Após 193 edições, as HQs de The Walking Dead chegaram ao fim sem aviso prévio aos fãs. Robert Kirkman, criador da saga, chegou a encomendar capas das revistas posteriores ao ilustrador Charlie Adlard para não levantar suspeitas dos planos de terminar a história. Após a morte de Rick, na edição 192, tinha-se a expectativa de que, na edição seguinte, o funeral do protagonista do universo zumbi fosse o centro da narrativa final. Mas o que vemos é um enredo focado no futuro, com personagens que vimos crescer e se desenvolver em estágios muito próximos de uma vida normal, sem correr grandes ameaças com os walkers.
A história começa com Carl voltando para casa quando encontra um errante pelo caminho. Ele saca uma espada e mata a criatura, quando Sophia chega preocupada. Os dois se questionam como ele conseguiu passar pelo forte esquema de segurança armado pela comunidade onde vivem, quando uma criança chega gritando pelo pai. É Andrea, filha dos dois. Carl e Sophia, que estão casados, continuam se perguntando sobre o walker, até que Grimes quer saber se Hershell está na cidade e sai para encontrar o cunhado.
Quando os dois se encontram, o filho de Maggie e Glenn recebe Carl com empolgação, mas o filho de Rick retribui com um soco. Descobre-se, então, que o rapaz é dono de uma espécie de circo de zumbis, e, descuidado, deixou um deles escapar. Quando descobre que Carl matou o walker que fugiu, Hershell fica indignado, dizendo que as criaturas são muito difíceis de serem encontradas e que vai chamar o xerife Kapoor. Mais tarde, o policial chega à residência da nova família Grimes e brinca com Andrea, para mostrar que é amigo deles. Carl, que quer resolver o assunto sem demora, pergunta ao xerife sobre um bom lugar para queimar o errante morto, mas Kapoor diz que a situação é mais complicada, porque Grimes destruiu propriedade privada. O caso será levado a julgamento no dia seguinte.
LEIA TAMBÉM:
– O que o fim dos quadrinhos de The Walking Dead significa para a Série de TV?
Mais tarde, Carl, Sophia e Andrea vão até a casa de Earl, que já está bastante velho e vive em uma área mais isolada do restante da comunidade. O ferreiro diz que é difícil que haja alguma punição, uma vez que um walker não aparece por aquelas bandas há quase dez anos graças ao esquema de segurança implementado pela sociedade que se estabeleceu naquele local. Na primeira menção a Rick Grimes na última edição da HQ, Earl diz que passou o dia cuidando de seu jardim, e a segurança que ele sente é devida ao xerife. Os dois tentam convencer o ferreiro a se mudar para mais perto da cidade e ele recusa, dizendo que gosta de viver na paz que tem. Antes de o casal ir embora, Earl lembra que Maggie não foi uma mãe muito presente para Hershell porque estava muito ocupada cuidando dos assuntos do Império, e acabou dando tudo que o garoto queria. No caminho de volta, o casal olha as estrelas e lembra que antes sentiam medo da noite, e nunca tinham tempo de olhar para o céu. Carl admite que, apesar de admirar as estrelas, ainda sentia pavor da noite. Ao ser confortado por Sophia, que diz que as coisas estão diferentes agora, ele pergunta até quando a paz que eles têm vai durar. Em casa, os dois colocam Andrea para dormir, e Sophia pergunta se o marido está bem. Ele diz que está pensando no pai, e a esposa responde que todos os que estão vivos pensam em Rick Grimes. Carl então diz que lamenta que ele nunca conheceu a neta, mas afirma que, ao pensar em como Earl está velho, talvez tenha sido melhor que o pai tenha morrido e virado uma lenda. Então diz que se sente ainda pior por pensar dessa forma.
