Robert Kirkman, o criador de The Walking Dead, falou sobre o foco reduzido em ação zumbi nos seus quadrinhos em sua coluna “Letter Hacks” que fecha a edição 190, onde ele respondeu à uma pergunta criticando o afastamento da série em relação aos zumbis, que agora parecem mais um “pensamento distante ou uma pequena irritação”.
“Eu acho que tivemos uma PEQUEEENA ação zumbi com o truque de Eugene com o extintor de incêndio,” Kirkman escreveu, citando uma cena que se destacou na edição 189, que viu Eugene, preso dentro de um vagão de trem, girar um extintor de incêndio no estilo MacGyver como uma distração para escapar de uma horda de zumbis.
“Mas de verdade, o aspecto zumbi não me interessa muito mais depois de todos esses anos. Ver pessoas encurraladas por zumbis e sendo comidas não é divertido para mim. E narrativamente… para pessoas terem vivido por tanto tempo, elas precisam ser inteligentes o suficiente pra evitar esse tipo de armadilha… é por isso que não acontece com tanta frequência.”
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“Para bem ou para o mal, esse quadrinho se desenvolveu para além da devoração de intestinos,” Kirkman adicionou. “Eu não estou dizendo que NUNCA mais vai acontecer… mas nunca será o foco. Eu disse tudo que queria dizer sobre evitar e ser comido por zumbis nas primeiras 50 edições ou mais.”
Os quadrinhos, que começaram a ser lançados em 2003, há muito retratam os homens como a grande ameaça em um mundo desolado dominado por cadáveres reanimados e famintos.
The Walking Dead atualmente encontra Rick envolvido em uma situação que se agrava rapidamente em Commonwealth, uma rede quase utópica de comunidades composta de 50.000 sobreviventes. A história, mergulhando em questões políticas e sociológicas, não existe sem seus perigos: Commonwealth está agora no meio de uma revolta contra a classe mais alta e desde então foi invadida por um número esmagador de zumbis.
Ao completar 15 anos dos quadrinhos em Outubro, Kirkman disse que The Walking Dead não terminará tão cedo, mas ele tem uma ideia geral sobre um final.
“Eu sei o que estou construindo, para eventualmente encerrar as coisas,” ele contou à Variety. “Se eu não tivesse uma ideia, eu estaria apenas girando com o vento tentando manter o rumo. Eu não sei se virá em 1000 edições ou 100 edições, mas eu sei qual é a conclusão da história e o que tem que acontecer para chegar lá.”
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