Talking Dead

Talking Dead Brasil #54 – Hollywood Forever Cemetery

O Talking Dead de estreia da sétima temporada de The Walking Dead foi realizado no Cemitério Hollywood Forever, em Los Angeles, e contou com a presença de Andrew Lincoln (Rick Grimes), Norman Reedus (Daryl Dixon), Lauren Cohan (Maggie Greene), Danai Gurira (Michonne), Steven Yeun (Glenn Rhee), Michael Cudlitz (Abraham Ford), Jeffrey Dean Morgan (Negan), Christian Serratos (Rosita Espinosa), Sonequa Martin-Green (Sasha), Josh McDermitt (Eugene), Ross Marquand (Aaron) e os produtores executivos Robert Kirkman e Scott M. Gimple, além de vários outros membros do elenco e da equipe de produção que estiveram pelo evento para assistir ao episódio ao lado de alguns fãs que foram selecionados pela AMC.

Chris Hardwick: Como estão se sentindo?

Yvette Nicole Brown: Foi horrível, me sinto péssima. Foi um episódio difícil.

Chris Hardwick: E você Greg, como foi o episódio de sua perspectiva? Você é tipo o superfã número um…

Greg Raiewski: Me sinto vazio… é legal passar por tudo isso com todo mundo aqui.

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Chris Hardwick: Você esperava isso tudo?

Greg Raiewski: Eu não esperava duas mortes, mesmo depois de oito meses e com toda aquela expectativa para ver o que aconteceria, não foi tão legal ver toda a violência…

Yvette Nicole Brown: E sabe, a gente conhece a série que a gente tanto ama, nós sabemos do que se trata, do apocalipse zumbi, e que pessoas vão morrer… Mas cara, a maneira como a gente perdeu essas pessoas nesse episódio… E eu sempre escuto as pessoas falando que isso é um reset, uma maneira de mostrar como a série será daqui em diante, em comparação com o ano anterior, antes de Negan e depois de Negan. E eu acho que, por mais doloroso que tenha sido esse episódio, dá pra ver como isso vai refletir em temporadas seguintes. Ninguém vai deixar isso pra lá depois de alguns episódios. Por exemplo, em uma décima temporada as pessoas ainda estarão lidando com ramificações do que aconteceu ali.

Chris Hardwick: Foi o começo de uma temporada fodida. Yvette e Greg, muito obrigada pela presença. E agora damos boas-vindas à Lauren Cohan, Danai Gurira, Andrew Lincoln e Norman Reedus. Nós vimos os momentos devastadores do ponto de vista do Rick, como vocês descreveriam a jornada dele?

Andrew Lincoln: Eu vou ser sincero com você, Chris. Esse personagem me atinge. Esse episódio foi um tipo de programa de como acabar com um homem. Foi desconcertante, eu tive que ir para casa dormir por uma semana.

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Chris Hardwick: O que vai acontecer agora que Steven e Michael partiram?

Andrew Lincoln: Esses caras são líderes em seus contextos, são pessoas tão engraçadas que trazem vida e humanidade para o set de filmagem. Michael tem uma presença tão incrível, e o que ele fez com aquela barba e com aquele personagem… E o Steven é meu irmão, ele foi uma perda gigantesca e devastadora para mim.

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Chris Hardwick: Isso não é só um trabalho para esse pessoal. Eles passam seus dias isolados no interior da Geórgia, todos juntos, é bem emocional. Lauren, como você acha que isso vai afetar a dinâmica das coisas que estão acontecendo agora?

Lauren Cohan: Já mudou a dinâmica agora e vai afetar as coisas que estão para acontecer. Depois de gravar aquele episódio… começou uma fase nova pra gente. Michael e Steven eram dois pilares na série, e homens tão fortes, a responsabilidade caiu sobre todos os outros, para representar o que aprenderam com eles. Sabe, o amor, a força e a estrutura que eles criaram…

Chris Hardwick: É muito estranho, porque vocês já sabiam disso faz cerca de um ano, e eu não sabia que isso ia acontecer até ter assistido o episódio, e ali no finalzinho, quando Glenn disse ‘Eu vou te encontrar’, alguém aqui na audiência berrou, foi como receber um soco no estômago, o que você acha que ele quis dizer naquele momento?

