Ano de 2010, dia 31 de Outubro. Halloween? Também. Na verdade, este foi o dia em que a profecia de George Romero, em uma citação clássica de “Dawn of the Dead”, de 1978, se cumpriu: “Quando não houver mais espaço no inferno, os mortos andarão sobre a Terra.” Ao menos na ficção. Neste dia estreava, na AMC, a série The Walking Dead, baseada nas HQs de Robert Kirkman e, literalmente, trazida à vida pelas mãos de Frank Darabont. Contando também com a parceria da produtora executiva Gale Anne Hurd (responsável por títulos consagrados como “Alien” e “O Exterminador do Futuro”) e pelo mago dos efeitos especiais e maquiagem e pupilo de Romero, Greg Nicotero, a emissora deu seu primeiro passo – tanto ambicioso quanto perigoso – no espinhoso mundo das produções de gênero. Um investimento que não poderia ter sido mais bem sucedido.
Aclamada por público e crítica, a curtíssima primeira temporada chegou para provar que The Walking Dead era muito mais do que apenas um seriado sobre zumbis – era, sim, um drama tocante centrado em todas as facetas da natureza humana. Quem você é? Até onde vão suas convicções quando sua vida está em risco, ou a de seus entes queridos? Onde se situam a moral e a ética quando o mundo que você conhece está apodrecendo e desmoronando ao seu redor? Quem é o seu verdadeiro inimigo? As premiações não tardaram a brotar de todos os lados: ainda em 2010, The Walking Dead foi indicada ao Globo de Ouro na categoria Melhor Série Dramática. No ano seguinte, seu primeiro Emmy viria pelas mãos de Greg Nicotero, por seu primoroso trabalho de maquiagem dos “walkers”. Algumas premiações clássicas da televisão Americana, classificando The Walking Dead como um “seriado de gênero”, optaram por ignorá-lo. Porém, em nada a imagem da série foi arranhada – a crítica feroz voltou-se justamente contra os argumentos incoerentes destas premiações.
O sucesso de público e de crítica rendeu a The Walking Dead uma segunda temporada – marcada pela despedida de Frank Darabont e a chegada de Glen Mazzara ao posto de showrunner – com 13 episódios, e uma terceira temporada com 16 episódios. Ainda que afastando-se da HQ e introduzindo novos personagens e arcos de história ao roteiro, praticamente dando-lhe vida própria e tornando-a independente da história original, a série ficou marcada por sua sucessiva quebra de recordes de audiência e por seu aumento exponencial de popularidade junto ao público.
A quarta temporada, iniciada sob a batuta do novo showrunner, Scott M. Gimple, atingiu 10,4 milhões de telespectadores na faixa etária dos 18-49 anos nos Estados Unidos. Desde o final da temporada anterior, The Walking Dead havia se tornado a série de televisão de maior audiência na história da TV a cabo americana, e parece atualmente não existir outra série que supere seus números. Acompanhando a admiração do público, a crítica continua curvando-se à história do policial Rick Grimes e seu grupo de sobreviventes, desafiados dia após dia pelas ameaças decorrentes do apocalipse zumbi, dando-lhe crédito até mesmo nos momentos mais “fracos” da série. Mais do que em números e na opinião da crítica especializada, o sucesso da série é facilmente percebido junto aos fãs: as redes sociais fervilham com demonstrações de carinho e apoio à série e seus personagens; os fóruns estão lotados e ativos, com fãs ávidos por deixar sua opinião, expor seu ponto de vista e conhecer outros fãs; debates intermináveis sobre os personagens mais amados ou menos amados explodem diariamente; convenções de finais de semana arrastam milhares de fãs a cada edição; a cada dia surgem milhares de fanarts em sites especializados, assim como todo e qualquer produto relacionado à marca The Walking Dead é sucesso garantido aos seus vendedores.
Como um valioso bônus, as inúmeras histórias de amizade, grupos que se formaram, casais que se aproximaram conhecendo-se em atividades relacionadas a The Walking Dead podem ser citados como uma maneira através da qual a série se infiltra e interfere, sutilmente e de maneira positiva, na vida de cada um dos fãs. Afinal, quem de nós não conheceu uma pessoa superlegal online por causa da série? Olhando em retrospectiva, e sabendo que o roteiro da série foi oferecido a outra rede de TV (NBC) e recusado antes de ser comprado pela AMC, ficamos imaginando o que os executivos desta outra emissora devem ter passado nos anos seguintes: provavelmente os que não tomaram uma flechada ou um martelo para esmagar seus crânios devem ter sido recolhidos a algum celeiro, em alguma fazenda no interior do País e sendo alimentados por galinhas vivas, em reconhecimento ao desserviço prestado à empresa…
E nesse dia, com a série completando três anos e em plena quarta temporada, o Walking Dead Brasil deixa este pequeno texto como uma humilde homenagem a uma das histórias mais tocantes da TV na atualidade. Nosso desejo é o de que The Walking Dead continue quebrando recordes de audiência, empilhando premiações, enfileirando temporadas incríveis e, mais do que tudo, que continue levando emoção e fascínio ao coração de todos os fãs. Parabéns a toda família Walking Dead – da alta cúpula da AMC ao mais distante dos fãs. Este dia é nosso – e também de todos os mortos que seguem caminhando sobre a Terra em nossas telas de TV e computadores toda semana!
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