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The Walking Dead S06E01: Greg Nicotero fala sobre o bando de walkers e o barulho da sirene

ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do primeiro episódio da sexta temporada de The Walking Dead, S06E01 – “First Time Again” (Primeira Vez de Novo). Leia por sua conta e risco. Você foi avisado.

O que foi aquela sirene no fim do episódio de estreia da sexta temporada de The Walking Dead? O diretor do episódio e produtor executivo de The Walking Dead, Greg Nicotero, sabe, mas ele só está disposto a nos falar o que aquela sirene não é. Ele também conta à Yahoo TV sobre como é divertido ter walkers correndo contra paredes de metal, assistir a estrela Andy Lincoln enfrentar alguém na beira de uma pedreira e ver Norman Reedus continuar a evoluir o uma vez solitário Daryl, além de falar sobre o segredo de Maggie e Glenn e sobre a luta de Rick na primeira metade da sexta temporada.

O bando: nunca pareceu tão divertido interpretar um walker, cambaleando pela estrada, correndo de cabeça contra cercas de metal. Alguém do elenco ou da equipe quer sentar na cadeira e ser maquiado para ser parte disso?

Greg Nicotero: Não para este episódio, porque todo mundo esteve tão ocupado. E eu ainda estou tentando encontrar uma oportunidade para usar maquiagem zumbi e dirigir ao mesmo tempo, mas eu não consegui fazer isso. Eu sou um walker no terceiro episódio. Mas uma das coisas divertidas ao se filmar as cenas em que os walkers estão sendo esmagados contra a parede na intersecção, é que nós tivemos um monte de cabeças de bonecos sendo esmagadas contra a parede. Nós praticamente formamos uma grande fila de Conga em um grande círculo e íamos esmagando as cabeças… Em certo momento, eu, o cara das maquiagens de efeitos especiais e a equipe, estávamos jogando balões cheios de sangue na cerca conforme os zumbis iam passando, e do nada teve uma explosão de sangue perto dos zumbis. Foi tão divertido.

Nós vamos te reconhecer como zumbi no terceiro episódio?

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Greg Nicotero: Talvez. É engraçado, porque evidentemente quando eles editaram o episódio, eles usaram muitas imagens de mim, e eu não acho que eles perceberam que era eu. Mas eles estão tipo “Uau, este cara é um walker muito bom”. Quando eu assisti a edição, eu fiquei meio que “Hey, olha só pra isso, aqui estou eu”. Eu estou em cinco cenas seguidas. Mas nós vamos falar disso depois do episódio três.

Nós vamos continuar vendo o bando do mesmo jeito que a gente o viu na estreia?

Greg Nicotero: O bando é um ator coadjuvante agora. Estou muito confiante em dizer que essa não é a última vez que nós veremos o bando. Nós deixamos Sasha, Daryl e Abraham liderando o bando, e Daryl na moto dele, estilo Pied Piper, liderando o bando pra longe de Alexandria. Sem dúvida, isso vai influenciar tremendamente em vários episódios.

Meu novo momento badass de Rick é ele correndo/voando no confronte com Ron na beira da pedreira. Você pode falar um pouco sobre isso, como foi dirigir aquilo?

Greg Nicotero: Aquela sequência foi praticamente a grande revelação da pedreira. E ambos os atores – Andy Lincoln e Austin Abrams – na verdade fizeram as cenas. Nós tínhamos dublês ali no dia, mas Andy dizia “Ah, não”. Então Austin e Andy fizeram as cenas juntos, nós tínhamos um colchão ali do lado, mas Andy literalmente correu contra ele com toda velocidade e o atacou. Aliás, isso na beira de uma pedreira real que tem 60 metros de altura.

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Nós tivemos que ter cintos de segurança e todo esse tipo de coisa. Aquele lugar, onde nós gravamos, era a pedreira real. Nós colocamos a câmera bem na beira da pedreira com o braço do Technocrane pra fora, e o viramos na nossa direção, para que assim pudéssemos fazer aquela cena do Ron correndo até a beirada do precipício, e então Andy correndo com potência total e atacando ele. Eu amo a coreografia daquela cena, porque nós conseguimos construir mais e mais daquela camada de suspense. Então é claro, os dois walkers que estavam logo atrás dele, a força cinética os faz cair da beirada, e nós vamos para aquele cena legal pra lá da beira, onde eles caem pra longe de nós e explodem quando atingem o fundo.

Este foi um grande episódio para Rick. O povo de Alexandria vai finalmente entender o lado dele sobre o que eles precisam aprender para sobreviver, ou continuará existindo medo e resistência por parte deles?

Greg Nicotero: Acho que o que importa sobre o primeiro episódio é que Rick deixa claro a lei. “Se vocês não conseguem aprender como sobreviver por conta própria, nós iremos sobreviver e vocês não vão resistir”. Este é o ponto de partida… Contanto que seu grupo sobreviva, ele não liga se o povo de Alexandria sobrevive ou não. Eu acredito que isso compete diretamente com o conceito de “não é sobre sobreviver, é sobre viver”. Acho que nesta temporada, a mudança que Rick precisa aprender é que você consegue sobreviver numa prisão, você consegue sobreviver numa igreja… Você consegue sobreviver, mas não consegue viver.

O motivo pelo qual eu acredito que Rick praticamente vai até o fundo do poço no final da última temporada é porque ele percebe que há uma oportunidade na frente deles não apenas de sobreviver, mas para eles viverem. É a primeira vez em anos na nossa série que nosso grupo é exposto à uma oportunidade de continuar vivendo. Eu acho que isso é uma ideia incompreensível do tipo “Espere um minuto, nós podemos ter uma vida novamente, não apenas um lugar pra se esconder por três episódios”. Acho que é muito pra ele compreender.

