O Talking Dead desta semana contou com os convidados Lennie James (Morgan), John Carroll Lynch (Eastman) e Josh Gad (Frozen) para conversar a respeito do quarto episódio da sexta temporada de The Walking Dead, Here’s Not Here.
Chris Hardwick: Este foi mais um episódio maravilhoso de The Walking Dead. Ainda não sabemos o que aconteceu com Glenn ou Rick, mas a origem da natureza pacífica e do bastão de Morgan foram finalmente revelados. Não antes de ele ter pirado na floresta, matando pessoas com um pauzinho afiado. O Yoda de Morgan era um homem chamado Eastman e Morgan agora tem um segredo dentro de Alexandria que pode colocar o grupo todo em perigo. Vamos falar sobre isso e mais. Bom, primeiro. Antes que todos comecem a perguntar “O que aconteceu com Glenn, o que aconteceu com Glenn?” Bem, eu não sei. Eu não assisti mais nada, eu não sei nada além do que vocês sabem. As pessoas chegam em mim nos supermercados e perguntam “O que houve com Glenn?” Eu não sei, gente. Esse foi um ótimo episódio para nos trazer um pouco de volta. Meio que um sorvete para nossos cérebros, depois do que passamos no último episódio. Este episódio foi um segredo muito bem guardado. Então, quando você leu o script pela primeira vez, o que você achou quando começou a descobrir o que aconteceu com Morgan?
Lennie James: Bom, primeiramente, a parte bastante complicada deste episódio é que o filmamos fora de ordem. Nós filmamos os episódios 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8 e só depois filmamos o 4. E ninguém viu o script. Então eu estava filmando o episódio 5 ou 6 quando eu vi o episódio 4.
CH: Então você não fazia ideia?
LJ: Eu não fazia ideia. Se tornou esse mito… Todo mundo no set tinha sua própria versão do que achavam que ia acontecer no episódio 4 e sobre o que seria. Os produtores não tinham visto. Scott estava muito ocupado mas estava determinado a escrever este episódio. Então a primeira pessoa, até onde eu sei, que viu o script foi Greg Nicotero, que leu na volta da Comic Con de San Diego.
CH: Então o que Gimple fez você gravar para ajudá-lo a escrever?
LJ: Tudo o que está escrito nas paredes do apartamento de Morgan. Desculpem, usei a palavra inglesa para “apartamento”.
CH: O que?? Como assim, você é americano agora!
John Carroll Lynch: Por que ele está dizendo “flat”?!
CH: Nosso presidente não nasceu de outro presidente, ele foi eleito!
JCL: Bom, aconteceu algumas vezes…
CH: Verdade! O que estou dizendo? Aquele presidente nasceu sim daquele outro… Heeey, política. Eu gosto muito desse episódio porque… Quando Morgan retorna, ele é basicamente aquele especialista em artes marciais que carrega um cajado. Teve um pouco de “O que… Quando… Como aquilo aconteceu?” Por que ele estava completamente doido da última vez. Então foi legal ver a transformação, mas John como foi para você saber que você era, essencialmente, o Yoda de Morgan?
JCL: Eu sempre pensei em mim mesmo como pequeno daquele jeito, então isso funcionou pra mim. Não, foi incrível receber a proposta deste único episódio. Eu era um grande fã de Morgan. Eu assisti a série no início, depois larguei um pouco após a primeira temporada e acabei fazendo uma maratona, e foi tão ótimo que você [Morgan] retornou como um homem louco. Porque cada vez que você aparecia, seu relacionamento com Rick se aprofundava, e isso era muito legal. Então quando eu li o script e descobri que foi assim que ele se tornou esta nova pessoa, eu… Era uma peça muito bem escrita.
CH: Eu fiquei tão feliz de te ver na série. Tenho certeza de que vocês já viram John, ele esteve em tantas coisas.
JCL: Eu gosto de estar em tudo. Eu tento estar em tudo.
