Talking Dead

Talking Dead Brasil #50 – Paul Feig, Melissa McBride e Alicia Witt

Foi um ótimo episódio, tão sombrio e fascinante. Exploramos tantas coisas, conhecemos personagens novos, teve a missão para destruir Negan, e o grupo dele não é dos mais fáceis. Neste episódio vimos um lado de Maggie e Carol que não conhecíamos, a brutalidade talvez tenha ajudado Alexandria a prosperar, mas a que custo? Se eles continuarem neste caminho, será que eles se tornarão como os sequestradores que eles tentam eliminar? E mesmo que Rick pense que tenha eliminado Negan como ameaça, nós sabemos que nem tudo é como parece.

Os convidados da noite foram: o diretor do novo filme dos “Ghostbusters”, Paul Feig, a rainha do apocalipse, Melissa McBride, e nosso convidado surpresa, Paula, Alicia Witt.

Chris Hardwick: Vocês estavam incríveis neste episódio, eu e minha noiva assistimos juntos, e em algumas momentos ela me perguntava se a Carol estava cedendo, e eu falava que não, que era encenação dela. Mas eu já não estou tão certo, parece que ela estava passando por uma crise de consciência. O que estava acontecendo?

Melissa McBride: Bom, em parte é isso mesmo, e parte é intencionalmente deixada sem clareza para a audiência. Foi divertido interpretar essa parte, de saber qual a linha que separa o que é fingimento e o que está acontecendo de verdade com Carol.

Chris: Qual você acha que é o maior medo de Carol agora?

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Melissa: Acho que aquilo que vimos no final do episódio, acho que o maior medo dela agora é ela mesma, e o que ela é capaz de fazer… matar.

Chris: Ela está na ativa há tanto tempo, parece que ela não teve tempo de processar tudo que tem acontecido. Alicia, sinto muito por você ter morrido na série.

Alicia: Sim! Mas que morte épica, sabe, se você tem que morrer em The Walking Dead, é assim que deve ser.

Chris: Você é empalada e seu rosto é comido. Como foi sua experiência em trabalhar com Carol?

Alicia: Sabe, isso tudo começou porque Scott Gimple começou a me seguir no twitter, bem aleatoriamente. E eu achei bem legal, e nós conversamos um pouco, e veio a audição, e eu fazia ideia pra que papel eu estava fazendo audição, era uma cena de rouba à banco, nada a ver com o apocalipse. Eu descobri que tinha conseguido o papel, mas não sabia quem era, e eu tinha que estar no avião na manhã seguinte. Eu consegui ler o roteiro quando estava já sentada no avião, e é literalmente… sabe, essa coisa toda com Carol. Eu não podia pedir mais, porque como alguém que sempre acompanhou a série, o trabalho de Melissa foi uma revelação pra mim, como atriz assistindo todas as coisas incríveis que ela faz. E ter a chance de interagir com ela dessa maneira, personagens que tem uma relação tão complicada, era muito mais do que eu esperava. É engraçado pensar que aquilo está exposto pra todos verem, porque a gente gravou no meio das florestas, e parece que tudo aquilo aconteceu em um mundinho separado.

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Chris: Como era a energia no set de filmagem. Era sério e intenso, ou vocês brincavam entre as tomadas, ou vocês mantinham o personagem o tempo todo?

Alicia: É engraçado você perguntar isso, porque a gente literalmente rolava de rir toda vez que a câmera não estava filmando, tipo chorando de rir. Nos intervalos, a gente devia sempre estar fazendo uma cena.

Melissa: Sim, inapropriadamente.

Alicia: Exato, tipo momentos em que você fazia piadas e só a gente ria. A história ainda estava sendo contada e a gente ria de coisas tão erradas. Eu não sei se devo comentar. Eu me lembro daquela hora na cafeteria…

Melissa: Aquilo foi divertido, acho que você pode contar.

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Alicia: Tem um momento, no começo de uma das cenas, que eu estou toda séria com meu cantil, sendo toda durona e encarando Carol, e eu tiro a tampa do cantil, tento beber um gole mas erro a boca e a água escorre inteira pela minha camisa, e eu estava pensando ‘Espero que a Melissa não tenha visto isso’. E eu olho pra ela e ela está tremendo histericamente de tanto rir.

Melissa: Carol está no chão, atada, olhando ela beber água, e ela quer água. Eu estou ali vendo ela se babando toda.