No final da quinta temporada, quando Deanna diz “Faça” (“Do it”), para atirar em Pere, nós percebemos que Deanna praticamente está dando boa parte de seu controle sob Alexandria para Rick, e o permitindo coadministrar Alexandria. Agora ele tem os meios para fazer este lugar habitável para o futuro de sua família, e se outras pessoas ali não estão de acordo com isso, então problema deles.

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E ele está certo, em última análise.

Greg Nicotero: É claro que ele está certo. Ele é o Shane. Shane disse a mesma coisa na segunda temporada. Shane confrontou Rick e disse “Você não é capaz de fazer as coisas que precisam ser feitas para proteger sua esposa, para proteger seu filho, para proteger seu grupo”. Agora Rick praticamente se torna exatamente a mesma pessoa que Shane diz que ele nunca se tornaria, o que eu amo.

Mas é um pouco assustador quando ele e Morgan estão na varanda com Judith, e Morgan pensa que está vendo seu velho amigo Rick, mas então Rick diz pra Morgan que, essencialmente, ele deixou Carter viver porque ele é um tonto, ele vai acabar se matando de qualquer jeito.

Greg Nicotero: E essa é uma consideração bem pessimista, porque isso também não é viver… Permitir que outras pessoas vivam para morrer é uma interpretação deformada de como viver, e isso é algo com o qual veremos Rick lutar durante a primeira metade da temporada, pelo menos.

O Morgan será a peça chave nisso, em como Rick vai pro outro lado disso?

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Greg Nicotero: Eu acho que todos tem parte nisso, mas todos estão em suas próprias jornadas agora. Carol está em uma jornada bem diferente, Daryl… depois de onde saímos na última temporada, Sasha encontrou redenção, e Abraham está rodeando neste lugar estranho e escuro. As pessoas estão caminhando em direções diferentes, e agora eles têm essa força gigantesca e formidável para lidar. Todos passarão por esses picos emocionais enquanto estão no meio de todo o resto que está acontecendo.

Foi ótimo ver Daryl se sentindo confortável e confiante em discordar com Rick sobre trazer ou não pessoas pra dentro. Onde está a cabeça de Daryl agora?

Greg Nicotero: Eu acho que o que Daryl aprende no final da temporada é que sobreviver significa ter pessoas por perto. Basicamente, o que nós estávamos dizendo antes sobre a percepção de Rick, que é “Contanto que nosso grupo esteja bem, eu não dou a mínima com o que acontece com os outros”, o Daryl está mais para “Espere um minuto, você não entende, a questão não é só sobreviver, é viver”. Quanto mais pessoas acolhermos, maior fica a comunidade, mais forte ela fica, o que significa que assim nós vivemos. Eu amo aquela cena que Norman e Andy fizeram, onde eles saem e Daryl discorda dele. É bom que eles se posicionem e enfrentem um ao outro e fiquem tipo “Sabe, eu não concordo com você”. É importante.

Como você estava dizendo, sobre Rick ter virado Shane, é legal ver Daryl, que inicialmente era solitário, ter se tornado quem agora diz “Nós precisamos do máximo de pessoas que conseguirmos para reconstruir nosso mundo”.

Greg Nicotero: A história de Norman tem sido, para mim, uma das mais fascinantes, por causa da sua natureza protetora com Carol na segunda temporada, e então a ideia de que Carol talvez estivesse morta na terceira temporada, como ele processou isso, e aí na quarta temporada, quando Carol desaparece… a história de Daryl tem sido bastante complicada, e a beleza que Norman traz na interpretação é o que faz ela parecer fácil. Quando ele está se recuperando depois de ter perdido Beth, e ele vê o celeiro, e assim que ele fica por conta para ficar longe de todos para lidar com seu luto, ele vê o celeiro, e o celeiro é o que salvou eles do tornado… Isso é algo que eu estava falando com Andy dois dias atrás. O desempenho de Norman é tão dramatizado, tão delicado, ele nunca ergueu a voz ou [gritou]. É basicamente instinto, e é bem fascinante assistir o que ele faz com isso… Daryl não tem muito diálogo em vários episódios.

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Na reunião da cidade, Glenn diz para Maggie que ele quer que ela fique atrás para ver Deanna, e ela sugere que há outro motivo pra ela ficar atrás. Nós já sabemos o que é esse motivo?

Greg Nicotero: Nós ainda não sabemos isso.

Mas nós podemos chutar que é algo que apenas os dois sabem?

Greg Nicotero: [Risos] Claro.

Certo, a sirene no final. Nós sabemos que está vindo de Alexandria, o que pode significar duas coisas: ou alguma emergência aconteceu em Alexandria que eles tem que fazê-los voltar com um barulho alto, ou alguém sabe do plano de Rick e está tentando sabotá-lo. O que você pode dizer sobre isso?

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Greg Nicotero: Ah, essas ideias são boas… [mas] você não está perto. Mas ambas ideias são boas.

Acho que veremos isso em breve, então.

Greg Nicotero: Você verá logo.

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Fonte: Yahoo

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Jessica Storrer

Estudante de Comunicação, professora de Inglês, staff esporádica e zombie killer nas horas vagas. Tenho pavor de políticos, aspargos e portas giratórias. Sou doente por seriados, pela estrada, por mapas, por Stephen King e por culturas novas.

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