Siga-nos nas redes sociais

Destaque

CRÍTICA | The Walking Dead S10E01 – “Lines We Cross”: Chuva de dúvidas (e de meteoros)

Lines We Cross foi o primeiro episódio da décima temporada de The Walking Dead. Veja a nossa crítica ao episódio e discuta conosco.

Publicado há

 

em

The Walking Dead voltou! A décima temporada está aí para quem estava com saudades de ver os sobreviventes em ação, e de cara já nos deixou animados com o que está por vir, e com algumas perguntas em aberto. “Lines We Cross” (Linhas Que Cruzamos), o nome escolhido para o episódio, ilustra bem o risco que os sobreviventes correram ao romper a fronteira estabelecida pelos Sussurradores para combater um incêndio.

O capítulo de estreia do 10º ano de The Walking Dead inicia com um relato de Judith (Cailey Fleming) ao rádio – não sabemos com quem ela conversa. Ela começa contando sobre como o pai e a mãe querem construir um mundo melhor, mas nem todos querem seguir as regras, relembrando a escapada de Negan (Jeffrey Dean Morgan). Depois, a jovem Grimes conta sobre o grupo que encontraram pelo caminho, e como eles vivem em meio aos walkers. Depois, ela lembra do resgate de Lydia e o que os vilões fizeram para tentar resgatar a filha de Alpha.

A cena serviu mais como um lembrete dos acontecimentos da temporada anterior, desde o sumiço e a pseudomorte de Rick até a cena das estacas, também para o telespectador mais desapegado relembrar o que antecedeu as histórias que estavam por vir. Depois, uma cena curiosa: um satélite soviético no espaço dando mostras de que cairia na Terra. Taí algo que não esperava ver em The Walking Dead: o espaço. E esse asteroide vai guiar as decisões tomadas no episódio.

DIA DE TREINAMENTO

LEIA TAMBÉM:
Primeiras imagens do 1º episódio da 10ª temporada de The Walking Dead

Para explicar o subtítulo, vamos relembrar que este episódio é dividido em partes, e o nome da primeira é “Dia de Treinamento” que mostra, claro, um dia de treinamento dos sobreviventes. Aqui é interessante ver como eles têm se preparado para encontros com walkers, e a organização que diminui os riscos em confrontos com hordas maiores. Interessante também ver uma praia neste contexto.

Advertisement

A cena começa com um walker bizarro, que tem um rosnado muito parecido com um gargarejo, já que está com a boca cheia d’água. Ele logo é contido por Judith – não me pareceu muito prudente a formação do “exército” cheia de marmanjos e a criança ter que lidar com o errante, mas vamos deixar passar. Ezekiel e Jerry controlam a porta de um velho navio que parece estar tomada por walkers, e à medida que eles vão saindo, a linha de defesa lida com eles.

A cena vai então para Oceanside, onde Luke tem um flerte correspondido com uma nova personagem, Jules. Será um novo casal à vista ou um dos dois tem os dias contados na série, deixando o coração do que sobreviver à deriva (aproveitando a atual vibe marítima)? Em um contexto como este, encontrar um amor é um tanto quanto arriscado. Michonne e Daryl então falam sobre como foi bom levar as crianças para a praia, e os dois mencionam Tara, e como ela teria gostado de ver o treinamento.

Por falar em crianças, são elas quem protagonizam o primeiro momento mais tenso do episódio. Ainda perto da praia, Jerry e suas filhas já um pouco crescidas brincam, e perto deles Judith e RJ começam a brincar com as conchas que encontraram perto do oceano. A filha mais velha de Michonne se assusta com uma máscara que, ao que tudo indica, pertenceu a um Sussurrador.

PELE

LEIA TAMBÉM:
The Walking Dead é renovada para a 11ª temporada

Na segunda parte do episódio, Aaron e Michonne conversam no rádio com Gabriel e contam sobre a descoberta da máscara. Eles se perguntam se ela pode ser um indicativo do retorno dos Sussurradores. Todos concordam em ficar alertas e começar a procurar por mais sinais dos vilões.