Chris: Era isso o que Paula tinha planejado. Paul, qual foi sua reação quando viu o episódio?

Paul Feig: Eu fique maravilhado. Primeiramente, o trabalho de Melissa na série, a cada semana que passa, é tão incrível. Pessoalmente, eu acho que ela é a melhor personagem na televisão. Porque ela é tão complexa e está passando por tanta coisa, mas ela se comporta de um jeito tão durão e tranquilo, e tem também a Alicia na série, sou grande fã também. E eu adorei o fato de ter sido um episódio tão centrado nas mulheres. Sabe, as dinâmicas foram tão legais. Não foi só um monte de caras quebrando as coisas. Foi como um jogo de xadrez, será que terão empatia uns pelos outros? Será que isso vai impedi-las de fazer algo ruim? Mas aí você lembra que são mulheres sobreviventes duronas, que vão fazer o que for preciso pra se protegerem e proteger seu grupo. Achei incrível.

• Tradicionalmente, no final do segundo bloco do programa, o quadro In Memorian homenageia os mortos durante o episódio.

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– Walkers do Matadouro
– Os Walkers do ‘Heeeey Garotas’
– Donnie
– Os Redentores Sem Saída
– Primo
– Molls
– Chelle
– Paula
“Paula… você pode ter sido uma Redentora, mas ninguém ia conseguir te salvar de Maggie e Carol.”

“Neste episódio nós temos Chelle e Paula, as Redentoras, que parecem ser os egos alternativos de Carol e Maggie, sabe, tinha uma repulsão e um link muito forte entre estes dois pares. Trabalhar com Melissa neste episódio, na densidade que nós trabalhamos, é literalmente meu sonho de The Walking Dead se tornando realidade. Eu sempre quis que existissem mais tramas envolvendo Maggie e Carol na série. Num nível artístico, essa foi a experiência mais inspiradora que já tive. E se tratando de enredo, eu vejo essa loucura toda acontecendo, e o mundo praticamente parado para estas duas personagens. Melissa e eu permanecemos como personagens nestes oito dias de gravação para este episódio. Foi uma experiência linda. Nos momentos entre as tomadas, ela vinha até mim, me segurava e dizia que amava a Maggie.”Lauren Cohan.

Chris: Vendo Lauren falar assim de você, faz a gente pensar que vocês não trabalharam tanto juntas.

Melissa: Não. A gente trabalha junto há tanto tempo, mas nunca assim tão perto. E esse roteiro foi tão bonito e substancial para nós duas. Eu amo ver a Maggie lutando tanto, sabe, carregando o bebê e tudo mais. Carol odiou ver aquilo, ela perdeu uma filha. Ela não quer que uma mãe tenha que passar por isso, ela precisa voltar pra Alexandria, em segurança, então vamos lá lutar por isso. Foi incrível trabalhar com Lauren, e eu amo a liderança que Maggie assumiu, a postura que ela tomou com todas essas coisas horríveis acontecendo.

Chris: Você acha que por estar grávida, ela tenha se tornado mais agressiva ao se tratar de proteger a si mesma? Porque agora ela tem porque lutar?

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Melissa: Possivelmente, mas ela tem tanta certeza de que sempre há pelo que se lutar. Mas no fim deste episódio, ela diz que não aguenta mais.

Chris: Paul, você ficou surpreso com a brutalidade de Maggie neste episódio?

Paul: Sim, eu acho que a maternidade influenciou. Não fume perto da Maggie grávida [Risos]. Mas achei incrível, você consegue sentir neste episódio o peso de tudo que está acontecendo. Todos estão suprimindo essas emoções todas, e você acaba enlouquecendo. Eu sempre assisto a série e acho que eu surtaria toda hora. Quando você vê a coisa chegar a esse nível, especialmente num momento assim, que trata de vingança, esses são os momentos que enriquecem os personagens.

Chris: Isso acontece com todos os personagens, você suprimi mas cedo ou tarde eles são afetados, e isso acontece aqui com Carol. Alicia, o que você acha de Paula ter matado seu chefe no minuto do começo do apocalipse. ‘Olha que trânsito — facada!’. O que isso diz sobre Paula?

