Série

The Walking Dead S07E01: Steven Yeun explica o “eu vou te encontrar” de Glenn para Maggie

“Eu vou te encontrar.” Essas foram as últimas palavras de Glenn enquanto ele estava sendo atingido com um bastão de beisebol envolto em arame farpado. Para o homem interpretando Glenn, Steven Yeun, dizer adeus para a sua esposa na série foi tão doloroso quanto pareceu, especialmente porque o ator casou recentemente. “É emocionante falar sobre isso porque Glenn representa muito” diz o ator sobre filmar os momentos finais de seu personagem. “Principalmente para mim, estando recentemente casado, porque você conhece esse amor, e sabe quais são seus desejos finais, você percebe que ele iria tão longe por sua esposa que até em seus momentos finais ele diz ‘eu vou te encontrar’, isso é pesado.”

Mas o que essas últimas palavras significam? “Eu acho que significam várias coisas”, diz Yeun. “Parte delas se devem ao fato dele estar sendo golpeado na cabeça e estar vacilando. Talvez ele esteja voltando a um tempo em que esteve procurando por Maggie, enquanto estava separado dela. Talvez ele esteja tentando deixar um legado duradouro de sua personalidade naquele momento, sendo abnegado dizendo “Não se preocupem, eu vou sempre estar aqui” ou então “não há nada que possa nos separar”, e talvez seja essa última a razão. Mas eu acho que a beleza dessa situação em particular reside no fato de que ela é tão multifacetada que você pode tirar a conclusão que quiser dessas palavras.”

Enquanto a Entertainment Weekly conversava com Yeun sobre seu personagem e sobre The Walking Dead, ele também falou sobre interpretar um personagem forte ásio-americano em posição de protagonista quando há uma escassez de papéis como esse na TV. “Eu acabo de retornar de uma viagem a serviço da CAPE, a Coalition of Asian Pacifics in Entertainment, e uma das fundadoras me contou que foi em um acampamento em Michigan chamado Acampamento Sae Jong, onde crianças Coreano-Americanas vão para desenvolver maior consciência cultural de sua origem, sejam elas adotadas ou Imigrantes da Coreia – qualquer um dos casos.”

O que ela disse ao ator realmente o perturbou: “Ela disse que ficou muito triste em ouvir que todas as crianças se achavam feias. Elas pensam que alguém que pareça com elas não deveria estar na televisão ou que alguém que se pareça com elas não deveria ser desejada, ou heroica ou legal. Isso é muito triste. Eu também me lembro de sentir assim enquanto crescia. Não havia um Glenn. Eu não via ninguém na televisão. Não tinha ninguém sobre quem eu pudesse falar ‘é o meu rosto e o meu rosto está sendo aceito por todas as pessoas assistindo esse programa’, essa é a maior honra que eu pude experienciar.”

O que faz o personagem tão especial aos olhos do ator é que sua etnia não foi seu único traço distintivo. “Eu tive o privilégio e honra de interpretar um personagem como esse que não tinha que responder a ninguém além dele mesmo. Ele não tinha que responder o motivo pelo qual ele era tão asiático ou porque ele fez isso ou aquilo baseado no fato de ser asiático. Nada disso importava, o que importava era quem ele era como indivíduo. Isso foi o mais importante. Entramos em tantas casas ao redor do mundo e as pessoas puderam ver como é ser ásio-americano e puderam ver uma pessoa ásio-americana completamente normal como são. Chegou a um ponto onde as pessoas não notavam mais o fato de que ele pudesse ser etnicamente diferente delas… isso foi o mais legal. Você vê pessoas se apegarem a personagens que são parecidos com elas em casa peculiaridade, exceto pelo rosto, e isso é lindo e maravilhoso, eu estou muito orgulhoso disso. Uma das minhas coisas favoritas é que eu sempre vejo crianças que não são asiáticas se fantasiarem de Glenn para o halloween. Isso me faz muito, muito feliz.”

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The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, vai ao ar aos domingos no AMC Internacional, às 23h, e no FOX Action (canal do pacote premium FOX+) e FOX Brasil, às 23h30. Confira todas as notícias sobre a sétima temporada.

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Fonte: Entertainment Weekly

Gabriel Simonassi

Aluno de letras, professor de inglês e tradutor no meio tempo, foi contaminado pelo vírus zumbi em 2010 e segue contaminado até hoje. Não sei o que seria da minha vida atualmente se não existisse Netflix.

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