Advertisement

O grupo de seis pessoas sai em busca de sinais e se separa. Legal destacar aqui como eles conseguiram estabelecer boas rotas de comunicação, o que faz com que todos se sintam mais seguros, mesmo em uma missão com certo risco. No momento em que se separam, a câmera filma tudo de cima e mostra o campo verde, para mostrar que, definitivamente, o inverno que atingiu as comunidades no último episódio da nona temporada, passou.

Aaron então decide que é uma boa hora para perguntar a Michonne sobre o papel deles nos conflitos recentes. Ele questiona se eles são os mocinhos e a Samurai, a princípio, não consegue responder, mas depois afirma que sim, eles são o lado certo da história. Mais um ponto de vista interessante do episódio: Aaron, na verdade, reflete sobre como eles se vêem como os mocinhos porque só conhecem seu próprio ponto de vista, o que significa que eles são os vilões para o lado oposto.

Toda precaução tomada por todos no treinamento parece ter ido para o ralo quando os dois encontram uma horda que, a princípio, não pareceu ameaçadora. Michonne lembra, no entanto, que é preciso olhar sempre para as mãos dos walkers para ver se eles não carregam nenhum tipo de arma, indicando que são Sussurradores. Aaron praticamente ignora as orientações e mata os errantes, o que revolta Michonne, uma vez que o amigo se colocou em risco. O fato se torna um tanto quanto irônico se pensarmos que Aaron estava na linha de frente nos treinamentos da praia e foi o primeiro a desobedecer qualquer organização ao primeiro sinal de perigo.

O nome de Rick é mencionado pela primeira vez desde o desaparecimento no momento em que Michonne vai repreender Aaron. Os dois estavam em uma ponte, e a Samurai lembra que foi em um lugar semelhante que o amado foi “morto”. Os dois então são chamados por Yumiko, que mostram um acampamento de pessoas que já morreram, e em meio aos corpos e destroços, encontram uma pele, em mais uma mostra de que os Sussurradores voltaram.

Se tem uma coisa que este episódio deixou claro é que Oceanside está de volta. Boa parte deste primeiro momento do capítulo se passa na comunidade que por muito tempo ficou sumida em The Walking Dead. Interessante ver também que as comunidades estão novamente unidas, e todos entendem que assim devem permanecer para enfrentar o que está por vir. A memória de Rick também é relembrada por mais de uma vez, tanto na menção de Michonne quando na história do Corajoso que Judith conta para RJ, que ganha suas primeiras falas neste episódio.

Advertisement

O satélite então volta a dar as caras, lembrando a todos que é ele quem vai guiar o episódio.

SABEDORIA DOS PÁSSAROS

LEIA TAMBÉM:
Poder feminino é destaque na 10ª temporada de The Walking Dead

A narrativa volta um pouco atrás nesta etapa porque quer mostrar o que acontecia em cada comunidade antes da suposta chuva de meteoros. Agora estamos em Alexandria, no momento em que o padre Gabriel conversava com o pessoal que estava em Oceanside. Logo depois somos apresentados ao bebê e à configuração do quadrado amoroso entre Rosita, Eugene, Gabriel e Siddiq. Todos parecem conviver muito bem entre si, mas Siddiq logo tem alguns flashbacks da noite em que as vítimas das estacas foram atacadas e mortas pelos Sussurradores.

Aqui, me pareceu que ele carrega alguma culpa, e, certamente, alguns detalhes que ainda não conhecemos do que aconteceu ali virão à tona. Será que Siddiq, de alguma forma, barganhou por sua vida? Por que só ele foi poupado naquele momento, uma vez que Alpha conseguiu guiar os sobreviventes para o local onde estavam as cabeças? Algumas respostas devem vir ainda nesta temporada.

