Análise dos personagens que sobreviveram a 4ª temporada de The Walking Dead

Uma nova forma de contar a história dos sobreviventes do apocalipse zumbi foi mostrada na segunda metade da quarta temporada de The Walking Dead.

Pela primeira vez, após quatro anos no ar, a série contou com roteiros que traziam histórias menores e mais intimistas sobre os efeitos que o mundo caótico causou em cada um dos personagens. Características desconhecidas chegaram ao conhecimento do público. Tendo nas mãos um grupo com muitos personagens sobreviventes à queda da prisão, Scott Gimple, showrunner da série, disse que viu ser aquele o momento de mostrar como reagia diante da perda, da culpa e da incerteza do futuro.

Segundo Gimple, tudo foi pensado e algumas coisas sobre os personagens foram propositalmente colocadas na primeira metade da temporada, para que se desenrolasse na metade seguinte e mostrasse como os personagens chegariam ao fim da temporada, e, consequentemente, como serão na quinta temporada.

Os roteiristas tinham as histórias emocionais que moldavam cada um dos personagens, mas precisavam de um ambiente real e favorável para colocá-las em prática. Com o material pesquisado por Scott durante um hiato, sobre os trilhos de trem que cruzavam a Geórgia, foi possível trabalhar nos roteiros o lado emocional dos personagens e esses foram, literalmente, jogados nos trilhos para vivenciar cada um desses sentimentos, mostrando suas verdadeiras personalidades.

Com isso, o público pode ver a outra face da série, tendo os zumbis como pano de fundo para as histórias, com episódios repletos de diálogos, interação mais próxima entre os personagens de cada grupo que se formou e, assim, conheceu-se mais sobre cada personagem da série.

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Abaixo, confira uma análise de cada um dos personagens divididos por grupos.

Olhando de perto para o primeiro grupo apresentado em “After”, temos Rick (Andrew Lincoln), Carl (Chandler Riggs) e Michonne (Danai Gurira), em que se pôde ver a explosão e aceitação pelo lado que tanto queriam esconder, que é o lado agressivo (monstro) que cada um deles tem dentro de si.

Rick Grimes

“Tenho outros planos envolvendo terra, pepinos e manter as pessoas alimentadas.”… “Estou aqui para o que mais este lugar precisar”.

É assim que o protagonista da série define os seus objetivos no episódio “Infected”. O personagem tem por principal meta afastar-se o máximo possível da liderança e do confronto armado contra pessoas e zumbis, para que ele mesmo e o seu filho não se percam.

Porém, os roteiristas mostram que ele ainda tem o seu lado agressivo, que foi facilmente exposto quando ele perde o controle na cena em que quase espanca Tyreese (Chad Coleman) no episódio “Isolation”.

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Nos trilhos, isso foi trabalhado e é possível vê-lo retomando a liderança em episódios que o mostram bastante agressivo quando o assunto é a proteção do seu filho e dos que o cercam, matando de forma brutal e sem culpa, como nos episódios “Claimed” e “A”.

Rick chega à quinta temporada não com um grupo, e, sim, com uma família, na liderança dela e, principalmente, agindo brutalmente e sem escrúpulos quando o assunto for à proteção e união deles.

“Você viu o que eu fiz ao Tyreese. Não é tudo, mas sou eu. É por isso que estou aqui e o Carl também. Quero mantê-lo a salvo. É tudo o que importa.”… “Eles mexeram com as pessoas erradas”.

Carl Grimes

“Pai, desculpe, estou tentando.”… “Tive que usar uma arma perto do portão, juro que não queria.”

Carl ajuda o pai nos trabalhos com a terra, volta a ter e gostar das coisas de criança, como os quadrinhos, sendo um filho que obedece e respeita as ordens do pai. Mas, ao matar um zumbi nos portões da prisão, demonstra no seu olhar a falta que sente da luta armada e que ainda é capaz de sobreviver.

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Nos trilhos, Carl demonstra atos rebeldes e raivosos em relação ao pai, culpando-o pelos acontecimentos e achando-se preparado para enfrentar sozinho o apocalipse. Mas ao se deparar com uma possível morte do pai, ele percebe sua fraqueza e que é difícil sobreviver sem a proteção de Rick.

Acontece à volta em orgulhar e respeitar o pai, querer aprender com ele, aceitar a dependência que tem dele e isso fica mais visível no episódio “A” quando de forma assustada ele vê e aceita o seu lado monstro, temendo decepcionar o pai.

