The Walking Dead: Dead City
The Walking Dead: Dead City não vai ignorar a morte de Glenn
O showrunner Eli Jorné falou sobre a conexão entre Maggie e Negan em The Walking Dead: Dead City baseada em luto, perda e trauma.
“Sinto muito pelo que tirei de você. Pelo que tirei do seu filho,” disse Negan (Jeffrey Dean Morgan) a Maggie (Lauren Cohan) no episódio final de The Walking Dead. As desculpas de arrependimento de Negan surgiram depois que ele salvou a vida do filho de Maggie, Hershel (Kien Michael Spiller), algo que Maggie prometeu que “nunca esqueceria”.
Mas Maggie também nunca esqueceria o que Negan fez ao pai do seu filho, Glenn (Steven Yeun): o espancar até a morte com um taco de baseball enrolado em arame farpado, enquanto Maggie assistia em completo horror sem poder fazer nada. “Eu posso parar de me perguntar se, caso você dissesse essas palavras um dia, eu seria capaz de te perdoar,” Maggie disse, revelando sua resposta: “Porque agora eu sei – não consigo.”
Maggie pode não ter perdoado Negan, mas ela precisará de sua ajuda para salvar Hershel (Logan Kim), que foi sequestrado, numa missão perigosa na Manhattan tomada por zumbis em The Walking Dead: Dead City.
“A história de Maggie e Negan não é algo que me assustava, ou que me sobrecarregava,” disse o criador e showrunner do spin-off Eli Jorné na edição de Junho da revista SFX Magazine. “Na verdade, eu pensava ‘Isso é a série!’. Quando Glenn foi morto foi difícil, obviamente, porque era um personagem querido que morreu. Mas pra mim, o lado bom disso é que esse universo vai contar a história do que acontece quando você perde alguém desse jeito. Não apenas o que acontece com a pessoa que o perdeu, mas com a pessoa que o matou.”
The Walking Dead: Dead City vai explorar conexão entre Maggie e Negan por causa da morte de Glenn
Tendo escrito episódios para a 10ª temporada de The Walking Dead, incluindo os episódios com foco em Negan, “What It Always Is” e “Walk With Us“, Jorné assinou um contrato de desenvolvimento com a AMC que levou à criação do que inicialmente estava intitulado de “Isle of the Dead“: um dos três spin-offs de The Walking Dead anunciados até agora, juntamente com “Daryl Dixon” e “Rick & Michonne”. Trocando de nome para Dead City, o spin-off de Maggie e Negan explora o que conecta os dois personagens: luto, perda e trauma.
Jorné pesquisou histórias da vida real sobre perdão, incluindo a história de uma mãe que escreveu para o assassino de seu filho de 17 anos.
“Com o passar do tempo, eles formaram esse relacionamento, e pra ela o relacionamento com o assassino de seu filho se tornou a única saída,” disse Jorné à SFX. “Pra essas pessoas, cada um deles é a única pessoa que – em todo o mundo – está tão conectada àquele evento quanto elas mesmas. Conscientes ou não, em algum nível sabem que aquela outra pessoa é a única saída.”
Jorné continuou: “Aquele jovem que assassinou o filho daquela mulher, quando foi realmente confrontado com o que tinha feito, teve sua própria luta para entender o que tinha feito. Para Negan, isso é grande parte do porque ele é um personagem que queremos assistir, porque há tanto sentimento nele.” Para Maggie, Jorné explicou, “Há, obviamente, a perda em si e todo o luto e o que fazer com isso. E eu estou muito animado pra contar a história deles por causa de tudo que aconteceu antes.”
A 1ª temporada de The Walking Dead: Dead City terá 6 episódios e vai estrear no dia 18 de junho (domingo) no AMC dos EUA, mas será lançada no streaming AMC+ em 15 de junho (quinta-feira). Entretanto, a série segue sem previsão de lançamento no Brasil.