CH: E eu tento ser apresentador de tudo no qual você está. Josh, você gostou do ritmo do episódio desta semana depois do anterior? Porque este episódio realmente teve seu próprio ritmo para contar a história…
Josh Gad: É, eu estava comentando isso… É como se saíssemos daquele ritmo… Todos os episódios estavam num ritmo tipo do Velozes e Furiosos e, do nada, estamos no meio de uma peça de Harold Pinter. Mas é isso que gosto tanto em The Walking Dead. É a única série que confia o suficiente em sua audiência para fazer uma coisa tão doida quanto o episódio da semana passada e daí diminuir o passo e fazer, essencialmente, um drama de dois personagens. E ainda assim é bom. Eu fiquei maravilhado com a atuação de vocês dois, eu fiquei puto com o que fizeram com o seu personagem. Espero que não tenha arruinado nada para alguém que não assistiu o episódio mas está assistindo ao Talking Dead.
CH: Seria muito estranho assistir só esse programa sem assistir o episódio.
JG: Vai saber. Alguém pode pensar “eu odeio aquela série, mas eu adoro Chris Hardwick”.
CH: Acho que ninguém nunca colocou desta forma. Já pensou, uma pessoa super hispter pensando “todo mundo assiste The Walking Dead primeiro e depois Talking Dead, mas eu não. Eu faço o contrário”. Por que? Por que você faria isso? Essa seria a coisa mais estúpida de todas. Eu estou aqui cruzando meus dedos pra que nossos números sejam ainda maiores que The Walking Dead pra não fazer sentido nenhum pra ninguém. Mas foi mesmo um episódio fantástico. O que deve-se entender sobre o que parece estar acontecendo na série… Parece haver este bolo cheio de camadas nos últimos episódios, no qual eles estão tentando mostrar o presente meio que misturado a mais um monte de histórias separadas. Porque sua conclusão [Morgan] realmente mexe um pouco com isso. Mas sobre a reabilitação de Morgan, por que é tão importante para ele, para Eastman, trazê-lo de volta?
JCL: Bem, eu estimei, pelo script, que ele tem estado sozinho por um bom tempo. Eastman. Provavelmente por uns dois ou três anos. E a ideia de que… Bem, isso foi antes de o apocalipse acontecer.
CH: Bom, ele tinha a cabra.
JCL: É, tinha a cabra. Ele estava realmente super feliz e aquela cabra também era nova. Então ele começou a expandir seu mundo. Eu realmente senti que ele precisava… Primeiramente, eu acho que ele estava enlouquecendo. Então ele precisava…
CH: Mas ele não parecia estar enlouquecendo. Ele parece muito adaptado ao mundo, de uma maneira boa.
JCL: Bom, ele chegou a uma conclusão em relação a como ele vai viver. E se qualquer um de nós chegarmos a isso, será muita sorte.
CH: Você acha que ele está na consciência de Morgan agora?
LJ: Eu acho que Morgan está tentando fazer com que Eastman se torne sua consciência. Eu acho que a maneira como ele está entrando em Alexandria… Eu acho que aquela vozinha na mente dele soa como John Carroll Lynch. Eu acho que ele está tentando. Se ele vai conseguir ou não já é outra pergunta. Essa é uma das coisas que gosto nesse episódio… O que ele faz por Morgan é que você meio que vê o Morgan que entrou em Alexandria, o Morgan que tem seguido Rick. Ele é meio que o pato sobre a água. E o episódio 4 são as patas incessantes que o mantém boiando. E agora todos podem ver o que ele está tentando manter no fundo, o que ele está tentando controlar.
• Tradicionalmente, no final do segundo bloco do programa, o quadro In Memorian homenageia os mortos durante o episódio.
– Zumbis Socados
– Zumbi da Mandíbula Balançante
– Zumbi “Está Ficando Quente Aqui”
– Zumbi da Base do Crânio
– Caras que Encontraram com Morgan na Hora Errada
– Zumbi “Voltei pra te Assombrar”
– Zumbis que Deviam Deixar a Tabitha em Paz
– Tabitha
– Eastman – “Eu passei a acreditar que toda vida é importante”
“Descanse em paz, Eastman. Você perdeu sua vida… E sua cabra. Mas deu a Morgan uma razão para viver.”
