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Talking Dead Brasil #16 – Robert Kirkman, Lauren Cohan e Scott Wilson

ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do oitavo episódio da quarta temporada, “Too Far Gone” (Indo Longe Demais).

O Talking Dead do último domingo contou com as presenças de Robert Kirkman (produtor executivo de The Walking Dead e criador da HQ na qual a série é inspirada), Lauren Cohan (“Maggie”) e Scott Wilson (“Hershel”), debatendo sobre os acontecimentos da mid-season finale da quarta temporada da série. Dados os acontecimentos do episódio, o programa foi repleto de emoção, do começo ao fim, deixando evidente o quanto a despedida de Hershel foi sentida por todos.

CHRIS HARDWICK: Há muito para falarmos, muita coisa aconteceu esta noite. Eu não queria que isso fosse verdade, não queria! Eu realmente sinto muito por você ter morrido! Já sinto a sua falta! Desde quando você sabia que isso iria acontecer?

SCOTT WILSON: Logo após o episódio cinco, no dia seguinte ao que terminamos de filmá-lo. O Sr. Gimple me telefonou e me disse que havia acabado, e eu disse a ele “Você está cometendo um grande erro.” (risos)

CH: Alguma vez o Gimple liga para vocês apenas para dar um “olá” ou quando ele telefona, é apenas para vocês ficarem sabendo que algo irá acontecer?

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SW: Não, ele liga, sim. Entenda, é uma posição difícil de se estar. Como escolher, decidir, contar, essas coisas todas, eu não acho que ele goste de fazer isso, é muito difícil. É um bom homem, um escritor maravilhoso. Foi uma decisão difícil que ele fez… e eu morri.

Hardwick comenta sobre a repercussão no Twitter – os fãs agindo como se estivessem no meio do Grand Canyon e gritando, para fazer eco mesmo: “NÃÃÃÃÃO!” Em seguida pergunta a Lauren Cohan como ela se sentiu a respeito.

LAUREN COHAN: Foi engraçado por que, você disse que ficou sabendo depois do episodio 5… foi quando você fez aquele discurso todo, não foi?

SW: Eu acho que sim.

LC: Eu acho que nós todos ficamos tristes com o desfecho da história. Foi horrível. Digo… eu não sei, eu não sei o que dizer a respeito, é apenas triste demais. O seu eu lógico pensa que foi um grande final para uma grande história, mas na verdade você está perdendo um amigo. Então eu não sei… (Lauren se emociona enquanto fala).

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CH: Tudo bem, eu acho que muitas pessoas estão sentindo a mesma coisa nesse momento. Eu acho que nós perdemos o centro moral do show. Antes de Hershel tivemos Dale, e foi muito difícil também vermos Dale partir. Aí veio você, que era o pai do grupo, e deu tantos bons conselhos a Rick, manteve-se forte.

SW: É interessante. Jeff DeMunn (Dale) foi fantástico enquanto esteve no show, ele realmente é maravilhoso. E Maggie, ops, Lauren estava falando em algo que você escreveu (apontando para Kirkman) – o “discurso” de Hershel sobre “você sai lá fora, você arrisca sua vida”, e bla bla bla… Quando eu li aquilo, eu pensei: Isso não está bem… Era um texto muito proativo, e Hershel deveria ser mais reativo. E, quando eu li o episodio 4 ou 5 eu pensei: “Vou receber aquele telefonema,” pois era tão… sabe, você tem aquela sensação para esse tipo de coisa, depois de estar tanto tempo envolvido nisso.

CH: Por que Hershel tinha um sorriso em seu rosto na sua última cena?

SW: Eu acho que foi uma combinação de tudo o que aconteceu no primeiro episódio, com as conversas com Rick e também as conversas subsequentes, com ele e com os demais, onde ele tentava aconselhar e resgatar a humanidade, a capacidade em se comunicar com outras pessoas. Ele tentava manter o diálogo aberto entre as pessoas, e ele viu Rick fazendo isso, ouviu Rick falando isso… E pensou que tudo iria ficar bem.

CH: A sua reação, de Maggie, assim como a de Beth foi bastante crua e emocionada. Como foi que vocês fizeram isso?