Carl chega à quinta temporada sob uma maior proteção do pai, porém mais ativo na luta contra as pessoas e os zumbis, mas, principalmente, demonstrando ter um comportamento mais maduro em relação ao confronto corporal e opinando nas decisões de Rick.

“Outro dia ele disse que estava orgulhoso de mim. Que eu era um homem bom. Não sou. Entendo melhor agora o que ele queria de mim. E eu tentei, mas ainda tenho esses pensamentos. Não sou quem ele pensa. Sou só mais um monstro também”.

Michonne

“Não o encontrei. Estou pensando em ir até Macon procurar.”… “Você sabe que não estou fugindo.”

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A guerreira inicia a temporada fazendo longas e constantes buscas atrás do Governador (David Morrissey) na tentativa de vingar a morte de sua amiga Andrea (Laurie Holden).

Michonne passa novamente a viver uma vida solitária na estrada, afastando-se dos demais residentes da prisão, passando a impressão de estar fugindo, como foi levantado por Daryl no episódio “Isolation”.

Nos trilhos, fica evidente que ela não queria realmente ter contato com as outras pessoas, pois mesmo encontrando e percebendo os rastros de Rick e Carl, ela não os busca e segue em frente, novamente vivendo entre os mortos. Porém, ao fim de “After” é possível vê-la percebendo que não pode viver como uma morta solitária, buscando e encontrando os personagens.

Michonne chega à quinta temporada, como a própria atriz disse, como uma leoa, se preocupando com as pessoas, não as querendo feridas e as protegendo ainda mais.

“Eu era só mais um monstro. E eu fui. Eu fiquei perdida por muito tempo. Mas então Andrea me resgatou. Seu pai me resgatou. Você.”

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Olhando para a dupla Daryl e Beth (Emily Kinney), que rapidamente já tinham sido mostrados juntos dividindo questões emocionais no primeiro episódio da temporada, vemos as personalidades diferentes, que levaram à aceitação do que eles eram no passado e olharem para o que desejam no futuro, mesmo tendo o caos adiante deles.

Daryl Dixon

“Aquele lugar está pronto. Nós vamos para lá.”… “Só estou cansado de perder pessoas”.

Respeitado pelas pessoas da prisão, Daryl ocupa um lugar de liderança no conselho, encontrando pela primeira vez uma verdadeira família e desenvolvendo sua autoestima. O personagem aparenta estar mais confiante e confortável quanto a posição que ocupa no grupo e vê que as pessoas o reconhecem e o admiram.

Nos trilhos, tudo desaba. Abalado e sentindo-se culpado pela perda da prisão e acreditando que não mais verá os demais do grupo, Daryl desiste e volta a isolar-se emocionalmente, encarando o retorno à sua vida pré-apocalíptica.

Tudo isso muda com a presença de Beth ao seu lado. Como disse o ator, ela foi à luz no fim do túnel para Daryl, pois foi com o seu incentivo que ele viu que ainda tem o seu valor. Daryl começa a sair de sua dor, vê que ainda tem algo para ele naquele momento e é preciso não perder de vista a sua humanidade.

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Daryl chega à quinta temporada confortável na posição de estar ao lado de Rick, não sendo somente o braço direito e, sim, o irmão dele. Lealdade a Rick e aos demais será a característica do personagem. Ele não desistirá de Beth e nem de nenhum que se perca da família.

“Talvez não precise deixar isso. Talvez fiquemos aqui por um tempo. Assim que voltarem, faremos o melhor disso. Eles podem ficar furiosos, mas talvez fique tudo bem.”

Beth Greene

“Maggie. Não temos que ficar tristes. ‘Todos temos trabalho a fazer’, é o que o papai sempre diz. Daryl e Michonne pegarão os remédios. Você, Carol e Rick ajudarão todos até voltarem. E eu cuidarei da Judith. Concentre-se no que tem que fazer.”

Beth não tem uma história definida no início da quarta temporada. Ela não precisa lutar nas grades nem fora delas, cabendo à personagem apenas cuidar de Judith. É a garota que canta na prisão, mas encontra-se confortável na sua posição, pois sabe que é daquela forma que é útil em ajudar e confortar o grupo.

Ela já demonstra uma força de consciência no que se refere à morte de alguém no mundo apocalíptico e mostra isso em seus discursos no momento em que todos se abalam quando a doença invade a prisão.
Nos trilhos, estas características somente se sobressaem, mostrando ser ela uma personagem centrada, motivada, otimista, esperançosa, mostrando a Daryl que ela sabe de sua fragilidade, sendo este ponto que deseja mudar em sua pessoa.