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Lauren Cohan: Acho que, nesta vida ou na próxima, eles se encontrarão, não tem limite de tempo ou espaço, sabe? Eu vou te encontrar, vou cuidar de você e do bebê, eu estarei lá…

Chris Hardwick: Danai, pra você existe agora alguma sensação de alívio já que todos sabem quem Negan matou? Não existe mais aquela pressão e pessoas te perguntando quem morreu…

Danai Gurira: Sabe, foi quase como um processo sagrado, fazer esses dois episódios juntos. Boa parte deles foi a gente de joelhos, sem poder nenhum. Desde que entrei na série, não tinha passado por algo tão doloroso e exaustivo emocionalmente, num nível tão alto. A gente tem aguentado e guardado isso juntos por um bom tempo. Com relação à todo mundo ficar perguntando… sim, foi um belo de um gancho, então sim, as pessoas vão te procurar de diferentes maneiras de achar a resposta, tentando relacionar os lugares que você vai com possíveis dicas, esperando que você deixe algo escapar.

Chris Hardwick: Norman, você tem algo a dizer para as pessoas que talvez estejam arrasadas agora?

Norman Reedus: Nós somos uma família, e os fãs também, nós sofremos com a série, e ela significa muito para a gente, e sentir esse carinho dos fãs é incrível.

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Chris Hardwick: Agora com a gente estão os produtores executivos Robert Kirkman e Scott M. Gimple. Desde quando vocês sabiam disso?

Robert Kirkman: Faz um tempinho já… quantos anos? Uns dois?

Scott M. Gimple: Sim, cerca de dois anos. Alguns eventos poderiam atrasar isso ou não, mas…

Chris Hardwick: Como foi o processo de criação deste episódio? Porque a ideia principal era deixar o líder do outro grupo, Rick, devastado… Como foi a criação desse episódio, a escolha de como Negan faria isso.

Scott M. Gimple: Acho que ao escrever o roteiro, o que pensamos foi ‘O que acabaria com Rick?’. Estava tudo na HQ, mas a gente também procurava um jeito de deixar a plateia arrasada também. Não no sentido de machucar a plateia, mas de maneira que ficasse bem claro que Rick está nas mãos de Negan. Fazer Rick passar por tal experiência que faria isso com ele, faz a plateia passar por uma experiência que faria os espectadores acreditarem que Rick faria o que esse cara mandasse.

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Chris Hardwick: Eu honestamente achei que uma outra parte da HQ entraria na série. Vocês quase cortaram o braço de Carl? Era algo que vocês pensavam em fazer?

Robert Kirkman: Várias questões dessas foram discutidas, não vamos detalhar o futuro [risos]. O interessante dessa introdução de Negan, por mais triste e angustiante que tenha sido, foi importante pra estabelecer algumas coisas. Essa série não vai parar por aqui, ainda temos muito pra mostrar, muito pra fazer, com isso preparamos o terreno para muitas coisas que estão para acontecer. Tem tanta coisa resultante dessa cena que tem que ser resolvida. Há anos estamos trabalhando com a série, e sempre passamos a mensagem de que estamos apenas começando. Muita coisa vai resultar desse acontecimento.

Chris Hardwick: Essa pergunta veio do Facebook. Danai, o que passava pela cabeça de Michonne quando Negan queria cortar o braço de Carl?

Danai Gurira: Foi devastador, muito devastador. Porque ela não podia fazer nada e essas são as duas pessoas que ela mais ama no mundo, e ela não pode ajudar. Ela percebeu que ser agressiva neste momento apenas resultaria em mais prejuízo. Então ela faz a única coisa que ela acredita ser uma possível solução, ela tentar conversar com este homem, mostrar que a gente entende, sabe o que você está fazendo, e que está tudo bem… e isso não funciona. É um dos momentos mais devastadores para ela.

Chris Hardwick: Foi tão triste ele falando ‘Faça logo’. Carl é um menino que faria de tudo pelo grupo. E é entristecedor saber o porquê de ele entender que algo assim teria de acontecer. Andrew, quando você estava gravando a cena com Chandler, o que se passava na sua cabeça?

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Andrew Lincoln: Eu acho que Chandler é um talento maravilhoso. Ele vai pra escola, vem pro set de filmagem e arrasa nas cenas, e eu me acostumei com ele fazendo isso. Mas de repente, nesta cena, quando ele se torna o herói, e esse ato corajoso que ele foi capaz de dizer, acho que foi um momento chave para desmontar Rick. Do mesmo jeito foi quando Lori morreu, é a criança que mexe com Rick. Então neste momento, ele vendo seu filho sendo capaz de fazer isso, tendo que fazer, foi algo essencial para acabar com o líder.

