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5ª Temporada

Tovah Feldshuh fala que Deanna não comprou a ideia do Padre Gabriel

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Enquanto nós passamos a maioria do inverno sem fim reclamando do inverno sem fim, a estrela de TV, cinema e Broadway Tovah Feldshuh – a estrela de 62 anos Tovah Feldshuh – fez algo melhor. Ela saiu do frio congelante de Nova Iorque e foi para a Tanzania, onde ela e seu filho escalaram o Monte Kilimanjaro. Isso mostra apenas um lado da atriz indicada ao Emmy e Tony Awards, que nunca tinha visto um episódio de The Walking Dead antes de assumir o papel de Deanna Monroe, e provou que foi a escolha perfeita para interpretar a dura, respeitada e visionária líder de Alexandria.

Feldshuh, que vai estrelar um revival de duas noites de Golda Balcony, peça que deu a ela uma indicação ao Tony, em Nova Iorque em Maio, falou com o Yahoo TV sobre se juntar ao elenco, como o trabalho é um dos melhores de sua ilustra carreira, seu respeito e afeição pelos colegas de elenco como Andrew Lincoln e Chandler Riggs, o que Deanna está realmente sentindo sobre Rick e seus amigos, e como o discurso de Padre Gabriel vai se mostrar no season finale.

Você causou um grande impacto na série. É verdade que você não tinha lido os quadrinhos ou mesmo assistido a série antes de se juntar a ela?

Tovah Feldshuh: Como a maioria das pessoas da minha idade, quando você se depara com algo desse título você dificilmente vai para o produto. Não quer dizer que o título é ruim, só quer dizer que se assustar não é muito minha praia. Risadas são mais minha praia. Enfim, por você ter tido a gentileza de dizer que eu causei um impacto, me sinto muito grata a Scott Gimple e aos roteiristas. Os roteiristas constroem aquelas cenas. O que foi louco foi que, eu não fiz teste para nada da série. Eles me deram uma cena falsa, por incidente muito bem escrita, onde eu interpretava uma chefe de inteligência, uma mulher poderosa que era chefe da CIA ou Serviço Secreto, algum grupo de elite. Quando eu aceitei o acordo eles me falaram da personagem.

Foi fascinante. Eles me trouxeram de volta de Galápagos – eu mal sabia que tinha conseguido um emprego – direito para Atlanta. Fiz umas medidas para o figurino. Me encontrei com Scott Gimple e Greg Nicotero, esses homens fabulosos e educados que têm um espaço enorme em seus corações para os novatos. Cada set tem sua própria personalidade, e acho que esse é um dos melhores sets onde eu já trabalhei. O espaço que as pessoas dão para sua melhor contribuição possível é incrível e muito esperta… acho que nunca estive em um set mais familiar. Sou muito grata por eles terem me colocado aqui. Sou muito grata por terem me escolhido. Esse e balançar em um trapézio em Pippin são os dois melhores trabalhos que já fiz em minha vida. E você está falando com alguém que já esteve em algumas peças da Broadway e quase sempre era a protagonista, por isso estou dizendo algo grande. Está tudo ali. Amo ir ao trabalho. E quem não ama Andy Lincoln?

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Você se ligou a ele logo de cara? Sua primeira grande cena como Deanna foi com Rick.

Tovah Feldshuh: Quem não ama aquele cara? Eu estava agora a pouco em Londres. Eu escalei o Kilimanjaro e depois estiquei um pouco para o sul da França e Londres. Andy mora a duas horas de Londres. Ele não tinha que fazer mais nada além de estrelar a série; nada demais, não é? Ele foi me visitar. Há mais o que dizer além de “Uau”? Golda Meir diz, “Algumas pessoas te amam, e outras pessoas te amam e te visitam.” Ele me visitou e isso faz toda a diferença. Ele é tão educado, incrivelmente talentoso e lindo de se assistir em seu trabalho, mas seu lado humano além de seu trabalho em cena é sensacional, tocante. E dou créditos a ele. Eu cheguei no set em uma segunda-feira. Nós filmamos uma cena de nove páginas na terça de tarde ou uma quarta de manhã, e fizemos tudo de uma vez. Sem Andy eu não sei o que teria feito.

Quando vocês se encontraram em Londres, algum dos seus episódios já tinham sido exibidos? Você teve a chance de discuti-los, discutir a reação com sua performance como Deanna?

