Robert Kirkman e David Alpert, um dos produtores executivos de The Walking Dead, falam sobre a segunda temporada. Eles estiveram disponíveis para uma breve conversa sobre o trabalho na série durante uma entrevista com a imprensa na Television Critics Association.
Cessão X: O que fez vocês decidirem que querem contar uma história de zumbis a longo prazo? Vocês assistiram a filmes como “Madrugada dos Mortos” e pensaram, “Isso é muito curto?”
Robert Kirkman: Sim, foi exatamente isso que aconteceu. “Para onde essas pessoas vão nesse helicóptero? Onde elas pousam, quem elas encontram, como elas prosseguem?” [Quando os quadrinhos foram criados], não havia nenhum tipo de história sobre zumbis que mantivesse o mesmo elenco de romance a romance, de filme a filme, e você nunca tem uma exploração a longo prazo desse mundo. Isso era o que eu queria enquanto fã, e como escritor você pode fazer algo que você queria enquanto fã, acho isso bom. Acho que isso significa que você terá paixão e fará o projeto muito melhor. Então eu comecei um filme de zumbi que não termina nunca, e isso se tornou The Walking Dead.
CX: E como você se sentu quando se tornou um filme de zumbis composto por múltiplas temporadas?
Kirkman: Sim, isso foi meio impressionante. Quer dizer, é uma coisa ótima. Fico chocado sempre que ouço mais boas notícias envolvendo algo que aconteceu no exterior com The Walking Dead ou alguma novo dado estatística a respeito, ou algum tipo de informação – Quer dizer, é simplesmente um bando de notícias boas advindas dessa série e é algo legal demais.
David Alpert: É ótimo saber que Rick Santorum aprovou The Walking Dead. Estamos muito animados com isso. [Risos]
Kirkman: Não sei nada disso. É verdade?
Alpert: Um grande fã.
Kirkman: Uau. Há (fãs) de todo tipo, eu suponho. [Risos]
Alpert: Isso ultrapassa nossas estatísticas.
CX: Ficou mais fácil ou mais difícil produzir o seriado na segunda temporada? Ou continua do mesmo jeito?
Alpert: De certa maneira, as duas coisas. Eu acho mais fácil porque nós sabemos que os fãs aparecerão. Quando estávamos começando a fazer a série, não tínhamos idéia de que as pessoas iriam gostar tanto quanto nós (gostamos), mas a parte difícil é que agora, as expectativas são muito elevadas, pois [todos] fizeram um grande trabalho na primeira temporada, as pessoas adoraram, então estamos tentando descobrir como continuar, como continuar deixando interessante e fazer novas viradas e coisas nesse gênero.
Kirkman: O mesmo. É um processo difícil. Quero dizer, sou novo no mundo da TV, então ver tudo que vai nele e organizar tudo é meio louco, ver diferentes níveis de trabalhos que são tão bem feitos por tantas pessoas diferentes, mas David está certo. Trata-se de conhecer a audiência que estará lá – isso deixa o fardo mais leve de carregar e ser direcionado a ultrapassar a primeira temporada é uma coisa inspirativa que ajuda os roteiristas e torna o ambiente mais divertido, por causa do que é preciso ultrapassar. Então nós nos divertimos muito na segunda temporada, mas eu estive bem mais envolvido nela, também.
Alpert: Também, fomos testados, então temos uma equipe e um elenco que são incríveis, que estão prontos para tudo. São como fuzileiros navais e sabemos que não há desafios que possamos dar a eles com que eles não sejam capazes de lidar.
CX: Há algo do seriado que faça com que você escreva os quadrinhos diferente, de alguma maneira?
Kirkman: Não, absolutamente. Tenho sorte de que a série de quadrinhos esteja muito mais avançada [em termos de história] que é como se tudo na série televisiva fosse um ‘repensar’ dos primeiros dias dos quadrinhos.
Alpert: Isso ajudou você a encontrar maneiras diferentes de fazer quadrinhos, de maneira geral.
