The Walking Dead: Daryl Dixon

Detalhes exclusivos de The Walking Dead: Daryl Dixon – The Book of Carol revelados na coletiva de imprensa

Durante a San Diego Comic-Con deste ano, o público teve a oportunidade de mergulhar no universo expandido de The Walking Dead através da divulgação da segunda temporada de The Walking Dead: Daryl Dixon – The Book of Carol.

O evento foi marcado por uma grande expectativa, já que o segundo ano da série promete explorar novos territórios e aprofundar as histórias de personagens amados.

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Além do painel no Hall H, nós do The Walking Dead Brasil participamos também da coletiva de imprensa com o showrunner David Zabel, o produtor executivo e diretor Greg Nicotero e as estrelas Norman Reedus, Melissa McBride e Louis Puech Scigliuzzi. Eles discutiram como a série se desvia das tramas tradicionais, oferecendo um foco mais íntimo e pessoal em Daryl Dixon (Norman Reedus) e sua jornada pós-apocalíptica.

Os participantes da coletiva revelaram detalhes intrigantes sobre a narrativa e os personagens, destacando como “The Book of Carol” vai entrelaçar elementos familiares com novas dinâmicas. A série não apenas seguirá Carol (Melissa McBride) em sua busca por Daryl, mas também introduzirá novos personagens e desafios que irão testar sua resiliência e moralidade.

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O grupo enfatizou que a série pretende explorar temas profundos, como a redenção e a construção de novas famílias em um mundo devastado, proporcionando aos fãs uma visão mais complexa e emocional do universo The Walking Dead. Confira abaixo!

Parabéns pela renovação para a terceira temporada, antes mesmo da estreia da segunda. De onde surgiu a ideia de levar a temporada seguinte para a Espanha?

David Zabel: Uma das coisas legais da série, que torna ele interessante para a audiência também, é permitir que a gente veja como o apocalipse afetou diferentes partes do mundo.

Esse elenco estava na França nas duas primeiras temporadas, mas, como existe um momento em que o Daryl e a Carol vão tentar voltar para casa, há movimento. E o movimento geográfico vai levá-los para a Espanha, tanto por conta da história quanto porque pensamos que seria muito legal. Ainda que seja logo depois da fronteira da França, é uma vibe completamente diferente, com uma história cultural e com coisas diferentes que podemos inserir na história. Parecia um ótimo jeito de seguir em frente e, também, de reinventar a série na terceira temporada.

Vocês podem descrever como é estar no Hall H da San Diego Comic Con, interagindo com os fãs?

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Melissa McBride: É tão especial, e tão assustador. Eu fico tão feliz que é escuro, porque eu surtaria de ver tanta gente ali!

Norman Reedus: A gente tem vindo para o Hall H por, sei lá, treze anos, e sempre esteve lotado. Acho que a primeira temporada foi em um espaço diferente, mas eu não fui convidado para aquela… acho que foram só três atores. Mas a gente filmava na floresta, sem ter muito contato com o mundo lá fora por um tempo, aí vinha para a Comic Con e tinha 7 mil pessoas gritando. Principalmente nesta Comic Con, os fãs têm sido parte do show desde o primeiro dia, apoiando tudo. Tem algo sobre voltar aqui que é sempre maravilhoso.

David Zabel: Eu acho que também é porque os quadrinhos tinham uma legião de fãs. Você olha para as coisas que estão na TV agora versus as coisas que estavam na TV há 14 anos, e elas não tinham nada a ver com essa série.

Greg Nicotero: Quando começou, a gente fez quatro protótipos de zumbis. Levamos para todas as emissoras e todo mundo disse não. “Isso é muito sangrento, não vamos fazer essa série”. A AMC foi o único lugar que disse “sim, vamos fazer, vamos prestar um tributo aos quadrinhos”.