Tovah Feldshuh: Três dos meus episódios tinham sido exibidos, mas eu não tinha visto nenhum deles. Eu tenho um sobrinho incrível que sabe como exibir o que eu não pude ver, então depois eu os vi. Mas ainda assim, Andy não os assiste. Ele não assiste a seu próprio trabalho. Eu sou diferente. Acho que tenho um olhar analítico desenvolvido. Não tenho nenhuma cirurgia plástica, por isso não ligo para esse tipo de vaidade. Eu já passei disso, querido, por isso não me importo que meu rosto hoje pareça um mapa de trilhas. Não vou me preocupar com isso. Não posso mudar. Sempre que assisto Maggie Smith em Downton Abbey eu me orgulho muito, ou Vanessa Redgrave por quem sou apaixonada, tenho certeza que ela é natural. Nós podemos ser enrugadas, mas, cara, nós temos expressões. Nós conseguimos mexer o rosto. Quando olho para Maggie Smith e para a sutileza de seu trabalho eu digo, “Tovah, seja forte, seja forte. Você pode chegar aí se você tiver a força para não se retocar.” Até agora está dando certo.

Mas sim, eu não falei sobre meu trabalho, mas Andy foi direto falando da reação. Foi maravilhoso. Eu disse a ele, “Sua vida inteira é sobre outras pessoas. Você vai até as pessoas e elas só falam deles. Espero que o que esteja falando seja verdade. Espero continuar viva em sua série por um bom tempo, mais do que qualquer um pode esperar.”

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Aprofundando um pouco sobre Deanna, ela é uma mulher experiente, ela tem grandes visões de futuro, incluindo reconstruir tudo que um dia já existiu, e ela viu Rick e seu grupo como um fator positivo para trazer esses planos para a realidade. Dados os eventos dos dois últimos episódios, ela agora está pensando que superestimou quão perigosos Rick e seus amigos são pelo que eles tiveram que fazer para sobreviver?

Tovah Feldshuh: O primeiro passo para o esplendor, como dizia meu pai Sidney Feldshuh, é saber que você não sabe. Deanna acha que sabe aferir outras pessoas… ela disse, “Eu sou muito boa em ler outras pessoas.” Essa é uma área onde ela não tem muita experiência de vida, onde ela não sabe que ela não sabe.

Assim como escalar o Kilimanjaro. Você não acha que eu pensei que estava preparada para escalar o Kilimanjaro? Eu estava, mas eu não sabia o que eu não sabia. Eu não sabia que não sabia que você escala por seis horas e fica nessa altitude. Eu não sabia que você tem que dormir em uma prancha inclinada a noite, que sua cabeça deve estar sempre acima de seus pés para que seu diafragma possa trabalhar, que você não pode nunca comprometer sua capacidade de respiração no Kilimanjaro, ou você pode entrar em choque. Eu não sabia que eu não sabia. E foi isso que Deanna Monroe me ensinou. É claro que ela subestimou o quão perigosos eles eram, porque ela não tinha qualquer experiência em ficar do lado de fora por cerca de dois anos. O que ela viu foi que eles não se canibalizaram quando estavam em maus bocados. Ela viu através de seus olheiros, de Aaron. Ela sabia que ainda restava humanidade neles.

Olhem para a personagem de Melissa McBride, Carol. Quão brilhante ela não é? Isso é uma das coisas mais interessantes na série inteira, a mudança dela de vítima para atuante, por um ponto de vista. Ela agora diz quem deve viver e quem deve morrer, quem vai por isso, quem vai por aquilo, quem pode ter armas, e agora tem esse sentimento prático do que é moral nessa sociedade.
Então sim, Deanna não sabe que ela não sabe. Mas ela está aprendendo muito rápido, especialmente depois da perda de seu garoto.

A reação dela em “Try”, deixando a caçarola na entrada, queimando o recado que Carol escreveu… foram apenas reações de uma mãe de luto? Ela parecia ter uma visão bem realista de Aiden e de suas habilidades, ou da falta delas.

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Tovah Feldshuh: Acho que ela pensava que seus dois filhos operavam bem em Alexandria, dentro das capacidades deles, até que ela recebe Rick. Deanna aceitou Rick porque nós precisávamos dos músculos dele, precisávamos da experiência dele do lado de fora dos muros, e o grupo dele precisava de nossa civilização. Eles precisavam de um chuveiro, de uma babá eletrônica, de poder ouvir música clássica, relaxar, poder tirar um cochilo de verdade sem não ter que ficar sempre em alerta. Eles precisavam de civilização desesperadamente assim como nós precisávamos de proteção. No entanto, Deanna não achava que precisávamos de proteção… Ela apenas queria reforçar nossas barreiras, mas Deus a abençoe. Sua intuição de deixar Rick entrar antes que alguma coisa acontecesse foi muito esperta, exceto que, não há nada sem consequências, ter trazido o grupo deles para dentro trouxe uma divisão? Isso polarizou as coisas? A resposta é, em certos aspectos, com certeza polarizou. Os garotos saem e eles já não têm o melhor julgamento sobre o que se fazer, mas eles nunca entregam as rédeas… Eles não pensam em ceder para um bando de piratas que têm mais experiência. O que acontece é que eles saem em uma missão de cunho militar onde eles apenas são subordinados. Eles não são nada em comparação com Glenn e com as habilidades que os outros sobreviventes têm em campo. Eles não sabem disso, e o resultado é que um termina empalado e morre.

