Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do décimo primeiro episódio, S08E11 – “Dead or Alive Or” (Morto ou Vivo), da oitava temporada de The Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Finalmente um episódio de menos intensidade, depois de duas semanas frenéticas. O décimo primeiro episódio da oitava temporada de The Walking Dead foi ao ar na noite de domingo, 11 de março, trazendo a tona um mar de desdobramentos à morte de Carl.
O primeiro ponto a se comentar desse episódio é que tudo indica que os Salvadores não estão desatentos a nada. Mesmo com toda a Guerra estourando, Rick, Maggie e Ezekiel pressionando a Fábrica de todas as formas, os problemas com Jadis, ainda assim há tempo de se pensar em Dr. Carson e Padre Gabriel. Talvez isso venha a reforçar um pouco mais a imponência do grupo de Negan. Eles são tão numerosos e bem equipados que podem trabalhar em vários focos ao mesmo tempo.
Todo o enredo desenvolvido em cima de Gabriel e Carson pareceu pouco interessante para o total da história, mas se bem observado há muito do que se extrair. A forma como a fé de Gabriel é discutida nesse episódio tem o objetivo de nos trazer à tona um dos pontos mais interessantes do personagem: por mais que o Padre tenha mudado seu posicionamento, ele continua a crer naquilo que movia sua vida antes do apocalipse. Personagens assim, que conseguem manter suas purezas – como foi com Glenn – dão um grande enriquecimento à história.
Eu apenas não consigo compreender a necessidade da morte de Dr. Carson. O episódio todo trabalhou a ideia da ausência de fé de um comparado com o outro e quando finalmente Gabriel estava conseguindo reascender a esperança de Carson, ele simplesmente morre – em uma cena que não ficou bem claro se foi por suicídio ou por um erro de cálculo ao manusear uma arma. Talvez essa morte apenas sirva para questionar ainda mais a fé do Padre, o que eu acho uma temática pouco desinteressante, já que pessoas munidas de crenças anteriores ao apocalipse são quase nulas na história e acabam por trazer um grande contraste a mesmice do “eu perdi minha fé”.
Contudo, o que me deixou mais intrigado é o fato de que Gabriel encontra um enredo para transmissão de rádio na casa abandonada aonde se abrigam. Quando o Padre começa a ler o que está escrito, automaticamente eu fui levado à 4ª temporada. Tinha a certeza de que de alguma forma eu já havia escutado aquele texto lido por Gabriel em algum outro momento dentro da série. E bem, eu estava certo. Quando Karen e David são mortos por Carol na prisão, mas a doença continua a se alastrar, Daryl lidera um grupo em busca de medicamentos para que Hershel possa tentar realizar um tratamento com os doentes. Quando estão se locomovendo no carro, Daryl sintoniza o rádio e uma voz fala “Determinados a sobreviver. Quem puder me ouvir, saiba que não está sozinho… apenas continuem, vamos sobreviver.”, enquanto que o texto lido por Gabriel é “Quem puder ouvir a minha voz, saiba que não está só, aguente firme. Sobreviveremos a isso, se continuarmos firmes…”. A semelhança entre um e outro é indiscutível. Mas qual seria o sentido para essa ligação entre a quarta temporada e a oitava? A certeza que me movia naquela época é que a transmissão de rádio no carro era totalmente ligada ao Terminus, mas agora, há um mar de questionamentos a serem respondidos nos próximos episódios ou temporadas. Será que se trata de um grupo futuro que já vem sendo indicado desde a quarta temporada ou é apenas uma referência ao grupo dos canibais já extinto?
Outro ponto explorado na história foi à trama de Hilltop que está começando a ser atingida pelos fatores da Guerra e pelos bloqueios que os Salvadores tem feito nas estradas que dão acesso a cidadela. Misteriosamente, Carol e Morgan chegaram até o local – sem pistas de Ezekiel e o resto dos sobreviventes do Reino que foram liderados por Nabila para Hilltop. O clima entre Maggie e os prisioneiros está esquentando, à medida que sua relação com Alden parece despontar para algo próximo a uma amizade, uma vez que ela parece dar muita atenção ao que ele fala.
A lacuna entre personagens centrais me deixa ainda um pouco incomodado. Quando Carol tem toda aquela conversa com Morgan e Henry, de longe Maggie observa. Quando Maggie conversa com Gregory e Alden, Carol observa de longe. A distância advinda da divisão das cidadelas parece ter esfriado o relacionamento daqueles que estiveram desde sempre juntos. Carol e Maggie não contracenam juntas desde a sexta temporada quando foram sequestradas por Paula e outros Salvadores. As duas passaram por situações difíceis juntas e superaram com o apoio mútuo. Mas agora parece que não passam de conhecidas.