No dia seguinte, Carl segue para o julgamento com Sophia. Um grupo de curiosos quer acompanhar a audiência com o famoso filho de Rick, que precisa ser escoltado por Kapoor. Lá dentro, a juíza pede que cada um conte sua versão do ocorrido e Hershell começa. O filho de Maggie começa o depoimento afirmando que possui alguns dos poucos walkers restantes na região onde vivem e que as pessoas pagam para ver o show que ele monta com as criaturas. Diz ainda que se desesperou quando viu que um deles tinha sumido e passou a noite procurando. Ele termina sua fala dizendo que o ato de Carl não pode passar impune só por conta do pai famoso. Carl então toma a palavra e diz que não nega o que fez e, quando viu o Walker andando na propriedade dele, perto de onde a esposa e a filha moram, não pensou duas vezes antes de matá-lo. Ele afirma que muitos dos que estão ali podem não se lembrar de como eram os tempos anteriores, e que ver um zumbi é novidade para muitos deles – que até pagam para ver um. Mas isso não significa que ele concorde com a forma que as pessoas vivem agora. Termina dizendo que, no mundo atual, se uma pessoa deve pagar por proteger os vivos, então ele deve ser punido, e agradece que o pai não esteja lá para ver no que eles se tornaram. Quando a juíza reúne os conselheiros para formar um veredicto, Maggie entra no recinto – PRESIDENTE Maggie, segundo a própria magistrada. As duas conversam e decidem que nenhuma queixa será prestada, mas Carl terá que substituir o walker morto. Carl e Hershell se revoltam com a decisão.
LEIA TAMBÉM:
– The Walking Dead vai mostrar o apocalipse zumbi na China em nova série de livros
Do lado de fora Maggie diz a Carl que a punição saiu barata e que ele pode facilmente encontrar um Walker substituto. Afirma ainda que ele sabe muito bem o valor de mercado de um zumbi, e Carl fica revoltado pelo tratamento de mercadoria que as criaturas têm. A presidente então diz que também está preocupada em como o povo está ficando relaxado à medida que a zona de segurança deles se expande, mas lembra que eles estão próximos de fechar um acordo com uma aliança ocidental, então a situação precisa ser resolvida logo. Carl segue indignado e diz que ela sabe muito bem o perigo de trazer um walker para a cidade, e que é questão de tempo até que alguém seja morto. Ele lembra que há muitos anos alguém não é mordido, e pergunta se a presidente quer trazer isso de volta para a comunidade. Maggie então diz que esse perigo passou e Carl precisa superar, ser feliz e aproveitar o mundo que o pai dele ajudou a construir para todos. Carl responde dizendo que Rick não morreu para que walkers ficassem andando entre crianças. Por fim, Sophia diz à mãe que ela precisa tomar cuidado com Hershell e não correr para socorrê-lo em qualquer adversidade. Maggie afirma que depois de tudo que Sophia a viu passar, só quis deixar as coisas bem para o caçula. Sophia diz que a mãe vai acabar criando um Sebastian Milton, o filho mimado da governadora, se não colocar um basta nas ações do filho.
Saindo da audiência, Carl e Sophia relaxam e apostam uma corrida a cavalo até a escola de Andrea. Mais tarde, em casa, ela diz que a filha está preocupada com o pai, e Carl promete que eles vão conversar no dia seguinte, mas precisa sair para esfriar a cabeça. Na cidade, Hershell está saindo do hotel onde está hospedado e o dono pede para ele acertar a conta. O filho de Maggie diz que vai pagar na próxima visita dele. Do lado de fora, uma criança chama por Hershell e o leva até sua carroça, onde ele encontra todos seus walkers mortos. No dia seguinte, Carl faz o carregamento no trabalho e sai rapidamente. Do lado de fora, ele se encontra com a colega de trabalho Lydia. Eles dão a entender que foi Carl quem matou os walkers de Hershell. Os dois começam a discutir sobre rotas da viagem e Grimes propõe que eles passem por um caminho específico para encontrar alguém, que, segundo Lydia, nunca aparece, mesmo após várias tentativas de encontrá-lo. Descobre-se então que eles estão atrás de Negan, batem na porta da casa dele, mas ninguém atende.
Carl e Lydia chegam a uma embarcação onde vivem Aaron e Jesus. Eles entregam alguns suprimentos e vão embora. Os dois seguem realizando entregas até que encontram uma quantidade enorme de pássaros se deslocando. À noite eles montam acampamento e Carl se surpreende por Lydia ainda usar o chapéu de Rick. Lydia o chama para dormir com ela na tenda e Carl recusa. Ela então diz que estava querendo apenas que ele não dormisse do lado de fora, e ele aceita. Lá dentro, os dois falam sobre o tampão no olho que Carl usa até para dormir. Carl desconversa, Lydia insiste e ele diz que usa o curativo por Andrea, para ela não precisar ver as cicatrizes que o mundo anterior deixou nas pessoas.
