Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do sexto episódio, S01E06 – “Doma Smo” (Estamos em Casa), da primeira temporada de The Walking Dead: Dead City. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
O final de The Walking Dead deu uma “solução” digna e bem elaborada para o conflito de Negan e Maggie, que vinha sendo construída desde quando o Rick poupou Negan no final da oitava temporada. Por causa disso, muitos fãs ficaram com o pé atrás em relação aos recursos que seriam usados para reunir esses dois novamente.
Seis episódios colocaram os dois numa nova missão, mas será que isso foi suficiente para inovar a dinâmica entre os dois? Felizmente sim. O último episódio da primeira temporada de The Walking Dead: Dead City resolveu questões que tinham sido colocadas nos episódios anteriores e abriu novos caminhos para uma possível segunda temporada.
Já no começo do episódio temos o encontro de Ginny e Negan, em que ele a questiona o que ela estava fazendo ali, uma vez que ela já tinha sido deixada na Nova Hilltop. Ao mesmo tempo, questiona Maggie se ela sabia que a garota estava em Manhattan e ela mente afirmando que não. É interessante como a série tenta trocar os personagens de posição a todo momento, colocando a Maggie para fazer algumas coisas que o velho Negan fazia, sendo hipócrita até certo ponto.
Falando em Negan, já de cara se mostra revoltado quando Ginny tenta retrucar, e ele aproveita o momento para contar a verdade de que ele foi o responsável pela morte de seu pai. Todo o sentimento de proteção que a garota sentia com Negan parece ter acabado e ela acaba concordando em voltar para a Nova Hilltop sob a proteção de Armstrong. Essa cena com certeza foi uma grande surpresa, acho que ninguém estava esperando por isso.
Prosseguindo com a missão, Negan e Maggie vão de encontro ao Croata para tentar resgatar Hershel. No meio do caminho, os dois vão dialogando até que a verdade vem à tona. A maneira que o Negan descobre a mentira da Maggie através dos olhares, do silêncio, dos movimentos dela é brilhante e desde The Walking Dead foi estabelecido o quanto esses personagens se conhecem. A partir disso, cria-se o cenário perfeito para o grande conflito entre eles.
A luta entre os dois é muito bem coreografada e visceral. A direção usou muito bem o ângulo das câmeras para mostrar o Negan tentando fugir e a Maggie indo atrás, enquanto tem que lidar com os walkers também. A forma com que o cenário foi utilizado aqui como um elemento importante na luta é muito criativo, em que ambos estão encurralados enquanto tem uma pequena horda logo embaixo deles. O único defeito aqui é que no momento que a Maggie crava a faca no ombro do Negan, ele tira facilmente e nem sequer tem sangue, continua como se não houvesse nada. Não sei se foi um erro de montagem, mas senti um incômodo assistindo. Porém essa pequena ressalva não estraga a grandiosidade da cena, que não representa apenas uma luta física mas também uma luta psicológica.
Após o fim da luta, Maggie finalmente cumpre o seu combinado entregando o Negan para o Croata enquanto ele devolve Hershel. A cena de reencontro dos dois é meio morna não por causa das atuações, mas sim pela forma que estava a relação entre eles antes do Hershel ser sequestrado. O garoto ainda se mostra desmotivado e cansado, tratando a própria mãe como descarte mesmo depois de tudo que ela passou para chegar até ali. A abordagem sobre maternidade e a responsabilidade de se ter um filho é mais aprofundada nesse episódio do que nos anteriores.
Descobrimos aqui também que a Nova Babilônia tem interesse em New York pela quantidade de walkers presentes que são fundamentais para produzir energia por meio de metano, como foi mostrado no quarto episódio da série. Se houver uma renovação da série, não vejo como encaixar esse núcleo novamente na história da segunda temporada, já que a abordagem parece que vai ser outra.
Quando tudo parecia ter acabado, a série nos surpreende novamente. Agora nas mãos da Dama, Negan descobre que o Croata foi apenas um meio utilizado para que ela conseguisse o que ela queria. A personagem quer um líder para unificar as comunidades em Manhattan e pelo que ela ouviu sobre o Santuário, a fez desejar colocar Negan neste cargo. Ela dá as “chaves do Reino” para ele juntamente com uma caixa com o dedo Hershel. A Dama deixa a entender que caso Negan não faça o que ela quer, ela pode sempre voltar para pegar mais, mostrando o quão cruel ela pode ser.
The Walking Dead: Dead City se mostrou uma série muito sólida e consistente durante os seus episódios. Embora o roteiro não apresente nada de novo e faça apenas um arroz com feijão muito bem feito, a série deu novos ares para a franquia apresentando uma qualidade técnica impressionante. O grande destaque do spin-off fica com as atuações impressionantes de Jeffrey Dean Morgan e Lauren Cohan, que deram um show. Com um grande potencial ainda a ser mostrado, espero que a série seja renovada.
E por aí, o que você achou de “Doma Smo”, o sexto e último episódio da 1ª temporada de The Walking Dead: Dead City? Deixe sua opinião e pensamentos nos comentários abaixo!
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