Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do primeiro episódio, S01E01 – “Old Acquaintances” (Velhos Conhecidos), da primeira temporada de The Walking Dead: Dead City. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
A próxima fase da franquia The Walking Dead está oficialmente acontecendo.
The Walking Dead: Dead City estreou ontem (18) no AMC dos EUA começando com uma bela cena: a Maggie de Lauren Cohan inspecionando, do outro lado do Rio Hudson, em Nova Jersey, uma New York devastada.
A missão de reconhecimento de Maggie é interrompida, no entanto, por um grupo de zumbis. Quando um deles agarra sua perna, ela responde da única maneira que sabe – explodindo sua cabeça. E depois batendo mais um pouco. E mais um pouco depois disso. Basicamente, até transformar o cérebro em purê.
É um início sangrento e intenso para a série, mas parece que não era assim que pretendiam iniciar Dead City, originalmente. “Originalmente, começava com a cena do bar”, disse Cohan à Entertainment Weekly.
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Ah, sim. A cena do bar. Ela vem imediatamente depois da cena de abertura com cabeças sendo esmagadas, acompanhando Maggie conforme ela acaba com um trio de adversários no bar de um motel enquanto procura pelo Negan de Jeffrey Dean Morgan. É repleta de ação e tensão, com Maggie quase atropelando Negan com seu carro e colocando uma faca no pescoço dele, mas a cena não seria capaz de estabelecer o clima da série como uma vista panorâmica da cidade de New York. Nem nos daria uma ideia clara do estado mental de Maggie no início de sua missão.
“Queríamos deixar os papéis das pessoas claros no contexto da série”, explica Cohan, que também é produtora executiva. “Isso foi, em partes, por causa de pessoas que não acompanharam a série por algum tempo, ou que nunca a acompanharam. Mas também pareceu dar o tom certo. E ter esses fios soltos que precisariam ser temporalmente amarrados para o propósito dessa missão. Foi definitivamente esse tipo de catarse estranha.”
Na verdade, Cohan diz que há uma interpretação da cena que pode colocar em questão se ela realmente aconteceu. “Eu vejo essa cena quase como uma sequência que aconteceu em sonho. Mesmo depois de assisti-la de novo, eu fiquei ‘Há um mundo onde isso realmente aconteceu? Será que isso foi só um tipo de imaginação de descarga de raiva e frustração com a ameaça intangível?’ E isso dá uma cara pra esse sentimento.”
Enquanto a estreia começou com Maggie explodindo o crânio de um zumbi, terminou com ela tomando uma decisão bastante momentânea. Desde que ela solicitou os serviços de Negan para ajudá-la a resgatar seu filho Hershel (Logan Kim) das malvadas garras do Croata (Željko Ivanek), ela foi forçada a salvar seu antigo inimigo quando ele se encontrava num embate com Armstrong, um delegado interpretado por Gaius Charles. Maggie não apenas o derruba, mas o deixa para morrer numa sala cheia de zumbis.
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É uma decisão bastante chocante para uma mulher que conhecemos como heroína, mas Cohan diz que isso fala sobre como não existe, nesse mundo, pessoas que são simplesmente boas ou ruins. Ela dá ao showrunner Eli Jorné o crédito de deixar todos os personagens nessa região cinzenta.
“Eli realmente faz isso com todos os personagens”, diz Cohan. “Essa série esteve no ar por muito tempo e há muita violência nela. Muitos de nós entendemos onde esses personagens se encontram agora e como essas decisões e essas ações são necessárias. São pessoas traumatizadas andando pelo mundo fazendo coisas questionáveis o tempo todo. Nunca direi que é a mesma coisa que Negan fez, mas direi que é uma história dessas pessoas tendo que quase se tornar zumbis só pra sobreviver, e se manter de pé. E também é sobre uma mãe fazendo algo que ela acha que deve fazer.”
Cohan também aponta que há algum simbolismo escondido na cena, que alguns espectadores podem não ter notado. “Aquele é o anel de casamento de Maggie, e está num colar de lâminas em seu pescoço. É isso que ela usa para cortar o rosto de Armstrong e se libertar. Eu acho que isso mostra as coisas que a deixaram durona durante esses anos. Eu realmente adoro o carinho de Eli ao colocar essas coisas ali – desde as facas em suas botas até usar sua ligação com seu marido como arma. E da memória daquele amor até a pessoa que ela deixou pra trás e que deveria proteger – aquela cena tinha muito simbolismo para mim.”
Com mais cinco episódios à frente, ainda há muito mais por vir.
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