No dia seguinte, eles chegam à estação de trem e, quando desembarcam, se deparam com uma grande obra comandada por Eugene, chamada Frente Ocidental. O cientista está à espera de uma peça que encomentou. Carl se impressiona com o empreendimento, que é uma espécie de extensão da linha do trem, e Eugene lamenta que Stephanie não está viva para ver o avanço do projeto. Grimes diz que ele está saudável para tocar as obras para frente, e o cientista diz estar doente. Depois, Lydia pergunta se Carl acredita na história, e ele diz que Eugene fala sobre isso há anos, mas não sabe se é verdade. Os dois então encontram Laura, que mostra rancor ao dizer que nunca vai esquecer o que Rick fez, se referindo a Dwight. Carl então afirma que muita gente morreu por causa do pai, mas todos os que estão vivos também devem isso a ele.
Carl volta para casa e é recebido com calor por Andrea, mas Sophia está uma fera com o marido por conta da morte dos walkers e diz que ele será preso por isso. Carl diz que se realmente for preso, foi porque quis proteger a filha, pois foi isso que Rick o ensinou. Sophia responde dizendo que Andrea vai ficar menos segura sem o pai por perto. Então a polícia chega, Carl é detido e levado de trem para ser julgado no Império. No caminho, um policial diz que não concorda com a prisão e muitas pessoas estão chateadas com a forma que ele foi tratado. Sophia diz ao marido que Hershell alega que a morte dos walkers foi uma ameaça à sua vida. Os dois imaginam como será o encontro com a juíza Hawthorne. Chegando ao Império, descobre-se que se trata de Michonne. Ela começa dizendo que a sessão é apenas uma audiência informal, e a decisão será tomada por ela, sem júri, sem advogados e sem julgamento. Ela então dá a palavra a Carl.
Grimes começa dizendo que conhece a lei, mas quando viu o Walker em sua propriedade fez o que deveria fazer. Também confessa que matou os outros walkers de Hershell. Ele diz ainda que fez o que fez por Andrea, que é tão forte, confiante e brilhante quanto sua homônima – Michonne sorri. A filha, segundo ele, vê o mundo com otimismo, e ele queria manter isso. Andrea, com seis anos, nunca viu um Walker na vida, e todos deveriam trabalhar para que as criaturas continuassem longe da sociedade. Michonne elogia o discurso de Carl e diz que as pessoas realmente não se lembram de como o mundo era antes, e ela mesma parece se esquecer dos perigos do passado. Ela então cita um discurso que parece ser de Rick, que termina com a frase “em um mundo comandado pelos mortos, somos forçados a finalmente começar a viver”. O fato de os mortos terem feito as pessoas voltarem a viver, nas palavras de Michonne, envolveu muitos sacrifícios, e se o mundo atual é mais seguro e feliz, eles devem honrar quem se sacrificou para que isso acontecesse. Carl é inocentado.
Mais tarde, Carl e Michonne conversam na sala da juíza, que diz que não deixaria uma de suas pessoas favoritas ir para a cadeia, e se vangloria em dizer que ele matou os walkers de Hershell com a espada dela. Carl então diz que poucas pessoas acreditariam que a juíza Hawthorne costumava carregar uma espada. Ela diz que quem empunhava a arma era Michonne, que também era uma pessoa que vivia cheia de culpa, que a fez falar com fantasmas e afastou as pessoas. Lembra que Hawthorne é o nome do ex-marido, e o seu antigo nome se tornou uma lembrança dolorosa de um casamento fracassado e de filhos mortos. Agora, ela diz que colhe os frutos pelo trabalho que teve nos últimos anos e nunca teria conseguido isso sem Rick Grimes, então sempre que tem a chance de fazer algo em honra do nome dele, ela faz.