Alicia: Pois é, uma das coisas que mais amo neste roteiro é que você tem estes personagens que você está conhecendo, mas que foram tão belamente escritos… Eu achei que, mesmo não tendo muito que perguntar pros outros, porque eu não sabia muito de Paula, só o que estava escrito, eu senti que ela era alguém que amava sua família, ela viveu pela família. Ela era alguém que não costumava se defender, ela nunca dizia o que ela achava que devia dizer. Então quando o apocalipse aconteceu e ela não pode estar com sua família, vivendo essa vida sem sentido neste trabalho que ela não gostava, com certeza o chefe era a primeira pessoa que ela mataria, ele separou ela da única coisa que importava pra ela. E acho que naquele momento ela tomou uma decisão que manteve até então, que o negócio é continuar vivendo, ela não sente mais nada, acho que ela não chora, ela perdeu tudo que tinha. Eu achei interessante ela não ter tanta afinidade com Molly e Chelle.

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Chris: A partir do momento que ela perdeu a família, ela estava por conta própria. Mesmo com o cara morrendo, ela pensava ‘É só um cara que dorme na minha cama, não ligo.’

Alicia: Eu acho que ela quis dizer bem aquilo.

“Eu estava passando por um drive thru e quando fui pegar meu café na janela das entregas a menina me olhou e disse ‘Ai Meu Deus, você é minha favorita, eu te amo na série, eu adoro seu rosto’, e ela continuava falando e ficando mais animada, cada vez mais nervosa e adorável, e ela disse coisas muito fofas. ‘Seu rosto é meu favorito, e sua personagem é minha favorita!’, e aí o colega dela diz ‘Allie, você está no interfone’. Então ela estava pegando pedidos de outras pessoas o tempo todo, foi meu encontro favorito com um fã.”Lauren Cohan.

Chris: Quanto Carol vê de si mesma em Paula?

Melissa: Acho que é uma imagem espelhada. É exatamente a mesma coisa, exceto por aquela coisa específica – ela disse que quando chegou nas dezenas, ela parou de contar, parou de se importar, de sentir. Ela não sente mais nada, ela perdeu sua humanidade. Essa é a diferença. Fora isso o resto é igual. Foi incrível quando gravamos isso, tinham momentos em que eu estava no chão, atada, Carol observando Paula ir pra lá e pra cá, foi quase como um sonho, uma realidade surreal de estar assistindo a ela mesma, sabe, tipo o fantasma do Natal passado, ou do futuro, foi muito estranho.

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Alicia: Eu concordo. Foi tão estranho. Eu senti que Paula observava Carol, e algo ali mexe muito com ela.

Chris: Ela fica ressentida pelo fato de Carol ainda sentir algo, e isso provavelmente faz ela enfrentar o fato de que ela perdeu totalmente sua humanidade. Foi isso que eu percebi, que ela está ressentida. Paul, o que você acha da crise de consciência de Carol?

Paul: Acho que ela tinha que ter tido uma crise, porque caso contrário ela seria um monstro, mas acho que isso não vai parar ela. Acho que ela tem uma qualidade muito materna e protetora. Isso que foi legal no episódio anterior, ela fazendo os biscoitos, ela meio que redescobrindo uma vida normal, e ir disso pra esta situação cruciante… É isso tudo que faz ela ser incrível, ela é humana.

Chris: O que aquele momento de Carol e Daryl no final do episódio significa?

Melissa: Acho que Daryl é o único no grupo com qual a Carol consegue ficar tão vulnerável, a ponto de dizer ‘Não, eu não estou bem’, deixar a máscara cair. E foi ótimo ver os dois juntos neste episódio, a gente não viu muita interação entre eles durante esta temporada, e acho que parte disso é que Carol… seria muito difícil pra ela usar aquela máscara que a traz certo conforto quando precisa fazer as tarefas terríveis relacionadas à matanças. É mais fácil fazer isso sem o Daryl olhando pra ela. Ele não conhece muito bem esse lado dela, Carol ver ele olhando pra ela com o cardigã e tudo mais, seria difícil pra ela.

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Chris: É interessante ver a Carol de verdade. Ela se ajustando ao que o ambiente pede, para ser eficiente, e ver isso ser deixado de lado com Daryl, eles tem uma conexão especial.

• Um fã faz uma pergunta por telefone, para Melissa: “O que simboliza o ato de Carol cortar sua mão no rosário?”

Melissa: Durante o episódio, vale a pena, se você não sabe o que significa, fazer uma pesquisa, significa muito neste episódio. Isso pode ser Carol tentando recuperar a fé que ela perdeu quando sua filha morreu. Para ela, dizer aquilo naquele momento, ela tem lágrimas nos olhos, e isso é genuíno.