John Sanders: Cajados de combate são apresentados de muitos jeitos diferentes aqui. Morgan estava usando um cajado como lança para atacar os zumbis e outras pessoas quando estava na floresta tendo alguns problemas mentais. E o cajado que Eastman tem é um mais refinado. É um cajado mais sólido e mais condizente com o lugar em que ele vive. E Eastman ensina a Morgan que o cajado é uma boa coisa e ele transforma o seu em um cajado para andar e lutar. Então se torna um elemento muito mais elegante, comparado ao que ele tinha antes.
CH: Eu não sei se vocês repararam nisso. Eastman estava usando uma camiseta com um desenho de tartaruga que dizia “Salve as Terrapins” e dois episódios antes uma tartaruga tinha sido assassinada na série. Eu não sei se isso foi de propósito ou não, mas talvez seja um Easter Egg. John, por quanto tempo você teve que treinar para se tornar um expert em aikido?
JCL: Cinco dias.
CH: Cinco dias?
JCL: É, cinco dias. Bom, o primeiro passo é superar a ideia de que você vai fazer isso. Então decidimos que ele não tinha que ser um expert, sabe. Quer dizer, ele está apenas usando isso contra os zumbis, eles são muito mais fáceis de lidar do que seres humanos. Além disso, ele começou a treinar quando era um psicólogo, então ele estava indo a aulas semanais, quão bom você pode ficar com isso? Então isso me ajudou a não ficar muito nervoso. Mas Steven foi fantástico e Simon também foi ótimo, me ajudaram muito. Finalmente, quando Lenny teve algum tempo para trabalhar… Bem ele [Lenny] treina muito bem e muito, então foi ótimo tê-lo lá, me ajudou muito.
CH: Como foram as cenas de luta?
LJ: As lutas foram ótimas. Eu meio que nos tranquei na cidade onde estávamos filmando e nós, eu e John ficamos lá. Ele estava na casa grande e eu estava na casa de fora, no fim do campo. Nós literalmente ficamos lá o tempo todo. No sábado, entre as filmagens, eu fui até a casa maior e o chamei para praticar nossa luta com bastões no campo.
CH: Vocês se bateram de verdade alguma vez?
LJ: Nós fomos bem, na verdade.
JCL: Sim, fomos bem. Eu acho que te bati nos dedos.
LJ: Sim, ele me bateu nos dedos ou algo assim.
JG: Vocês deviam dar um curso rápido de aikido. Eu com certeza faria essas aulas.
LJ: Devíamos mesmo!
CH: Você gostou do treino?
JG: Sim, adorei. Me lembrou da minha infância nos anos 80, da melhor parte de Karatê Kid, tipo Miyagi indo à cidade. Mas foi demais.
JCL: Pauzinho à frente, pauzinho à frente.
JG: Sim! Eu adorei. Eu adorei o episódio todo. Novamente, cada episódio de The Walking Dead parece único e diferente do último. Há tantos elementos… Como, depois de seis temporadas, eu estou vendo coisas que nunca vi antes nessa série? Tanto em termos de estilo mas também de contexto. Foi incrível.
CH: É, e eu acho que as pessoas entendem… Tipo, as pessoas que viram o episódio da semana passada, como você disse, que foi tão acelerado, e esse foi tão calmo. Você tem que confiar que Gimple e todo mundo tem um plano, então geralmente há uma razão para tudo. Tipo, “por que este episódio é lento?”, eu não sei, talvez o da semana que vem não será assim. E você meio que precisa de uma pausa, mas há todo um arco, e você não sabe o que vai vir.
JG: E não pareceu devagar.
