Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do quinto episódio, S01E05 – “Stories We Tell Ourselves” (Histórias que Contamos a Nós Mesmos), da primeira temporada de The Walking Dead: Dead City. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
O episódio começa de onde o último parou, com um cenário realista e claustrofóbico, juntamente com a perfeição da trilha sonora, com barulho de ratos e de gotas de água pingando, que já tinha sido introduzida na cena final do episódio anterior. Aliás, toda a sequência do esgoto e a forma como elas são dirigidas são excelentes e cumprem o papel de deixar quem está assistindo incomodado com tanto realismo.
Desde que a Maggie (Lauren Cohan) resgatou a Ginny (Mahina Napoleon) da arena no episódio passado, o roteiro já trabalha com a desconfiança que a Ginny tem da Maggie, tanto pelo que o Negan (Jeffrey Dean Morgan) deve ter contado para ela como pela forma com que eles foram abordados pela Maggie lá no primeiro episódio. É interessante como isso se desenrola ao longo deste episódio e como culmina na revelação do plot twist no final.
Com a ajuda que Negan deu pro Armstrong (Gaius Charles) no episódio anterior, a relação dos dois personagens vem se desenvolvendo de uma forma amistosa, visto que um precisa do outro para saírem dali. É revelado aqui que Armstrong tem conhecimento sobre o cais e os barcos, que devem ser utilizados no próximo episódio. Todo este desenvolvimento leva a crer que o Marshall irá corresponder a Negan, já que o personagem tem se tornado cada vez menos resistente.
Voltando para o núcleo do grupo que está no esgoto, há a descoberta de que o Tommaso (Jonathan Higginbotham) é um traidor e que estava informando ao Croata (Željko Ivanek) que o grupo estava chegando para resgatar Hershel (Logan Kim). Isso não fez muito sentido já que não teve nenhuma construção prévia sobre a verdadeira motivação dele estar agindo dessa forma. Ficou a impressão de que toda essa justificativa serviu apenas para levar a morte dele e da Amaia (Karina Ortiz). A cena de morte dos dois ficou um pouco estranha, com walkers acordando de forma coordenada, o que ficou parecendo uma forçação de barra para que eles morressem logo. Apesar de serem dois personagens completamente desperdiçados, vejo isso pelo lado de que vai ficar mais interessante o foco em Negan e Maggie no episódio final.
Quanto à presença do Croata neste episódio, vemos que ele não manda totalmente. Ao chegar naquele teatro, vemos que ele não é muito respeitado lá e parece responder a uma mulher (que inclusive parece já estar familiarizada com o Negan). Não sabemos se ela já conhecia ele antes ou se conhece apenas pelo que O Croata falou. De qualquer forma, faltando apenas um episódio para o fim da temporada, não sabemos se sua presença vai ser irrelevante ou se terá um peso maior numa possível segunda temporada.
Outro ponto muito bem abordado no episódio é a frustração do Croata vendo que o Negan não é o mesmo da época dos Salvadores, e o seu “ídolo” pareceu realmente estar focado na missão e ter ignorado tudo o que o personagem construiu dentro daquela arena. Ver o Croata desesperançoso, que colocou muita expectativa no Negan após ter sofrido com a perda de sua família, o coloca desiludido.
Finalmente chegou neste episódio o momento que todos os fãs estavam esperando, a luta com o walker fusionado. Obviamente, a caracterização ficou perfeita (como sempre no Universo The Walking Dead), mas a luta foi rápida demais. O conceito do walker estar preso nos esgotos há muito tempo e acabar se juntando com outros pela ação da natureza é fenomenal e poderia ter sido mais bem aproveitado aqui. É épico ver a Maggie lutando e tentando acertar cada cabeça para derrubar o “King Walker”.
O plot twist da série é revelado nesse episódio. Toda a história contada pela Maggie é uma mentira. Desde o primeiro episódio, a série deu a entender que o cartaz de procurado do Negan foi dado pelos Marshalls, quando na verdade o próprio Croata entregou para Maggie. A história do Hershel ser uma garantia para que a Nova Hilltop entregasse seus grãos é uma mentira, já que somos remetidos a flashbacks de quando a Ginny estava escapando de lá e observou o silo cheio de grãos.
Com a Ginny atirando o sinalizador para chamar a atenção de Negan, Maggie não está mais preocupada só em salvar o Hershel, mas também não deixar Ginny chegar no Negan. Inevitavelmente isso deve acontecer e colocar os dois em posições antagônicas novamente, como foi até mostrado no trailer um tentando matar o outro.
O ponto mais forte do episódio com toda certeza foi a direção excelente nas cenas do esgoto. Na minha experiência assistindo, senti um incômodo assistindo essas cenas (no bom sentido), o que mostra que a direção foi muito eficaz no que se propôs a fazer. Muito imersivo o jogo das câmeras balançando, o foco na respiração dos personagens juntamente com os sons do ambiente.
“Stories We Tell Ourselves” apesar de tomar algumas decisões questionáveis em relação ao roteiro, é um episódio que mantém a linha construtiva que foi estabelecida pelos antecessores. A história avança ao revelar a verdadeira intenção de Maggie e isso constrói um clima de curiosidade muito grande para saber como a temporada vai terminar.
E por aí, o que você achou de “Stories We Tell Ourselves”, o quinto episódio da 1ª temporada de The Walking Dead: Dead City? Deixe sua opinião e pensamentos nos comentários abaixo!
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