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Talking Dead Brasil #14 – Ike Barinholtz e David Morrissey

“O Governador está de volta e tem uma nova família. Ele estará conosco hoje à noite, a menos que acabe nos matando.”  Assim iniciou mais um episódio de Talking Dead, com Chris Hardwick recebendo Ike Barinholtz (“The Mindy Project”) e David Morrissey (O Governador, de “The Walking Dead”), sobre o episódio S04E06 – “Live Bait” (Isca Viva). Confira abaixo tudo que rolou durante o programa:

CHRIS HARDWICK: David, esta foi uma das grandes surpresas do show, eu não acredito que alguém pudesse imaginar o que estava por vir depois de sua aparição no episódio da semana passada; acho que todos esperavam que o Governador atacasse a prisão, outros quando viram que você estaria aqui disseram “espero que ele não morra”; mas acabamos vendo uma jornada com tudo o que aconteceu desde o massacre. Qual foi sua reação ao ler o script pela primeira vez?

DAVID MORRISSEY: A primeira coisa que eu li foi o final do episódio 5, onde o Governador aparecia do lado de fora da prisão, e o que ele iria fazer, e então há este salto no tempo para o passado e o vemos bem no final da terceira temporada, como ele lidou com o trauma de estar envolvido em um tiroteio e com o que ele iria fazer depois daquilo. Foi absolutamente brilhante! Ele é um personagem tão complexo e eu adoro interpretá-lo, em toda a sua complexidade. É ótimo estar de volta, eu amo o show, é simplesmente incrível voltar.

CH: Era o que eu ia comentar agora. Ver você de novo, depois de ter passado este tempo, e rever o Governador naquele estado todo desgrenhado… Como você se sentiu ao rever o Governador e o que você achou do episódio em geral?

IKE BARINHOLTZ: Eu fiquei realmente entusiasmado com o retorno (voltando-se para Morrissey), eu sou um grande fã seu, falei isso nos bastidores (David Morrissey agradece) e sim, ele estava assustador. Mas o que acabamos vendo no episódio de hoje foi um homem diferente…

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CH: Bem, foi bastante diferente vermos que ele realmente sofreu as repercussões depois da chacina, por que, no final da terceira temporada aconteceu tudo aquilo e ele agia como se estivesse anunciando, “Woodbury caiu!”, vocês simplesmente caíram fora e pareciam ter se recuperado rapidamente da chacina, mas agora parece que houve uma reação mais emocional. O que você acha que mudou neste intervalo de tempo entre aquele momento e agora?

DM: Bem, ao longo deste tempo nós tivemos um lampejo do que aconteceu e que matar seu próprio grupo não foi um ato premeditado, mas sim como se ele tivesse simplesmente sofrido um blecaute emocional. E ao recapitular o fim daquele episódio você vê que ele não está bem, ele sai com Martinez e Shumpert e não fala com ninguém. Ele está traumatizado, paralisado. Ele não funciona, ele não quer falar, e é por isso que eles o deixam sozinho, já que havia se tornado um peso morto. E eu acho que ele ficou muito tempo, mas muito tempo perambulando pela estrada. Foram meses e meses que ele funcionou apenas por instinto – tanto que, quando o walker vem em sua direção ele mal reage, como se fosse guiado apenas por uma memória muscular.

CH: Você acha que ele estava esperando apenas pela morte?

DM: Sim, talvez ele só estivesse caminhando até morrer, era lá que ele se encontrava emocionalmente, como se tivesse realmente desistido.

IB: Eu não culpo Martinez e o outro cara por abandonarem-no. Quer dizer, se eu fosse Martinez e simplesmente encontrasse você sentado, com um walker vindo em sua direção e você fazendo nada, e ainda tendo que defende-lo, bem eu já diria “olha você pode ir, eu quero dormir, ok?” (risos)

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CH: Hey, você não acha que o momento certo de deixa-lo foi quando ele atirou nos seus amigos? (risos)

IB: Sim, mas talvez ali eles ainda tenham um plano, tipo deixar ele dormir e partir no sentido oposto, “mas não conte nada pra ele!” (risos)

CH: Por que atear fogo a Woodbury? Qual foi o motivo por trás disso?