Chris: E é interessante o fato dela usar isso como um jeito de escapar.

Melissa: Com relação à furar a mão, acho que foi não foi intencional, foi intenso mesmo.

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• Durante o quadro Inside the Dead ficamos conhecendo algumas curiosidades sobre o episódio:
– Mesmo Rick quase nem aparecendo neste episódio, Andrew Lincoln estava no set de filmagem nesta cena. Ele estava fora de cena, fazendo sua parte na conversa pelo walkie-talkie.
– Com exceção da cena de abertura, apenas um set de filmagem foi usado no episódio inteiro. Esse matadouro customizado incluiu paredes que se movem e providenciou uma base permanente para os oito dias de filmagens.
– Jeananne Goossen, que interpreta Chelle, morre de medo de walkers. Todo dia no set de filmagem, ela se apresentava para todos os walkers, o que a ajudava a lembrar que eles eram ‘apenas pessoas’.

• Um fã da plateia faz uma pergunta, para Melissa: “O que você acha que se passava pela cabeça de Carol enquanto ela queimava aquelas pessoas vivas?”

Melissa: Ohhhhh! [Risos]. Coisas horríveis. Eu tenho certeza de que, quando tem chamas daquele tamanho, e o cheiro dos corpos queimando, ela deve lembrar de Karen e David, e talvez a lembre de seu próprio destino, ser arrastada para o inferno [Risos].

Chris: Uma reação bem física mas também bem espiritual.

• A fã ganhou um binóculos e um walkie-talkie.

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Chris: Paul, qual foi sua reação quando esses Redentores pegaram fogo?

Paul: Eu amei aquilo porque você não sabe o que está acontecendo. Você vê Carol acendendo o cigarro, ela talvez achei que será aniquilada ou algo assim, mas aí ela jogo o cigarro, foi uma cena muito durona.

Chris: O que você achou quando viu o discurso do café?

Alicia: Eu achei que foi bem descritivo de tudo pelo que essa mulher tem passado. E meu momento preferido daquela cena acabou não entrando para o episódio. No roteiro estava escrito que na porta, logo antes de ela esfaquear os walkers, Paula vira e diz pra Carol ‘Sabe, antes de tudo isso, você provavelmente seria alguém pra quem eu mandaria imagens engraçadas de gatos’ [Risos]. E aquilo meio que encapsulava a afinidade, foi ali que Paula admitiu em palavras ‘Eu te vejo, Carol, seja lá o que estiver acontecendo aqui, nós temos uma proximidade estranha’.

Chris: Embora eu ache que este momento seria incrível, acredito que ele foi cortado porque se a gente visse isso, iríamos querer que Paula continuasse por perto, e doeria muito ver ela sumir.

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Paul: E também seria uma dica de que ela estaria amolecendo, coisa que você não iria querer ver. O jeito que eles editaram as cenas, você vê que tem alguma coisa entre essas duas mulheres, mas elas não dizem isso em palavras.

Chris: Como você acha que Paula seria se ela tivesse achado o grupo de Rick, e não o de Negan?

Alicia: Eu acho que eles ajeitariam ela. Eu não sei o que Gimple pensa, mas eu acho que tem humanidade suficiente enterrada lá no fundo dela, assim como existem pessoas que entraram no grupo de Rick lá pela quarta temporada que também pareciam casos perdidos, e eles foram aceitos no grupo. O que nós amamos no Rick e no grupo dele é que eles trazem o melhor da humanidade em um tempo de crise.

Chris: Sim, mas agora eles estão cruzando esse limite. Eles estão fazendo coisas que antes eles condenariam se outros grupos fizessem.

Melissa: Foi o que ‘Chell disse ‘Vocês não são os bonzinhos, nós somos.’

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ENTREVISTA COM A PRODUÇÃO E O ELENCO:

Monty L. Simons: A cena de luta que estamos fazendo hoje não é uma cena clássica de Hollywood. Não vamos jogar uns aos outros pelas janelas e etc, não é nada disso. É bem íntimo, cara-a-cara.

Jeananne Goossen: Essa é a cena clímax, a pancadaria.

Lauren Cohan: A gente começa a lutar e queremos algo bem sujo e íntimo, porque é um episódio de mulheres, nós queremos mulheres que lutem como homens.

