Post destinado a comentários do episódio “Stradivarius” da nona temporada de The Walking Dead. Muitos spoilers poderão (e serão) encontrados por aqui. Se você ainda não assistiu e não gostaria de ter as surpresas do episódio “estragadas”, não prossiga. Você foi alertado!
Este post está destinado à exposição de ideias sobre tudo o que pode estar acontecendo na série. Utilize os comentários abaixo para compartilhar conosco suas teorias.
SINOPSE: Carol busca a ajuda de um velho amigo que está vivendo em uma região repleta de walkers; os sobreviventes fazem uma caminhada perigosa para um novo lar.
Escrito por: Vivian Tse
Dirigido por: Michael Cudlitz
Faltando pouco para encerrar a primeira parte da nona temporada de The Walking Dead, “Stradivarius” parece ter vindo para aumentar a certeza de que este vem sendo o melhor bloco de episódios que a série já apresentou em todos os seus anos de exibição.
Escrito pela novata Vivian Tse, o capítulo novamente encontrou um perfeito balanço entre desenvolvimento de personagens e andamento da trama – neste caso, dando continuidade a “reapresentação” do mundo sem Rick Grimes -, apostando na plantação de sementes para futuras histórias e relacionamentos, e firmando outros laços já conhecidos pelo público.
Embora os conhecedores dos quadrinhos tenham uma boa sensação de onde a história envolvendo o grupo de Magna irá parar, o roteiro de Tse ainda assim não perde tempo ao brincar com o telespectador, abrindo um leque de possibilidades para com os novos personagens, desenvolvendo-os não apenas como peças descartáveis, mas como humanos com personalidades fortes – todos aqui aparecem, têm opinião e sentimentos: enquanto Magna continua lutando pelos seus ideais e se vê em frente a uma terrível escolha, Yumiko mostra suas artimanhas de lutadora, enquanto Connie e Kelly servem como compasso moral e Luke, com todo seu carisma, é dono de um fantástico diálogo que firma de uma vez por todas as opiniões de Michonne quanto aos curiosos sobreviventes.
Como um presente aos fãs de Carol e Daryl, as cenas protagonizadas por Melissa McBride e Norman Reedus (e Matt Lintz) são algumas das melhores da temporada, repletas de ótimos diálogos/situações que 1) esclarecem alguns fatos (o motivo de Dixon estar na floresta sozinho), 2) abrem ainda mais perguntas (por que diabos ele também tem aquele misterioso X nas costas?) e, por fim, 3) os aproximam (leia-se “Henry“). A vibe inteira deste seguimento em muito lembra a era pós-prisão, onde o caipira acabou com Beth Greene, na quarta temporada.
Sumida desde o incidente da ponte, Hilltop também voltou a dar as caras aqui, apresentando-se como a pequena sociedade mais próspera de todas, mantendo-se em ótimo estado de desenvolvimento mesmo depois da saída de Maggie – que foi ajudar Georgie temporariamente em seus planos futuristas. Em poucos minutos, vemos que agora [mesmo contra a sua vontade] é Jesus quem fica com a liderança da comunidade, sendo levemente amparado por Tara, Alden e Enid.
Embora tudo pareça estar ocorrendo de modo “normal”, ainda existe toda a situação envolvendo Rosita e Eugene, que se depararam com “zumbis falantes” na semana passada. Com apenas a garota resgatada e o grupo pronto para ir atrás do cientista, o terreno para o midseason finale tem tudo para ser um dos mais aterrorizantes e chocantes da história do show.
Em termos técnicos, Michael Cudlitz (aka Abraham Ford) faz sua estréia na direção com atitudes e escolhas firmes ousadas, desde a montagem até o jogo de câmera – a sequência inicial com Rosita ouvindo sussurros na mata é perturbadora e extremamente bem orquestrada -, trazendo um resultado final bem distribuído e de agradar os olhos de qualquer um.
Por fim, resta torcer para que o último episódio do ano consiga encerrar esta primeira parte com chave de ouro, trazendo mais uma vez motivos para elogiar aquela que pode vir a se tornar uma das melhores temporadas da história de The Walking Dead.
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