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LC: Foi uma das poucas vezes durante o show que fizemos apenas duas tomadas de algo, e nem chegamos a usar a segunda tomada. Durante a filmagem, eles fizeram toda a parte de Hershel caído no chão e depois nos filmaram, e ele estava ali do outro lado… e então, não havia nenhuma habilidade artística especial exigida…. foi muito louco. Ele estava apenas do outro lado da cerca, de frente para nós, e as coisas aconteceram (Meu Deus, eu ainda estou em modo Maggie, eu vou chorar, isso é ridículo!). Atrás de nós estavam Bob, Tyreese e Sasha, e nós não tínhamos interagido tanto… mas nós nos unimos muito naquele momento, por que nem se tratava mais de um diálogo cara a cara, mas de uma experiência visceral. Sim, acho que nos sentimos exatamente como vocês viram no episódio e… foi difícil. Era tão bom ter Scott conosco naquele momento. É muito louco, quando filmamos o episodio 3 o meu pai estava no set, ele veio para visitar o set, e nós não sabíamos que cena seria filmada naquele dia. Foi bem a cena em que Hershel estava para entrar no bloco A e fez aquele discurso “Você arrisca sua vida e só escolhe pelo que você arrisca”. Meu pai sempre acreditou que, quando você encontra um mentor, você deve agarrar-se a ele, pois não sabe quando irá conseguir alcança-lo novamente na vida e… bem… aquilo foi tão mágico, por ele estar lá… desculpe… (Lauren emociona-se novamente).

CH: Ok, está tudo bem… este é um daqueles momentos em que deveríamos comemorar uma saída em grande estilo, mas é muito difícil vê-lo indo embora.

No primeiro intervalo, tradicionalmente, lembramos os mortos do episódio, fazendo um breve tributo no quadro In Memorian.
– Os walkers do “Que Barulho Foi Esse?”
– A milícia do Governador
– Mitch
– Alisha
– Meghan
– O Governador
– Hershel
Pai. Fazendeiro. Médico. Amigo.
Descanse em paz, Hershel.
Pai. Líder. Tirano. Louco.
Apodreça no inferno, Governador.

O quadro seguinte abre com uma série de depoimentos do elenco em relação a Scott Wilson/Hershel.

“Scott Wilson é um Deus entre os homens.” (Andrew Lincoln)
“Um dos maiores atrativos para mim, quando vim trabalhar no show, foi trabalhar com ele. Sabe, ele é uma lenda. Não apenas um excelente ator, mas um homem maravilhoso.” (David Morrissey)
“Ele tinha tantas histórias, era tão gentil, tão engraçado, apoiador.” (Danai Gurira)
“Todos sentirão tanto a falta dele na família The Walking Dead.” (Chandler Riggs)
“Ele é incrível, e eu sou um felizardo por ter passado algum tempo em sua presença. Deus o abençoe, cara.” (Chad Coleman)
“O melhor pai cinematográfico que eu poderia ter pedido, um amigo que se vai de The Walking Dead, mas não vai embora dessa família.” (Lauren Cohan)
“Perder o Scott foi bastante difícil para todos nós. Começamos como uma família, e ele é alguém muito próximo das pessoas.” (Emily Kinney, não contendo as lágriams)

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CH: Do que você mais vai sentir falta não estando mais no show?

SW: Andar com uma perna só! (risos) Sentirei falta do conjunto. É uma experiência peculiar, vital. Todas essas pessoas são tão motivadas a fazer o seu melhor, todas elas. Não há mais ou menos poderosos, todos são iguais e vieram do mesmo lugar. É engraçado, você não tem essa experiência sempre, de prolongarem seu tempo – esta é a quarta temporada… eu não imaginava durar mais do que um arco no show.

CH: Isso é algo que Kirkman pode nos contar: Hershel não deveria ter durado tanto no show… É verdade?

ROBERT KIRKMAN: Sim, é verdade… por umas duas vezes estivemos muito perto de retirar Hershel do show e sempre hesitamos; foi uma decisão difícil assim como foi difícil decidirmos agora, toda vez que olhávamos para o Scott mudávamos de ideia, mas…

SW: Tarde demais pra dizer isso! (risos)

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RK: Hey, não é tarde demais! (risos) Eu estou acostumado a matar personagens de TWD muito antes do seriado de TV e nunca foi algo difícil, mas antes era algo só meu. Agora eu vou ao set, e Scott estará lá e isso dificulta as coisas. É horrível, mas as coisas são assim. Você tem que matar as pessoas para que o show funcione.

CH: Seu filho da mãe!!!