Chris Hardwick: Você acha que Daryl sente algum tipo de culpa? Pareceu que o ataque dele à Negan levou à segunda morte, talvez. Você acha que ele se sente assim?

Norman Reedus: Eu acho que ele se sente culpado, com certeza. Acho que tudo aquilo estava ficando tão pesado pra ele. Primeiramente o choque, mas acho que a culpa, ele nunca vai se livrar dela. Ele se sente responsável.

Chris Hardwick: Mais de 70% da plateia disse que não culpa Daryl pelo acontecido, você realmente não consegue cometer erros [risos].

Norman Reedus: Posso ler algo? Meu filho Mingus acabou de me mandar uma mensagem. “Isso não foi legal, cara. Não foi legal. O episódio mais louco que já assisti. Diz pro Jeffrey que ele é um babaca”, [risos].

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Chris Hardwick: E você fez algumas cenas de luta, como foi isso?

Norman Reedus: Depois de Daryl socar Negan, ele é arrastado. E ele inclusive puxou meu cabelo com bastante força, e quando ele me empurrou pro chão eu caí com as mãos no concreto e quebrei várias unhas… mas todos estavam tão envolvidos na cena, era impossível você não se envolver e se misturar com tudo aquilo, todos à minha volta, estava tudo tão pesado, todos compraram a ideia.

Chris Hardwick: E algo que eu acho muito interessante na Maggie, é que… esse é um momento muito obscuro pra ela, que já teve tantos momentos obscuros. Mas quando eles estão saindo, é ela quem diz ‘Nós vamos lutar contra eles’. Ela parece ser a única personagem que pensa ‘Beleza, a gente precisa deixar isso tudo acontecer’. Lauren, o que você acha que isso mostra sobre Maggie, sendo essa a primeira reação dela?

Lauren Cohan: Nós sabemos que ela sempre tem esperança, sempre em busca da luz do sol, e neste momento, todos estão emocionalmente algemados, não podem fazer nada, e ela está fisicamente algemada, e quando o ataque à Glenn acontece, tem algo queimando tão forte dentro dela…

Chris Hardwick: No twitter disseram que esperam que Maggie consigo matar Negan, mesmo estando grávida de 8 meses. E é incrível ver quanta força ela tem, mesmo tendo perdido tanta gente.

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Chris Hardwick: Vamos dar as boas-vindas à Steven Yeun. Alguns anos atrás, quando a edição #100 da HQ saiu, a gente te perguntou se você tinha visto o que acontecia ali e você disse que sim. O que você acha da maneira como aquilo passou pra série? Você esperava que isso fosse acontecer em algum momento na série? Como você processa tudo isso?

Steven Yeun: Para mim pessoalmente, sobre a morte na HQ… Robert escreveu de uma maneira tão doida e tão incrível como levar algo embora, uma história tão impactante assim. E depois de ler essa edição percebi, e até tinha comentado isso, que essa cena tinha que acontecer com ele, e mais ninguém, foi tão icônico. E pra mim, ter vivido isso, e ter aquele momento passado para a televisão, e fazer ele do jeito que a gente fez, achei bravo e ao mesmo tempo com grande efeito. Pra mim a motivação foi que era ótimo.

Chris Hardwick: Sim, porque além do Glenn ser um personagem importante na série, depois da morte dele ele continua importante, porque sua morte vai abrir caminho para tantas outras coisas, ela guia a história para a audiência, e guia a motivação dos outros personagens. No twitter alguém comentou que cresceu assistindo o Glenn, e faz sentido porque a série já existe há sete anos.

Norman Reedus: Eu não tinha parado para pensar nisso, só agora, é que nem Harry Potter.

Chris Hardwick: Desde que você gravou essa cena, como foi? Porque você teve que guardar segredo. Como você lidou com isso pessoalmente?

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Steven Yeun: Isso veio com seu próprio kit de dificuldades. Teve a animação de saber algo que outras pessoas não sabem. E depois de um tempo você pensa ‘Eu não gosto de ser o único a saber isso’. E aí você mergulha num buraco por que você continua não podendo dizer nada. Mas eu tenho muita sorte por ter meus colegas de elenco e amigos para me ajudarem a como lidar com isso e processar isso tudo. Ao mesmo tempo eu tive apoio da minha bela esposa Jo, ela está sempre lá pra me apoiar. Foi divertido mentir para as pessoas [risos], mas depois de um tempo você não consegue mais mentir, então eu comecei a parar de falar com as pessoas.

