A morte é algo comum e inerente ao que é vivo. Os ciclos pregados pela ciência começam sempre com o nascer e em todos os casos terminam com o morrer. Por mais que nem todos os seres vivos respeitem as partes internas (crescer, reproduzir e envelhecer), respeitam obrigatoriamente o inicio e o fim.
A morte também é algo totalmente comum no mundo apocalíptico de The Walking Dead, sendo que ao longo dos anos a audiência da série acompanhou o adeus de diversos personagens em meio ao enredo. Ocorre que, normalmente – quando não se trata de coadjuvantes – as mortes acontecem para enriquecimento de enredo e coesão de história.
Entretanto, ao longo dos anos, ao matar personagens centrais, a série pecou em quesito de necessidade e correspondência ao enredo que se seguiu, encerrando o ciclo de sobreviventes de forma equivocada e incoerente. Por isso, construímos uma lista com os cinco nomes que exemplificam bem isso:
Dale foi um dos grandes nomes do primeiro e segundo ano da série. O dono do motorhome foi quem acolheu Andrea e Amy nos primeiros dias e era um dos responsáveis pelo acampamento nas imediações de Atlanta.
A alma da sabedoria dos dois primeiros anos da série é extraída diretamente da HQ, mas diferentemente da TV, nos impressos o personagem dura por muito mais tempo – é ele quem morre ao ser mordido e posteriormente ter sua perna infectada devorada pelos canibais. Nos quadrinhos de Robert Kirkman ele mais tarde – no arco da prisão – engata um relacionamento amoroso com Andrea, o que quase aconteceu na série.
A morte de Dale entra nessa lista justamente pelo fato de que não teve peso algum para o enredo posterior, sendo esquecida rapidamente pelos demais e não tendo coesão direta na história. A despedida dele se deu por pedido do próprio ator, Jeffrey DeMunn, que após indisposições nos bastidores optou por se desligar do projeto da AMC.
Um sobrevivente experiente e que passou por grandes momentos morrendo por uma mordida de um walker totalmente frágil, quando por algum motivo inexplicável resolveu dar um passeio em meio ao campo durante a noite. O personagem causou um leve desânimo em Andrea e um breve sentimento de culpa em Carl com sua morte, mas seu nome rapidamente foi apagado da trama.
Outro dos personagens retirado diretamente dos quadrinhos é a melhor amiga de Dale, Andrea. Nos impressos Andrea é uma das personagens que teve uma das maiores longevidades, morrendo a pouco tempo atrás ao ser mordida no pescoço por um walker. Ela também, após a morte de Dale – que era seu namorado – se apaixona por Rick e o ajuda a liderar Alexandria durante todos os arcos. É uma das personagens mais amadas pelos fãs da HQ.
Na série, Laurie Holden era uma estrela em ascensão já que sua personagem era bastante amada pelo público. Entretanto, por decisões mal tomadas dos showrunners na época, acabou caindo em contradição ao se envolver e defender o grande antagonista do terceiro ano.
Embora uma parte dos fãs tenha passado a detestar Andrea, a atriz era feroz em cena e uma das mais amadas entre o elenco da trama. No fim, quando se desentendeu com o showrunner Glen Mazzara, ele resolveu se vingar da atriz arquitetando o desfecho de sua personagem.
No final da terceira temporada, a personagem que poderia se tornar a protagonista central da trama junto com Rick acabou morrendo por um infortúnio ocorrido atrás das câmeras. Foi uma morte totalmente desnecessária para o enredo, visto que a série seguiu como se a personagem jamais tivesse tido peso na história. Além de lançar fora um mar de possibilidades de histórias grandiosas.
No fim, com a morte de Andrea, Glen Mazzara acabou sendo desligado da série, sendo substituído por Scott Gimple.
Essa é, talvez, a personagem mais subestimada de toda a trama. Beth era uma personagem exclusiva da série, sendo assim um livro em branco para que os roteiristas criassem grandes histórias para ela. Mas não foi o que aconteceu.
Nos quatro anos que ela esteve presente na história, teve pouco impacto, sendo resumida a pequenas tramas como babá de Judtih e cantora eventual da prisão. Quando ela se desvencilhou da prisão com Daryl, no quarto ano, após o ataque do Governador, acabou ganhando mais destaque. Ocorre que esse destaque era na verdade uma construção de história para justificar sua morte que viria na metade da quinta temporada.
Assim, a trama da personagem foi uma ilusão aos fãs, visto que quando finalmente recebeu um enredo próprio e parecia estar ganhando propósitos para se valer como sobrevivente, morreu – e de forma ínfima. Beth morre em uma cena totalmente mal executada, onde ela ataca Dawn Lerner – a chefe de polícia que liderava o grupo do hospital – com uma tesoura e acaba sendo atingida na cabeça por um disparo acidental da policial.
No fim, a trajetória da personagem acabou sendo irrelevante na totalidade de seus anos na série, sendo lembrada por seu breve tempo com Daryl que foi o mesmo que culminou em sua morte infeliz.
Tyreese é o exemplo de personagem que foi mal aproveitado desde sua inserção. É retirado diretamente dos quadrinhos, onde possui uma personalidade bem mais forte e temperamental e na qual morre um pouco mais cedo no enredo – no lugar de Hershel, sendo decapitado pelo Govenador.
Ocorre que ele foi apresentado na terceira temporada com uma personalidade tão dócil e humana, que acabou sendo apagado pela ferocidade e temperamento de sua irmã, Sasha. Ela na verdade espelhava muito mais quem ele deveria ser se seguisse sua contraparte dos quadrinhos.
Com uma passagem totalmente sem peso algum na trama total de suas três temporadas de vida na série, Tyreese morreu ao ser mordido por uma criança zumbi no episódio que sucedeu o que teve a despedida de Beth. Uma sequência de duas mortes insignificantes e inexplicáveis para o enredo. Um homem que no ano anterior havia se livrado com maestria de um círculo de walkers usando um martelo, morrendo por ser mordido no antebraço por um walker.
Carl foi concebido por Kirkman nos quadrinhos e sempre dividiu o centro da história com seu pai. O autor do universo de The Walking Dead sempre foi bastante explícito ao declarar que o garoto era o verdadeiro protagonista da trama.
A série sempre manteve a história do jovem próxima aos quadrinhos, entretanto, o crescimento do ator já começava a ser incompatível com a linha temporal do programa. Então, surpreendentemente, ao invés de se valer do salto temporal que a nona temporada daria naturalmente em prol da verossimilhança com os quadrinhos, os produtores e roteiristas decidiram resolver o problema da forma mais controversa possível: matá-lo.
Com uma desculpa de enredo bastante questionável, se valeram da morte do personagem para converter Rick no idealizador do novo mundo de paz entre as comunidades.
Ou seja, por mais que haja um impacto de trama em sua morte, a despedida do personagem é totalmente incoerente com os anos de série e acabou desestabilizando o núcleo central, desmantelando os motivos pelos quais Rick sempre lutou e encerrando o ciclo que deveria ter o seu desfecho no final da série.
É óbvio que essas cinco mortes não são as únicas que foram mal executadas e escritas na série. Mas, pensando ao longo das temporadas, talvez essas sejam as mais questionadas pelos fãs.
E você? Lembra de outros personagens que morreram sem motivação alguma para o enredo, ou que tiveram sua passagem totalmente irrelevante para a trama? Comente abaixo sua lista de nomes.
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