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FANFIC | Seus Ossos e Cicatrizes – Capítulo 6: Leste, Até a Última Bala

Seus Ossos e Cicatrizes é uma fanfic inspirada no Universo The Walking Dead e focada em Daryl Dixon. Confira abaixo o capítulo 6.

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Pôster do Capítulo 6 - "Leste, Até a Última Bala" da fanfic Seus Ossos e Cicatrizes.

Neste capítulo de Seus Ossos e Cicatrizes… Daryl agora precisa encarregar-se de cuidar da situação de perigo em que ele e Tris se encontram. E ele está disposto a cuidar de Tris, até a última bala.

Os capítulos de Seus Ossos e Cicatrizes, uma fanfic focada especialmente em Daryl Dixon, são lançados semanalmente, às sextas-feiras, 19h, aqui no The Walking Dead Brasil. E, por favor, utilizem a seção de comentários abaixo para deixar opiniões e encontrar/debater/teorizar com outros leitores. Boa leitura! 😉

6. Leste, Até a Última Bala

Daryl Dixon:

Eu estava cansado. Com a respiração ofegante, na real. Tinha acabado de acordar de um pesadelo. O sol ao menos tinha nascido a essa hora, mas eu estava ali. Com os olhos abertos e visivelmente assustado. Não tinha sido dias bons para mim. Eu estava constantemente tendo sonhos horríveis e até mesmo enquanto acordado, eu ainda não me sentia bem. Como se algo me atormentasse.

Eu não voltei a dormir. Sabia que seria a mesma coisa. Então só levantei da cama e coloquei minhas roupas indo direto para a parte de baixo da casa. Levei minha lamparina comigo e coloquei a mesma na mesa da sala, logo me sentando no sofá e olhando diretamente lá fora. Estava tudo tão quieto. Tão sereno.

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Eu fiquei lá por um bom tempo, até finalmente começar a perceber que as pessoas já saiam de suas casas e o sol já iluminava tudo ao nosso redor. Levantei devagar, sem pressa. E desliguei a luz de fogo que vinha da lamparina, que já não me era mais útil. Subi as escadas ao mesmo tom, e fui até o quarto que dava de cara com a entrada da escada. Abri a porta e dali já tive a visão de várias armas. Era o lugar onde eu guardava todas minhas armas brancas. Fui em direção a de sempre, a minha besta. Peguei a mesma que estava pendurada na parede por um suporte adequado a ela. Coloquei ela nas costas e peguei tudo mais o que achava ser necessário, pois hoje seria meu dia de sair de Alexandria em busca de suprimentos. Então, depois de alguns rápidos segundos, eu já estava devidamente equipado. Sai do cômodo e fechei a porta atrás de mim. Desci as escadas e logo sai pela porta da frente.

De longe, eu já podia ver Rick e Glenn. Eles andavam juntos e iam em direção aos muros, conversando. Carol estava logo a minha frente, ajudando Maggie com alguns vegetais que pareciam ter sido acabados de ser retirados da terra. Carol olhou pra mim e acenou para mim, logo Maggie fez o mesmo com a cabeça. Passei pelas mesmas e aproveitei para pegar algo para comer com elas. Carol me deu seu café da manhã dizendo já estar satisfeita, eu aceitei só por não ficar com fome no meio da minha viagem.

Depois de ter feito tudo o que eu devia, fui até minha moto que estava guardada com os outros carros que tínhamos.

– Vai sair? – Rick chega perto e diz. Não tinha notado sua presença até agora, então me virei assustado para ele.
– Vou sim. A gente tem que procurar por suprimentos depois do que aconteceu. – Digo limpando minhas mãos umas nas outras.
– Vai sozinho? – Ele pergunta e eu concordo com um aceno.
– Não acha que é muito perigoso sair por aí sem ninguém? – Rick cruza os braços e se apoia num dos carros que tinha ao nosso lado.
– Acho. – Confesso para ele. – Mas, mesmo assim, prefiro ir sozinho e fazer do meu jeito. Sempre foi assim, você sabe.

Passo pelo mesmo e pego minha moto, levando a mesma para perto dos portões.

