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THE WALKING DEAD 10 ANOS: Entrevista exclusiva com Daniel Bonjour (Aiden)

The Walking Dead completa 10 anos em outubro e, para comemorar, entrevistamos alguns atores da série. Confira nosso papo com Daniel Bonjour.

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arte com Daniel Bonjour e Aiden Monroe para comemorar os 10 anos de The Walking Dead

To access the interview with Daniel Bonjour in english, click here.

The Walking Dead completa 10 anos de história na TV no dia 31 de outubro de 2020. Em comemoração a essa marca histórica, entrevistamos vários atores que participaram da série ao longo dos anos. Essas entrevistas, que começaram a ser divulgadas no início de setembro e vão até o final de outubro, estão sendo lançadas diariamente. Elas se encerrarão com uma grande surpresa preparada exclusivamente para os fãs, com grande carinho.

Nosso convidado de hoje é Daniel Bonjour, que interpretou Aiden Monroe durante a 5ª temporada. O ator nos contou sobre como Aiden se sentiu com a chegada do grupo do Rick, sobre como foi gravar a cena da morte de seu personagem, sobre trabalhar com Steven Yeun (Glenn), sobre sua participação em iZombie e muito mais!

Sem mais delongas, confira nossa entrevista exclusiva com Daniel Bonjour:

É uma honra conversar com você em um momento tão importante para The Walking Dead. Não é qualquer série que consegue chegar à marca de 10 anos. Comece contando para nós como foi fazer parte deste projeto. Como ele surgiu e como foi seu processo de audição? Você conhecia a série antes de conseguir o papel?

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Daniel Bonjour: Na verdade, eu estava em minha lua de mel no Camboja quando recebi a ligação para uma audição. Eu inicialmente recusei o teste porque eu nem tinha um sinal forte o suficiente para enviar um vídeo, mas os diretores de elenco realmente pensaram que eu seria a pessoa certa para o papel, então me deram um tempo extra. Chegamos a um novo hotel com um serviço melhor e gravei meu teste, sem pensar muito nisso. Poucos dias depois, voamos para a Tailândia e, quando pousamos, fui bombardeado com mensagens de correio de voz, textos e até mensagens no Facebook do meu agente, informando que eu havia conseguido o papel. Passamos mais alguns dias na lua de mel, e então eu tive que voar para Atlanta e dirigir diretamente do aeroporto para o set – lendo o roteiro no avião.

Eu era definitivamente um grande fã da série de antemão, o que tornou toda a experiência muito surreal.

Descobrimos que você precisou interromper sua lua de mel para interpretar Aiden e que esse também foi um dos motivos para que seu personagem fosse morto no episódio “Spend”. Existia mais planos para Aiden? Você pode falar um pouco sobre como tudo isso foi planejado?

Daniel Bonjour: Eles foram muito francos quando consegui o papel de que Aiden teria vida curta e seria morto, mas também disseram que seria uma morte impactante. Toda a batalha entre os alexandrinos realmente começou por causa da morte de Aiden. Enquanto estávamos filmando, os produtores vieram até mim e disseram que realmente amavam o personagem e estavam tentando descobrir maneiras de mantê-lo por perto, mas no final das contas, eles precisavam de uma morte impactante para ser o estopim que acabaria por derrubar Alexandria.

Em sua primeira aparição na série, Aiden parece não levar tão a sério o perigo que os zumbis oferecem e as adversidades do mundo pós-apocalíptico. Por quê você acha que ele tinha essa visão do mundo? Você acha que ele era maduro o suficiente para sobreviver ao apocalipse?

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Daniel Bonjour: Acho que Aiden foi simplesmente um produto das circunstâncias. Ele teve a sorte de pertencer a uma comunidade que rapidamente ergueu muros e criou um espaço seguro, então, em sua mente, a ameaça nunca foi tão real quanto para alguém como Glenn. Ele sentiu que o treinamento ROTC o tornava invencível. Havia uma sensação de privilégio que o tornava alheio ao mundo exterior.

Como você acha que Aiden se sentiu com a chegada do grupo de Rick em Alexandria? Você acha que ele em algum momento se sentiu diminuído em sua posição de patrulheiro por não ser tão experiente quanto eles?