Quando a gente pisou no primeiro painel da Comic Con, a gente já tinha um pouco daquela força dos quadrinhos. Mas, aí, ver o Rick em carne e osso, ver a Lori e o Shane, realmente energizou a gente a voltar e terminar de gravar, porque a gente sabia que estava fazendo algo que empolgava as pessoas, e que elas queriam assistir.

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Isso é muito importante. Nós fomos afortunados o suficiente de ser parte de algo que mudou a história da televisão. E nós estamos nisso há 14 anos e ainda estamos fazendo, ainda temos a oportunidade de contar ótimas histórias e de seduzir nossos fãs para que eles se apaixonem por esses grandes personagens.

Norman e Melissa, veremos um alcance diferente de suas atuações na segunda temporada?

Norman Reedus: A gente interpretou esses personagens por 15 anos. Sabe, as histórias são diferentes, os relacionamentos são diferentes, os cenários. Tudo, até a iluminação, é diferente. Coisas diferentes acontecem com a gente, então, você nos verá reagir com variações de emoções.

Quando você nos vê chorar, gritar, todas essas coisas que a gente vem fazendo desde o primeiro dia… Eu disse isso no Hall H, mas, quando você faz parte de um show que se torna uma coisa tão grande, ele meio que se move sozinho e você é pego no meio disso.

Metade dessa série é em francês, sabe? A própria série dá a sensação de que você está fazendo arte, como fazíamos no começo, na Georgia. Sempre digo que sinto falta de fazer filmes… é por isso que comecei nessa indústria, para fazer filmes independentes. Mas tem uma sensação de independente no que estamos fazendo. Tudo é diferente.

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Melissa McBride: Uma das minhas cenas favoritas é entre esses dois (Norman e Louis). As conexões criadas entre os personagens, o cenário da França, é tão lindo. Parece um presente que veio embrulhado. São coisas novas, que estão evoluindo… o próprio Daryl, por exemplo. Tem algumas coisas que eu nunca vi antes, de atuação e do próprio personagem. Tudo está se aprofundando de forma muito especial, e mal posso esperar para vocês verem.

David Zabel: Sobre o alcance desses dois atores incríveis, na segunda temporada, você verá um Daryl e uma Carol que não viu antes na série principal porque, ali, tínhamos um elenco grande. Agora, temos que carregar a história inteiramente com esses dois personagens, e isso dá ao Norman e à Melissa mais espaço para fazer mais coisas.

A gente não tira a atenção para focar em outras histórias. Na temporada 2, é tudo o Daryl e a Carol. Na temporada 1, o Norman teve que carregar tudo, do início ao fim. Isso permite que os personagens desabrochem de formas diferentes e permite aos atores demonstrarem um alcance maior, enquanto enfrentam mais desafios.

Greg Nicotero: Tendo feito parte desta franquia desde o primeiro dia, posso dizer que algumas coisas que acontecem na segunda temporada surpreenderam até a mim, algumas escolhas que esses personagens fazem. No primeiro episódio, que eu dirigi, tem uma cena entre a Carol e o Ash, e tem um momento ali que eu não esperava quando li o roteiro. Quando a gente filmou, foi muito interessante, porque você pensa que conhece a Carol. E, ali, ela faz um comentário que realmente faz você olhar para ela de forma diferente. Temos surpresas ainda nos personagens, que nos dão muitas camadas para trabalhar.

Norman Reedus: Além disso, nós estamos mais velhos, sabe? A gente aprendeu coisas! (risos). Quando nos ofereceram essa série, nós sabíamos que não podíamos fazer o mesmo show que tínhamos feito na Georgia. Não faria sentido, não seria divertido para nós.

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Todas as coisas que a gente queria fazer e nunca teve a oportunidade porque o elenco era muito grande, a gente está podendo explorar agora. É completamente diferente.

