6ª Temporada
Robert Kirkman responde às perguntas cruciais sobre a estreia da 6ª temporada de The Walking Dead
Antigos inimigos possivelmente no caminho de se tornarem aliados. Antigos aliados no caminho de se tornarem inimigos? Uma morte horrível. E mais zumbis do que jamais vimos antes. A season premiere da sexta temporada de The Walking Dead teve tudo isso e mais. Então, a Entertainment Weekly conversou com o criador da série de quadrinhos e produtor executivo da série televisiva, Robert Kirkman, para obtermos as respostas para todas as nossas questões fundamentais.
ENTERTAINMENT WEEKLY: Primeiramente, na finale de Fear the Walking Dead, ouvimos Strand dizer, “A única maneira de sobreviver em um mundo louco é abraçar a loucura”. Agora, aqui na premiere de The Walking Dead, Rick disse, “Eu sei que isso parece insanidade, mas este é um mundo insano”. Então Strand e Rick assistiram ao mesmo Seminário de Sobrevivência ao Apocalipse Zumbi ou algo assim?
ROBERT KIRKMAN: É, nós também acabamos fazendo a mesma coisa. Nós não deveríamos estar nos repetindo tão cedo assim e eu peço desculpas por isso. Acho que isso pode representar que Strand pode ser alguém tão aclimatado a esse mundo quanto Rick é. Ambos parecem ter reações semelhantes a isso. Strand também pode ser um pouquinho mais rápido em socar do que Rick tem sido.
Você criou hordas monumentais nos quadrinhos, mas como foi ver a cena da pedreira com centenas de walkers?
Robert Kirkman: Eu olhei para aquilo e pensei, “Bem, nós podemos superar isso na sétima temporada”. É ótimo poder ver onde podemos chegar com coisas grandes assim. A série está sempre se expandindo de temporada para temporada. Estamos sempre tentando ficar maiores e melhores. Eu penso que conquistamos isso com essa premiere, então, eu fico animado com isso. Olha, essa foi provavelmente a coisa mais difícil de gravar que já tivemos na série, a cena da pedreira. Foi um esforço imenso de todos os envolvidos para fazer aquele trabalho. É um testamento para o que essa equipe consegue fazer junta, que funcionou muito bem.
Então o que achou quando o showrunner Scott M. Gimple contou pela primeira vez sobre o plano de ter todas essas coisas que aconteceram no passado – e houve muito disso na season premiere – em preto e branco?
Robert Kirkman: Eu pensei que foi brilhante da parte de Scott. Eu não quero fazer comentários que não cabem a mim, mas este não foi originalmente o plano. Nos cortes originais, tudo estava com cor. Houve algumas cenas aqui e ali nas quais pensamos, “Espere um minuto, isso foi antes ou depois da cena de abertura? Estamos no passado? Qual é qual?” Quando Scott propôs a ideia, “Dane-se, vamos fazer tudo do passado em preto e branco.”, foi então que tudo se uniu.
Eu acho que isso eleva o episódio de uma maneira estranha para termos essa coisa única, que você nunca realmente vê em um episódio de The Walking Dead. Isso realmente tornou a história tão clara e uniu o episódio de uma forma que deixou todos nós animados. É um episódio muito complicado; você está confiando nos espectadores para acompanhar tudo o que está acontecendo. O preto e branco só enfatizou isso, sim, conseguimos fazer isso, e a edição esquisita que tentamos fazer funcionou. Foi ótimo ver tudo se unir. E sempre que a série se parece com os quadrinhos, que são em preto e branco, é muito divertido.
Isso de brincar com o tempo é algo que veremos mais nessa temporada?
Robert Kirkman: Bem, sem revelar demais, sim.
Vamos falar sobre a dinâmica de Rick e de Morgan. Nós vemos alguns desacordos sobre enterrar Pete, sobre ajudar Carter quando os zumbis estão vindo em sua direção e sobre o quanto eles conhecem um ao outro. Agora eles têm uma história compartilhada sobre ajudar um ao outro, então, estão deixando algumas dessas coisas passarem, mas onde isso vai levar?
Robert Kirkman: Levou a todos os tipos de lugares estranhos. É interessante a forma como esses dois personagens conseguiram conhecer um ao outro através do tempo. Rick, em certo sentido, tem mais história com Morgan do que tem com muitos outros personagens da série. Mas enquanto há essa familiaridade ali, nós conhecemos esses personagens, de certa forma, como estranhos, só por causa de tudo o que Morgan passou e ainda não foi revelado, mas que pode ser revelado em um episódio futuro. Mas o fato de que que esses dois personagens são tão bons no que fazem e tão aclimatados a esse mundo, mas de modos completamente diferentes – eu não quero revelar demais, mas isso os coloca em oposição um em relação ao outro de modos substanciais. É um produto desse mundo e todos têm que lidar com isso.
