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Talking Dead Brasil #23 – Andrew Lincoln e Scott M. Gimple

Este foi o último Talking Dead da temporada, encerrando-a com chave de ouro ao trazer o showrunner Scott M. Gimple e, pela primeira vez ao vivo no programa, o Officer Friendly, RingLeader, Andrew Lincoln (Rick Grimes). O episódio acabou, eles estão em um vagão de trem, e agora? Foi um episódio com uma surpresa após a outra, e é sobre todos estes acontecimentos que os dois homens-chave do episódio conversaram nesta que também foi a season finale do Talking Dead. Confira abaixo tudo que rolou durante o programa:

CHRIS HARDWICK: Andy, eu estou tão feliz em ter você aqui para debater conosco sobre o season finale! Eu sempre tentei trazer você aqui, mas você vem pouco a Los Angeles!

ANDREW LINCOLN: Bem, era apenas questão de tempo para eu aparecer aqui. E eu precisava aparecer, de alguma maneira, por que nas últimas duas semanas as pessoas vinham me abordando na rua dizendo: “Você vai morrer!” (Risos) Sério, “Você vai morrer” e mesmo que eu soubesse que estava nas filmagens da finale…

SCOTT M. GIMPLE: E eles estavam falando do show…

AL: Certo, mas depois de ouvir isso doze vezes no mesmo dia eu comecei a ficar apavorado!

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CH: E quando anunciamos que você estaria no show o público achou que “oh, não, esta é a cena da morte, ele não vai passar desta temporada… Mas, como vocês viram, Rick sobreviveu, está de volta e está em modo Rick completamente ativado! Bem vindo de volta! Bem, parece que o tema essa noite foi “quem sou eu?” As pessoas estavam pensando no assunto, voltando atrás, tentando descobrir quem elas eram e também ressurgindo. Como Rick transformou você desde as primeiras temporadas, enquanto Andrew Lincoln?

AL: Bem, eu fiquei mais sombrio enquanto ser humano… Eu não sei, é engraçado, por que o fantástico Jack Davenport disse para mim lá no começo… Eu acho que Gale Anne Hurd fez a primeira cena comigo segurando os galões de gasolina e andando pela estrada. Ele escreveu uma única frase: “Tire o chapéu. Ele está vestindo você, e não você a ele.” Então acho que ali foi o primeiro momento em que vi que não poderia usar um texano (risos), de acordo com as pessoas do meu circulo de confiança! Mas no lugar estou vestindo minhas novas botas de cowboy!

SMG: Mesmo? Novas botas de cowboy?

AL: Sim!

SMG: Um fato engraçado é que… posso contar?

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AL: Claro!

SMG: São as mesmas botas de cowboy que ele usou a série inteira!!!

CH: Me dá?

SMG: Não. Acho que vamos precisar delas por mais um tempo! (risos)

CH: Eu acho que a evolução do personagem Rick não foi algo progressivo, mas sim bastante oscilante, com altos e baixos, ao longo das temporadas. Como você aborda cada fase dele, do começo da série até o momento?

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AL: É incrível você conviver com um personagem por quatro anos e uma das coisas maravilhosas sobre o show é que ele continua tendo reviravoltas. Não se trata de apenas mostrar um personagem que passa por mudanças, mas também as inúmeras reviravoltas pelas quais ele passou e que mudaram tudo o que esse cara era. Iniciou com a família e a vida na fazenda, o tiro em Carl, a morte de Sophia, a morte de Shane, perder Lori, Hershel, a prisão, e esta é uma das coisas que neste episódio foi brilhante graças a esse cara (aplausos para Scott Gimple) escreveu mais um ponto de virada para Rick neste episódio. Ele mudou, novamente. Ele era um homem sufocando a sua brutalidade no inicio da temporada pelo bem do filho, e agora ele está aceitando sua brutalidade pelo bem do filho.

SMG: Quando o vemos pela manhã, sentado encostado ao carro, ensopado de sangue, ele estava desconfortável, ele estava envergonhado e ainda tentando manter seu lado humano. Ele ainda conseguiu dizer a Daryl “Você é meu irmão”. Ele conseguia fazer ambas as coisas.

CH: Estaria Rick agora finalmente acordado, por assim dizer?

SMP: Tipo Walter White, assim?