DM: Bem, talvez por que ele não queira mais ninguém usando a cidade; bem, eu acho que há muitos desdobramentos nisso. Eu acho que ele quer se livrar do seu passado, quer que ele fique completamente alienado, como se ele não tivesse nada a ver com aquele lugar, mas também ele não quer saber de Rick e seu grupo usando a cidade para viver. Ele quer barrar isso e é por isso que ele acaba fazendo o que fez. Destruindo Woodbury ele destrói tudo o que ele fez, todo o trabalho duro, tudo o que ele construiu, os planos para o futuro que ele fazia com Milton, o que Woodbury representava, ele simplesmente quis destruir tudo aquilo.

CH: Faz sentido dizer que ele estava tentando matar o antigo Governador?

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DM: Eu não acho que ele estivesse tentando se livrar de si mesmo e de seu passado; eu acho que tem mais a ver com os seus planos, suas esperanças e seus sonhos ambiciosos de reconstruir a civilização, a ideia de que Woodbury seria o lugar onde toda a civilização iria recomeçar.

IB: Eu acho que foi uma grande cena, uma grande montagem. E obrigado por terem usado a minha música na cena!

CH: Você não escreveu aquela música! Você sequer é músico! (risos) Qual foi a sua reação vendo toda a trajetória até aquele momento?

IB: Foi uma sensação horrível, horrível por Woodbury, que é uma cidade adorável. Tinha até cinema! Mas sim, foi uma cena incrível.

DM: Foi estranho entrar naquele caminhão e derrubar os portões da cidade, ficou aquela sensação de “para onde vamos mesmo hoje?”(risos)

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CH: Quando o Governador conhece outras pessoas ele fala “no homem que mandava”, “no louco maldito”, você acha que ele tem consciência de quem ele está falando ou simplesmente se dissociou de si mesmo?

DM: Eu acho que definitivamente ele pensa que está falando de um homem diferente, eu acho que ele absolutamente acredita que é alguém diferente agora.

IB: Eu acho que ele está falando de si na terceira pessoa, como Kanye West! (risos)

DM: Mas eu acho que há algumas coisas acontecendo com o Governador neste momento, eu acho que ele está tentando ser esta pessoa melhor que ele foi um dia, antes de todos os incidentes; ele olha para a fotografia com a esposa e a filha e se enxerga como um bom homem, e quer retornar àquele momento e ele finalmente está reencontrando o seu emocional. Quando nós o vimos no final da terceira temporada, ele ainda estava sofrendo aquele “apagão” e não quer que aconteça de novo. Ele está tentando se controlar.

CH: Você acha que ele pode se redimir?

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IK: Eu acho que sim. Eu acho que, especialmente agora, ele encontrou estas três mulheres. Para estas três mulheres ele é um homem bom. Ele pode ter matado um milhão de pessoas, mas, para elas, ele é um homem bom. Se uma destas mulheres chegar ao final da temporada viva, ele é um homem bom.

CH: Eu não tenho certeza de que isso seja 100% verdadeiro, vamos fazer a contagem: matou todo o acampamento militar, tentou matar Glenn, interrogou Maggie brutalmente, mentiu para todo mundo, arrancou os dedos de Merle e o matou depois, matou todo o seu exército, matou Milton, matou Andrea, atacou a prisão duas vezes com intenção de matar e ainda jogou lá pra dentro um tanque cheio de walkers. Mas no fundo ele é um cara legal (risos).