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– Tudo bem. Mas, se você ver mais daqueles caras, me avisa. – Ele coloca a mão no meu ombro e depois saiu.

Eu não liguei, apenas fiz meu trajeto, e lá pude arrumar mais minhas coisas. Como pegar uma mochila para colocar mais coisas essenciais. Isso tudo, até Tris chegar e dizer que Rick mandou a mesma junto comigo. Eu tinha odiado essa ideia. Onde Rick tava com a cabeça de mandar uma mulher machucada para buscar suprimentos?

Eu relevei, sabia que não iria adiantar reclamar com Rick. Então só deixei passar e sai com a mesma. Em todo o caminho a mesma não disse nada – o que era ótimo vindo dela -, mas pude reparar que a mesma olhava para tudo ao redor. Como se nunca visse algo assim antes. Era um jeito engraçado. Mas, depois que passamos pelo posto de gasolina e chegamos até a cidade, Tris mudou até o jeito de respirar.

Eu coloquei minha moto na primeira loja que vi e a deixei escondida. Logo, Tris e eu saímos a procurar de algo.

– Pra onde a gente vai? – Ela pergunta ao meu lado, olhando para mim.
– Leste, eu não fui lá ainda. – Eu aponto até a direção que citei.
– Tudo bem, para o leste então. – Ela falava de um modo empolgado. Era igual ao irmão.

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Não pude deixar de reparar no rosto da mesma. Havia muitas coisas ali que me fazia lembrar Glenn. Seus olhos puxados, igual o mesmo, e o nariz do mesmo formato. A boca era um pouco mais fina que o dele, mas ainda eram semelhantes. As coisas únicas que havia na mesma seriam suas sardas e o tom claro do olho. O cabelo a altura do ombro e totalmente liso, enquanto nas pontas fazia uma dobra para dentro.

– Se continuar me olhando, vou começar a achar que tá apaixonado por mim, Dixon. – Ela me olha com um sorriso provocativo. Eu aperto os olhos.
– Cala essa boca. – Falo olhando para frente agora, mas pude sentir a mesma me empurrar de leve enquanto ria. Eu não me senti bravo, mas apenas ignorei aquilo, voltando a andar.

Tínhamos percorrido todo o percurso necessário e agora estávamos num antigo mercado. Eu estava na parte da enfermaria pegando antibióticos e algumas coisas boas para curativos e essas coisas, enquanto Tris se aventurava entre as diversas colunas do mercado. A mesma sempre vinha me mostrar algo que ela sempre gostou de comer ou alguma coisa do tipo.

Estava tudo calmo e quieto, até que pude ouvir lá, no fundo, alguma coisa cair. E então ouvi o grito de Tris, sai atrás da mesma. A encontrei caída no chão e um zumbi em cima da mesma. Eu rapidamente fui em direção do infectado, tirando ele de cima da mesma e logo cravando uma faca na sua cabeça. Seu corpo caiu fazendo barulho e derrubando algumas coisas de uma prateleira que tinha ao seu lado. Tris tentava levantar de onde estava, mas parece que o susto tinha consumido seu corpo.

– Cê tá bem? – Fui até a mesma, pegando na sua cintura e a ajudando a levantar por completo. – Seu ombro tá sangrando.

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Coloquei minha mochila no chão e depois pegando seu braço com calma, para ver o ferimento. Tris gemeu pela dor do curativo estar saindo. Fez uma feição de dor e depois colocou a mão na testa, fechando os olhos.

– Que filho da puta. – Olhou para o zumbi morto no chão indignada.

Eu tentava ao máximo tirar o curativo da mesma com calma, mas mesmo assim eu pude sentir a dor da mesma depois que ela retirou minhas mãos dela e olhou para a ferida com os lábios prensados um no outro.

– Os pontos abriram. Eu vou ter que fazer um curativo novo e assim você não pode usar tanto esse braço de novo. – Virei a mesma de volta pra mim, e passei uma gaze limpa entorno da ferida. Eu me senti mal naquela hora. Me senti mal por ser eu o causador daquele estrago em seu braço. Mas, acho que Tris não sabia até agora que fui eu quem atirou na mesma.
– Que cavalheirismo. – Ela sorriu olhando para mim. Eu desviei na hora. Não tinha gostado nenhum pouco do que aquele olhar dela tinha causado no meu peito. Era… estranho.