Então nós veremos mais da história inicial de Morgan?
Robert Kirkman: Certamente existem respostas vindo. Tínhamos essa intenção, por certo, quando Morgan apareceu e mostrou para a audiência suas habilidades de luta com o bastão, “Bom, eu não lembro que esse cara tinha essas habilidades de luta com o bastão. O que foi que houve aqui?” E você sabe que definitivamente há uma história ali, e essa é uma história que será contada nessa temporada.
E quanto ao Glenn e ao Nicholas? Essa é uma situação bastante fascinante, na qual eles estavam à beira de se matar e, agora, Glenn está agindo como um mentor ou como um treinador do Nicholas. Glenn está fazendo isso porque quer fazer ou porque precisa fazer, e como isso se desenrolará mais adiante?
Robert Kirkman: Eu acho que, em certo sentido, ele está fazendo porque precisa fazer. Esse cara tem um otimismo imenso, apesar de tudo o que ele vivenciou. Eu acho que ele quer saber que Nicholas pode voltar desse estado e deixar de ser esse covarde perigoso, horrível e inútil. Ele quer ver que isso pode ser mudado, que ele pode depositar sua confiança nessa pessoa e ser recompensado por isso. Eu acho que isso é tão recompensador para ele quanto tentar fazer o bem para essa pessoa desprezível.
Tenho que dizer, eu realmente amo essa história. Nos quadrinhos, Nicholas é um covarde, e existe um elemento em relação a isso no seriado, mas Scott Gimple e os roteiristas pegaram essa ideia e simplesmente a expandiram de uma maneira imensa em coisas realmente legais. Essa é, de verdade, uma das adaptações legais, tirar algo que aconteceu nos quadrinhos e gastar algum tempo trabalhando nisso. Isso me anima muito e me deixa feliz com a série.
Vocês tiveram Ethan Embry interpretando Carter aqui e ele meio que foi um equivalente para o Nicholas dos quadrinhos, embora haja um Nicholas na série televisiva, para deixar as coisas ainda mais confusas. O que você acha desse personagem e da sua cena de morte intensa?
Robert Kirkman: Tê-lo na série, por mais breve que tenha sido, foi uma grande honra. Eu espero trabalhar com ele novamente no futuro. Ter um cara que chegue e que faça o que Ethan fez é bem difícil para um ator, mas ele realmente conseguiu carregar essa história de uma forma tão breve e tornar a morte dele significativa, de certa forma, eu não acho que muitos atores conseguiriam fazer isso.
Você teve aquela cena em que Rick aponta a arma em direção a Carter e faz um discurso sobre “Você realmente acha que vai tomar essa comunidade de nós?”, que foi retirado diretamente dos quadrinhos. O que é mais animador para você – ver cenas das páginas dos quadrinhos ganharem vida ou ver cenas completamente novas, que não existiam nos quadrinhos?
Robert Kirkman: Eu acho que ambas oferecem seu senso próprio de empolgação. Quer dizer, ouvir Andrew Lincoln dizer os diálogos que foram escritos para os quadrinhos há um longo tempo é sempre muito legal. Ver locações e ambientes construídos dos quadrinhos é sempre incrível. Mas, falando em relação à escrita, criativamente, são as coisas novas que me deixam mais animado. Por mais que eu ame ver todos os momentos legais dos quadrinhos serem adaptados com bastante precisão na série.
O grupo está enfurecido com Gabriel, os espectadores estão enfurecidos com Gabriel por se voltar contra o grupo e por deixar os walkers passarem pelo portão. Como você se sente em relação a esse personagem nesse ponto?
Robert Kirkman: [Existe] Muito potencial nesse personagem. As pessoas precisam ficar atentas.
O que você pode contar sobre o episódio dessa semana?
Robert Kirkman: Eu só direi que, vendo o tamanho da horda e sabendo que aquela buzina está chamando a atenção, esses elementos preparam o terreno para o que está por vir. Por mais intenso que você espere que o segundo episódio seja, é ainda mais intenso, e não paramos aí. Então eu esperaria um momento de cliffhanger semelhante no final do episódio 2, que nos levará para o episódio 3. Tudo o que você ouviu sobre ser uma temporada de ritmo rápido definitivamente se mantém fiel com a realidade. As pessoas precisam se segurar e ficar prontas para uma jornada bastante desenfreada.
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Fonte: Entertainment Weekly