Alicia Witt: Meu rosto e meu pescoço serão comidos por um walker. Vai parecer que eu estou ficando com um walker, e então você vê ele arrancando minha cara. Nós usamos os dentes dele mesmo, o que é meio esquisito, acho que vai ser legal.

Denise Huth: É sempre divertido quando você traz um ator pro seriado e eles conseguem ter a experiência The Walking Dead completa. Jogar ela ali, e ter um walker arrancando a cara dela, e então ela virar um walker… é muito legal.

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Chris: Alicia, como foi ter seu rosto mordido fora? Foi um jeito bem legal de sair da série.

Alicia: Obrigada! Foi muito divertido. Foi a última cena que eu ia fazer em The Walking Dead, foi o fim destas duas semanas incríveis, foi o final do dia em que tínhamos feito as cenas de luta e tudo mais. Era mais ou menos nove da noite, e envolve muita confiança, porque o cara que interpreta o walker usaria os dentes dele mesmo para morder, então eu tinha que confiar nele, que ele saberia onde estaria a prótese. Na hora parece que está acontecendo de verdade. E o engraçado é que a prótese que eles colocaram no meu pescoço era pra ser uma aorta esguichante, tinha uma pessoa parada atrás de mim com uma bomba de sangue, tinham dois galões de sangue, ia voar sangue pra todo lado. A parte da mordida na cara era apenas parte da brincadeira. Então ele foi morder meu pescoço e eu senti os dois galões de sangue escorrendo por todos os orifícios existentes no meu corpo, pra dentro das minhas botas, eu estava encharcada de sangue. E eles disseram que não funcionou direito, e a Melissa estava parada ali, e era a minha última cena, e a gente queira dizer adeus mas gente não conseguia se abraçar. E eles me deitaram, eu estava pingando sangue.

Chris: Apenas mais um dia de trabalho em The Walking Dead, nada demais. Paul, o que podemos aprender sobre Negan, do grupo de Paula?

Paul: Eu estava lendo as HQs, mas aí eu parei porque não queria ir além do seriado. É tão interessante quando eles dizem que são todos Negan. Um dos motivos pelos quais os Redentores tinham que morrer é porque eles chamavam os walkers de ‘growlers’, e isso é tosco. [Risos].

Chris: Então é assim que a gente tem que decidir quem morre [Risos]. Essa pergunta é da internet, para Melissa: O que você acha que Carol quis dizer quando ela fala pra Maggie que ela deveria ser outro alguém?’

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Melissa: É difícil pra ela ver essa mãe ali, ela deveria estar em segurança, protegendo o bebê, volte pra Alexandria, você não deveria estar aqui lutando.

Chris: Outro fã quer saber: Qual Carol você prefere interpretar, a mãe atenciosa ou a guerreira hardcore?

Melissa: Ambas.

• Ao término do programa foi mostrado um sneak peek do episódio do próximo domingo:

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Chris: Paul, o que você acha que está acontecendo?

Paul: Acho que ele acabou de validar o que Carol fez. Tem a ideia que ele não matou eles, que os deixou ir, e que algo ruim aconteceu. Então, muito bem, Carol. E ela está com um isqueiro, o que deve ter dado um flashback.

Chris: Um fã perguntou no Facebook: Paul, onde você vê o grupo em cinco anos?

Paul: Eu espero que estejam todos vivos. Eles estão tão adaptados em continuarem vivos, e o fato de Rick e do grupo chegarem e pensarem ‘Vamos matar os Redentores’, e de fato irem lá e matarem eles. Eles são um time durão. Será que eles vão virar os vilões?

Chris: Toda semana isso me estressa, eles tomam algumas decisões e eu penso ‘Não!’

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E NO PRÓXIMO TALKING DEAD:

Christian Serratos (Rosita), Josh McDermitt (Eugene) e o super fã Greg Raiewski

VEJA TAMBÉM:

Talking Dead Brasil #49 – Alanna Masterson, Ross Marquand e J. Smoove

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Talking Dead Brasil #46 – Greg Nicotero, Carrie Underwood e Benedict Samuel

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Galeria de imagens do Talking Dead

Jessica Storrer

Estudante de Comunicação, professora de Inglês, staff esporádica e zombie killer nas horas vagas. Tenho pavor de políticos, aspargos e portas giratórias. Sou doente por seriados, pela estrada, por mapas, por Stephen King e por culturas novas.

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