• No primeiro intervalo, relembramos os mortos do episódio no quadro In Memorian:
– Walker da Fogueira
– Walker do banho com sais
– Walker que comeu poeira no fundo do fosso
– Walker com a cabeça arrancada com um osso na boca
– Walker do Vovô Don

“Você pode mudar o seu nome…
Mas nunca vai mudar quem você é.
Seja bem vindo de volta, Governador.”

• O segundo quadro inicia com a pergunta de um dos participantes que está na plateia:

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– De onde o Governador tirou o nome Brian?

DM: Quando você lê o roteiro é bastante claro, mas talvez nem tanto assistindo ao episódio. Ele está na estrada, e para na frente daquele celeiro onde há várias mensagens e vários nomes escritos, e ali havia mensagens escritas, como “Brian, vá para esse lugar e não para aquele”. Ele vê tudo isso escrito nas paredes daquele celeiro, vê esse nome, Brian, escrito lá, e é algo estranho, pois soa quase como um memorial. Eu acho que ele capta aquilo para si como o que acaba acontecendo com a raça humana, aquela lista de nomes, e quando alguém para pra perguntar ele simplesmente sai com aquele nome. E eu acho que isso tem a ver com tudo o que está havendo com ele. Aquele celeiro é como um triste monumento mostrando o que aconteceu com a humanidade, e ele simplesmente pega um nome de lá.

IB: E eu que achei que fosse por ele ser fã de Monty Python (risos)

DM: Quem sabe? (risos)

CH: Bem, há muito o que falarmos sobre Lily e Tara, mas quando o Governador entrou no prédio e uma delas o deteve, a outra simplesmente olhou e achou que “ok, esse cara pode entrar”. Eu acho que li em algum lugar que isso tinha a ver com o charme hipnótico do Governador…

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IB: Bom, ele simplesmente baixou sua arma! E com aquela barba no rosto, bem, que perigo pode oferecer? Entregue as armas e pode entrar!

DM: Bem, eu acho que é uma coisa humana, elas passaram tanto tempo fechadas naquele lugar, e aí aparece um outro ser humano. Acho que é algo esperto a se fazer.

CH: Sim, mas apesar de tudo ele parece estar completamente vazio por dentro…

DM: Mas ainda é um ser humano, e ele tem lidado com walkers por tanto tempo e sem contato humano. Mas ele sabe que o pai delas está doente e que elas precisam de ajuda, e ele quer ajudar.

CH: Essa é uma pergunta idiota, mas talvez nem tanto: por que jogar o espaguete pela janela?

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DM: Por que ele está em uma dieta com pouco carboidrato! (risos) Qual é?

CH: Enquanto Hershel fala em uma “terça-feira do espaguete”, o Governador ganha uma terça-feira do espaguete e joga pela janela! (risos)

DM: Aquilo foi como uma oferta, e ele não quer nada de ninguém. Depois de ter ficado tanto tempo isolado na estrada, ele não quer nenhum tipo de vínculo com os seres humanos. Você viu ele caído na estrada, achando que ia morrer, ele teve aquela visão na janela, que o fez entrar, mas obviamente aquela não era a Penny. Ele não quer se apegar a ninguém, e isso é tudo. Ele está lutando contra os seus bons instintos, mas ele não consegue segurar estes instintos e acaba ajudando as pessoas que ele não queria ajudar.

IB: E por isso ele joga a comida pela janela!

CH: E prefere aquela deliciosa lata de sardinhas! Em que ponto o Governador começa realmente a se importar com aquela família?

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DM: Eu acho que foi no momento em que a menininha entrou na sala, Lily saiu, e ela perguntou “o que aconteceu com o seu olho”? É algo que muitas pessoas perguntariam, mas foi aquela garotinha. Então ele reage dizendo que era um pirata, e ela responde fazendo-o rir. Aquele riso é uma reação emocional, e ele conta a história de Penny, no momento em que diz que se feriu protegendo alguém que ele amava. Ele acaba se abrindo para a garotinha, e ela perguntando se tudo era verdade, acaba trazendo à tona sentimentos como cuidado e amor. Amor e cuidado neste mundo de The Walking Dead são coisas muito perigosas. Significa que você pode perder pessoas, que você pode sofrer e até mesmo sucumbir tentando defende-las.

