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The Walking Dead completa 10 anos de história na TV no dia 31 de outubro de 2020. Em comemoração a essa marca histórica, entrevistamos vários atores que participaram da série ao longo dos anos. Essas entrevistas, que começaram a ser divulgadas no início de setembro e vão até o final de outubro, estão sendo lançadas diariamente. Elas se encerrarão com uma grande surpresa preparada exclusivamente para os fãs, com grande carinho.
Nosso convidado de hoje é IronE Singleton, que interpretou T-Dog durante as temporadas 1, 2 e 3. O ator nos contou sobre as mortes de personagens que T-Dog presenciou, sobre seu último dia de gravações, sobre seu final preferido para The Walking Dead, sobre a IronE School of The Arts e mais!
Sem mais delongas, confira nossa entrevista exclusiva com IronE Singleton:
É uma honra conversar com você em um momento tão importante para The Walking Dead. Não é qualquer série que consegue chegar à marca de 10 anos, e você estava lá no começo de tudo. Comece contando para nós como foi fazer parte deste projeto. Como ele surgiu e como foi seu processo de audição?
IronE Singleton: Meu agente na época, o vencedor do Emmy Chase Paris, na Houghton Talent, pediu que eu fosse lá e lesse o teste para ele. Frank Darabont queria que eu lesse de forma diferente no segundo teste. O resto é história!
Além de The Walking Dead, nosso site também completa 10 anos de existência esse ano. Nós começamos juntamente com a série, em 2010. Você imaginava que a série fosse fazer tanto sucesso? Ter participado dela, mesmo que no começo, te abriu novas portas? Como você analisa o impacto de The Walking Dead na sua vida, tanto pessoal como profissional?
IronE Singleton: PARABÉNS! Não tinha ideia de que se tornaria isso que se tornou. O sucesso de TWD me deu status internacional como ator. Tenho fãs e amigos pelo mundo todo!
Pouco se sabe sobre a vida de T-Dog antes do surto. De acordo com Glenn, T-Dog era muito religioso. Quando você o interpretou, criou alguma estória sobre o que já havia acontecido com ele ou isso não o afetava na hora de atuar? Os roteiristas te contaram algo sobre ele para ajudar de alguma maneira?
IronE Singleton: Uma história de fundo é uma informação para um humano. Portanto, é sempre importante e necessário para que um ator interprete.
No segundo episódio da 1ª temporada de The Walking Dead, “Guts”, os personagens tiveram que se cobrir com partes dos zumbis. Como foram as gravações desse dia e teve alguma cena/momento que fez você ficar com o estômago revirado?
IronE Singleton: Hahaaa. Não, mas fez o T-Dog passar mal.???
T-Dog conseguiu salvar a vida de Beth quando a sua mãe zumbificada a atacou, mas infelizmente mais tarde na estória, não chegou a tempo de salvar Dale. De todas as mortes que seu personagem presenciou, qual foi a mais difícil de assistir? Tem alguma história por trás que você gostaria de compartilhar?
IronE Singleton: Cada um era diferente, mas tinha igual valor em termos de mais difícil de filmar, porque amo todos eles e não queria perder nenhum. Sophia, se eu tivesse que escolher porque ela era uma criança. Percebi ao perder meu sobrinho Edward Bozeman em circunstâncias misteriosas que quanto mais jovem, mais difícil é perdê-los por causa de tanta vida que foi tirada junto com uma abundância de sonhos, esperanças e potencial.
Todos eles tinham suas personalidades diferentes, o que contribuiu para uma experiência melhor, mais diversificada e completa para me ajudar a crescer mais como ser humano.
T-Dog definitivamente foi de extrema importância pro desenvolvimento da série, ele foi de um personagem secundário à um membro importantíssimo do grupo, morrendo como herói tentando salvar todos na prisão – em especial nossa amada Carol. Como/quando você descobriu que T-Dog iria morrer? E o que você achou dele ter morrido como um herói?
IronE Singleton: Fiquei sabendo 6 semanas antes. Eu amei. Uma morte heroica foi um sonho que se tornou real.
Olhando para o seu tempo na série, qual foi o episódio mais divertido de gravar? E qual o mais desafiador? Por quê?
IronE Singleton: Cada episódio é como um filho meu, mas meu primeiro – episódio 2 da primeira temporada, se eu tivesse que escolher, porque filmamos a menos de um quilômetro de onde eu cresci.