Saindo da sala de Michonne, Carl se encontra com Hershell. O filho de Maggie diz que prestava um serviço às pessoas e que o show servia para mantê-las com medo e fazer com que se sintam agradecidas pelo que têm agora. Lembra ainda que não conheceu o pai, Glenn, que quase ninguém se lembra dele e que ninguém construiu estátuas para ele (o Império tem uma estátua de Rick). O que ele acredita que herdou do pai é a pessoa que se tornou.
Carl encontra Sophia, mas se mostra desanimado após a conversa com Hershell. Diz, no entanto, estar aliviado por ter sido absolvido. Na saída, é provocado por alguns adolescentes pela proteção que usa no olho. O casal então chega até a estátua de Rick, e Carl diz que a postura do pai não era imponente como a estrutura mostra. Sophia diz que é assim que as pessoas querem se lembrar dele.
Em casa, Carl pergunta a Sophia se ela imaginava que eles chegariam aonde chegaram. Sophia diz que não se lembra qual foi a última vez que sentiu medo, e se pergunta se antigamente as pessoas davam valor à vida o tanto quanto eles dão agora. Andrea chega e pede que o pai leia uma história para ela. Carl então começa a ler um livro infantil que fala sobre quando os mortos resolveram voltar à vida e assustar as pessoas. O período ficou conhecido na história como “O Teste”, um tempo assustador, onde muitos se perderam no caminho, se esqueceram quem realmente eram e não sabiam mais a diferença entre bem e mal. A escuridão que tomou conta do mundo deixou todos tristes, e as pessoas não sabiam como voltar ao normal. Quando as coisas estavam na mais completa escuridão, um homem apareceu. Um homem que foi muito machucado durante O Teste. Rick Grimes teve a ideia de manter todos juntos, para, assim, fazer amigos ao invés de inimigos e reconstruir o mundo. Ele viajou muito levando os amigos consigo, e eles o fizeram mais forte e deixaram-no seguro. Rick então ensinou as pessoas a fazerem com que seus amigos as deixassem mais fortes e seguras. O Teste foi um período tão perigoso que o xerife não conseguiu sobreviver a ele. Mas Rick conseguiu mostrar o caminho para as pessoas. Enquanto Carl vai contando a história, o destino dos personagens vai aparecendo: Negan deixando flores no túmulo de Lucille, Mercer e Princesa caminhando com um cachorro, Lydia com o marido, Yumiko e Magna, Laura e o marido, Michonne com a filha e o neto, e Sebastian, ainda preso, acompanhado da mãe Pâmela Milton.
Carl então se emociona e diz a Andrea que ela teria gostado de conhecer o avô. A filha pede para que ele leia a história de novo.
A edição termina com um depoimento do criador de The Walking Dead, Robert Kirkman. Ele revela que queria que a HQ tivesse mais de 300 volumes, mas em determinado momento percebeu que a história se desenrolou de tal maneira que teria que terminar antes. Kirkman ainda revelou pela primeira vez o final que havia planejado originalmente para a jornada de Rick Grimes. De acordo com o roteirista, a revista terminaria aproximadamente após a chegada do grupo à Alexandria. “O grande enredo de Sem Saída (edição 14 da HQ) termina com Rick proclamando que Alexandria era um local pelo qual valia à pena lutar, que eles poderiam não mais mudar de lugar para lugar. Tinham que ficar, criar raízes e começar a construir a partir dali. Os dias de nômade ficaram para trás. Esse era o plano para o fim”. No entanto, segundo ele, o destino da comunidade não seria feliz dessa forma.
Fim de The Walking Dead.
O que você achou da última edição da HQ de The Walking Dead? Comente conosco abaixo!
Com presença épica de Norman Reedus, a CCXP24 finaliza com mais um ano em grande…
Um dia de pura emoção: painéis épicos, atrações exclusivas e momentos inesquecíveis celebrando o melhor…
Mais um dia surpreendente com homenagens emocionantes, estreias exclusivas e painéis repletos de novidades para…
O evento começou com painéis épicos, atrações incríveis e muita emoção, celebrando o melhor da…
O The Walking Dead Brasil traz para você tudo sobre esta noite especial, que destaca…
Saiba tudo sobre a participação de Robert Kirkman, o criador de The Walking Dead, na…
Esse site utiliza cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão "ACEITAR" ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
LER MAIS