Kirkman: Ah, sim, eu faço outros quadrinhos. Minha experiência na sala dos roteiristas permitiu que eu me apaixonasse pelo processo e tentasse trazê-lo aos quadrinhos, então, criei uma nova série chamada Thief Of Thieves. É muito diferente de The Walking Dead. É uma história sobre o crime organizado mais verossímil, mas está sendo contada segundo o método da sala de roteiristas. Estou trabalhando com vários outros escritores de quadinhos para fazer as histórias juntos, e é bem parecido com a televisão, na qual os roteiristas se separam e cada um escreve o episódio de maneia individual, estamos nos afastando e escrevendo individualmente, e tem sido um processo legal até agora. Vai ser lançado em fevereiro.
CX: Então cada um chega com uma ideia geral e vocês preparam uma obra antológica?
Kirkman: Sim, todo mundo meio que contribui com a história de todo mundo.
CX: Há alguma rede que esteja cogitando transformar Thied Of Thieves em uma possível série?
Kirkman: É totalmente possível. Quem sabe?
Alpert: Acho que deveriam fazer isso.
CX: Há algum personagem da série televisiva de The Walking Dead que esteja especialmente parecido com sua visão original? E há algum que esteja extremamente distante da sua visão original?
Kirkman: Todos dos quadrinhos que tenham aparecido na série tem uma caracterização muito próxima, conforme aparece nos quadrinhos, mas personagens como Daryl [Norman Reedus], Merle Dixon [Michael Rooker] e Morales [Juan Gabriel Pareja], da primeira temporada, são personagens que não apareceram não apareceram nos quadrinhos, foram criados originalmente para a série e não possuem nenhum tipo de relação com os quadrinhos. Mas eu acredito que os que foram adaptados foram adaptados de uma maneira muito próxima. É a história que mudou um pouco dos quadrinhos para a série, mas os personagens em si foram adaptados de modo bastante intacto.
CX: Qual você diria que é a visão do mundo de The Walking Dead? Por exemplo, você diria, “Continue tentando”? ou diria, “O mundo vai se tornar o inferno”, ou “continue tentando ainda que o mundo se torne o inferno?”
Kirkman: Bem, para os personagens, é uma história de sua jornada para tentar e sobreviver e tentar achar algum motivo para prosseguir, então é, de certa forma, um conto esperançoso e inspirativo. Eu gosto de pensar que, se você estiver em casa assistindo a The Walking Dead, é um seriado visceral, muito sombrio, mas se isso relaciona à sua vida, você sempre pode dizer, “Bom, eu não estou realmente feliz com o que está acontecendo no trabalho agora, e meu amigo está sendo um cretino, mas pelo menos não estou sendo perseguido por zumbis.” Então eu gosto de pensar que a série pode ser, de certa forma, edificante em relação a isso.
Alpert: Você não está sendo perseguido por zumbis.
Kirkman: Não.
CX: Vocês fizeram maquiagem de zumbi e participaram de alguma cena?
Kirkman: Não. Eu tenho aquele receio de ver pessoas que reconheço envolvidas em uma produção sem razões. Eu sempre vejo assim, “Oh, isso é ótimo, você entrou no seu próprio filme. É incrível.” Isso simplesmente me tira do projeto, então eu não quero nunca fazer isso.
CX: Mas em The Walking Dead, parece que você poderia ficar irreconhecível com a maquiagem…
Kirkman: Oh, mas é quente e grudento, e quem quer fazer isso? Sou meio preguiçoso.
CX: Há algum aspecto de The Walking Dead que vocês sintam que não recebeu atenção suficiente?
Alpert: Acho que não falamos o bastante sobre humor.
CX: Você tem Thief Of Thieves – algum de vocês tem outro projeto que poderiam falar sobre?
Alpert: Estamos trabalhando no piloto powers para o FX agora. Há muitas coisas que Bob e eu estamos planjeando.
Kirkman: Sempre há coisas em segundo plano e coisas em primeiro plano. Eu gosto de manter em minhas mãos o máximo de coisas possíveis.
CX: Vocês gostam de trabalhar um com o outro?
Alpert: Não gostamos de trabalhar juntos.
Kirkman: É um pesadelo ver esse cara todo dia. Temos uma longa relação de trabalho, acho que o Sr. Alpert e eu realmente nos entendemos, e trabalhamos bem em nossos planos de dominação mundial, e eu acho que isso resultado no fenômeno de The Walking Dead de uma maneira legal, e estive trabalhando muito, então provavelmente não vou chutá-lo para o meio-fio ainda.
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Fonte: AssignmentX
Tradução: Elayne Gonçalves / Staff WalkingDeadBr
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