RK: É tudo coisa do Scott Gimple, eu não tenho nada a ver com isso! (risos)

SW: Quando você chega ao show, você sabe que isso irá acontecer. Não sabe como, mas sabe que irá acontecer.

CH: Bem, esse é um ponto interessante aqui, pois vocês já entram sabendo que irão morrer, mas apenas não sabem como e quando…

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RK: Deixa eu beber uma água aqui… (risos)

LC: Você tem que lidar com isso. Esse show simplesmente apresenta você como um ser humano, e você não sabe o que vai acontecer no momento seguinte…

CH: Há muita gente falando no Twitter e comentando sobre Judith… ela morreu ou não?

RK: Há um bocado de sangue naquele bebê-conforto, eu não sei… (risos) Você vai ter que assistir!

CH: Bem é difícil saber, o grupo se dividiu… há o grupo do ônibus, e você não estava nele… (apontando para Cohan)

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LC: Eles não esperaram por mim! Aquilo foi muito chato! (risos)

CH: Por que vocês acham que o grupo do ônibus deixou vocês?

LC: Temos que pensar que o grupo sempre teve um plano de contingências… se isso acontecer, você vai para esse lugar. Talvez eles apenas acharam que essa fosse uma saída de emergência.

CH: Parece que todos estão dispersos. Lembra o final da segunda temporada, quando a fazenda pegou fogo e todos se dispersaram, e agora se dispersam da prisão. Bem, muita gente, mas muita gente morreu neste episodio – pare de rir! (dirigindo-se a Kirkman) – qual a razão por detrás da decapitação de Hershel? Por que ele teve essa morte brutal?

RK: Eu tenho essa teoria – bem, talvez até nem seja a melhor coisa a fazer, mas quanto mais querido, amado ou apreciado o personagem é, mais brutal a sua morte deve ser, como uma homenagem à importância daquele personagem. Um personagem importante tem que ter uma morte importante. Se Hershel será o personagem que deverá morrer, a sua morte deverá ser tão memorável como foi a sua vida enquanto personagem. Então, foi por isso.

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CH: Ele teve uma morte brutal, porém memorável e honrosa.

O terceiro quadro começa com um depoimento de David Morrissey, falando sobre a morte do Governador:

“Eu acho que no fim, você sabe, não que seja algo para se regozijar, mas é bom saber que ele morreu tendo feito as piores coisas que ele poderia fazer. Ele tinha que ir embora.”

Em seguida um membro da plateia foi chamado para fazer uma pergunta aos convidados. A pergunta foi dirigida a Robert Kirkman:

Como você decidiu quem mataria o Governador?

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RK: Sim, havia muitos candidatos (risos). Mas na HQ eu acho que seria legal não ser uma morte satisfatória, por que o vilão era tão odiado, eu não queria Rick ou Michonne, mas Lilly, uma personagem também introduzida recentemente na série. Eu queria alguém desconhecido para fazer isso. Eu sei que foi algo legal, mas depois que os anos passaram e eu envelheci, não achei mais satisfatório. Então, quando surgiu a oportunidade de fazer isso de novo no show, houve muita discussão na sala dos roteiristas: quem merece matar? Quem deveria ter esse momento? E foi onde surgiu uma, duas, três pessoas matando juntas. Então Rick teve a sua parte, Michonne também, e Lilly encerrou o assunto.

CH: Eu não vi o Governador morrendo nesse episodio, eu pensei que ele ficaria vivo depois de Michonne acertá-lo com a katana, eu até pensei “Não, não faça isso! Ele vai voltar, alguém vai ajudar”, e acabou terminando com ele morto. Bem, o que David Morrissey trouxe ao Governador e que você não havia visto antes, que não havia no Governador da HQ?

RK: Bem, para mim, ele trouxe um novo nível de credibilidade ao personagem, ele conseguiu enxergar toda a trajetória, ver o porquê das coisas que ele fazia e, sobretudo, trouxe humanidade ao papel. Eu acho que ele é esse cara horrível fazendo coisas horríveis, mas sempre há o risco de ele se tornar irreal demais, e o que David trouxe ao papel foi credibilidade. Você pode ver ele calculando as atitudes, o pensamento que acompanha cada coisa que ele faz, e os motivos para fazer o que ele faz.

CH: Então, por que matar Hershel, depois de dizer a todos que ninguém precisava morrer?