In Memorian – Glenn Rhee:

Chris Hardwick: Glenn Rhee, de entregar de pizza para o cara que destruiu a cadeira em Woodbury. Você teve uma evolução tão incrível, se tornou um personagem tão incrivelmente forte, e tão especial para todos, muito obrigado. Lauren, você tem alguma lembrança engraçada trabalhando com Steven, depois de tantos anos?

Lauren Cohan: Steven dançando, Steven comendo, Steven cantando, Steven derramando café, Steven sendo o Steven. Minha melhor memória é provavelmente quando a gente improvisou antes de uma cena. Não foi a cena da farmácia, mas essa também aconteceu na farmácia. E a gente improvisou ali e eu soube que ele era meu amigo, foi meu amigo desde o começo, ele tem esse jeito de ser um bom amigo, eu posso soar meio brega, mas me desculpe…

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Chris Hardwick: E você Lincoln, tem alguma lembrança favorita em particular?

Andrew Lincoln: Tem que ser a cena das tripas, quando a gente andou pela rua e os walkers não ligavam pra gente, em outros momentos a gente pulava dos telhados sem proteção, e uma vez eu quase deixei Steven surdo quando disparei uma arma, mas a cena das tripas foi a melhor.

Norman Reedus: E também alguns insetos foram parar em alguns lugares…

Chris Hardwick: O que? O inseto era um superfã… [risos].

Lauren Cohan: Aliás, Steven é hilário, ele consegue fazer qualquer coisa, qualquer pessoa, ficar engraçada.

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Steven Yeun: E eu preciso dizer, que tinha um carrapato no meu pênis.

Chris Hardwick: Isso é horrível porque esse é o único lugar que você quer deixar com a maior quantidade de sangue possível [risos].

Steven Yeun: E eu fiquei feliz por isso ter acontecido comigo porque acho que eu sou o único que falaria isso pros outros [risos]. Foi legal, eu entrei no trailer na manhã seguinte dizendo que tinha um carrapato no pênis [risos].

Chris Hardwick: O Robert trouxe uma foto que ele gostaria de compartilhar. É uma bela foto por sinal.

Robert Kirkman: Sim. Eu passei por tantos momentos incríveis desde o começo da série, mas um dos momentos mais memoráveis pra mim no set de filmagem foi durante a gravação do episódio piloto, eu estava por lá e vi Andrew Lincoln e Steven Yeun pela primeira vez. E eu pensei ‘Vou tirar fotos disso, estou vendo Rick Grimes em carne e osso, encontrando pela primeira vez Glenn Rhee em carne e osso’. Foi um dos momentos no set de filmagem em que eu fiquei emocionado por um momento, foi bem estranho pra mim. Especialmente agora depois de todo esse tempo, olhar pra trás… [aplausos]

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Chris Hardwick: Olhem só esse bebês!

Robert Kirkman: Faz eu me sentir até meio mal por tudo que fiz eles passarem [risos].

Chris Hardwick: Você tem alguma lembrança favorita que gostaria de compartilhar, Steven?

Steven Yeun: Eu não consigo escolher uma, tive tantas experiências incríveis com todo mundo. Eu olho pra trás…. O interessante é que eu não assisti esse episódio até uma semana antes dele ir ao ar. Você sabe o que vai acontecer, eu vivi isso, mas assistir isso… o jeito que Scott construiu esse episódio, o jeito que Greg dirigiu o episódio, o jeito que cada pessoa arrasou… Você vê o episódio no geral e percebe que todas as memórias se refletem nele. Você tem aquela sensação e lembra das sete temporadas que assistiu da série. Então pra mim, a lembrança memorável foi a experiência como um todo, sei que é uma resposta brega, mas…

Chris Hardwick: Não se sinta esquisito, é um momento especial… não tem nada de brega nisso. São emoções verdadeiras, as pessoas apreciam isso. E qual você acha que será o legado de Glenn para o grupo?

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Steve Yeun: Eu acho que Glenn morreu de um jeito muito Glenn, é isso que minha esposa fala, continuou não pensando em si mesmo. E acho que é apropriado que o fim dele tenha sido ali, e acho apropriado que ele tenha dito aquelas últimas palavras, um último ‘Cuidem uns dos outros’.

Chris Hardwick: Vamos dar as boas-vindas à Michael Cudlitz. Michael, como você está se sentindo? Você está satisfeito com o jeito que Abraham se foi?