Daniel Bonjour: Acho que ele definitivamente se sentiu ameaçado. Seu papel como o soldado mais experiente de repente foi desafiado e ele estava com um pouco de medo de ser exposto como menos qualificado. Mudar é sempre difícil e Aiden não estava pronto para isso.

A morte de Aiden é visualmente muito impactante! Como foi a preparação de maquiagem e figurino para essa cena? E como/quando você descobriu que Aiden estava com os dias contados?

Daniel Bonjour: Eu descobri “oficialmente” quando Scott Gimple me ligou para me avisar. Eles levam a morte de personagens muito a sério no programa e é um processo de partir o coração. Todos no set foram extremamente gentis. De certa forma, parecia uma separação. A cena da morte foi muito intensa. Todos os efeitos estavam na câmera. Tive que usar um macacão cheio de sangue e vísceras falsas e, quando fui comido vivo, eles literalmente abriram uma prótese de estômago e arrancaram todas as vísceras colocadas dentro dele. Foi uma experiência intensa.

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Outro grande momento de Aiden é quando ele confronta Glenn e acaba levando um soco. Como foi trabalhar com Steven Yeun? E como vocês se prepararam para esse momento entre os personagens?

Daniel Bonjour: Essa foi na verdade minha primeira cena de todo o show! Eu não conhecia ninguém na época, então foi um pouco intimidante entrar no set e de repente começar uma briga. Steven foi extremamente simpático e acolhedor. Na verdade, não falamos sobre a cena antes. Claro, trabalhamos com muito cuidado, mas o que acabou na tela foi muito instintivo e cru.

Você e Michael Traynor desenvolveram uma ótima amizade, é o que percebemos pelas fotos de vocês tanto nos bastidores quanto em convenções/reuniões. Como você acha que Aiden se sentiu quando foi abandonado por Nicholas? Que lembranças você tem de trabalhar com Michael?

Daniel Bonjour: Michael é um grande amigo ainda hoje. Ele, Ross Marquand e eu nos juntamos ao show na mesma época, então tivemos muitas boas lembranças da amizade como os caras novos no set. Estávamos todos muito animados com tudo isso, então foi ótimo compartilhar essa experiência.

Acho que Aiden sentiu que merecia no final. Ele fez um círculo completo de realização naquele momento de desespero. Embora eu tenha certeza de que ele teria adorado ser salvo, acho que, no final das contas, Aiden não o culpa por isso.

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Aiden foi criado exclusivamente para a série de TV, diferente dos seus familiares que estão nos quadrinhos de The Walking Dead. Você chegou a ler as HQs para ter uma base da história ou preferiu apenas seguir os roteiros? E você, como fã, prefere que as adaptações sigam totalmente o material fonte ou prefere que elas sofram modificações para surpreender?

Daniel Bonjour: Eu li alguns dos quadrinhos, mas não tive tempo para mergulhar totalmente, então tive que depender dos roteiros. Mesmo assim, o show era tão secreto na época, que eu tinha pouca informação para trabalhar. A maior parte eu tive que criar na minha imaginação. Acho que o programa é uma interpretação dos quadrinhos e, em qualquer interpretação, você quer ver algo novo, senão qual é o ponto? Os quadrinhos existem como um meio próprio, e o show é simplesmente para deixar esses temas e personagens respirarem em seu próprio mundo.

Você lembra como foi o seu primeiro dia no set? E o seu último? Adoraríamos saber detalhes sobre a recepção do elenco e também sobre sua despedida!

Daniel Bonjour: No meu primeiro dia, fui apresentado a Andy e ele imediatamente me acompanhou pelo set me apresentando a todos, e eventualmente ele me perguntou quem eu estava interpretando. Ele nem sabia quem eu era e foi tão gentil – foi quase um choque. Eu pensei que estava sendo enganado, todo mundo era tão incrivelmente legal.

Meu último dia foi a cena da minha morte, então eu estava coberto de sangue e realmente parecia adequado. Vários outros atores apareceram no set e Steven fez um discurso realmente comovente. Também era o último dia de Tyler, então acho que tive que pegar carona na despedida dele também, mas ainda foi muito tocante.

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Se Aiden tivesse sobrevivido por mais tempo na série, com quais personagens você gostaria que ele tivesse interagido? Existe algum ator/atriz específico com quem você gostaria de ter trabalhado mais durante seu período em The Walking Dead?