CH: Sim! (risos)

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SMG: Bem, eu não diria que ele estava dormindo naquela época em que ele estava cumprindo suas tarefas na fazenda que ele montou na prisão, mas eles não estão mais na prisão. Eles estão soltos no mundo e ele se dá por conta do que ele precisa fazer para sobreviver. Ele não está desmoronado, e isso é o mais importante . Ele é um cara que…

AL: … ele não consegue fazer às pazes com ele…

SMG: Absolutamente, mas Rick não estava assim tão endurecido quando começamos com ele, a ponto de ele conseguir fazer às pazes facilmente consigo. Tudo o que ele passou o colocou em um lugar onde ele simplesmente pode aceitar.

CH: Quais foram os seus objetivos com esta temporada?

SMG: Foi o de dar a cada personagem uma história, essas histórias se encontrarem e fazer com que elas fossem importantes; muitas destas histórias tem a ver com mudanças, os personagens mostram o quanto mudaram ou o quanto se mantiveram como eram. Daryl foi um personagem que se manteve como era. Ele teve todas as chances de seguir o caminho de Merle, o caminho de Joe, e ainda assim não seguiu.

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CH: Qual o simbolismo por detrás dos flashbacks?

SMG: Eu acho que quisemos apenas mostrar toda a história de Rick, a sua trajetória, nós vimos ele se afastar de toda a brutalidade a partir destes flashbacks. Ele era aconselhado por Hershel a abandoar sua arma e ficar com seu filho, ficar com sua filha. Aquele era um mundo diferente que eles estavam criando, mas ele terminou e agora ele está em um momento completamente diferente.

CH: Vocês voltaram atrás e filmaram aquelas cenas? Foi tão incrível ter Hershel novamente de volta!

SMG: Sim, ele voltou para elas… Foi maravilhoso te-lo de volta para encerrar a temporada!

AL: O homem é uma lenda, foi uma alegria para todos trabalhar com Wilson. Ele é nossa figura paterna, completamente enlouquecido!!! Eu lembro dele voltando para a prisão para dois dias de filmagem, e nós enxergávamos seu rabo de cavalo brilhante, fumando seu charuto, caminhando por ali com sua meia verde… e eu só ouvia os arrotos dele (risos)!

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SMG: Você não estava longe para ouvir isso?

AL: Bem longe (risos)… era como uma explosão… BURP!! (risos)

SMG: Tenho que dizer, depois da midseason finale eu apenas pedi a Scott para não fazer a barba, não cortá-la fora, e eu estava certo do que iríamos fazer, para onde eu queria ir com o show, mas queria manter minhas cartas na manga e, por sorte, ele realmente não fez a barba! Teve algo sobre o qual eu ri muito, que isso aconteceu tipo um mês após a midseason finale, e eu estava com medo que ele fosse se barbear durante o período… e ele não o fez!

CH: Scott, o que o inspirou a escrever a parte dos Reivindicadores naquela cena da emboscada?

SMG: Bem, aquilo foi sugado diretamente das páginas de The Walking Dead.

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CH: Eu sabia disso! Mas é bom dizer para fazer com que as pessoas leiam a HQ, há uma cena idêntica por lá!

SMG: Nossa diretora e todos no set inclusive tinham as páginas consigo sobre aquela sequência. Nós apenas redimensionamos para caber na nossa história, eu sabia que chegaríamos naquele ponto mas não da mesma maneira. Ela, naquele ponto, serviu como mais uma situação de mudança, de transformação, para Rick. Foi o momento em que ele se distanciou do fazendeiro que ele era para se tornar o guerreiro que ele é. E tem muito a ver com confiança, com o fato de ele acreditar que pode fazer isso.

CH: Sim, tem tudo a ver com confiança, como ser profissional usando seus dentes… (risos), foi quase um momento Twilight, ele grudado na jugular do cara…

SMG: Eu estava falando com Kirkman a respeito disso, e quando sentamos para escrever esta cena a esperança era a de que, o público ficasse tipo “oh, yeah! Yeah! Yeeeeeah!”, e então, de repente, Rick crava os dentes nesses caras e o mesmo público reage com um “eu não sei como me sentir a respeito disso.” (Risos)