Michael Cudlitz: Sim, sim. Para quem acompanha a HQ, sabe que ele estava fazendo hora extra. Denise ganhou a morte dele, graciosamente, muito obrigada, dois episódios atrás. Então ali eu já sabia que eu já tinha ido além de onde ele foi na HQ. Robert sempre dizia como ele não estava feliz com o fim de Abraham na HQ, então eu sempre ficava curioso sobre como isso mudaria. E no grupo, acho que ele deixou bem claro pra Negan que se ele tinha que acabar com alguém do grupo, que fosse ele, ajudando a proteger o resto do grupo.

Chris Hardwick: Quando você assiste de novo você percebe que o resto do grupo está agachado, encolhido, e Abraham está de cabeça erguida, dizendo ‘Pode vir’, algo que ele expressa na forma de ‘Chupe minhas bolas’. No twitter uma pessoa disse que o Abraham foi fodão até o fim. Quando você leu a parte do ‘Chupe minhas bolas’, foi satisfatório?

Michael Cudlitz: Sabe, isso é sempre satisfatório, não é? [risos]. Acho que os produtores tiverem bastante trabalho com todos os diálogos de Abraham por causa do jeito que a gente terminou a última temporada. Ficou claro que muito contato visual com Negan, então não tinha muita interação com o resto do grupo. Então achei que foi incrível, e achei bastante apropriado Abraham morrer daquele jeito.

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In Memorian – Sargento Abraham Ford:

Chris Hardwick: Vamos dar as boas-vindas à Ross Marquand, Josh McDermitt, Christian Serratos, e Sonequa Martin-Green. Josh, vamos direto ao assunto, quão estranho é pra você não ter mais o Michael na série?

Josh McDermitt: É duro, com o Steven também, são dois irmãos, sabe? Pessoas com as quais eu podia fazer piadas e tal, mas ao mesmo tempo, Michael e eu ainda conversamos duas ou três vezes por semana. Até mesmo na temporada passada, quando os enredos dos nossos personagens tomaram rumos diferentes, a gente ainda se falava, conversava, se tinha alguma coisa incomodando a gente no roteiro a gente conversava sobre isso. Ele tem tanto ânimo, sabe? Ele atua há 85 anos [risos]. E ele continua tão animado, como se fosse seu primeiro emprego, sabe? Tiveram momentos nas Comic Cons, onde havia fãs enlouquecendo, e ele me olhava com aquele sorriso enorme e dizia ‘Isso é incrível’, sabe? E ele fazia isso no set de filmagem também. Mesmo disparando uma arma, ele estava sempre animado. Definitivamente a gente sente falta disso. As impressões digitais deles estão por toda a série, eles se foram, mas certamente não se foram.

Chris Hardwick: Christian, e para você, tem algum momento em particular com Michael que se destaca?

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Christian Serratos: Sim, tenho tantas memórias boas com Michael na série, e fora da série também, somos amigos próximos. Eu fui sortuda de entrar na série com Michael, nós três entramos juntos, foi um jeito incrível de entrar. Éramos audaciosos, mas contávamos uns com os outros, dependíamos uns dos outros. E eu sempre conto com Michael quando preciso de conselhos e de apoio. Ele é com certeza da família.

Chris Hardwick: Porque você acha que foi importante para Sasha levar o corpo de Abraham?

Sonequa Martin-Green: Foi importante para continuar com seu legado de maneiras diferentes. Ele era um soldado, e deu a vida por aquilo que acreditava. Dedicou-se em levar Maggie para Hilltop. É isso que eu conecto. É isso que vai ajudar Sasha a continuar seguindo em frente, é o jeito dela dizer que vai continuar o que ele começou, que vai continuar, que vai levar ele com ela, que é dali que ela vai tirar forças. E ter tido aquele momento com Rosita, eu fiquei tão feliz, foi um momento de múltiplas camadas, foram muitas perguntas, mas foi um momento para entrar em comunhão com ela, para estabelecer uma conexão de coração para coração. Porque eu estava pedindo perdão pela dor que ela enfrentava, eu pedia permissão e aceitação, de amor para amor na vida dele. E eu pedia para ficar acima das coisas que nos separavam, Sasha e Rosita, e para unir as coisas que nos conectavam, no caso Abraham. Achei que foi um momento tão bonito.

Chris Hardwick: Ross, você pode descrever como foi ver as próteses?

Ross Marquand: Ver as próteses não foi divertido para ninguém. São nossos amigos, a ausência deles foi muito sentida. E a gente viu o trabalho incrível de Greg e sua equipe, criando os detalhes de seus rostos. Foi devastador, você contempla sua mortalidade, ver seus amigos dum jeito tão grotesco, é complicado de descrever.

