Mesmo sabendo que Daryl e Carol chegariam ao final deste episódio “inteiros” (afinal, ele volta para a igreja e ela chega ao hospital numa maca), a expectativa por “Consumed” era imensa. Em parte por que a dinâmica entre os dois é uma das mais queridas na série, em parte por que queremos saber como as pontas soltas serão amarradas.
Longe de nos dar as respostas que queremos, “Consumed” começa nos levando para um tempo anterior e desta forma, The Walking Dead mostra por que tem conseguido manter e aumentar a qualidade desta temporada.
A ação do último episódio deu lugar a uma trama mais introspectiva, que segue Carol e Daryl em busca de Beth. Para isso, eles precisam retornar a Atlanta, o pano de fundo para a jornada interior de Carol.
Mais uma vez, a série faz um uso eficaz dos flashbacks, ao apresentar um outro lado da história. Além de lançarem luz sobre o paradeiro de Carol após a prisão, as digressões mostram o seu lado mais humano, distante daquilo que nos acostumamos a ver nas últimas temporadas. A Carol impassível e pragmática dá lugar a uma pessoa cansada e solitária que sente o peso de suas decisões.
Decisões essas que foram difíceis e necessárias, para a segurança do grupo. O fardo que ela carrega é um resultado da necessidade de tomar a iniciativa em situações em que o bem do grupo era ameaçado, seja por causa da gripe na prisão, de Lizzie ou dos caçadores em Terminus.
É ao lado de Daryl que ela consegue refletir sobre o que aconteceu e repensar seu papel dentro do grupo. A ida para a Atlanta serve como uma dolorosa viagem ao passado, passando pelos acontecimentos mais recentes e chegando até a vida pré-apocalipse, quando o maior monstro era o seu marido agressor. Se você prestar atenção, vai perceber que Lizzie, Mika, Sophia e até mesmo Ed estão presentes na história, seja nas cabanas, envoltos nos lençóis brancos ou atrás das portas de vidro.
Daryl e Carol não são os mais falantes da série, coincidentemente eles são dois dos que mais mudaram e reconhecem isso. Resta saber aonde isso os levará.
– Caso esteja se perguntando, a música tocada no início do episódio é “Bad Blood” de Alison Mosshart e Eric Arjes.
– Pela primeira vez demos uma boa olhada em Raccoon City Atlanta desde a primeira temporada. Como era de se esperar, está repleta de walkers.
– Caso você não tenha notado algumas referências ao desenvolvimento de Carol ao longo da série, lembre-se que Ed foi morto por walkers dentro de uma cabana de acampar como as encontradas por Daryl e Carol enquanto buscavam Beth. Na quarta temporada, Lizzie e Mika foram enterradas envoltas em um lençol branco, assim como foram queimadas as crianças zumbis que Daryl matou no abrigo. E por fim, Sophia, atrás da porta de vidro.
– Mal acabaram de lidar com os canibais, o grupo de Rick vai partir para mais uma caçada. É de se esperar que os policiais no hospital tenham um tratamento semelhante ao dispensado a Gareth e seu grupo. É esperar para ver o próximo episódio, que vai ao ar no próximo domingo.
Até lá, deixe nos comentários qual o seu palpite para o que vai acontecer no hospital quando o grupo for resgatar Beth e Carol. Até lá!
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