LC: Eu acho que tem a ver com aquele discurso de Rick, e ele não conseguir lidar com aquilo. Rick fala tudo aquilo e o Governador sente que não há volta para ele, que ele não pode se redimir, e é por isso que não pode selar o acordo. A decisão que ele fez está feita.

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RK: É uma questão dele desistir do próximo passo, como se todas as apostas tivessem se esgotado. “A paz não é uma alternativa e eu vou simplesmente fazer isso.” É a rendição final do Governador. Ele travava aquela luta consigo “Não, eu posso ser humano, posso ser um cara bom, liderar essas pessoas.” E isso não é verdade, é uma mentira que ele fica contando para si mesmo. Ele sempre teve um grande ego, sempre quis o controle, impor a sua vontade a todos, não interessa como. Então naquele momento ele apenas tirou o véu e voltou a ser ele mesmo.

CH: Vamos falar um pouco de Glenn e Maggie. Vocês estavam falando sobre o aniversário de namoro… quando foi? O que foi considerado como sendo o primeiro dia?

LC: Bem…. o que você acha? (risos)

CH: Eu acho que foi quando vocês foram à farmácia!

LC: Sim, eu acho que a partir dali eles perceberam que era realmente amor e ali foi o começo.

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CH: Eu nunca tive um primeiro dia tão legal! (risos) Vamos a uma pergunta enviada pelo Facebook: Por que o Governador queria tanto a prisão? Apenas para tirar as pessoas de lá?

RK: Ele estava procurando um lugar seguro o tempo todo, especialmente comparado ao acampamento onde eles viviam. Eu acho que um lugar daqueles acaba sendo bastante desejável, então ele queria uma alternativa tão segura quanto Woodbury, e a prisão era algo muito melhor do que o que eles tinham.

LC: Eu acho que ele não tinha exatamente um objetivo. Parecia que o Governador estava vagando, aí encontrou aquela família e agora ele parou pra pensar: “O que eu posso destruir, para ter algum propósito? Vamos a essa prisão e matar o máximo de pessoas.”

CH: Eu gosto de ver os debates das pessoas sobre o que é moral, certo e ético naquele tipo de mundo. Nós temos no acampamento praticamente um espelhamento da prisão, havendo também pessoas boas e então um cara pira e acaba levando as pessoas a matar umas as outras.

LC: E você vê o Governador falando no começo o quanto isso é o que torna alguém um sobrevivente, manipula estas pessoas, que chegam às ultimas consequências. E eu amo como foi colocada a última frase do episódio: “Não olhe para trás, Carl, apenas ande”. Aquele é Rick, e aquela é a definição de sobrevivência.

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No intervalo seguinte, ficamos sabendo de alguns detalhes e curiosidades sobre o episódio:

– David Morrissey insiste que havia apenas uma pessoa que poderia matar o Governador. “Eu sempre senti que Rick e o Governador tinham esse ódio mútuo, mas a sua verdadeira nêmesis era Michonne.”
– O tanque M60, de 1971, foi usado no Vietnã e pertence a um colecionador particular. O proprietário diz que esse é o veiculo perfeito para o apocalipse, já que ele pode fazer “carne de hambúrguer com os zumbis.”
– Foi mostrada uma foto mostrando vários dos dublês do elenco. O dublê de Carl, na verdade, é uma mulher de 31 anos chamada Ashley.

O próximo quadro abre com uma declaração de Andrew Lincoln falando sobre a sua cena de luta com David Morrissey:

“Tantas coisas aconteceram naquele episódio que foram terríveis e traumáticas. Quando algo acontece e você descobre, que alguém que você se importa profundamente está partindo, e ama como amigo, você quer fazer justiça, você quer servir bem a ele, quer honrar aquela morte. David foi realmente difícil, pois eu tive que bater nele várias vezes, eu não podia mudar nada. E ele não queria dublês, ele encarou e ele se saiu… bem, ele está lá representando o meu país, e ele foi muito corajoso, gentil.”

CH: Rick estava morrendo, e o Governador o teria matado se Michonne não tivesse chegado…

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RK: Eu não sei, mas ele certamente morreria. Ele estava prestes a morrer.

Em uma reportagem especial, o diretor do episódio, Ernest Dickerson, explica a cena e os efeitos especiais utilizados na batalha entre o grupo de Rick e o grupo do Governador. Darrell Pritchett mostra os pontos-alvo que seriam implodidos com a artilharia do tanque e Terry Tielemland mostra como foram preparados os materiais que acabariam por representar as explosões, os fragmentos de parede feitos de material especial, para mimetizar perfeitamente a destruição do prédio.