AL: A verdade é que, quando eu li o script, eu fiquei “oooh”… Eu não sabia que era baseado nos quadrinhos (desculpa, Kirkman!), mas eu li aquilo e eu telefonei para Scott: “Scott, você sempre foi muito responsável no que diz respeito à violência no show, mas acho que estamos cruzando essa linha demarcada na areia…” E ele: “Que parte?” “A mordida, pelo amor de Deus (risos)!!!” E ele disse que não, que estava justificado… O engraçado é que tudo isso que esse cara diz é verdade. Eu fiz a cena, eu os vi atacando Carl, as coisas acontecendo, e senti o desvio em sua psique naquele momento, eram 4 da manhã, tudo acontecendo, e tudo era louco, fazia sentido. Tudo o que esse cara escreveu! Na semana anterior a filmagem esta cena, Greg Nicotero falou comigo a respeito dela, e sobre a mordida no pescoço: “Prefere frango ou carne?” E eu, bem eu teria que fazer da mesma maneira, então… frango! (risos) E ele: “bem ou mal passado?” Eu sabia que aquilo era um teste e perguntei então qual se aproximava mais à carne de verdade. “Cru”. “Ok, é o que vou fazer então!” Então, lá estava eu às quatro da manhã com a boca cheia de de sangue e frango cru… Má escolha (risos)!!!! Eu quase vomitei! Jeff Kober, o ator que interpreta o Joe, ele é um grande ator, um cara tão interessante e até mesmo charmoso, e ele não merecia ser mordido… ele estava me abraçando e quase jogando o frango pra cima de mim (risos)! Ele via o desespero nos meus olhos, e aquela cara de “vamos acabar logo com isso, cara!” (risos)

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CH: Eu acho que aquilo foi feito de uma maneira maravilhosa, por que, o tempo todo foi feito um paralelo entre as pessoas que estavam vivas e os mortos-vivos, esta ideia de quem realmente são os mortos-vivos, se os que morreram ou os que ainda continuam vivos, e ver você naquele momento fazendo o que os zumbis fazem, aquilo foi tão bonito. Todos estão danificados, todos são um monstro a essa altura!

• No final do segundo quadro, os mortos da noite são relembrados e homenageados no quadro In Memoriam:
– As moças walkers lanchando walkers
– O walker Goblin
– Um cara qualquer de óculos
– Alex, de Terminus
– A Gang Reivindicadora
– Dan, que mereceu isso!
– Joe

“Hey, Terminus: Adivinhe? Vocês estão ferrados!”

• O terceiro quadro inicia com o depoimento de Norman Reedus:

“Eu acho que, a esta altura, todos eles fizeram tantas coisas que nunca fizeram antes que a ideia de voltar atrás é ridícula. Você simplesmente se torna uma nova pessoa. Há tantas coisas que foram feitas, tantas vezes que perdemos pessoas que nos eram importantes, e você está mudando, está evoluindo para algo diferente, sabe?”

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CH: Qual o significado para você de Rick chamar Daryl de irmão?

AL: Eu acho que foi a coisa mais profunda que ele poderia ter dito, a maior demonstração de afeto entre dois machos alfa. É como dizer “eu confio a ti a minha vida e a vida de meu filho.” Não poderia ser nada mais íntimo do que isso.

CH: É a maneira dele dizer “eu te amo, cara, eu te amo tanto!” (Risos)

SMG: Aliás, esse era o roteiro original! (Risos)

CH: A maneira como senti isso foi como se Daryl fosse o lobo solitário novamente, e ele se agrupou a essa nova matilha de babacas, mas aquele era o conceito de irmão que ele tinha antes, como Merle, e agora ele está aprendendo um novo conceito do que é ter um irmão mais velho, um modelo.

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AL: Eu amo esse relacionamento! Normsky e eu curtimos muito isso e a cena foi muito bonita, fluiu. Sabe aquela cena da água, em que ele vem e oferece a água para eu me limpar e eu digo que não, e ele rebate dizendo que eu preciso me limpar? Ele colocou a água em um pano e ele não tinha que fazer isso. Aquele sangue estava grudado em mim como cola, na minha barba. Você vai ver eu esfregando aquele pano e puxando o sangue, e saindo até os pelos junto. Eu estava fazendo uma depilação à brasileira (nota do redator: Brazilian Wax é como eles conhecem a depilação com cera nos EUA na área da virilha em mulheres)… Ou eu imagino que… deixa assim! (Risos)

CH: Deixa assim mesmo (risos), a gente não quer saber os detalhes!