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• Um fã fez uma pergunta por telefone para Andrew Lincoln: Como foi gravar que você está pendurado pelo walker da ponte?

Andrew Lincoln: Foi um destaque num episódio tão sombrio. Eu não cheguei a fazer a cena, eles não me deixaram, então eu fiz quando a gente não estava gravando.

Greg Nicotero: O mais fascinante sobre esse episódio é que não é sobre quem está na outra ponta do bastão de beisebol de Negan. Se trata do resultado, acabar com Rick Grimes, fazer ele se ajoelhar e ser submisso, ao ponto de Negan poder afirmar que tem um novo grupo de pessoas que vai prover pra ele. É isso que Negan quer. E aí eles entram no carro, vão embora e deixam nosso grupo em paz. Essa foi a cena mais triste, porque de repente, eles têm a chance de olhar uns para os outros e processar o que aconteceu na noite anterior. É como se o choque estivesse se acomodando. A emoção nesta cena é plausível.

Chris Hardwick: Vamos dar as boas-vindas à Jeffrey Dean Morgan! Primeiramente, quando a gente estava assistindo o episódio lá nos bastidores, Jeffrey disse ‘Droga, todos vão me vaiar quando eu aparecer’. Como fã, qual foi sua reação quando soube quem Negan mataria?

Jeffrey Dean Morgan: Provavelmente a mesma de vocês quando assistiram, sabe? Eu sou fã de Steven e Michael, e eu também não queria vê-los partir. São partes tão integrais da série, então quando eu descobri eu me senti do mesmo jeito que vocês. Tendo dito isso… [risos], aqui estamos.

Chris Hardwick: A gente já falou disso na Comic Con, mas a ideia de bem e mal neste mundo, e do ponto de vista de Negan, para ele, eles são os vilões. Você não vê Negan como o cara mal, vê?

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Jeffrey Dean Morgan: Não, eu não posso interpretar ele assim, senão você sempre tocará a mesma nota. Então não, na minha cabeça ele não é o cara mal. E ele ainda deixou esses caras irem facilmente nestas alturas. Lembram? Eles mataram vários do meu grupo, e se não fosse por Daryl, Glenn ainda estaria vivo [risos e aplausos].

• No final do programa, o quadro In Memorian homenageia os mortos durante o episódio:

– Walker do Para-brisa
– Walker do Rick Piñata
– Walker Que Estica
– Walker da Batida Traseira
– Walkers Que Encontraram o Machado.

“Lembra quando uma horda de walkers era a pior coisa que podia acontecer? Bem-vindos à Sétima Temporada.”

Chris Hardwick: Bem rapidamente, Robert e Scott, o que esperar da sétima temporada?

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Scott M. Gimple: O próximo episódio é dirigido por Greg Nicotero também. Vai mostrar um reinado, que é um mundo novo, é engraçado, de fato é engraçado depois do episódio que vocês acabaram de assistir, tem um tigre, e tem o Rei Ezekiel. E aí começa uma temporada na qual veremos mundos diferentes, vários personagens diferentes, e esses personagens que restaram, que estão tentando colar os pedaços de tudo.

Michael Cudlitz: Continue…

Scott M. Gimple: E tem uma bela história para Abraham [risos].

Chris Hardwick: Nosso tempo está acabando, mas eu gostaria de dizer: Steven, Glenn foi o coração da esperança nesta série, e Michael, Abraham foi a força e o valor da série, vocês podem não estar mais na série tecnicamente, mas vocês foram parte essencial dessa família, sempre serão parte desta família, vocês fizeram um trabalho incrível, muito obrigado por darem vida a esses personagens tão especiais. E fãs, muito obrigado por me deixarem fazerem parte desta jornada com vocês. Obrigada ao elenco pela presença. Muito obrigado à todos, do fundo do meu coração.

E NO PRÓXIMO TALKING DEAD:

Khary Payton (Rei Ezekiel), Dana Gould (comediante) e Chloe Bennet (Agents of Shield)

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The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, vai ao ar aos domingos no AMC Internacional, às 23h, e no FOX Action (canal do pacote premium FOX+) e FOX Brasil, às 23h30. Confira todas as notícias sobre a sétima temporada.

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Jessica Storrer

Estudante de Comunicação, professora de Inglês, staff esporádica e zombie killer nas horas vagas. Tenho pavor de políticos, aspargos e portas giratórias. Sou doente por seriados, pela estrada, por mapas, por Stephen King e por culturas novas.

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