Tris pegou sua mochila que estava caída sobre o azulejo branco e ajeitou com um pouco de dificuldade sobre suas costas. Eu apenas observei a mesma. Depois, saímos juntos por mais algumas antigas conveniências, pegamos tudo o que devíamos. E só assim, de mãos cheias, resolvemos sair dali.

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Combinei com a mesma de irmos por cima, passando pelos prédios e assim fizemos. Até tudo começar a dar errado, mais uma vez.

Tris e eu, agora, tentávamos sair do prédio com o máximo silêncio possível depois de vermos um grupo dos Louva-Deuses. A mesma ia um pouco mais a frente, com uma escopeta cano longo em mãos.

Assim que descemos todos os andares restantes e pisamos fora do edifício que estávamos, pude ver Tris caindo no chão assim que foi atacada por algo a suas costas. Me viro rapidamente, dando de cara com um cara alto e quase careca. O mesmo tinha uma arma branca nas mãos e tinha atingido Tris com o cano da arma.

Não cheguei a pensar, apenas mirei e atirei na testa do mesmo que logo estava caído sobre o solo, morto. Fui até Tris e tentei conversar com a mesma. Nem um sinal tinha saído de si, e a essa altura já haviam ouvido meu tiro. Estavam atrás de nós quando peguei a mesma no colo e fui para uma loja que havia em nossa frente, os tiros nos perseguiam enquanto eu corria com Tris nos braços. Coloquei a mesma encostada sobre o balcão que havia ao nosso lado. Várias pessoas surgiam entre os prédios e vinham em nossa direção.

Eu olhei para o lado e observei a mesma encostada ali, finalmente retomando a consciência. Eu tinha que proteger aquela garota. Não por que eu precisasse fazer aquilo, ou que fosse minha obrigação. Mas por que eu queria. Eu simplesmente queria a proteger naquele momento. Até a última bala.

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Levantei rápido e observei ao redor. Tinha muitos deles e vinham de todas as direções, até não acabar mais. E então, mirando a minha frente, eu atirei no cara mais próximo, assim fiz com o segundo. Os dois caíram no chão, gritando pela dor. Me abaixei de volta e olhei para Tris mais uma vez, que já estava recuperando sua consciência novamente. Com as mãos na cabeça e respirando com dificuldade, a mesma gritou até mim.

– QUE DESGRAÇA. A GENTE TEM QUE SAIR DAQUI. – Espiei por cima do balcão. Não tínhamos realmente mais saídas, eram muitos.
– Você consegue andar? – Perguntei a mesma e me preparei para sairmos dali. Ela acenou com a cabeça, mas ao tentar realmente levantar, ela caiu de volta.
– Tá, talvez eu precise da sua ajuda. – Ela estendeu a mão. Eu peguei e logo coloquei seu braço ao redor do pescoço, pegando ao lado de sua cintura e depois indo até o fundo. A porta, que dava passagem a uma nova rua, foi estraçalhada e estava caída pelo solo em pequenas partes. Alguns tiros ainda percorriam em nossa direção, mas por sorte nenhum deles nos atingiram.

Tris agora, corria por conta própria, sem minha ajuda. Já estávamos chegando perto da moto para irmos embora, quando Tris parou olhando para o lado.

– TRIS, A GENTE TEM QUE IR. – Puxo a mesma para a antiga loja. Eu subo na motocicleta, logo sendo seguido por Tris. Já não haviam mais as mesmas pessoas no seguindo, então não perdi a chance e apenas acelerei saindo daquele lugar.

Atrás de mim, Tris estava ofegante e colocava a mão na cabeça, onde sangrava pelo impacto quando tinha caído.

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– Tudo bem? – Digo virando um pouco a cabeça para o lado, olhando a mesma. Ela apenas assentiu, sem dizer nada.

Sua reação estava estranha, parecia meio perdida, preocupada. Mas, não liguei muito. Apenas foquei em tirar nós dois da estrada o mais rápido possível.

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