CH: Nem um pouco. O que é interessante pra mim… Talvez eu esteja projetando, vocês podem me dizer o que pensam disso em relação ao personagem de Morgan. Eu sinto que, como alguém que tem estado sóbrio há 12 anos, eu meio que sinto que Morgan tem um pouco da personalidade de um viciado. Ele é tudo ou nada, ele ou mata todo mundo ou não mata ninguém. Então o que é… Você acha que há algo desse tipo em seu passado? Por que com ele é sempre tudo ou nada?
LJ: Eu acho que uma das coisas que Morgan faz quando retorna à série é não apenas refletir o que está acontecendo com Rick, mas também reflete a jornada emocional pela qual os personagens estão passando. Acho que a coisa mais corajosa do episódio desta semana foi que Scott deu um nome. Ele disse “isso é estresse pós-traumático” e é por isso que Morgan está passando e é meio pelo que os outros personagens nesta série, neste mundo pós apocalíptico, estão passando. E ele explora isso com Morgan e Eastman, mas isso toca tantos outros personagens, e certamente toca Rick. E eu acho que essa foi uma das coisas que mais me deixou animado: explorar isso claramente sem fingir que era outra coisa.
CH: É, porque Eastman com certeza passa aquela sensação de “eu sei onde você está, eu estive lá, você vai ficar bem, só coloque pra fora, você vai entender”. Você teve muitos diálogos. Você essencialmente teve vários monólogos em que Eastman tenta fazer Morgan se abrir. Como foi isso, como ator?
JCL: Primeiro de tudo, Lenny é um ótimo parceiro de cena, então mesmo em silêncio ele é mais expressivo do que muitos atores com quem já trabalhei. Então há isso. Mas a outra coisa foi que… Raramente, nas séries de TV, há um diretor dizendo a você “faça isso no seu tempo”, ou “deixe o silêncio brincar, deixe acontecer”. E você pensa “bom, isso é TV, vamos entrar nos comerciais logo mais, precisamos continuar…” Então isso foi bastante ousado, em termos de direção. E as palavras eram tão bonitas.
CH: Este diretor foi Steven Williams, certo? Você dizia que as palavras eram bonitas…
JCL: Sim, as palavras eram tão bonitas, e você queria se assegurar de que diria exatamente aquelas palavras. Então foi ótimo ter esse luxo do tempo, de respirar para fazer isso.
LJ: Eu devo dizer que ele está sendo um pouco modesto. Porque ele pegou um trabalho do qual a maioria dos atores fugiria correndo, mesmo sendo em uma série em que todos querem trabalhar. Porque ele teve muitas e muitas linhas de diálogo e além disso ele teve que aprender uma habilidade que não lhe era familiar. Aquela semana em que filmamos tivemos 41ºC por seis dias consecutivos, com umidade de 100%.
CH: É incrível.
LJ: E estávamos fazendo tudo aquilo e ele teve que carregar tudo…
JCL: Não é surpresa eu não lembrar de nada que aconteceu.
Andrew Lincoln: Todo o episódio foi como um filme independente no meio de The Walking Dead. Eu vim ao set porque era um novo diretor e eu conheci a cabra. Ela foi a cabra mais profissional com quem eu já trabalhei. Eu só queria ver as locações, eram tão diferentes. Era um lindo, maravilhoso pesadelo psicológico. E eu adoro isso. Adoro isso.
CH: Em honra à presença de Josh Gad, podemos, por favor, colocar Let It Goat (trocadilho do título da música de Frozen com a palavra “cabra” em inglês, goat) nos Trending Topics? É possível?
JG: As pessoas ficarão surpresas em saber que este era o título original desta música.
CH: Não ia fazer o menor sentido. Temos muitas reações dos fãs em relação à cabra. Os fãs já transformaram #CabraTabitha num Trending Topic. Disseram: “Team Tabitha”, “Queria que Tabitha fosse um dos convidados surpresa no programa de hoje” e “Tabitha está agora fazendo queijo de cabra para os anjos no céu.”