CH: Dickerson é um cara bastante divertido. Como foi trabalhar com ele?

SW: Ele é maravilhoso. Eu amo como ele armou a cena, com o tanque, os carros, a artilharia pesada. A maneira como Rick caminhou até eles somente com uma pistola (risos)… Era quase como um western. Ernest me trouxe para o show, amputou minha perna, e, por fim, me decapitou. Foi divertido (risos).

CH: Você teve uma festa de despedida no set, não?

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SW: Sim, todos foram de suspensório, toda a equipe e toda a produção, em memória a Hershel, e aplaudiram quando eu cheguei ao set. Foi emocionante.

CH: Esse foi um papel bastante marcante. Como ele se compara aos demais papeis que você interpretou?

SW: Foi um presente trabalhar com essas pessoas. Certamente, eu nunca tive antes esse tipo de resposta do público. Eu fiz muitos trabalhos bons, muitos grandes filmes, mas esse trabalho foi um prazer completo.

O quadro seguinte começa com mais uma declaração de Andrew Lincoln sobre a segunda metade da temporada:

“Eu acho que esses episódios foram os mais corajosos, audaciosos, excitantes, que o show já fez. Continuem ligados.”

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Em seguida, mais um participante da plateia faz sua pergunta aos convidados. A pergunta foi direcionada a Lauren Cohan:

Por que você acha que a reação de Maggie ao banimento de Carol foi tão diferente da de Daryl?

LC: Na verdade por dois motivos. Um deles é por que sinto que Daryl gostaria de ter tomado parte nessa decisão. Talvez ele decidisse o mesmo que Rick, mas ele queria ser parte disso. Mas eu também acho que, quando Rick voltou, ela já havia sido banida e não havia nada mais para ser feito, Maggie não queria fazer com que Rick se sentisse culpado por isso. E eu não sei se ela realmente sabia o que era a coisa certa a ser feita, ela precisaria processar aquilo melhor. Mas foi interessante o que aconteceu a seguir: quando o Governador chama Rick para conversar, ele responde que não toma mais as decisões e que há um conselho. É legal. É legal então ver como essas pequenas sementes são lançadas, afinal Carol era parte daquele conselho. E aí é que vemos as coisas então vindo em ondas, como Rick se perdeu daquelas pessoas… então, eu não acho que Rick tenha certeza de que tenha feito a decisão correta, mas Maggie definitivamente não queria que ele se sentisse pior por causa disso.

CH: Eu gostei de vocês terem trazido Clara novamente como walker, e com destaque na tela…

RK: Sim, ela estava procurando por Andy… (risos) Sempre tentamos retratar os walkers como seres humanos, que tiveram uma vida antes de se tornarem aqueles monstros…

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No último bloco foi mostrado o sneak peek do próximo episódio de The Walking Dead, anunciado para retornar ao ar com a segunda metade da quarta temporada em 9 de Fevereiro. A cena lembra um acontecimento semelhante ocorrido na HQ. Também foi divulgado o resultado da enquete da noite:

Do que o grupo sentirá mais falta, agora que Hershel se foi?

10% – Do seu conhecimento médico
40% – Dos seus sábios conselhos
29% – Sua índole amorosa
21% – Terça-Feira do Espaguete (nas quartas)

O Talking Dead, bem como o nosso quadro Talking Dead Brasil, vai retornar no dia 09 de Fevereiro de 2014, logo após a exibição do primeiro episódio da segunda metade da quarta temporada.

VEJA TAMBÉM:

Talking Dead Brasil #15 – Fred Armisen, Paul Scheer e José Pablo Cantillo

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Talking Dead Brasil #14 – Ike Barinholtz e David Morrissey

Talking Dead Brasil #13 – Adam Savage e Breckin Meyer

Talking Dead Brasil #12 – Jack Osbourne, Marilyn Manson e Gale Anne Hurd

Talking Dead Brasil #11 – Greg Nicotero, Doug Benson e Hayley Williams

Talking Dead Brasil #10 – Scott M. Gimple e Nathan Fillion

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Galeria de imagens do Talking Dead

Sabrina Picolli

Perdida nesse mundo cheio de walkers, geeks, seres fantásticos, pessoas incríveis... e adorando!

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