Se você acha que o sangue e as tripas do apocalipse de zumbis em The Walking Dead é também desnecessário para uma simpática senhora como a produtora Gale Anne Hurd, pense de novo.
Hurd começou sua carreira com filmes como uma assistente executiva de Roger Croman mais conhecido como “Rei da Cult Film” quem prontificou portfólios da década de 50 e 60 tais como “Devil’s Angels” e “Attack of the Blood Beast”, para “Rock ‘n’ Roll High School” junto com os pioneiros do punk The Ramones, para o original “Little Shop of Horros” e “Death Race 2000”.
E ela tem feito muito desde então no consumado de sua carreira em Hollywood.
Os nativos de Los Angeles trabalharam em uma maneira de levá-la até Corman’s New World Production (deve ser a empresa do produtor) se tornando eventualmente presidente antes de lançar sua própria companhia de produções em 1982. (durante esse período ela se casou com os diretores James Cameron e Brian DePalma antes de se casar com o roteirista Johnathan Hensleigh em 1995. Ela também possui um iate chamado de “Double Feature”).
Hurd tem produzido filmes dos quais você deve ter ouvido falar, são eles: “The terminator”, “Aliens”, “Hulk”, “Tremors”, “The Abyss” e “The Increidible Hulk” entre outros e seu próximo projeto é a “Hellfest” uma característica pouco delicada sobre assassinos fantasiados executando “amok” em um parque de diversões com temas de Halloween.
Então sim… voltando aos zumbis. Recentemente, Hurd tirou um tempo de seu trabalho como produtora executiva em The Walking Dead, filmando na zona rural em Georgia para falar sobre a popularidade bem sucedida das séries da AMC, adaptando os quadrinhos para as telas pequenas das TV’s, o apelo durarouro dos mortos-vivos e como estão as coisas após a saída do Frank Darabont.
CNN Geek Out: Se baseando nas avaliações, “The Walking Dead” está fluindo, é visível que a série tem se expandido atingindo fãs de diversas idade para essa grande audiência.
Hurd: Isso é um retorno. Começou com pessoas que estavam lendo os quadrinhos, depois os fãs do quadrinho e as pessoas que eram fãs de zumbis, mas eu acho que com as avaliações que nós recebemos, acabamos por atingir fãs de todas as idades. Ao meu ver é que as pessoas se tornaram curiosas quando os amigos diziam “Eu não vou sair no domingo a noite, vou ficar em casa para ver The Walking Dead”. Estávamos como uma panela de pressão porque cada decisão que você toma é uma decisão de vida ou morte. Quando você tem que ir incrementando os riscos, se você está conectado aos personagens, você realmente tem que deixar as coisas emocionantes na televisão. Se nós estamos fazendo isso certo, temos que criar esses riscos, mas ao mesmo tempo nós nos divertimos com o fato de que é um mundo não só apenas com zumbis mas com outros seres humanos também.
Algumas pessoas assistem a série apenas para ver as formas gráficas, e traços que damos ao criarmos os zumbis e outras pessoas assistem para ver como acontece a história, imaginamos ter os dois tipos de expectadores.
CNN Geek Out: Com o progresso da segunda temporada, o que os expectadores podem esperar?
Hurd: Óbvio que a tensão entre o triângulo amoroso entre Lori, Rick e Shane está aumentando. Tem também a tensão das pessoas que não queriam sobreviver no CDC como a Andrea, será que ela quis abraçar a ideia de viver agora ou se ela ainda pensa em uma maneira de se matar? Estamos introduzindo novos personagens, como a fazenda do Hershel, nós não apenas temos novos personagens mas também a dinâmica de interação entre eles trouxe no grupo.
CNN Geek Out: Levando em cosideração os momentos chaves até agora, a série não está sendo fiel a história dos quadrinhos – Como são feitas essas decisões?
Hurd: A nossa sorte é que Robert Kirkman é o nosso roteirista, não apenas o produtor executivo. Ele apresentou na sala de reuniões aonde escrevemos o roteiro, de como essas decisões são feitas e o quanto elas devem estar próxima aos quadrinhos. Devemos colocar novos personagens? Não existe ninguém que conhece mais de The Walking Dead do que o próprio Robert, não precisamos coçar a cabeça e dizer “Caramba, o que o criador de The Walking dead iria achar?”. Qualquer mudança que é feita para o desenvolvimento da série nós temos a sua “benção” e na maioria dos casos foi sua ideia. Uma vez que este é um meio diferente, nos temos a oportunidade de realmente mergulhar nos personagens e ter cenas que existe uma série de diálogos aonde você vai ter pequenas bolhas nos quadrinhos e na série isso não pode ter. E é claro quando Nós temos um momento de violência na série diferente dos quadrinhos você tem que observar isso em toda sua glória. É tudo tripas e glória.
Obviamente uma das primeiras coisas que aconteceram foi ter mantido o Shane vivo, nos deparamos com sua morte bem cedo na história em quadrinhos, porém é um persgonagem vital e o drama criado com o triangulo amoroso é algo que você não quer perder na série. Nós pensamos em criar personagens novos que mais tarde se tornaram os admirados pelos fãs que foi o Daryl Dixon a Merle Dixon.
CNN Geek Out: Zumbis agora nos últimos anos tiveram um ressurgimento maior, o que você acha levando em conta seu apelo duradouro?
Hurd: Zumbis são a pior versão de nós, eles são canibais.
Depois que você se torna um zumbi e acaba de ver uma dócil e adorável criança, essa criança é seu jantar. É um tabu dessa maneira. Eu acho que nós sempre fomos fascinados por isso. Nós queremos ver do outro jeito, mas não podemos evitar. É como se fosse um acidente na rodovia – Você não deveria olhar mas mesmo assim não pode evitar.
Então sempre vem o aspecto de “mas pelo amor de Deus” – “graças a Deus não sou eu”. Existe algo sexy nos vampiros, sim, e poderia ser legal ser um vampiro e não envelhecer. Tem algo legal nisso.
Mas eu duvido que todo mundo queira isso, virar um zumbi. Você nunca mais vai ler um livro nem nunca irá amar alguém a não ser que seja uma possível refeição.
CNN Geek Out: Essa temporada possui 13 episódios comparada com a primeira temporada que só tinham 6 episódios, isso pode ser legal.
Hurd: Nós realmente temos a oportunidade de desenvolver mais os personagens que introduzimos na primeira temporada e introduzir novos pesonagens, interligá-los e ver como interagem entre si. Óbvio, nós temos muitas oportunidades para vários encontros com zumbis, eu penso que você vai descobrir que nós não estamos com receio de colocar coisas na tela da sua TV que você nunca viu antes. Mas isso não é a unica razão para ficar ligado na série e deverá assustar as pessoas de forma que façam com que parem de ver. É mais fácil apenas não olhar.
CNN Geek Out: Houve muitas conversas entre os fãs com a saida de Frank Darabont durante as filmagens dessa temporada, como foi isso?
Hurd: Ele ainda possui contato com todos os seus amigos antes e depois de sair das filmagens da série. Estranhamente não é tão estranho afinal. As pessoas poderiam ter esperado isso, mas ele não é apenas meu amigo mais próximo, ele é uma pessoa mais talentosa e gentil que eu já conheci. Estavamos conversando sobre outros projetos. Frank e eu somos amigos por mais de 6 anos, nós temos outras coisas para converser além da série e vamos continuar.
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Fonte: CNN Geek Out
Tradução: Perix / Staff WalkingDeadBr
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