Talking Dead Brasil #29 – Greg Nicotero e Chad L. Coleman

Talking Dead, o talk show que acontece logo após The Walking Dead, retornou neste domingo, trazendo Greg Nicotero, diretor e produtor executivo, e Chad L. Coleman, intérprete de Tyreese, para conversar sobre a midseason première da quinta temporada, “What Happened and What’s Going On”.

Chris Hardwick comenta o quanto as pessoas estão chateadas com a morte de Tyreese e as impressões dos fãs, no Twitter: “Este episódio pareceu mais uma viagem com ácido para Tyreese”; “O martelo de Tyreese está ficando tão icônico quanto o do Thor”; “Tyreese sempre soa como um suave locutor de programa de jazz…”

CHRIS HARDWICK: O episódio desta noite provavelmente foi o que mostrou mais em profundidade a morte de um personagem. Foi um episódio muito bonito, e você estava incrível nele. Como foi o processo para você?

CHAD COLEMAN: Foi uma marcha para um homem! Foi uma canção de amor, uma balada, uma bela poesia, mostrou o quanto Scott Gimple gosta destes personagens, mostra o quanto ele manda bem escrevendo, como esse outro cara aqui (apontando Nicotero) manda bem dirigindo. Como eu posso dizer isso? Foi uma dolorosa história de amor.

CH: Por que quando você foi mordido eu pensei: “Tá brincando comigo, né? É assim que Tyreese vai morrer??? Mas a maneira como isso se desdobrou, parecia um filme de arte! Foi uma verdadeira jornada para Tyreese. Você acha que ele estava em paz no final?

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CC: Sim, eu acho. Eu acho que exausto, mas em paz. Eu senti como se ele tivesse feito o que podia. É como se ele soubesse que o coração dele estivesse por parar, e seu último pensamento foi esse, eu fiz o que podia fazer.

GREG NICOTERO: É interessante. Quando entregamos os scripts, Scott e eu chamamos Chad para jantar e, ao discutirmos o que estava por acontecer, ele me disse exatamente isso: “Ele fez o que podia”. Ele teve um final triste, porém bonito. Ele estava no carro, e seus amigos estavam dando as boas vindas a ele, as meninas, Beth, Bob… foi um jeito poético de o personagem dar o seu adeus.

CC: Ele fez o que podia, ele tentou lutar em tantos níveis, pela sobrevivência, para manter uma relação com aquele mundo pós apocalíptico, e este mundo acabou subjugando-o.

CH: Isso me lembra de algo há alguns episódios atrás, Tyreese estava em cima do muro, e você não pode ficar em cima do muro neste mundo. Ou você se entrega ou você se torna um monstro frio e insensível. Algo assim tem que acontecer…

CC: Mas é aí que está a nobreza daquela luta interna: o homem verdadeiramente estava contra tudo aquilo, e que continuava sendo forte e nobre o suficiente para manter algo que todos nós precisamos desesperadamente, sabemos que precisamos disso. Segurar-se a esta humanidade e ter esperanças, e pensar no homem que se deseja ser quando o mundo voltar ao normal…

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GN: Nós chegamos a abordar isso na terceira temporada também. Tyreese fala a Karen que vai ao Big Spot com o grupo por que não consegue matar os walkers na cerca. Depois, ele volta e reconhece que não consegue matar os walkers lá fora também.

CH: Me fale um pouco sobre o estilo deste episódio? Ele foi bastante diferente do resto da série…

GN: Bem, nós tivemos uma grande oportunidade de fazer algo tipo Terrence Malick, com as imagens se construindo sobre si mesmas. Você viu o esqueleto com as flores crescendo no seu interior, o sangue pingando sobre o quadro, cada uma destas imagens são experiências de Tyreese em sua jornada, e aquelas imagens significam algo pra ele, à medida em que vamos conhecendo seus pensamentos durante o estado febril. Este episódio foi um quebra-cabeças de Jigsaw, com pedaços de todos os episódios, do episódio 3, de Woodbury, flashbacks, trazer o elenco de volta, foi realmente um dos episódios mais complicados de se montar. Foi também um episódio cheio de manipulação: a cena do funeral, Maggie chorando, todos no quarto com Tyreese em delírio discutindo se ele escaparia ou não…

CH: E como foi no momento em que eles estavam carregando você? Qual a emoção?