SMG: Este é um programa ao vivo, Andrew! (risos)

CH: Qual o significado de Michonne ter contado a Carl a respeito dos pet zombies? Por que isso agora?

SMG: Michonne sente que Carl está olhando para o pai como se este fosse um monstro, e então ela conta essa história para mostrar que ela também fez coisas horríveis e que ele não precisa ter medo dela, assim como não precisa ter medo do pai. Mas Carl tem medo é do que o pai pensa dele, e não dele em si. Isso mostra algumas vitórias estranhas neste episodio. Há vários limiares que foram extrapolados: Joe tendo o seu pescoço mordido; Carl, que está se sentindo um monstro. Mas esse sentimento é algo muito bom, pois no final da última temporada ele estava atirando em outro garoto no rosto e sem sentir nada! E agora – e foi para isso que Rick fez tudo o que fez na prisão, esse era o medo de Rick — ele conseguiu ser trazido de volta daquele estado.

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CH: Ele tentou trazer de volta a humanidade do relacionamento deles. Onde eles estão neste momento?

AL: Neste momento? Bem, este é um bom ponto. Quando eu vejo Michonne e Carl, ele parece apavorado com seu pai, e me sinto envergonhado, justamente por estar preocupado com meu relacionamento com meu filho. Mas no fim, em Terminus, vemos que há uma grande sintonia entre pai e filho, ele entende o que ocorre. É lindo!

CH: Qual o grande arrependimento de Rick desde o apocalipse?

AL: Eu não acho que arrependimento, mas ele precisou fazer muita coisa. Acho que a cena final no vagão é onde você vê um Rick mais poderoso, centrado e líder do que ele sempre foi no Apocalipse. Ele está em paz com o animal dentro de si e com a humanidade. É por isso que ele está tão confiante no final.

SMG: E ele não tem motivos para estar confiante naquele momento. Eles estão presos no vagão, ele e o grupo!

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• O quarto quadro inicia com o Inside the Dead, momento em que ficamos sabendo sobre algumas curiosidades relacionadas ao episódio:
– O flashback na prisão foi a última cena filmada na temporada. Isso por que os atores tiveram que cortar o cabelo para ficar parecido com o que eram no começo.
– De acordo com Greg Nicotero, quando Scott Wilson voltou ao set foi como se ele jamais tivesse saído de lá. “Todos os atores estavam felizes por terem se reunido após estarem separados.”
– O elenco comemorou seus últimos dias filmando a temporada da mesma maneira como qualquer pessoa faria: fazendo selfies.

• Em seguida, fãs que enviaram perguntas via Skype foram selecionados para ir ao ar e conversar com os convidados.

– Quem você gostaria de ver interpretando a si mesmo no mundo de Walking Dead?

CH: Essa é uma pergunta ótima!

AL: Ok. William Shatner (aplausos)!

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SMG: Resposta correta!

– Qual vocês acham que foi a maior perda para o grupo nesta temporada? A prisão ou Hershel?

AL: A pergunta é interessante. É claro que perder Scott, Hershel, foi devastador para Rick e todos na prisão. Na segunda parte da temporada toda a razão, tudo o que eles tinham de lembrança remetia a Hershel, a memória de Hershel, tudo o que ele fez por essa gente, então você meio que carrega Hershel em seu espírito. Então talvez perder a prisão seja pior, por que ela os isolava da brutalidade do lado de fora e Hershel nos isolava da brutalidade no nosso interior.

CH: Eu jamais gostaria de ser o compasso moral nesse show! Personagens como Dale, como Hershel, eles tem um grande momento e você pensa: “merda, esse cara vai morrer!” (Risos)

– Como foram as exigências em termos de preparo físico para filmar aquelas cenas em Terminus?

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AL: Bem, nós estávamos lá e havia sete câmeras ao redor. Eles simplesmente nos deram um conselho de m…: “corram”! (risos) “E fujam das balas”… E houve um momento em que… Norman vai odiar que eu vou contar isso! Mas ele simplesmente jogou a besta numa lata de lixo e disse “eu não vou fazer mais isso!” Só que a imprensa estava lá! Eu cheguei para ele e avisei “Norman, a imprensa está ali…” E ele foi lá bem quietinho e pegou a besta de volta! (Risos)

SMG: Ele só atirou no lugar errado. Havia todas estas latas de lixo por lá…

AL: Mas ele estava chateado por que estávamos levando bala por todos os lados e ele com a besta na mão: “Deixa eu acertar alguém, poxa!”