Outro ponto bastante chamativo é o fato de que Maggie já deveria estar se encaminhando para o período final da gestação e até agora sua barriga não demonstra nenhuma diferença. Óbvio que isso não possui muita influência no enredo, mas é totalmente destoante sabermos que ela está grávida (desde a sexta temporada) e até agora nada ter mudado no corpo da personagem. Ou os eventos da sexta temporada até aqui se passaram em poucas semanas, ou as pessoas responsáveis pelo figurino dos personagens simplesmente têm ignorado o fato dela estar grávida.
Daryl e os sobreviventes de Alexandria nesse episódio fazem a rota em direção a Hilltop, mas encontram dificuldades por se verem cercados pelo grupo de Negan. Dwight se mostra disposto a ajudar de todas as formas e sugere uma rota alternativa, que provavelmente seria evitada pelos Salvadores: o pântano. Acredito que o ponto central dessa trama é a relação do Judas dos Salvadores com Tara Chambler. Enquanto Daryl e Rosita tentam contornar a situação encontrada no pântano, que está tomado por walkers, Tara resolve voltar aos dez anos de idade e tomar atitudes de uma criança birrenta.
Até tento compreender os motivos da personagem. Mas ultimamente não há o que se falar da mesma. Desde o arco do Governador até aqui, as histórias de Tara parecem estar presas no mesmo ciclo de ter uma namorada (Alisha e Denise) que no fim acaba morrendo. A personagem não tem adicionado nada ao enredo e até mesmo seu episódio solo não possuiu serventia nenhuma, uma vez que quem assumiu a relação com o grupo descoberto de Oceanside foi Aaron e ela já não possui mais nenhuma ligação com este enredo.
O ápice de minha indignação com a personagem foi suas justificativas para que Dwight fosse morto: ele é de outro grupo que é considerado inimigo deles. Nesse momento eu gostaria de ser Daryl e falar para a jovem que talvez ela não se lembre que quando a prisão – que era um ótimo local para sobrevivência do grupo de Rick e que se não tivesse sido invadida provavelmente se manteria de em pé até hoje – caiu, ela estava do outro lado da cerca aliada ao inimigo, apontando uma arma em direção a eles e vendo o Governador cortar a garganta de Hershel. Será que ela realmente se esqueceu de que ela só está ali pela misericórdia de Glenn? Ou talvez porque Maggie a aceitou mesmo sabendo que ela estava apoiando o homem que decapitou seu pai? Será que é tão difícil possuir um pouco de empatia por Dwight?
É óbvio que eles não conhecem Dwight e não sabem o quão confiável ele é. Mas bem, o fato de ele ter matado alguns Salvadores para ajudar o grupo de Alexandria a sobreviver já poderia ser o suficiente para dar alguma credibilidade a sua história.
No fim, vemos Negan planejando o aprofundamento da Guerra, determinando que Eugene – o personagem mais detestável de toda a história – comece a fabricação das munições. O que segue é Negan tomando a decisão de infectar as armas com as entranhas dos walkers, para dessa forma adoecer os residentes de Hilltop. Dwight está no meio desse discurso (o que de certa maneira me faz agradecer a Tara, uma vez que se ela não tivesse o perseguido, ele não cairia nas mãos dos Salvadores novamente) e poderá ser peça fundamental para Rick nesse embate. Nunca é demais saber de antemão dos planejamentos dos inimigos.
Acredito que embora a morte precoce de Carl indicasse que algo não estava muito bem com The Walking Dead, a série possa estar conseguindo se desenvolver muito bem sem o personagem. Os episódios, até mesmo esses mais pacíficos, tem tido bons enredos e prendido a curiosidade do telespectador que busca compreender os próximos passos da Guerra em cada um dos lados.
A série está finalmente conseguindo lidar com os diversos personagens e dar destaques a personagens secundários que até então não conseguiam se mostrar em meio a um enredo desconexo – com raras exceções, como no caso da própria Tara já citada.
E então, qual a sua opinião sobre o episódio exibido no último domingo? Algo que não foi citado aqui e que você gostaria de discutir? Deixe nos comentários abaixo.
The Walking Dead vai ao ar todo domingo, legendado, às 22h30 e toda segunda-feira, dublado, às 22h30, na Fox.
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