CC: Emoção? Eles estavam putos! Ter que carregar aquele peso morto? (Risos)

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GN: Eles estavam ou te segurando pelo cobertor ou te jogando no chão! (Risos)

CC: Sim, lembra logo que saímos da casa? Eu, Andy, e Steven pega aquele tijolão…

CH: Então, ao tentar te salvar, eles quase te mataram! (Risos)

GN: Esta foi a causa da morte! Tyreese morreu de tanto ser jogado no chão!!!

CC: Bom, falando sério. Eu tentei carregar a bússola sentimental do show até o final, a moral de Tyreese até o fim. Vê-los me cercando e tentando ajudar foi incrível.

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• Tradicionalmente, no final do segundo bloco do programa, o quadro In Memorian homenageia os mortos durante o episódio.
– Walkers da varanda
– Walkers entrando pelo portão
– Walker do irmão de Noah
– Walker que deu tchauzinho ao braço do Tyreese
– Tyreese

“Às vezes escolher viver… significa deixar ir embora.” RIP Tyreese.

“Chad tem sido um dos meus grandes amigos. É sempre difícil ver alguém deixar o show. O lado bom é que Chad estava neste episódio, que certamente foi o melhor de todos os tempos. Na temporada passada ele fez um par extraordinário com Melissa, e neste episódio ele foi extraordinário, tudo foi muito Terrence Mallick, e acabou falando não apenas sobre Tyreese, mas sobre a humanidade. Todo mundo, elenco e equipe de produção, sentimos muito a perda de Emily e Chad. Doeu, sabe.”  – Andrew Lincoln.

CH: Todo mundo no Twitter está chateado realmente com a perda de Tyreese. Há milhões e milhões de mensagens falando a mesma coisa: perdemos Beth, Bob e Tyreese, chega de perder gente! Mas voltando ao episódio, por que Tyreese alucinou vendo amigos e também inimigos? Aliás, foi divertido ver o Governador de volta por alguns segundos!!

CC: Sim, eu adoro David Morriseey! Sim, eu acho que foi um ponto crucial e intenso na sua vida. Eu acho que ele teve que visitar seu subconsciente e as coisas que ele tentou suprimir. Culpa. Ele quase fez parte do grupo do Governador, aquele homem louco. Martin, bem ali, lembrando-o de que ele quase perdeu Judith. São as coisas que ele não conseguiu processar completamente, no fundo do seu inconsciente. No momento de sua morte tudo isso veio para fora. Ele estava lutando para viver, claro, ele queria parar de sangrar, a febre estava acontecendo e as alucinações surgiam quando estas coisas mais profundas tinham de vir à superfície. Outro aspecto era o de céu e inferno: o Governador sendo o inferno e o resto do grupo, Beth, Mika, Lizzie e Bob sendo o céu, e te tranquilizando de que está tudo bem. Porém os quatro morreram horrivelmente. Então, qual é a melhor coisa que você pode imaginar quando pessoas que morreram tão tragicamente voltam a você e dizem “está tudo bem, vamos para casa”?

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CH: E parece que, ao longo deste desfile de personagens ele parece estar tentando escolher um caminho a seguir e uma maneira de se despedir… Como foi rever esta parte do elenco novamente?

GN: Oh, foi ótimo! David Morrissey é um ator incrível. Ele estava tão feliz! Nós filmamos toda aquela cena em dois dias, montamos o quarto dos garotos no set, e tivemos Brighton e Kyla de volta, tivemos Chris de volta, tivemos Lawrence de volta, David… foi excelente! E Emily ainda estava lá, pois estava filmando até então. Foi engraçado por que o episódio é muito triste, muito emocional, intenso, mas o clima no set era divertido, as pessoas estavam felizes. E a coisa legal neste episódio com Chad foi que tudo o que os caras maus diziam era rebatido. Tyreese tinha estes amigos que rebatiam tudo o que os outros tentavam insinuar. Era a mente subconsciente dele lutando !

CH: Qual foi o significado do que o Governador falou?

GN: Lembra da primeira vez em que o Governador e Tyreese se encontraram? Tyreese disse: eu vou fazer a minha parte e vou ficar em Woodbury, não importa o que seja necessário fazer. O Governador estava sendo político, ele estava o seduzindo para ficar. Então, naquele momento é onde ele ataca Tyreese: “cara, você disse que iria fazer a sua parte e você não está fazendo! Você não pertence a este mundo!”

CC: Andrew Lincoln estava no set naquele dia em que filmamos o episódio do rádio, e mais tarde ele me ligou e disse “Cara, é por isso que vim trabalhar neste país, para poder trabalhar junto de pessoas como você! O que você fez hoje foi incrível!” Esse é Andy, um cara completamente de classe!