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Beth chega à quinta temporada lutando sozinha pela própria sobrevivência, e para isso, como disse a atriz, ela usará tudo o que aprendeu com Daryl para sair da situação em que se encontra, o que poderá finalmente fortalecê-la.

“Não sou a Michonne, Carol ou Maggie. Eu sobrevivi e você não entende, pois não sou como você ou elas. Mas sobrevivi!”… “Queria poder simplesmente mudar.”

Todos estão em uma situação difícil após a queda da prisão e separação do grupo. Porém, Tyreese está em uma condição complicada, tentando proteger e sobreviver ao lado de duas crianças e um bebê, sendo aliviado do peso da responsabilidade no reencontro com Carol (Melissa McBride), no que se pode ver o momento de uma dolorosa redenção e perdão.

Tyreese

“Não gosto de matá-los na cerca. Odeio… você fica cara a cara. Eu só quero fazer algo diferente para ajudar.”… “Eu também não gosto de ir lá fora.”

Talvez seja ele o personagem mais distante da HQ na série, mas se tem uma característica dele é o seu lado carismático e afetuoso que demonstra na quarta temporada com as pessoas que residem na prisão, sendo facilmente agradável estar em sua presença.

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Isso é visto com a namorada Karen (Melissa Ponzio). O luto pela morte dela o deixa por um tempo agressivo, mas não totalmente, ainda mostrando o seu lado compreensivo, mesmo com Rick, após este quase espancá-lo.

Nos trilhos, as características bondosa, paciente e, até mesmo, inocente do personagem se sobressaem nos cuidados com Lizzie (Brighton Sharbino) e Mika (Kyla Kenedy) e a bebê Judith, além da confiança e conforto que sente ao lado de Carol. Sente e compreende a decisão velada de ambos em relação à Lizzie, sendo o perdão que Tyreese concede a Carol um momento marcante, já que no mundo apocalíptico, ele mostra que ainda é necessário ter e mostrar esses sentimentos.

Tyreese ainda não foi bem desenvolvido no que refere ao uso preciso de armas e nem em sua posição no grupo, apenas sido mostrado o seu lado sentimental e protetor, que parece permanecer na quinta temporada.

“Ela sabia o que estava acontecendo? Estava assustada? Foi rápido?”… “Eu te perdoo. Nunca me esquecerei. Aconteceu. Você matou. Você sente. Sei que sente. É parte de você agora. De mim também. Mas te perdoo.”

Carol Peletier

“Rick, sou eu. Ninguém mais precisa saber. Pensei que tinha parado de decidir pelos outros. Eu poderia fingir que tudo ficaria bem. Mas eu não o fiz. Eu fiz algo, tomei a frente. Eu precisava fazer algo.”

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É a personagem que mais mudou de uma temporada para outra. Apesar do desenvolvimento que já tinha com armas na temporada anterior, ainda era a “governanta” da prisão. Ela chega à quarta temporada como uma líder, em nada subestimada, ouvida, respeitada e capaz de tudo para proteger o grupo.

Este último é o que a faz tomar medidas drásticas e decisões por si própria, sem culpa e não se arrependendo ao matar Karen (Melissa Ponzio) e David (Brandon Carroll) para salvar o grupo da doença.

Nos trilhos, Carol continua a tomar medidas para cuidar e proteger Tyreese e as crianças, mostrando que, diferente do seu discurso na primeira metade da temporada, ela agora sente pelos atos que cometeu anteriormente e que ainda precisa agir para a proteção das pessoas.

Ela chega à quinta temporada ainda mais forte e corajosa, moldada pelas dores, preparada na luta armada contra pessoas e zumbis, ainda tendo o forte senso de proteção com o grupo.

“Eu matei Karen e David. Tive que impedir que a doença se espalhasse. Tive que impedir que outros morressem. Não foi a Lizzie. Não foi um desconhecido. Tyreese, fui eu. Faça o que tiver que fazer.”

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As complicações podem ser sentimentais e psicológicas, mas no grupo formado pelo trio Maggie (Lauren Cohan), Sasha (Sonequa Martin-Green) e Bob (Lawrence Gilliard Jr.) existe um confronto relacionado à busca, uma em reencontrar Glenn (Steven Yeun) e outra em ir a procura de proteção e meios de sobrevivência.

Maggie Greene

“Eu não estou grávida. Eu não queria. Mas nós poderíamos. Podemos ter vidas aqui. Eu não quero ter medo de estar viva.”