LJ: Eu tenho que dizer uma coisa sobre Tabitha. Eu nunca achei que diria isso em voz alta, e certamente não na frente de alguém, mas ela é uma cabra muito bonita.
CH: É uma cabra linda.
LJ: Só estou dizendo, ela… Genuinamente, quando a vi pela primeira vez, pensei “há algo estranhamente atraente nessa cabra.”
CH: É uma cabra atraente.
JCL: Você não está errado. Eu trabalhei com uma cabra antes. E deixe-me dizer: ela é uma cabra muito mais bonita que o normal.
LJ: Ela é tipo uma super modelo das cabras.
JCL: A primeira cabra com quem eu trabalhei cheirava tão mal que eu fiquei dois anos sem comer queijo de cabra depois, porque tudo o que se cheirava era aquela cabra. “Você quer queijo de cabra?” Não, obrigado.
CH: Mas Tabitha te fez voltar a comer queijo de cabra?
JCL: Eu entrei no trem do queijo de cabra de novo, sim.
CH: Quando você está trabalhando com uma cabra, ou qualquer outro animal… Como é esse processo?
JCL: Não é diferente de outros atores. Se você…
CH: Então ela fica no trailer o tempo todo fazendo nada.
JCL: E se você colocar comida de graça na frente dela, ela vai comer.
CH: Mas isso cria algum tipo de obstáculo no ritmo diário ou, sem brincadeiras, a cabra se concentra?
JCL: Houve um momento em que estava chovendo lá fora e a cabra… ela estava bastante assustada.
CH: Então não funcionaria na chuva.
JCL: Exatamente. Então tivemos que lidar com a cabra, levá-la pela chuva até uma cabana lá fora. Ela estava pirando.
CH: Josh, que animal você escolheria durante um apocalipse zumbi?
JG: Eu escolheria facilmente um macaco. Eu ia querer aquele macaco de “Se Beber Não Case” ou daquela série veterinária que não durou. Porque são claramente macacos muito espertos, então ele poderia me divertir mas também me avisar quando um zumbi estivesse vindo na minha direção.
JCL: Mas com a personalidade desses macacos… O macaco não ia simplesmente deixar você ser mordido? Porque eles odeiam as pessoas.
JG: Quer saber? Você pode ter sua cabra linda, me deixa ter meu macaco do filme.
JCL: Justo, justo!
CH: Eu quero falar sobre o final do episódio. A coisa interessante sobre Morgan é que ele tenta, e tenta muito, não matar ninguém diretamente. Mas as pessoas acabam morrendo indiretamente por causa de suas ações. Podemos falar sobre o por que de ele ter escolhido contar ao Lobo essa história?
LJ: Acho que ele escolheu, em parte, porque fizeram isso por ele e ele acredita que funcionou. Então ele fez naquele sentido de passar à frente, ele está tentando fazer pelo Lobo o que foi feito a ele por Eastman. A grande diferença, e aquela que pode ou não ter consequências, é que quando Eastman o fez foi no meio do nada e se eu me libertasse a única coisa que eu mataria seria talvez Tabitha.
CH: Mas você estava num colapso, meio perdido. Com os Lobos o interessante é que em uma cena a série definiu quem eles são. Eles escolheram isso. Eles saíram e resolveram que muitas pessoas iam morrer lá dentro e eles emergiram… Como você, Sasha ou Rick, mas os Lobos emergiram desta maneira. Não importa quem são, este é seu código de conduta. Bom, nossa enquete de hoje quer saber se Morgan conseguiria dar uma de Eastman com o Lobo prisioneiro. Sim, Morgan aprendeu com o melhor! Não, nenhuma quantidade de lutinha com cajados pode tirar o mal de dentro desse cara. Josh, você acha que há alguma esperança?
JG: Eu acredito que haverá grandes consequências. Quero dizer, eu espero estar errado, mas eu sinto que não há nem um pouco de Eastman nessas pessoas. Como você disse, eles estão decididos.