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Conclusão, ela sabe que trazer Rick e seu grupo foi uma má ideia?

Tovah Feldshuh: Ela acha que pode ter sido uma má ideia, mas sua curva de aprendizado está ficando muito íngreme agora. Existe uma grande curva de aprendizado entre seu conceito e sua visão. Na minha família não há um divórcio sequer em 150 anos que eu saiba, não há divórcios em nossa linhagem. Sou casada a 38 anos, meus pais 63, meus sogros 63, nossos avós pelos menos 65, nossos bisavós… as pessoas não se divorciaram. Não sabemos o que é isso. Sabemos que é horrendo. Temos amigos ricos que estão sempre se divorciando rapidamente. Eu sei que é desagradável, mas não tenho conhecimento visceral sobre o que é isso. Não tenho conhecimento de campo sobre isso, graças a Deus. Deanna, seu corpo não viveu essa experiência, por isso tudo o que ela pode fazer é usar a intuição e previsão. Não há dúvidas que a entrada do bando de Rick – eu os chamo de piratas – foi uma boa ideia… mas eles chegaram com calma e rapidamente implantaram um plano B. Lembre-se que ele disse, “Nós vamos tomar esse lugar. Se for um problema, a gente controla.”

Deanna acha que foi uma ideia ruim? Ela tem suas dúvidas. Ela está começando a temer sobre o que ela disse a Maggie, interpretada pela Lauren Cohan, que também é adorável. “Nós saímos a campo. Meu pessoal começa a falhar. Você pede para reavaliar e sempre acabamos escolhendo alguém dos seus para liderar.” As chaves do setor de construção são dadas a Michael Cudlitz, aquele ruivo maravilhoso… estou dizendo, poder almoçar com essas pessoas é motivo suficiente para estar em The Walking Dead. Eles são lindos. São fisicamente requintados. De Melissa McBride, que é adorável, ao jovem Chandler Riggs, que é uma das pessoas mais articuladas, espertas e talentosas que eu já vi… sou apenas a novata no grupo, mas amo estar ali.

Enfim, um erro? Não colocaria dessa maneira. Deanne sente que poderíamos estar em perigo. Ela vem de uma crença na democracia, uma pessoa, um voto e do nada eles chegam dizendo que estou louca e que isso não funciona, e que se Pete é esse hediondo que bate na esposa ele precisa ser morto, não é mais um mais um júri onde você é inocente até que provem o contrário, se você tem evidências o suficiente que mostrem que você é uma ameaça a nossa sociedade, você deve ir embora.”

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Na sua reação sobre a situação de Pete, nós vemos que ela, assim como Rick, olham para algumas coisas de uma maneira mais prática. Ela foca na importância de Pete como médico e cirurgião ele no que Pete está fazendo à sua família.

Tovah Feldshuh: Riscos e benefícios. Riscos e benefícios. O benefício de seu conhecimento médico vai além do fato dele bater na esposa. É horrível. Rick entendeu que ele é capaz de matar a esposa. Rick viu uma implicação de O.J. Simpson. O mesmo não aconteceu com Deanna.

Quão impactante foi para Deanna o discurso de Padre Gabriel, e você acha que ele influenciará no season finale?

Tovah Feldshuh: Pode ser. O roteiro daquela cena… é tão preciso e tão interessante. O modo com que ele apresenta seu caso é maluco. É descontextualizado. Qual a experiência dela com ele? Ele não fez nenhum mal a ela ou a comunidade, mas a presença dele é estranha. Ela tem a mente aberta… ela ouve. Ela respeita como faria com qualquer um de seus constituintes. Mas ela não compra a ideia. Pelo contrário. Ela está mais para uma juíza. Ela tenta pesar os riscos e benefícios, verdades e mentiras. Ela enfrenta muitas mentiras no episódio passado… é bem duro. Por isso ela grava as coisas.

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Fonte: Yahoo
Tradução: @OAvilaSouza / Staff Walking Dead Brasil

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