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CH: Depois de tantos anos, a gente sente isso. Não é bobagem quando vocês dizem que são uma família e que é muito difícil dar adeus quando alguém vai embora do show.

• No terceiro quadro, um fã é chamado na plateia para fazer perguntas aos convidados:
– Agora que Tyreese se foi, quem é a bússola moral do grupo?

CH: Wow!!! Você não vai querer ser a bússola moral do show. Se você for a bússola moral, algo muito chato poderá acontecer…

CC: Olha, da última vez que eu estive aqui, estava sentado aqui e você disse exatamente isso. Eu pensei “mal ele sabe”… então a culpa é sua!!! Você tem que ser a bússola moral do show!!! (Risos)

CH: Eu não quero morrer!!!! (Risos)

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CC: Na verdade eu acho que cada um deles deveria encontrar um pouco de Tyreese dentro de si. Não precisa ser apenas uma pessoa, para depois perdê-la. Se cada um deles tiver um pouco disso dentro de si, eles irão lutar para encontrar esta paz em si, irão negociar no mesmo nível que ele, e tudo ficará bem

GN: BEEEEEH! Erradooo!!! Eu acho que, na verdade é a Michonne!!! Tá, tô brincando… (Risos) Eu acho que neste episódio ela está desesperada para encontrar algum lugar, se acomodar e viver. É um grande episódio por que você vê a transição dos personagens. Rick está bastante pragmático e dividindo tarefas com Carol; Michonne quer algum lugar, pois sabe que não pode ficar por aí por muito tempo; Glenn está em algum lugar sombrio, fechado em si, olhando sua imagem naquele CD e o destruindo… Ele mesmo diz que não é mais o mesmo cara que era antes. Eu acho que Rick sabe que precisa ir adiante por Glenn e por Michonne. Acho que isso voltará a estabilizar o grupo.

Como prêmio pela pergunta feita, o fã ganhou um gorrinho de Tyreese e um martelo.

• ENQUETE: QUAL FOI O SEU MOMENTO FAVORITO DE “TYREESE SENSÍVEL”?
Salvando Judith = 55%
Perdoando Carol = 45%

CC: Eu não poderia escolher, eu amo ambos.

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CH: Bem, neste episódio também vimos que cortar um membro mordido nem sempre funciona. Funcionou com Hershel, mas as vezes você pode não salvar a pessoa.

GN: Vamos lembrar que ele perdeu um monte de sangue também!

CH: E também pode ter sido a escolha de Tyreese… Quanto sangue vocês usaram naquela cena?

GN: Bem, nós construímos aquele set à parte por dois motivos: o primeiro por que não queríamos que ninguém descobrisse a respeito dos personagens que estavam retornando, e o segundo por que Tyreese estava ensanguentando, e tínhamos que sair com os carpetes ensopados de sangue. No final daquela cena, Chad veio me abraçar e eu estava coberto em sangue! Então, foi muito mesmo.

• Durante o quadro Inside the Dead ficamos conhecendo algumas curiosidades sobre o episódio:
– Este episódio foi filmado em uma vizinhança no subúrbio, que foi transformado para parecer abandonado. Fora desta parte, uma muralha inteira foi criada usando efeitos digitais.
– Houve um walker que pode ter parecido familiar a alguns fãs de horror: ele é uma homenagem de Greg Nicotero ao Grimsdyke, de “Contos da Cripta”.
– Gale Anne Hurd diz que a morte de Tyreese foi a mais sentimental que eles já filmaram. “Se houve alguém sem lágrimas nos olhos naquele lugar, tenho a sensação que estas pessoas tem um coração de pedra.”

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“Assim que nos conhecemos, desenvolvemos esta conexão de irmãos, e foi dali que começamos a nos construir. Havia tanta química, tanto reforço positivo, tanto apoio entre nós. Eu definitivamente aprendi mais sobre estar no momento, confiar no momento, estar lá com a pessoa com quem eu estava trabalhando. Foi muito difícil dizer adeus.”Sonequa Martin-Green

O quadro seguinte começa com uma mensagem de Norman Reedus enviada para o celular de Greg Nicotero: “Cara, você é um demônio! UM DEMÔNIO! O episódio foi incrível!!!”

GN: Você vê? Até os atores são fãs do show!!! (risos)

CH: Como você acha que Sasha será afetada pelo que aconteceu?