CH: E Eastman… Basicamente é tudo uma referência às Tartarugas Ninja, certo? Eastman luta com um bastão, veste uma camiseta com estampa de tartaruga… Eu acho que é tudo uma grande referência às Tartarugas Ninja!
LJ: Nós dois fomos treinados por Donatello…
• ENQUETE: Morgan pode dar uma de Eastman com o Lobo?
Sim – 5%
Não – 95%
• Durante o quadro Inside the Dead ficamos conhecendo algumas curiosidades sobre o episódio:
– A inscrição que Morgan lê no livro que ganha de Eastman foi inspirada por “A Arte da Guerra” e “A Arte da Paz”. A metáfora se encaixa na intenção de Eastman de ajudar Morgan a ir da Guerra à Paz.
– Quando o instrutor Steven Ho treinou os atores para usarem o cajado, a equipe também fez aulas. Ho começou sua carreira nos anos 90, interpretando Donatello nos filmes das Tartarugas Ninja.
– O dono da cabra também providenciou o queijo de cabra à produção. A equipe de cenário temperou o queijo com ingredientes frescos como azeitonas, tomates e pimenta para conseguir reações de John Carroll Lynch.
CH: Eu acabei de receber uma mensagem de Scott Gimple, que está nos assistindo agora… Nossa, meu chefe está assistindo, estou nervoso. Ele quer explicar o que era a camiseta dos terrapins. Ele disse:
Assim como adesivos de carro, camisetas estampadas podem dizer coisas que não fazemos ideia do que significam, podem ser alguma coisa que a pessoa que as está vestindo inventou ou gosta muito. Eu dei ao figurino algumas coisas que não eram da vida real, mas de pequenos momentos da vida do personagem, que não eram realmente significantes para a história, mas mostram que o personagem tinha uma vida. Terrapins é um bar fictício da vida fictícia do personagem, que estava sendo fechado injustamente e aparentemente não tem influência na nossa história, mas apenas mostra que Eastman tinha uma história e uma vida.
CH: Então é apenas uma camiseta que nos dá uma ideia do seu passado. Muito obrigado, Scott Gimple! Agora teremos um fã da plateia aqui para fazer uma pergunta. Olá! Qual seu nome?
Nikkia: Olá, meu nome é Nikkia.
CH: E qual a sua pergunta?
Nikkia: Minha pergunta é para o Lenny. Qual foi o significado de Eastman dizer a Morgan que um dia ele seguraria um bebê de novo?
LJ: Uau. Eu acho que foi uma conexão entre dois homens, na qual Eastman reconhece o que Morgan perdeu e diz a ele que esse será seu retorno. E acho que meio que sinaliza que isso acontece um pouco antes de eles terem seus caminhos separados, quando Eastman é mordido e Morgan pede novamente que o mate.
CH: E você acaba mesmo segurando Judith.
LJ: Sim. E eu estava dizendo a Josh que o esquisito disso é que… Porque gravamos o episódio 4 fora da sequência, houve várias coisas que estávamos filmando e eu tinha que ligar pra Scott e dizer “isso é realmente relevante de alguma forma ou…?” Como no último episódio que você viu, Morgan tira o Lobo de cima de Padre Gabriel e ele diz “Onde você aprendeu isso?” e Morgan responde “do cara que fazia queijo”. Eu fiquei tipo… “Quem é o cara que fazia queijo?”
CH: Ah, queijeiros… Bom, ninguém sai do meu apartamento falso de mãos vazias, então aqui estão algumas coisas pra você. Aqui está o livro de Morgan. Esse é um pé de coelho! Bom, eu vou te dar esse cooler do Talking Dead, mas isso… A cabra Tabitha é interpretada por uma cabra atriz chamada Eli. E esse é o verdadeiro queijo de cabra da Eli. Então, isso é pra você!
Nikkia: Obrigada!
CH: Eu espero que você goste. Você gosta de queijo de cabra?
Nikkia: Eu vou experimentar!
