3ª Temporada
The Walking Dead: O quanto a AMC vai se distanciar dos quadrinhos?
Com o palco pronto para o épico – e mortal – confronto entre Rick e o Governador, o The Hollywood Reporter lança um olhar ao que pode acontecer nos dois episódios finais da terceira temporada do drama.
The Walking Dead da AMC sempre usou o drama de Robert Kirkman como ponto de partida para a sua história, mas o drama zumbi teve uma reviravolta diferente da mostrada nos quadrinhos da Image no começo da temporada, quando Lori (Sarah Wayne Callies) morreu no parto. Faltando apenas dois episódios para terminar a terceira temporada, e a brutal batalha entre Rick e o Governador ainda por acontecer, a grande dúvida permanece: o quanto a série vai ficar fiel à guerra mortal que acontece nos quadrinhos?
Na HQ, Lori passa mais dias na prisão do que sua equivalente na TV, falecendo, com sua filha Judith, durante uma tentativa de fuga no meio da batalha épica com o Governador. Por ordem do Governador, Lilly – um dos soldados do Governador – atirou na mãe, sem perceber que a bala também matou sua garotinha.
“Será sangrento”, conta o produtor executivo Greg Nicotero à The Hollywood Reporter sobre a iminente batalha. “Levamos muito tempo preparando-a e ela não irá terminar bem. Claramente, nos afastamos um pouco dos quadrinhos porque Lori e Judith não morrem juntas. Este é o pulo do gato em The Walking Dead: você nunca sabe. É triste que ninguém esteja seguro, mas já mostramos isso na primeira metade da temporada”
A morte de Lori e Judith nos quadrinhos, no entanto, não foi em vão. Ao se dar por conta que ela também matou um recém-nascido inocente, Lilly virou sua arma para o Governador e atirou, jogando seu corpo quase sem vida para uma horda de zumbis acabar com ele, assim encerrando o conflito entre as comunidades.
“As coisas serão muito intensas; é um conflito enorme, e estivemos construindo-o durante toda a temporada,” diz Kirkman. “Definitivamente haverá sérias consequências e certamente algumas mortes.”
O produtor executivo David Alpert alerta que o conflito terá uma “grande contagem de mortos” mas também um equilíbrio entre esses momentos com verdadeiras emoções humanas. “Irá surpreender a todos, não restam dúvidas,” ele diz. “Fizemos algumas coisas que são um pouco diferentes dos quadrinhos. Se você ler os quadrinhos você não vai querer fazer a mesmas coisas. Estamos tentando fazer algo que irá surpreender e chocar, enquanto ainda recompensa o fato de que se você ler os quadrinhos vai reconhecer muitos dos pontos de referência que colocamos ali.”
Um dos casos, a “sala do estupro” que aparece nos quadrinhos de Kirkman apareceu no domingo retrasado, durante o episódio 14 da terceira temporada. Após uma intensa caçada de gato e rato, o Governador (David Morrissey) capturou Andrea (Laurie Holden) e a levou para sua câmara do mal – onde, na HQ, Michonne foi brutalmente estuprada e torturada (apos tentar vingança por o Governador ter cortado a mão de Rick). Michonne – e Andrea – permanecem como parte do grupo de personagens principais dos quadrinhos que estão ainda vivos e fortes, aproximando-se da edição #109 da HQ.
De sua parte, Walking Dead mostrou momentos cruciais dos quadrinhos múltiplas vezes nesta temporada: as batalhas na arena do Governador, a coleção de cabeças em aquários e Michonne (Danai Gurira) arrancando seu olho, entre eles. Muitos espectadores também se preocuparam que Maggie (Lauren Cohan) pudesse ter tido o mesmo destino de Michonne enquanto estava prisioneira e quase estuprada pelo Governador, que agora parece ter Andrea em suas teias.
O destino de Andrea permanece sendo uma das grandes questões desta temporada. Após iniciar com Michonne na estrada, Andrea optiou por ficar na Woodbury liderada pelo Governador, eventualmente descobrindo que ela estava, literalmente, dormindo com o inimigo. Se ela irá ter o mesmo destino ou pior – ou se sua fuga será parecida com a de Michonne nos quadrinhos (com a ajuda de Martinez e Rick) – ainda teremos que ver.
“Acho que ainda teremos vários engasgos coletivos nos próximos episódios”, diz a produtora executiva Gale Anne Hurd. “Não há como prever o que vai acontecer. Com este padrão de elenco, mesmo quando há ação, é tudo baseado no personagem, então você está realmente se aplicando. Estávamos colocando a trilha sonora outro dia e mesmo sabendo o que estava para acontecer, eu fiquei chocada.”
Enquanto Kirkman diz que ele adoraria evitar ter um grande vilão por temporada, os produtores continuam delirando com as performances cheias de nuances de Morrissey como o Governador, deixando a porta aberta para o fato de que o vilão poderá sobreviver a esta temporada.
“O potencial sempre existe – ou ele poderá morrer no próximo episódio”, diz Kirkman rindo. “Este é o The Walking Dead: você nunca sabe.”
Adiciona Hurd: “Se eu quero manter David Morrissey? Sim! Manteremos? Não tenho como contar a você. Há tantas coisas em sua performance. Nos quadrinhos ele é monocromático, mas aqui ele tem tanta humanidade.”
Para a season finale, na próxima semana, Alpert diz que os fãs mais atentos terão uma recompensa. “Há algo na finale que especificamente vai recordar o começo da temporada, e irá recompensar as pessoas que estão atentas e investindo no show,” ele diz, “Você não precisa ter visto, mas sua experiência no show irá ser muito mais recompensadora se você observar a primeira metade da temporada com atenção. Aquele tipo de enredo e de retorno que daremos na finale é exatamente aquilo que faz The Walking Dead ser tão especial e diferente.”
The Walking Dead vai ao ar às 9 da noite (22hrs no horário de Brasília) de domingo na AMC. Deixe suas teorias sobre a final da terceira temporada abaixo, nos comentários.
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Fonte: THR
Tradução: @BinaPic / Staff Walking Dead Brasil