Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do terceiro episódio, S01E03 – “People Are a Resource” (Pessoas são um Recurso), da primeira temporada de The Walking Dead: Dead City. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
O terceiro episódio de The Walking Dead: Dead City explorou ainda mais a relação de pai e filha entre Negan (Jeffrey Dean Morgan) e Ginny (Mahina Napoleon). Além de responder perguntas e questões que ficaram em aberto desde o final da série principal, e mostrar um lado ainda mais sombrio de Maggie (Lauren Cohan).
Ao ser capturado pelo Croata (Zeljko Ivanek), Armstrong (Gaius Charles) descobre um novo submundo que permeia as ruas de Manhattan, além de ser exposto a desafios no qual ele terá de enfrentar para salvar sua vida.
Entre relações de pai e filha, mãe e filho, gases alucinógenos, cervos de CGI e lutas em arenas, talvez você tenha deixado passar alguma coisa no episódio. Por isso, separamos cinco detalhes de “People Are a Resource” que você pode ter perdido. Confira:
Um pequeno detalhe que serve como easter egg e que com certeza deu uma aquecida no coração dos fãs mais fervorosos do Universo The Walking Dead está nas fotos e objetos guardados na caixinha de Maggie.
Podemos ver o retrato de vários dos personagens que fizeram parte da história dela, como o desenho de Glenn (Steven Yeun), que provavelmente foi feito por Hershel (Logan Kim) com base em alguma foto antiga visto que, no episódio anterior, a sua habilidade e talento com desenhos havia sido explorada.
Também temos uma foto de Maggie e Hershel (Scott Wilson) na época da fazenda. Além da fotografia com toda a família Greene reunida, assim como uma de Josephine Greene (a mãe de Maggie) segurando ela quando bebê.
E o mais clássico de todos, o relógio que Hershel deu a Glenn na 2ª temporada de The Walking Dead, e que após a sua morte voltou para as mãos de Maggie. Um objeto que se tornou simbólico para esse universo e que possui uma longa história, além de ser significativo para a personagem.
Um detalhe interessante que a produção teve nesse episódio ao mostrar New York de uma forma mais ampla está na construção do One World Trade Center, um dos maiores prédios de toda Manhattan. O curioso é que o apocalipse zumbi de The Walking Dead deu início no ano de 2010 e o One World Trade Center viria a ser inaugurado apenas no final de 2014.
Não faria sentido a série o mostrar por completo já que até então ele não havia sido finalizado. Na cena, quando Ginny chega na fronteira da ilha de Manhattan é possível avistar, mesmo que de longe, o prédio ainda em construção e não finalizado. Um pequeno detalhe lógico e que faz toda diferença na criação de mundo desse universo.
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Enquanto Maggie, Negan e os novos sobreviventes observam a base do Croata através de um prédio abandonado, eles avistam um carro um tanto quanto diferente, ora atraindo os zumbis, ora os levando para longe da base. Porém, esse não é um simples carro, é um típico automóvel utilizado em desfiles no Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day) nos Estados Unidos.
O Dia de Ação de Graças é um feriado muito popular no Norte da América e em algumas ilhas do Caribe. Ele busca celebrar, em diferentes religiões, a graça pelo alimento concedido durante o ano. Em Manhattan, há sempre o costume de acontecer uma grande celebração em torno desse feriado, já que ele é um dos principais a serem comemorados nos Estados Unidos. Então, é interessante e crível a ideia do Croata ter encontrado um carro utilizado no desfile e, ainda mais, usá-lo como atrativo para os mortos.
O Audiovisual é uma arte que sempre usa do mecanismo de “contar menos e mostrar mais”. Dito isso, no episódio anterior, Negan cita que Croata era seu principal torturador enquanto fazia parte dos Salvadores, e aqui é citado que Tommaso (Jonathan Higginbotham) foi o único membro do novo grupo que sobreviveu e fugiu ao ser capturado por ele.
Em uma cena em que os sobreviventes estão fazendo uma reunião, Tommaso, que usava uma regata, expõe algumas cicatrizes em suas costas. Diversas marcas e arranhões, como se tivesse sido chicoteado e queimado, e tudo o que é dito e mostrado dá a entender que foi obra do Croata.
Essas cicatrizes deixaram Maggie ainda mais assustada com a possibilidade de algo semelhante ter ocorrido com Hershel, além de mostrar que os velhos hábitos do Croata em sua época de Salvador ainda continuam. O que só aumenta ainda mais o nível de ameaça em torno do vilão.
O novo grupo de sobreviventes que havia sido apresentados no capitulo anterior é melhor explorado. E uma das doutrinas mais chamativas na qual esse grupo adota é a homenagem e o luto pelos mortos. Durante o jantar, o grupo faz uma espécie de prece para os membros que se foram, aonde eles colocam sobre a mesa algum pertence de um ente querido, e então murmuram uma canção.
Nesse momento, Maggie quase coloca sobre a mesa o desenho de Glenn, mas rapidamente recua. O que poderia estar simbolizando o luto que a personagem vive há mais de uma década e no qual ela jamais superou.
Esse pequeno detalhe mostra um pouquinho mais desse grupo e seus conceitos, o que ao julgar pelo visual e pelas doutrinas faz com que eles se assemelhem bastante a ciganos e grupos tribais, uma abordagem interessante e um contraponto extremo ao grupo do Croata.
Durante o seguimento na arena, Armstrong é drogado. Mas qual seria esse químico que Croata usou para drogá-lo? O gás utilizado naquele momento é o Metano (CH4).
O Metano é um químico muito utilizado para produzir energia, se levarmos em consideração o que nós apontamos na lista de detalhes do segundo episódio, aonde citamos que Croata era um cientista antes do apocalipse e que ele havia desenvolvido uma nova fonte de energia e combustível nesse meio tempo. Aqui nos é explicado que essa fonte de energia vem do Metano, no qual ele extrai dos corpos em decomposição dos mortos.
Na arena, ele usa desse químico para drogar Armstrong, pois além de ser uma fonte de energia, o metano em sua forma gasosa também pode ser um elemento muito perigoso. A inalação do metano em gás pode causar vertigem e sonolência, asfixia, parada cardíaca, danos no sistema nervoso, além de outros problemas na saúde. O que explica o porque de Armstrong ter sofrido aqueles efeitos ao inalar o gás.
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