– Se você pudesse voltar no tempo e dar ao Rick pré-apocalipse algum conselho, qual conselho você daria?

AL: NÃO ACORDE! (Risos)

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SMG: As coisas vão ficar muito muito muito muito piores, então se prepare agora!

• O último quadro começa mostrando um making of das filmagens em Terminus.

CH: Você foi o responsável pela última fala do episódio. Foi muita pressão em cima? Ainda mais que tiveram que “alterar” uma palavrinha da citação para adaptar à TV…

AL: Ah, sim, com certeza! A última frase foi “Eles ferraram com o pessoal errado”?

SMG: Sim, e exatamente com essa entonação (Risos)!

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AL: Sim, e a original era um pouco mais “picante”… Eu tentei usar a outra palavrinha com F algumas vezes depois de filmar, e aquilo foi muito bom! (Risos)

CH: E de onde veio a decisão de não usar a palavra com F?

SMG: Da censura, famílias, organizações! (Risos) Pessoas em suas casas podem usar aquela palavra, mas a gente não.

CH: Havia muita emoção envolvida. Rick está de volta, pronto para reassumir a liderança e está basicamente dizendo a eles que “vamos sair dessa”…

AL: Sabe, eu estava nervoso ao filmar aquela cena. Eu ficava dando socos no chão, e Norman viu isso, tentando ficar pronto para entrar na cena. Eu estava nervoso, havia pessoas novas naquele espaço, eu estava furioso e não queria ferrar com tudo! Você sente uma enorme responsabilidade, da mesma maneira como houve uma citação perfeita no final do episódio 9, “é para você”. Norman veio várias vezes me confortar dizendo “está ótimo, está ótimo”! É muita responsabilidade e eu não queria estragar tudo, era o retorno de todo o perigo, de uma nova dinâmica que não tínhamos visto antes.

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CH: Scott, eu sei que você não pode dizer muito, mas há uma Beth, um Tyreese, uma Carol lá fora… em outro vagão?

SMG: Oh, definitivamente estão lá fora, mas não necessariamente em outro vagão. Em todos os episódios do show estamos nos reinventando. É muito incrível e desafiador para a quinta temporada estarmos novamente no show.

AL: Eu vou estar? (Risos)

SMG: Sim, você vai! E acho que todos fizeram um grande trabalho… Mas acho que na próxima temporada vamos usar armas nucleares!

– Andrew, você acha que Rick ainda espera ver um santuário algum dia?

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AL: Eu acho que é o que os move! A prisão era uma solução, e teria sido boa se não fosse o Governador.

CH: Isso é algo que eu sempre disse, e é parte do show, vocês sempre dão alguma esperança aos sobreviventes e depois as retiram.

SMG: Mas o fato de eles continuarem tentando é o que nos faz dar esperanças.

CH: Sabendo onde seu personagem parou nesta temporada, o que você, enquanto ator, está preparando para a próxima temporada?

AL: Estou deixando a barba crescer (risos). Eu acho que vou ouvir muito AC/DC, chutar mesas, etc… Bem, nós sabíamos como a temporada encerraria há quatro meses atrás e mal podemos esperar para voltar ao trabalho! Eu amo o show! Ele me completa! Eu mal posso esperar para voltar a Atlanta com a minha família lá… Eu só quero fazer o show da mesma maneira, como o amamos!

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SMG: Nós estamos muito entusiasmados a respeito, já começamos a escrever, já estivemos em Atlanta procurando por novos lugares e será uma temporada incrível e completamente diferente dessa.

• Ao final do programa temos o resultado da enquete da noite:

Qual foi a maior lição que o grupo aprendeu nesta temporada?

3% – O apocalipse não é lugar para crianças.
26% – As pessoas precisam fazer coisas horríveis para sobreviver.
40% – Não existe um santuário.
31% – Eles precisam matar – ou serão mortos.

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• Galeria de imagens do Talking Dead

Sabrina Picolli

Perdida nesse mundo cheio de walkers, geeks, seres fantásticos, pessoas incríveis... e adorando!

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