• Por telefone, um fã de Toronto pergunta a David Morrissey o que ele acha que torna o Governador um líder melhor do que Rick.

DM: Bem, é uma pergunta cruel! Eu acho que obviamente ele é melhor que Rick, ele construiu toda uma cidade! (risos) Eu acho que você está a salvo com o Governador por que, de certa forma, ele não tem muito escrúpulo. Digo, Rick é um homem bom, um homem de moral, e o Governador não é um cara de andar com essa gente (risos). Eu acho que até o momento da morte de Penny ele foi um grande líder, e que depois disso acabou se enfraquecendo.

CH: O que você acha que passou pela cabeça do Governador quando ele estava sentado no acampamento, olhando a fogueira, e não reagiu ao walker que se aproximava?

DM: Eu acho que ele está em sua própria concha, reavaliando tudo o que aconteceu, reavaliando como ele chegou àquele ponto, como ele se voltou contra sua gente daquela maneira, e eu acho que ele estava esperando pela morte. Acho que ele desejava que aquele walker o mordesse e o infectasse, que aquilo era do merecimento dele, então ele estava em um lugar muito, muito sombrio.

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IB: Ele estava como eu fico todos os dias de manhã, pelo menos por duas horas!

• No terceiro bloco foi mostrado como foi feita a cena em que o Governador luta contra os walkers no fosso, uma cena particularmente de embrulhar o estômago. Ele teve que praticamente contar somente com as suas mãos para destruir os walkers. O walker que teve sua garganta arrebentada pelo Governador foi preparada com uma prótese idealizada por Greg Nicotero, contendo frango e bacon no seu interior. O resultado foi amplamente satisfatório, como pode ser visto no episódio.

CH: É muito difícil lutar usando o tapa-olho?

DM: Eu sempre ensaio as cenas de luta sem o tapa olhos, e consigo fazer absolutamente tudo. Aí eu o coloco na hora de gravar e: “Onde foi todo mundo”? Eu fico com meu olho bom coberto! (risos) Eu amei fazer aquela cena, foi excelente, houve muitos elementos para trabalhar e a equipe de Greg Nicotero foi excelente!

CH: Qual foi a sua sensação quando o pai das garotas estava morrendo naquele dormitório, você já imaginava o que estava para acontecer?

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IB: Sim, eu já imaginava o que iria acontecer, e ele veio com aquele tubo de gás esmagando a cabeça do cara. E era o que poderia ter salvo a vida dele! Muito boa cena.

DM: Eu também adorei fazer esta cena. E eu adoro esmagar as cabeças das pessoas (risos).

CH: Ali você pode ver o Governador de volta! (risos) Mais uma pergunta de fã no facebook: você vê as crianças no apocalipse zumbi como um símbolo de esperança ou como reféns da luta para sobreviver?

DM: Bem, a raça humana precisa seguir adiante, e tudo isso está junto, a esperança, a sobrevivência, então eu acho que as crianças realmente são a esperança, e você vê acontecendo isso em todos os lugares. Você vê na prisão, vê Carl, esta geração que irá assumir tudo, então acho que deve haver luta por eles. Algumas vezes lutamos para protege-los, e é instintivo protegermos as crianças. São nossos melhores instintos. Eu acho que é isso que o Governador fez com Megan neste episódio. Ela representa o futuro, ela é algo com o qual se importar.

CH: Você consegue ver isso no momento em que eles estabelecem um vínculo…

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DM: Ela é a redenção dele. Ele a enxerga como algo que pode salvá-lo, salvar sua alma, sua humanidade. Amar e se importar com alguém, são coisas nas quais ele é bom, e ele quer resgatar em si novamente.