CH: Isso, ótimo! Muito obrigado! É um queijo de cabra muito especial. Obrigado também a John Sanders e ao dono de Eli, Lee Gordon, por nos dar este queijo. Josh, qual foi sua reação quando Eastman disse “ah, sim, essa cela nunca esteve trancada”?
JG: Foi muito profundo pra mim, porque é tudo sobre livre arbítrio. Pra mim foi o que pareceu. Para mim, ele podia muito bem ter ido até lá e visto se estava aberta, mas ele tem todo o trabalho de quebrar um zíper e tentar fugir. Eu acho que fez sentido, porque vemos seu personagem, durante esta temporada, ir de Yoda a Darth Maul e de volta a um estilo Obi Wan, sabe, Jedi. E foi maravilhoso ver como tudo isso aconteceu em 90 minutos.
CH: É, você está certo. Ele está preso numa cela, ele está preso em sua mente, onde ele luta, luta, luta, mas pode simplesmente sair quando quiser.
• BASTIDORES DO EPISÓDIO:
Denise Huth: Essa locação é incrível. Esta é uma daquelas coisas… Scott Gimple escreveu o script, e ele escreveu sobre essa maravilhosa, perfeita cabana na floresta… É uma daquelas coisas que você pensa “nossa, isso soa lindo”, mas achamos que não iríamos conseguir nada que fosse remotamente parecido com isso.
Mike Reilly: Esta cabana foi construída há cerca de 25 anos atrás por um senhor desta área e era realmente perfeita para o que Scott tinha em mente sobre a aparência da cabana.
Scott Gimple: Mike Reilly pegou a inspiração do que escrevi e chegou a algo muito melhor. É linda, nós realmente tivemos sorte.
Denise Huth: Fica há uns 20, 30 minutos do estúdio onde gravamos normalmente, então é meio longe. Mas vale completamente a pena para um episódio como este, no qual a locação é quase um terceiro personagem da série.
Monty L. Simons: Não estamos nos palcos, não construímos isso em sets. Há insetos, e calor e cobras e tudo o mais que vem com este tipo de locação.
Denise Huth: É realmente perceptível o fato de estarmos do lado de fora por tanto tempo e filmando em uma locação de verdade. É uma sensação diferente na série, parece muito mais real. Eu estava falando com alguém da equipe que disse “cara, Alexndria realmente nos deixou moles!” Faz um tempo desde que estivemos do lado de fora. Mas é ótimo, nos traz de volta a nossas raízes.
CH: Então, por que Morgan implorou para ser morto novamente, quando eles voltam ao seu acampamento?
LJ: Acho que é uma das coisas das quais ele está sofrendo. Você está nessa posição esquisita, na qual você sente culpa por ter sobrevivido, mas não pode acabar você mesmo. Então Morgan tem, basicamente, apenas seguido em frente e pensando “eu vou matar tudo até que algo me mate.” E quando a coisa vem, ele pensa que ela deve matá-lo, mas Eastman entra no meio e ele fica bravo. “Essa podia ter sido a chance! Este podia ser o fim do meu pesadelo. Eu não entendo esse seu lance de ‘toda a vida é preciosa’, acaba comigo.”
CH: Então quando você conta a história de Craighton Dallas Wilton, houve um segundo em que pensei “ah, ele vai acabar sendo Craighton Dallas Wilton?!”, achei que talvez você tivesse assumido… Porque você descreveu este personagem como muito charmoso, e eu pensei “ele vai acabar sendo um psicopata”, mas daí não era o caso.
LJ: Bem…
JCL: Na verdade… Bom, ele deixou o cara morrer de fome, por 47 dias… Isso…
CH: Mas a razão de ele não ser um psicopata, no entanto, é que ele tem a consciência de dizer “isso não me fez sentir melhor”. Tipo, não resolveu nada. Então faz a gente pensar se não foi aí que ele escolheu seguir um caminho pacífico.
JCL: Você quer dizer depois disso?
CH: Sim.