Outra parceria interessante para ficarmos de olho nesta temporada é entre Lydia e Negan, os dois odiados de Alexandria. Eles têm um rápido papo no episódio, e um parece ainda não conhecer a história do outro. Negan também tem um papo com Gabriel sobre deixar as pessoas se sentirem seguras, e o padre decide seguir o conselho do ex-Salvador. Na nona temporada, já tivemos algumas mostras sobre o poder de manipulação de Negan sobre Gabriel, e mais um pouco disso ocorreu na estreia do décimo ano. As intenções do crush de Lucille ainda parecem um pouco obscuras, e ele certamente é um personagem a ficar de olho daqui para frente.

Advertisement

LOBO DO MAR | NOVO MÉXICO

Algo está para acontecer com Kelly. A irmã e intérprete de Connie não ouve um alerta de uma sobrevivente. Connie, então, pergunta se a irmã está apresentando os primeiros sinais de surdez, e ela responde que tem tido algumas dificuldades. A série investiu pesado na nona temporada na representatividade e em mostrar a adaptação de uma deficiente auditiva no apocalipse zumbi. Agora, abre caminho para inserir mais uma personagem neste contexto.

Por falar em Connie, tivemos o primeiro sinal de que algo dos assuntos do coração existe entre ela e Daryl, quando os dois se olham e Kelly percebe uma faísca. Isso nunca significa nada. Certamente a possibilidade de romance entre os dois será explorada nesta temporada, o que não significa que eles ficarão juntos, mas sim que Daryl finalmente sairá da casca e deve demonstrar algo por alguém que não seja sua amiga Carol.

Carol que está de volta de uma pescaria. Comentamos aqui que ela pegará o arco que é de Michonne nos quadrinhos e esta pode ser a primeira prova de que isso vai acontecer. Nas HQs, a Samurai se refugia após uma sequência de traumas, e aqui, Carol pesca e tenta rastrear Maggie. Junto com Daryl, a nova pescadora é o alívio cômico do episódio, quando os dois falam sobre amizade e ela se propõe a fazer pulseirinhas coloridas, bem como as crianças costumavam fazer para os melhores amigos. A graça acaba quando os dois ventilam ir embora e deixar os conflitos para trás. O papo é interrompido, novamente pelo satélite entrando na órbita terrestre.

FRONTEIRAS QUE ULTRAPASSAMOS

LEIA TAMBÉM:
Lauren Cohan retornará como Maggie na 11ª temporada de The Walking Dead

O satélite se choca no solo em um ponto bem próximo ao início da fronteira estabelecida pelos Sussurradores. Aqui podemos dar uma licença poética aos produtores, uma vez que foi muito conveniente o equipamento soviético ter atingido um local tão específico.

Advertisement

Os sobreviventes logo se organizam para combater as chamas e, para isto, precisam entrar no território proibido. Destaque aqui para a condição de Ezekiel, que tem algumas dificuldades em manter o ritmo dos outros. Será algum sinal de que o Rei passa por algum problema de saúde?

O fogo também atrai uma horda considerável de walkers, e os sobreviventes agora precisam lutar contra fogo e zumbi. Vencidos os dois conflitos, Eugene tenta explorar o satélite em busca de alguma tecnologia que possa ajudar às comunidades, e Daryl e Carol se afastam do grupo para seguir com seus planos de fugir. É aí que a mãe de HenryAlpha saindo de uma caverna/toca, e as duas se olham, deixando todo mundo louco para ver logo o embate entre elas.

No geral, foi um bom episódio de apresentação da 10ª temporada. Não tivemos nenhum evento que mudasse os rumos da narrativa, mas foi um primeiro capítulo que deixou interessantes questões para se resolver. Carol e Daryl vão embora? Mas e Connie? O que será de Kelly caso sua surdez avance? O que Alpha fará, sabendo que os inimigos cruzaram a fronteira? E será que Carol, vendo a mulher que matou seu filho, vai continuar com a ideia de querer partir?

Queremos saber o que você achou do episódio “Lines We Cross”, vote em nossa enquete e deixe todos os seus pensamentos e teorias nos comentários abaixo!

Fiquem ligados porque o décimo ano de The Walking Dead está só começando!

Advertisement

Publicidade
Comentários