A responsabilidade maior de Maggie no início da quarta temporada é a vigilância da prisão. Ela não teve tanto destaque, com poucos diálogos, sendo ela a secundária e o momento ser especial para o outro personagem, como no discurso mais significativo de Glenn em não ter filhos, ao ouvir os conselhos de Beth e, também, participar de um dos discursos finais do seu pai Hershel (Scott Wilson).

Somente no episódio “Internment” é possível vê-la em maior presença nos cuidados da prisão e nos diálogos com Rick, concordando com a decisão dele em afastar Carol, aconselhando, confortando e motivando um ao outro, para logo em seguida mostrar o seu potencial em ação quando precisa invadir o bloco de quarentena.

Nos trilhos, a situação muda, tendo ela bastante destaque e falas bem precisas quando toma a frente na decisão em buscar Glenn, acompanhada ou não, lutando contra zumbis, mostrando em ações e diálogos a sua obstinação em encontrar o marido, ido de encontro à desaprovação de Sasha.

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Ela chega à quinta temporada voltando mais ativa a ação devido o momento em que o grupo passará contra as pessoas inimigas e sem ter um local seguro. Ainda é uma incógnita se a personagem irá passar por questões familiares como o reencontro com a irmã e encarar a omissão de Glenn em não mencionar que Tara (Alanna Masterson) estava ao lado do Governador na morte de seu pai.

“Não pude encontrar Beth. Eu sei que Glenn escapou e sei aonde ele foi. Irei pegá-lo e voltarei por vocês. Nós dois voltaremos.”

Sasha

“Entramos em formação e fazemos a varredura. Depois já sabem o que procurar. Perguntas?”

Guerreira aos olhos de Hershel e teimosa aos olhos de Bob, Sasha começa a temporada como uma líder e membro do conselho da prisão e visivelmente estrategista na busca por suprimentos, luta contra zumbis e plano de fuga.

No início mostra a sua personalidade forte na tomada de decisões, tendo as suas ordens atendidas até mesmo por Rick, quando começa o ataque das pessoas reanimadas dentro do bloco de celas.

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Nos trilhos, ela é “obrigada” a aceitar a decisão tomada por Maggie e sempre acatada por Bob. Por baixo desculpa de buscar proteção, ela esconde o medo em ter perdido o irmão Tyreese, mencionando-o bastante no episódio “Alone”.

Depois de perceber que os seus companheiros de caminhada sabem do seu medo, ela admite para Maggie e resolve seguir para o Terminus. Porém, ela é a única que ao ver a placa do local, questiona que talvez o lugar não seja o que parece ser como está na placa.

Sasha chega à quinta temporada tendo o seu reencontro com o irmão, mantendo as suas características, e, aparentemente, sendo estas mais intensificadas devido as difíceis situações pelas quais irá passar.

“Poderia ter me ajudado a impedi-la. Temos poucas chances de o encontrarmos. Deveríamos estar procurando por comida e abrigo.”

Bob Stookey

“Eu gostaria de começar a ajudar aqui. Uma semana de refeições, um teto sobre a minha cabeça. Deixe-me merecer a minha estadia.”

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Um olhar de desconfiança foi dado para o personagem no início da temporada, principalmente de Sasha, com quem tem diálogos cuidadosos, devido à personalidade forte dela, acatando suas decisões.

Ele não era o inimigo dentro da prisão, mas tinha o seu próprio, a bebida, que guardava para si até que revelado na busca por remédios. Mas apesar disso, ele procurou ajudar, com seus conhecimentos médicos, no que foi preciso quando ocorre a doença, chegando a salvar inclusive Sasha.

Nos trilhos, a situação é outra. Ele mostrasse tranquilo naquela situação já que a havia vivenciado por duas vezes. Mas, pela primeira vez, ele sorri por estar acompanhado, e pela sua personalidade, passa a ser o pacificador nos atritos entre Maggie e Sasha, passando a ser ouvido e ter sua decisão acatada pela última.

Ele chega à quinta temporada novamente fazendo o papel de pacificador entre o grupo de Rick e Gareth (Andrew J. West), o que pode ou não custar-lhe a vida, podendo ser ele visto na luta durante a fuga do local.

“O que quer fazer Sasha? Continuar fazendo círculos no ônibus? Ou fala de começarmos a fazer outra coisa? Não nos separaremos.”

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Enfim, olhando para a dupla Glenn e Tara, vimos questões relacionadas a depender um do outro, primeiro em questão de sobrevivência, depois por questões emocionais envolvendo a perda de pessoas queridas e, por fim, a busca pelo perdão e fim da culpa.