JCL: Bem, sim. Ele chega a um lugar em que precisa fazer outra decisão e eu acho que a bravura da decisão, no mundo em que ele se encontra, é bastante impressionante. Escolher ser alguém que não vai matar num mundo de matança é uma escolha bastante ousada.
CH: É, eu sei que isso é idiota, e eu me desculpo por ser tão juvenil ao dizer isso, mas… O tempo todo em que eu assistia o episódio, e eu não sei se alguém mais reparou nisso, mas eu ficava pensando naquele cara passando fome por 47 dias… E eu pensei “onde eles estão fazendo cocô?” Quero dizer, a cela é só…
JCL: Hey, havia um balde lá!
CH: Havia um balde? Eu não vi o balde. Certo, eu não penso isso normalmente quando assisto séries, aliás. Agora vamos para nossa próxima enquete, nos diga quem você acha que duraria mais no apocalipse: Josh Gad ou Olaf, o boneco de neve de Frozen? Josh, você tem alguns segundos para montar sua defesa.
JG: Bom, eu ia me esconder. Josh Gad se esconderia. Olaf é de neve. Então eu não acho que os zumbis poderiam afetá-lo? Eles não poderiam tirar grandes pedaços de neve dele. Mas ele poderia morrer no calor da Geórgia.
CH: Ele derreteria aos 37ºC.
LJ: Isso que eu ia dizer, ele não ia aguentar o calor da Geórgia.
JG: Como estamos? Oh, as pessoas estão me dando uma chance melhor. Obrigado, America.
CH: Olaf ganhou por muito pouco.
• ENQUETE: Quem duraria mais num apocalipse zumbi?
Josh Gad – 45%
Olaf – 55%
JG: Eu me sinto bem com essas apostas.
CH: Em honra à presença de Lenny aqui, quero mostrar a vocês este incrível novo box deluxe, de Morgan com o zumbi empalado, da McFarlane. Aqui estão. “Está tudo limpo!” E você pode empalar o zumbi, é super legal.
• ENQUETE: Como Morgan deveria lidar com seu passado violento?
Abrace-o – 21%
Ignore-o – 1%
Let it Goat (trocadilho com o nome da música, com tradução livre de “deixe para lá”, e goat (cabra, em inglês)) – 78%
CH: E é claro que os fãs, em peso, votaram em Let it Goat. Estou orgulhoso de vocês. Bem rapidamete. Essa é uma pergunta muito importante, feita por um fã no Twitter: Lenny, você acha que Morgan se sente responsável pela invasão, já que ele deixou os Lobos irem ao invés de matá-los?
LJ: Sim, ele se sente. Mas isso não quer necessariamente dizer que ele acha que o que fez foi errado.
CH: Certo. Ele ainda sente que fez a escolha certa.
LJ: Eu acho que se ele tivesse que fazer essa escolha de novo ele tomaria a mesma decisão, mas ele está ciente das consequências. Mas também você deve entender que mesmo do lado de Rick as pessoas ainda morrem.
CH: É verdade. Basicamente, todo mundo morre.
LJ: Todo mundo morre.
CH: Todo mundo morre o tempo todo e você deve ficar bem com isso. É um bom ponto.
LJ: É se você consegue ou não viver consigo mesmo.
CH: Sim. Josh, rapidamente, qua a sua reação ao sneak peek? O que você acha que está acontecedo?
JG: Eu quero ver o resto do episódio agora mesmo, Chris. Estou cansado desse seu joguinho.
Alexandra Breckenridge (Jessie Anderson) e Zachary Levi (Heroes Reborn)
• Talking Dead Brasil #40 – Damon Lindelof e Yvette Nicole Brown
• Talking Dead Brasil #39 – Kevin Smith, Paul Bettany e Katelyn Nacon
• Talking Dead Brasil #38 – Scott M. Gimple, Greg Nicotero e Ethan Embry
• Talking Dead Brasil #37 – Especial da 6ª temporada com Scott M. Gimple e Jorge García
• Galeria de imagens do Talking Dead
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