CC: Bem, eu acho que parte do motivo pelo qual ela não estava naquela viagem é por que eu fiz o máximo possível para alcança-la quando da perda de Bob, não deixando que ela seguisse o caminho da raiva, lembrando a ela quem nós somos, quem éramos, quem nosso pai ensinou a sermos. Eu realmente não sei como vai ser agora…

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CH: Quanto tempo passou entre as mortes de Beth e Tyreese?

GN: Dezessete dias. Eles foram indo em direção ao Norte. Temos a tentação de acreditar que o funeral no começo do episódio era o de Beth. E também tem o lance do rádio…

CH: Era o Andy no rádio?

GN: Era o Andy. E há esta cena no carro em que ele está falando a Noah como seu pai jamais desligava o rádio ou trocava de estação, ele ouvia as coisas horríveis até o fim, e queria tomar parte, instilar este senso de dever nos seus filhos. Então, quando ouvimos recorrentemente aquele rádio, nada mais é do que parte do seu delírio febril…

CH: …que é Andrew!

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GN: Eu sempre gosto, quando estou escrevendo, de ter algum material “ao vivo” que eu possa usar. Então Andy gravou aquilo para mim. E tudo fez muito sentido, pois está sendo falado mostrando o ponto de vista de Tyreese, assim como todo o episódio. A voz é vagamente familiar. Como ele jamais vai ouvir Andy com o seu sotaque britânico, ele não vai fazer esta ligação.

CC: Bem, meu pai ouvia a rádio BBC! (Risos)

CH: Bem, esta insistência do pai em dessensibilizá-lo era mais uma coisa com a qual Tyreese tinha de lidar…

CC: Sim, ou simplesmente seguir adiante. Ou negociar. Mas decididamente eu gostei desta minha história passada, o pai dele realmente teve uma influencia muito grande.

CH: A comunidade de Noah foi atacada por pessoas ou walkers?

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GN: Pessoas. Pessoas más. Sádicas, perversas…

CH: E eu fico feliz de você colocar Rick descrevendo estrategicamente o lugar, os muros baixos, a proximidade da floresta com muitas árvores, o perigo de alguém entrar ali…

GN: E você vê os muros sendo derrubados de fora para dentro. Estas pessoas entraram no lugar.

CH: E o que é aquele caminhão cheio de torsos???

GN: Bem, aquilo é parte do mistério desta temporada…

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CH: Vamos desvendá-los agora neste sofá?

GN: Não!!! Ele apenas vai mostrar que… e eu acho que nesta parte é importante a reação de Michonne: eles sabem que há gente má lá fora. Aí Glenn olha para aqueles pedaços de corpos, braços, pernas, e diz “não importa”. Ele quer dizer que não importa onde estejam, este é o mundo agora. Há gente má por aí…

• ENQUETE: Noah é o azarão do grupo??? (Vamos ver o quanto o mundo odeia o Chris!)
Sim = 46%
Não = 54%

CH: Por que era tão importante para Tyreese se conectar a Noah?

CC: É estranho. Você passa seus valores para as gerações mais novas. Ele passa por uma situação horrível com Beth, e está com muita raiva, frustração e eu apenas queria ajuda-lo.

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No último quadro também é passado um sneak peek do próximo episódio de The Walking Dead.

CH: O que podemos esperar do restante desta temporada e que você pode nos contar?

GN: Hum… as coisas vão ficar piores. Eles perderam duas pessoas, não tem para onde ir, e a perda destas pessoas tem um forte impacto no grupo. Lembra aquela cena em que apareceu no final? Eles estão sem água, sem comida, sem energia. Eles precisarão descobrir como viver lá fora, sem água, sem comida, sem abrigo, e as pessoas não sobrevivem por muito tempo em circunstâncias assim.

CH: Como você deseja que Tyreese seja lembrado?

CC: Apenas não esqueçam o grande coração e a sua forte fé naquilo em que ele acreditava. Mantenham-se fieis àquilo em que acreditam, não importa o que aconteça. O mundo é cruel lá fora, mas é tão importante que estejamos conectados àquela parte de nós mesmos que nos liga às pessoas e fazem você seguir adiante. Permitam que estas atrocidades o inspirem a seguir adiante. E fiquem sempre unidos.

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E NO PRÓXIMO TALKING DEAD:

Seth Gilliam (Padre Gabriel), Lauren Cohan (Maggie Greene) e Robin Lord Taylor (Gotham).

VEJA TAMBÉM:

Talking Dead Brasil #28 – Robert Kirkman, Keegan-Michael Key e Emily Kinney

Galeria de imagens do Talking Dead

Sabrina Picolli

Perdida nesse mundo cheio de walkers, geeks, seres fantásticos, pessoas incríveis... e adorando!

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