glenn e Abraham quanto para aliados, como ocorreu com Simon.
Os dois então voltam para Alexandria, o possível destino de Beta. Carol também desembarca na antiga casa e é recebida justamente por Daryl. A amizade entre os dois segue abalada, mas ambos têm o mesmo objetivo: vencer os Sussurradores.
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