Daniel Bonjour: Fiquei muito feliz por ter trabalhado tanto com Steven – ele realmente tornou toda a experiência o que é. Teria sido ótimo trabalhar com Andy, mas acho que, no final das contas, Glenn e Aiden eram uma dupla perfeita. Honestamente, Aiden teria apenas dado nos nervos de todos – mas de uma forma muito divertida, então eu teria adorado ver isso acontecer. Para ver quantos inimigos ele poderia acumular.

Você esteve em várias outras séries, interpretando muitos tipos de personagens. Se você pudesse escolher um deles para ser um sobrevivente – vilão ou mocinho – em The Walking Dead, qual seria e por quê?

Daniel Bonjour: Essa é uma pergunta interessante. Engraçado – no iZombie, interpretei um documentarista. Teria sido ótimo ver que tipo de documentário sairia de The Walking Dead.

Falando em apocalipse zumbi… O que Daniel Bonjour teria em seu kit de sobrevivência? Escolha 5 itens indispensáveis! Você seria mais o tipo que estaria em uma comunidade ou sobrevivente solitário?

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Daniel Bonjour: Eu começaria uma aldeia dentro de um Costco (risos). 5 itens? Eu diria algum tipo de espada, um diário, um saco de sementes para quando eu finalmente encontrar um lar. Um isqueiro. E desinfetante para as mãos – porque, você sabe… COVID.

Eu provavelmente teria sido um lobo solitário no início, mas depois estaria procurando desesperadamente um lugar para chamar de lar.

Curiosamente, você esteve em outra produção que envolvia mortos-vivos: iZombie. Você pode falar um pouco sobre como foi essa experiência para você e como foi dar vida ao “zumbi” Levon Patch? Quais lembranças você tem com trabalhar com Rose McIver?

Daniel Bonjour: iZombie foi um giro de 360 graus em relação a The Walking Dead. O elenco era tão bom, mas é um gênero completamente diferente. Foi divertido fazer um pouco de piada do gênero, e Rose é um encanto absoluto de uma pessoa. O set estava sempre cheio de risada. Eles realmente me fizeram sentir em casa no iZombie.

Sabemos que a pandemia adiou muitos projetos, e nós, fãs de The Walking Dead, estamos sofrendo porque a season finale da série foi afetada. Como a pandemia te afetou? Algum projeto que estava em andamento teve que ser adiado? E como você tem se cuidado?

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Daniel Bonjour: Isso me afetou 100%. Tive um trabalho cancelado por causa disso. Felizmente, não era um trabalho grande, mas ainda assim… Tenho escrito um roteiro durante a pandemia e trabalhado com alguns produtores para trazê-lo para a tela grande. Definitivamente tem sido um desafio ficar sem trabalho por tanto tempo. Nosso setor já é tão difícil para se começar – você está sempre cruzando os dedos para o próximo trabalho, e isso apenas o torna muito mais estressante. Mas é o mundo em que vivemos agora, então eu sei que há muitas pessoas passando exatamente pela mesma coisa. Eu só espero que todos possamos sair dessa com uma versão mais forte e melhor de nós mesmos de alguma forma.

Para encerrar: aqui no Brasil sempre mandamos muito amor a todos que estão envolvidos em The Walking Dead. Os fãs brasileiros são muito apaixonados! Esse carinho chega de alguma maneira até você através de convenções ou redes sociais? Deixe um recado para os fãs do nosso país!

Daniel Bonjour: Sou péssimo quando se trata de acompanhar as mídias sociais, mas realmente aprecio todas as mensagens e o amor que recebo online. Tento enviar uma mensagem de volta às pessoas, mas às vezes sou muito lento nisso. Mas, por favor, nunca hesite em me contatar – estou sempre lendo mensagens. Acho que são fãs como os do Brasil que levam a experiência de estar em The Walking Dead a um outro nível. Ver algo que tive a sorte de fazer parte impactar as pessoas de uma forma tão poderosa é realmente um sonho que se tornou realidade. Então, obrigado, do fundo do meu coração.

REDES SOCIAIS DO DANIEL:

– Twitter: @DanielBonjour
– Instagram: @DanielBonjour
– Facebook: @DanielBonjour
– Site Oficial: www.danielbonjour.com

AGRADECIMENTOS:

– Entrevista: Rafael Façanha & Dhebora Fonseca
– Tradução: Victoria Rodrigues & Ludmilla Peixoto
– Arte da capa: FORMES

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