Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do primeiro episódio, S01E01 – “Old Acquaintances” (Velhos Conhecidos), da primeira temporada de The Walking Dead: Dead City. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Quando foi anunciado em março do ano passado, o spin-off focado em Maggie (Lauren Cohan) e Negan (Jeffrey Dean Morgan) sofreu críticas pelo público, já que muitos acharam que a dinâmica entre esses personagens ficaria repetida visto que o conflito entre eles foi um dos pontos principais da última temporada de The Walking Dead. Felizmente, estávamos enganados. A nova série consegue reinventar a abordagem da relação entre Maggie e Negan, os colocando juntos para salvar Hershel (Logan Kim), sequestrado por um antigo conhecido de Negan.
Na abertura do episódio somos apresentados pelos olhos de Maggie a uma das maiores cidades do mundo destruída e tomada pelos mortos. Fragilizada pelo sequestro de seu filho, a personagem está em torno da cidade para conseguir possíveis evidências da localização de Hershel. Vale ressaltar aqui que o CGI da cena está perfeito e está evidente que a AMC realmente investiu nesse derivado.
O momento de concentração de Maggie é interrompido quando um walker a ataca, e aqui temos uma das melhores cenas de Lauren Cohan como Maggie, em que a atriz consegue transmitir com realismo os sentimentos perturbadores de sua personagem. Ela acerta o walker com seu binóculo até que o crânio dele exploda, fazendo referência a morte brutal de seu marido (que sacada dos roteiristas).
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Na sequência, vem a abertura da série, que está incrivelmente bem feita e detalhada. Nela podemos ver alguns dos pontos turísticos mais emblemáticos de New York, como a ponte do Brooklyn, a Times Square e a icônica Estátua da Liberdade. A música tensa e a animação vibrante casaram perfeitamente com a temática da série.
Com um novo acampamento não muito perto das comunidades de The Walking Dead, Maggie vai até um hotel e lá descobre que Negan está abrigado com sua nova filha adotiva, Ginny. Ao chegar até ele, Maggie questiona sobre Annie e seu filho, porém ele desvia o assunto, um fator que me incomodou no episódio já que todo mundo queria saber o que aconteceu para ele estar sozinho.
Maggie conta a ele sobre o sequestro de Hershel e que ele foi levado por um ex-membro dos Salvadores, O Croata. Quando a Maggie faz o icônico assobio para fazer referência aos Salvadores, foi de arrepiar. Em troca da ajuda de Negan para ir até Manhattan e salvar a criança, Maggie manteria Ginny em segurança no seu acampamento.
Enquanto isso, somos apresentados a um novo grupo de antagonistas, Os Marechais (Marshals). Esse grupo é formado por homens patrulheiros da Nova Babilônia que buscam por pessoas que cometeram atrocidades, servindo como justiceiros. Do lado de fora do hotel que Negan estava hospedado, o líder do grupo encontra um livro no chão com o mapeamento da região, e apenas a página de Manhattan está faltando, o que leva eles a acharem que Negan pode ter ido para lá.
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Esperando alguém buscar Ginny e a levar para o acampamento em segurança, Maggie resolve descansar no carro, e aqui há uma forte cena. Memórias do Glenn sendo brutalmente morto juntamente com flashes do Hershel sendo sequestrado vem à tona em sua memória, e a personagem se mostra cada vez mais desenvolvida e complexa, principalmente no que tange ao seu transtorno de estresse pós-traumático, que não havia sido abordado de forma madura anteriormente como foi neste episódio.
Quando Maggie e Negan estão prestes a entrar no barco e ir para Manhattan, o grupo aparece. De forma estratégica, ambos sequestram o jovem do grupo para usá-lo de forma inteligente. Nesse ponto, começa um intenso conflito entre os protagonistas. Quando o jovem começa a falar de sua família para persuadir Maggie, Negan resolve que jogará ele do barco, porém Maggie intervém dizendo que ele pode ser usado de forma estratégica contra os Marechais e que não importa o que Negan pensa. Ele rebate dizendo que desde o momento que Hershel foi sequestrado, memórias antigas voltaram junto com o desejo de vingança. Nesse sentido, ele joga Maggie contra a parede ao perguntar quantos pais ela matou, um debate moral que eles nunca tiveram antes, já que na série principal ele sempre estava na posição de não questionar.
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Ao finalmente chegarem em Manhattan, temos um belo vislumbre da ponte do Brooklyn destruída. É revelado que o governo bombardeou todas as pontes que levam à ilha para isolá-la e tentar conter a infecção. Andando pela cidade, walkers começam a ser arremessados do topo dos prédios e é mostrada uma enorme horda sendo atraída por um carro de som. Maggie, Negan e o jovem sequestrado se escondem atrás de um amontoado de lixo e aqui temos uma nojenta cena de uma infestação de baratas que faz com que eles tenham que sair dali. Por sorte, os Marechais chegam e eliminam os walkers, fazendo os três ganharem tempo para fugir. Toda a iluminação meio esverdeada e o filtro escuro criam um ambiente tenso e incômodo.
Eles entram em um estabelecimento para se esconderem, porém, o líder do grupo chega. Finalmente Pearlie Armstrong se apresenta para Maggie como um justiceiro da Nova Babilônia e diz que o que faz é para proteger sua esposa e sua filha. Walkers conseguem entrar no local e novamente os roteiristas se mostram muito criativos em sua abordagem de New York, com um zumbi que tem um rato vivo na boca atacando o jovem Marechal, que logo é morto pelo próprio membro de seu grupo. Maggie entra em uma luta corporal com Armstrong e expõe os seus motivos, que não são suficientes para fazer ele ceder. Assim, ela apaga ele e Negan e Maggie fogem.
Na cena final do episódio, o principal antagonista da série finalmente é apresentado. O Croata está diante de Hershel, que está amarrado numa cadeira prestes a ser torturado (quem é fã raiz vai lembrar que é semelhante a cena da terceira temporada de The Walking Dead quando o Governador faz o mesmo com o Glenn). O momento é cortado rapidamente quando um membro do grupo chega e fala que um prisioneiro fugiu. Ele tenta escapar pelas tirolesas que ligam os prédios de New York, mas o Croata corta o cabo e o prisioneiro despenca. O ex-membro dos Salvadores, mesmo com pouco tempo de tela no episódio, já se mostrou interessante e muito brutal, como mencionado por Negan no começo do episódio.
The Walking Dead: Dead City estreou com os dois pés na porta, com uma ambientação perfeita, imagens de qualidade e um som impecável. Outro grande destaque são as atuações de Jeffrey Dean Morgan e Lauren Cohan, ambos muito confortáveis no papel e dando um show de atuação. O episódio funciona e prepara o terreno para uma história que parece promissora.
E por aí, o que você achou de “Old Acquaintances”, o primeiro episódio da 1ª temporada de The Walking Dead: Dead City? Deixe sua opinião e pensamentos nos comentários abaixo!
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