Glenn Rhee

“Como pode dizer isso depois de hoje? Depois da Lori? Ter medo é o que nos mantêm vivos.”

Para Glenn o que importa é a proteção de Maggie. Manter a esposa na prisão protegida contra os zumbis na busca por suprimentos, o próprio bem estar dela nos deveres na prisão e, também, dele mesmo quando contrai a doença.

Vimos o personagem se fechar em torno de sua pequena família, trabalhando somente no que cabia à ele na prisão, bem diferente do Glenn que salvou Rick em Atlanta e do que se dispôs a ajudar Lori na fazenda (Sarah Wayne Callies).

Nos trilhos, vimos a obstinação do personagem em encontrar a esposa em detrimento da proteção e cuidados que necessitam os demais que o acompanha. Porém, ainda foi possível ver o Glenn do início da série, quando não desistiu de Tara, colocando sua vida em perigo no túnel para não abandoná-la sozinha à morte, deixando de lado sua busca para salvá-la.

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Glenn chega à quinta temporada ainda ativo na ação contra pessoas e zumbis, tendo sua vida em risco, sendo ainda incerto como será a sua posição e fidelidade ao grupo e família, e, sua relação com Maggie, se ela vir a saber que ele omitiu o fato de Tara está ao lado do Governador durante a morte de Hershel.

“Encontrei Tara na estrada. Não chegaria aqui sem ela. Quando soube o que eu fazia, ela disse que me ajudaria. Ela é esse tipo de pessoa.”

Tara Chambler

“Sou policial de Atlanta e tenho munição o suficiente para te matar todos os dias pelos próximos dez anos. Se mexer comigo ou minha família, eu juro por Deus, que te mato. Entendeu?”

São com estas palavras que Tara se dirige a Brian (David Morrissey) quando ele chega a sua casa. Inicialmente, ela mostra ser bastante forte para encarar um fraco Governador, mas depois é possível ver o seu lado policial obedecendo às ordens quando ele se torna superior.

Ela tem uma grande semelhança de personalidade com Sasha, em ser a cabeça da família e preparada com o uso de armas. Mas, pelo lado emocional, lembra Glenn, quando o assunto é a proteção da família, ficando confortável quando demonstram ter cuidado com ela e sua família, por isso, confiando em Brian.

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Nos trilhos, ela é motivada a continuar e buscar pelo perdão pela culpa de fazer parte da morte de Hershel e seguindo os objetivos dos outros para conseguir superar a perda da sua família. O interessante em observar é que Tara conseguiu resgatar o lado altruísta de Glenn. Através dela, o vemos novamente se preocupar com o outro.

Tara chega à quinta temporada em uma situação complicada, não somente por ter que fugir do Terminus, mas, possivelmente, em algum momento, ter que enfrentar Rick, e, talvez, Maggie, o que resultará na sua posição dentro do grupo.

“Quando Brian disse que queria tomar a prisão, eu sabia que soava ruim. Quando achei minha namorada, ela estava morta. Minha sobrinha. Minha irmã… Ainda assim não foi pior do que ver o que ele fez com o pai da Maggie.”

Muitas pessoas que compõem o público de The Walking Dead desaprovou a segunda metade da temporada, um sentimento normal de quem se espera muita ação de uma série com este nome e baseada em uma HQ com um material repleto deste gênero e momentos com mortes marcantes.

Porém, gostando ou não, a série se trata de drama, ou seja, um show com acontecimentos sérios, complicados, difíceis que causam dano, sofrimento e dor na vida de uma pessoa. E um apocalipse zumbi desencadeia bastante este caráter!

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E este lado tão importante tinha até então sido apenas pincelado na série, agravando a situação de alguns personagens diante do público. Até que pelas mãos de um sábio e muito preparado showrunner, percebemos que os chamados “intocáveis”, “diva”, “rainha” tinham muitos defeitos e eram tão iguais aos “inúteis” e “dispensáveis” personagens, que passaram a ser interessantes, depois do olhar tão próximo que foi dado a eles, e que para a quinta temporada eles serão tão importantes quanto os chamados “principais” da série.

The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a quinta temporada no dia 12 de Outubro de 2014 na AMC e no dia 14 de Outubro de 2014 FOX Brasil. Confira otrailer oficial da temporadae fique por dentro de todas as notícias.

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Lidiane Fidelis

Blogueira, apaixonada por filmes e seriados. Grande fã dos gêneros de ficção e fantasia, minha eterna paixão é a série Arquivo X, mas não resisti aos encantos do mundo de The Walking Dead.

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