Melissa McBride: Tem muita ação, e o roteiro é muito preciso. O que notamos é que tem muita coisa acontecendo, mas, ainda assim, temos respiros. Não é só atingir um ponto no roteiro para chegar de A a B. A série respira. A gente pode sentir isso, pode passar pela emoção, para terminar do outro lado. Dá a sensação de um caminho bom.

Norman Reedus: O que você não consegue fazer quando está surfando uma onda de três mil metros, com um bilhão de dólares disponível, sabe o que estou dizendo? É isso.

Já sabemos que este mundo foi além do que aconteceu nos quadrinhos. Mas temos alguns easter eggs, ou elementos que prestem homenagens aos personagens dos quadrinhos?

David Zabel: A maioria dos easter eggs que colocamos estão conectados a série original. Não focamos tanto nos quadrinhos, ainda que a gente os ame e respeite. Especialmente no caso do Daryl, porque ele não existia nos quadrinhos.

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Apesar de que estávamos brincando outro dia porque, em uma edição especial dos quadrinhos, é revelado que o Rick Grimes tem um irmão que está em Barcelona. Ficamos pensando nisso, mas não sei se vamos chegar a esse ponto.

Norman Reedus: Só se eu encontrar o cadáver dele (risos).

Como vocês encontraram o balanço entre francês e inglês, e como criaram o tom da série entre esses dois idiomas?

David Zabel: É uma boa pergunta. Uma das conversas que tivemos por um tempo é quanto francês deveríamos ter na série. Aqui, todos apoiamos a autenticidade, então, tentamos permitir que os personagens franceses falassem francês quando deveriam. Quando eles se comunicam com os outros personagens, ou alguém está traduzindo, ou eles falam o suficiente de inglês para se comunicarem. Queríamos manter a autenticidade, e acho que isso funcionou muito bem no show.

Nós realmente estávamos tentando ter um tom europeu e, como a Melissa disse, deixar a série respirar. Ter esses momentos nos afasta de fazer TV estereotipada. A gente tenta fazer cada momento contar. O Greg e eu falamos muito sobre isso… não é sobre a quantidade de walkers, por exemplo, mas é fazer com que cada um que apareça tenha uma função. Acho que esse é o tom da série, que realmente é reforçado pelas partes em francês.

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Até o time que trabalha na série é 97% francês. Nós temos um redator francês, e muita contribuição dos franceses. Tentamos não ser “turistas americanos burros” na forma como contamos nossas histórias, incorporando a cultura e a história da França.

Greg Nicotero: Nós queríamos que os franceses sentissem que essa série era deles. Não é um show americano na França. Nós realmente queríamos abraçar a cultura.

Lembro que o Norman e eu sentamos na minha cozinha, na Georgia, durante a temporada 5 de The Walking Dead, e começamos a brincar com a possibilidade de um spin-off. A série é, realmente, sobre como eles mudam quando precisam de alguém, e como outras pessoas mudam quando conhecem o Daryl ou a Carol. É isso que a gente se propôs a fazer, e acho que conseguimos. Mas nós queríamos que se parecesse com uma série francesa, não com uma série americana.

Norman Reedus: É legal que, quando as crianças francesas estão aprendendo inglês, uma das primeiras sentenças que elas aprendem é “Where is Brian? Brian is in the kitchen” (Onde está Brian? Brian está na cozinha). E, quando chegamos ali, a gente não entendeu do que eles estavam falando. Mas eles sabem, então não podemos dizer que Brian é o nome errado! (risos)

Tem tanta intimidade entre o Daryl e a Carol. Vocês acham que, eventualmente, esses personagens serão um casal?

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Norman Reedus: Na terceira temporada, você descobrirá que eles são parentes! (risos) Não sei, eu não escrevo o roteiro, mas acho que nunca podemos dizer nunca.

Tem algum legado que vocês querem deixar para trás depois que a série terminar?