CH: Você adquiriu alguma nova habilidade trabalhando no show?

DM: Sim, lutando o tempo todo, e o show exige bastante de você. Você nunca está parado no seu trailer, tanto emocionalmente quanto fisicamente você está sempre trabalhando. Este é o bom do show, você está sempre em estado de alerta…

IB: Ele estava agora mesmo nos bastidores apertando o pescoço de um cara!

CH: Ah, era isso que estava acontecendo?? (risos)

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• Ao longo do intervalo seguinte, foram citadas algumas curiosidades a respeito do episódio:
– Ao preparar-se para a quarta temporada, David Morrissey perdeu peso para mostrar as dificuldades encaradas pelo governador. Enquanto a perda de peso era real, o cabelo e a barba eram falsos, feitos especialmente para ele em Londres.
– O momento em que o Governador esmaga o cérebro do walker precisou mais do que simplesmente uma cabeça protética para ter um grande impacto; foi necessária também uma mão falsa para evitar que ocorressem lesões durante o golpe contra a sólida parede do fosso.
– O fogo que destruiu Woodbury foi basicamente feito com efeitos visuais, uma vez que foi filmada na verdadeira cidade de Senoia, GA. Porém nesta parte da cidade realmente havia um cenário, que foi queimado totalmente.

CH: Por que você acha que o Governador concordou em levar a família com ele ao sair do apartamento? Ele ia embora e, no último momento foi lá bater na porta…

DM: Eu acho que realmente ele se rendeu ao desejo de protege-las. Ele realmente se conectou muito a Megan e ele não iria mais muito longe sozinho. E eu acho que ele se preocupou com a segurança, pois aquele prédio não era seguro…

CH: Mas o interessante é que até mesmo o Governador recai na ideia que neste apocalipse é que as pessoas definitivamente precisam de outras pessoas, eles se conectam, eles não podem viver isolados…

DM: Você tem que tentar, eu acho que no início do episódio isso se define muito bem, ele tenta esta zona solitária, ele simplesmente vai caminhando, caminhando e tentando se livrar do seu passado, mas no fundo ele sabe que aquele passado já se foi, e precisa olhar para o futuro. E o futuro parece incluir estas pessoas.

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CH: O que o Governador teria feito com Carol, agora que ela deixou o grupo?

DM: Eu acho que ela foi uma personagem que mudou muito durante a temporada, ela está pronta. Eu acho que ainda veremos algo sobre Carol, já que ela está por aí. Eu acho que ela é uma ótima personagem, que ela mudou bastante e que ela realmente está mudando a temporada.

CH: Eu vejo muitas piadas na internet referindo-se a ela como a Governadora, já que ela parece não saber mais o limite entre matar alguém por que é necessário e matar alguém por matar. Qual seria o próximo passo, ela está afundando ou ela está progredindo?

DM: A questão é que nesse mundo… você diz “afundando” por que você talvez não pensa que aquele possa ser o melhor lugar para se sobreviver; é esta questão moral o que há de melhor no show, e todos tem estas questões morais. Rick também passa dos limites às vezes, mas ele faz coisas absolutamente incríveis também.

CH: Você acha que Rick e o Governador não poderiam unir forças?

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DM: Bem, seria uma aliança estranha, mas acho que talvez em outra vida isso possa acontecer. Na vida real você deve ter algum tipo de comunicação com o seu inimigo, e então seguir adiante, e as pessoas cobrariam isso o tempo todo. Então eu acho que seria um pacto estranho mas não um pacto possível.

CH: Agora que vemos Michonne abandonar sua busca por vingança, você acha que o Governador pode fazer o mesmo?

DM: Eu acho que ele está totalmente comprometido com outra coisa agora que não vingança. Ele não está pensando em Rick, ele não está pensando em Michonne, ele está pensando naquelas pessoas diante dele e como mantê-las vivas e seguras, e este é o novo objetivo dele, fazer o máximo para proteger estas pessoas. Não acho que agora ele esteja pensando na prisão, Rick, Michonne ou qualquer coisa parecida.