Mais desafiador: Temporada 2, Episódio 1 porque Darabont me fez filmar a cena do “corte de braço” 25-50 vezes!! Eu estava exausto!!
Você lembra como foi o seu primeiro dia no set? E o seu último? Adoraríamos saber detalhes sobre a recepção do elenco e também sobre sua despedida!
IronE Singleton: Meu primeiro dia foi no telhado, a temperatura estava acima de 38 graus e eu quase desmaiei.
No meu último dia, todo o elenco / equipe técnica se reuniu ao meu redor e da Sarah Wayne Callies para fotos. Norman Reedus me presenteou com um escudo que ele fez com que todos assinassem, e Greg Nicotero me presenteou com um molde do cadáver do T-Dog.
Se T-Dog tivesse sobrevivido por mais tempo na série, com quais personagens você gostaria que ele tivesse interagido? Existe algum ator/atriz específico com quem você gostaria de ter trabalhado mais durante seu período em The Walking Dead?
IronE Singleton: Todos eles. Eu só tive momentos de maior proximidade com Jeff DeMunn (Dale).
Durante a recente maratona da primeira temporada de The Walking Dead no AMC você postou um tweet falando que estava trocando mensagens nostálgicas com a Melissa McBride. Existe algo que você possa compartilhar conosco sobre essas lembranças maravilhosas? Que outros atores da série você ainda mantém um contato muito próximo?
IronE Singleton: Foi uma experiência linda conhecer meus colegas de elenco, intimamente. Pude aprender e crescer. Eu tenho a maioria dos seus números salvos caso eu precise deles.
Agora falando sobre o final de The Walking Dead, eu não sei se você continuou assistindo a série após a sua saída ou se acompanhou alguns momentos, mas adoraria saber de você: Como você acha que poderia ser o final ideal da série?
IronE Singleton: Daryl e Carol (os originais) devem salvar o dia e cavalgar juntos até o pôr do sol. Caso contrário, traga o T-Dog de volta para fazer isso. ?
Um dos motivos pelos quais o T-Dog e o Merle sempre discutiam era os comentários racistas feitos pelo Merle. O mundo ainda não dá a devida importância para a vida e principalmente para a vida negra. Agora, com o movimento Black Lives Matter, muitas pessoas estão aprendendo mais e se conscientizando, outras nem tanto. Você gostaria de comentar algo sobre?
IronE Singleton: Pratique verdade & amor em vez de paixões & ganância. Eu aplaudo TWD por abordar um tópico tão difícil, controverso e contundente e por abraçar Black Lives Matter, porque eles entendem que todas as vidas não podem importar até que as vidas negras importem.
Por favor, nos fale sobre a IronE School of The Arts! Como/quando surgiu a ideia de criar a escola e como está sendo esse projeto? Quais dicas você pode dar para quem sonha em seguir a carreira de ator?
IronE Singleton: Abrir o IronEsa.com foi uma progressão natural. Desde então tenho passado adiante tudo o que aprendi em meus mais de 25 anos como ator. A ISA vem sendo preparada durante toda a minha vida porque o que acontece não é por coincidência, mas por desígnio.
Sabemos que a pandemia adiou muitos projetos, e nós, fãs de The Walking Dead, estamos sofrendo porque a season finale da série foi afetada. Como a pandemia te afetou? Algum projeto que estava em andamento teve que ser adiado? E como você tem se cuidado?
IronE Singleton: Consegui encerrar o segundo de dois dos meus projetos definidos para lançar este ano uma semana antes de tudo fechar.
Para encerrar: aqui no Brasil sempre mandamos muito amor a todos que estão envolvidos em The Walking Dead. Os fãs brasileiros são muito apaixonados! Esse carinho chega de alguma maneira até você através de convenções ou redes sociais? Deixe um recado para os fãs do nosso país!
IronE Singleton: Eu sinto o amor do Brasil de uma forma importante e sou muito grato por isso. Eu te amo Brasil!! Amem-se uns aos outros. É grátis. #FiquemSeguros
– Twitter: @ironesingleton
– Instagram: @irone.singleton
– Facebook: @IronESingleton1
– Site oficial: www.ironesingleton.com
– Entrevista: Rafael Façanha & Estefany Souza
– Tradução: Victoria Rodrigues & Ávila Souza
– Arte da capa: FORMES
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