Norman Reedus: Quer dizer, nossas roupas já estão no Smithsonian e, depois que uma ilha ganhou nosso nome, do que mais você precisa? (risos)

Melissa McBride: Eu acho que esses personagens têm um significado muito grande para muitas pessoas. Isso sai um pouquinho da pergunta, mas eu sinto que estamos nos divertindo muito mais com esses personagens. Passamos por muitas coisas pesadas… não que não tenhamos coisas pesadas agora, mas eu só sinto que algo está diferente.

Norman Reedus: Tem aquela energia das primeiras temporadas de uma série até agora, e nós estamos empolgados. É divertido de fazer. E, com o idioma, por ser em francês, às vezes você não sabe o que está dizendo. Agora, você vai ter os nossos dois personagens tentando descobrir as coisas juntos, e isso é bom.

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David Zabel: Esse é um ponto muito bom, porque os personagens passaram por tanta coisa e são tão fortes… tão poderosos, de certa forma, que a desorientação de não entender o idioma cria uma vulnerabilidade que queremos explorar. Quando todo mundo fala inglês, é mais fácil. Mas eles não falam, então, é um tipo de desafio novo para o Norman na primeira temporada e para a Melissa na segunda.

Assisto The Walking Dead desde que tinha 9 anos.

Norman Reedus: Me sinto muito velho!

David Zabel: Quando você começou a assistir a série, eu tinha tanto cabelo quanto o Greg!

Eu assisto tudo do universo The Walking Dead e, obviamente, a base de fãs é muito grande. Depois que a primeira temporada saiu, vocês tiveram algum feedback dos fãs que aproveitaram para a segunda temporada?

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David Zabel: Para ser sincero, nós sabíamos que a Carol entraria antes de começarmos a filmar a primeira temporada. Sim, são duas temporadas, mas a gente considerou os doze episódios como um arco único. Então, tivemos feedback, mas não tinha espaço para mudar muita coisa. Nós fizemos os primeiros seis e, como eles estavam todos juntos, era só uma questão de continuar.

Melissa McBride: Você tem alguns comentários?

Norman Reedus: Você não está se saindo bem com a gente! (risos) A segunda temporada tem bem mais ação. O episódio 1 da primeira temporada é, basicamente, “onde diabos eu estou?”, enquanto o primeiro da segunda tem muito mais coisa acontecendo.

Melissa McBride: E tem muito mais ação o tempo todo.

David Zabel: Na segunda temporada, você tem duas histórias se unindo. Então, isso cria mais intensidade e mais ação. A gente está contando a história da Carol e a história do Daryl em paralelo.

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Norman Reedus: E a história do Laurent se amplia também.

Greg Nicotero: Acho que é interessante também porque, quando começamos, só íamos fazer uma temporada. Aí, fomos para Paris e decidimos continuar, para gravar a segunda temporada ao mesmo tempo, no período de um ano. Uma das coisas mais interessantes para mim foi entrar em um ônibus e começar a visitar as locações… nós vimos que tinha muita história para contar ali. Toda vez que a gente filmava em algum lugar, dez novas ideias surgiam. Isso foi muito empolgante.

O Norman e eu até tivemos uma conversa em que dissemos que, a cada temporada, podíamos ir para um novo país, para vivenciar uma nova cultura. Tem muitas histórias ótimas no pós-apocalipse para contarmos em todas essas diferentes culturas. Esse é o objetivo para a série.

The Walking Dead: Daryl Dixon – The Book of Carol estreia no dia 29 de setembro de 2024 na AMC dos EUA. Até o momento da publicação dessa matéria, não existe uma previsão de lançamento da série no Brasil.

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Raquel Zambon

Natural de São Paulo, Raquel Gonçalves Zambon é jornalista e vive em Los Angeles. Divide seu tempo entre o curso de especialização em Jornalismo da UCLA Extension, seriados, filmes e música. Grande fã do mundo de The Walking Dead e Fear the Walking Dead, tem Michonne e Nick Clark como personagens favoritos!

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