CH: Você ficaria p da cara se visse o Governador se juntar ao grupo ou você gostaria que isso acontecesse?

IB: Eu vou especular agora: eu acho que isso vai acontecer, acho que o Governador vai para a prisão e ele vai tentar negociar para manter seu grupo seguro, e Rick vai responder com um “não , eu acho que não” (imita a voz de Rick), e ele responderia “sim, eu acho que sim”) (imita o Governador, inclusive fechando o olho direito) , “Não!””Sim!”… (risos)

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DM: Você viu o episódio!!! (Risos)

IB: Mas o meu palpite é que eles irão unir forças.

CH: Você acha que naquele mundo uma aliança é possível.

DM: Não só naquele mundo como nesse também, você vê alianças improváveis o tempo todo…

• No quadro seguinte, mais um fã da plateia faz perguntas aos convidados:

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– Como você acha que o Governador se sentiu quando viu Martinez no topo do fosso ao final do show?

DM: Ah, sim… a questão é que ele estava tentando escapar do seu passado, afastar os fantasmas, ter sua família, mas agora o passado dele está de volta e ele vai ter que literalmente negociar com Martinez. Martinez é o mesmo cara que sempre foi, com sua arma na mão, mas ele mudou. É uma situação difícil, você acabou de matar três zumbis, você salvou a garotinha e Martinez está ali com uma arma na mão…

CH: E você não tem a menor ideia do que ele está pensando…

DM: Mas isso não é bom. Pelo semblante dele dá para perceber que isso não pode ser bom. Bem, o Governador é um lutador, é um sobrevivente, e capaz de manipulá-los, então talvez funcione. Mas neste momento da temporada ele está mais preocupado com proteção. As coisas serão difíceis a partir de agora.

CH: Por que você acha que Megan hesitou em ir junto do Governador?

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DM: Ela estava traumatizada por vê-lo matar o avô; eu acho que aquilo que descobrimos na terceira temporada, de que você pode morrer de qualquer maneira que irá se transformar, era uma informação nova, e as garotas não sabiam disso. Ele ainda tentou afastá-las ao vê-lo morrendo, mas as coisas aconteceram rápido. Então acho que Megan estava traumatizada vendo todas aquelas coisas e eu acho que ela não iria perdoá-lo. E então eles estão no meio da floresta e aparecem todos aqueles zumbis, então ela corre para os braços dele. Toda a situação de proteção volta com força total para ele agora.

CH: Assim como Heisemberg não era ele até vestir seu Fedora, você acha que você não é o Governador até colocar o tapa-olho? Esta é uma pergunta de um fã no Facebook…

DM: Ah, definitivamente sim, eu jamais poderia fazer aquilo tudo enxergando com os dois olhos (risos). Mas sim, tudo muda, o mundo muda, a visão muda, a dinâmica muda e eu sinto que estou realmente entrando no personagem com o tapa-olho…

• No último quadro do programa é mostrado o sneak peek do próximo episódio e também é dado o resultado da enquete da noite:

Você acha que o Governador mudou para melhor?

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46% – Sim, ele tem uma nova razão para viver agora
54% – Não, ele é maldade pura.

E NO PRÓXIMO TALKING DEAD:

VEJA TAMBÉM:

Talking Dead Brasil #13 – Adam Savage e Breckin Meyer

Talking Dead Brasil #12 – Jack Osbourne, Marilyn Manson e Gale Anne Hurd

Talking Dead Brasil #11 – Greg Nicotero, Doug Benson e Hayley Williams

Talking Dead Brasil #10 – Scott M. Gimple e Nathan Fillion

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Galeria de imagens do Talking Dead

Sabrina Picolli

Perdida nesse mundo cheio de walkers, geeks, seres fantásticos, pessoas incríveis... e adorando!

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