A partir de hoje vamos estar contando com as reviews do nosso colaborar exclusivo, Átila Rithiery (@tiul). Ele vai estar comentando os últimos lançamentos, tanto dos episódios da série, como as edições da HQ de The Walking Dead. Dando início, fiquem agora com uma super review do episódio de estréia da segunda temporada, “What Lies Ahead”.
Quando a primeira temporada de The Walking Dead terminou, um sabor agridoce permeou a minha experiência com a série. Como leitor das HQ’s, eu esperava alguns acontecimentos que deixaram de acontecer, enquanto fiquei surpreso com outros que nem mesmo existem no material original. Certamente muitos hão de concordar comigo quando digo que a primeira temporada foi demasiado curta, afinal, quando estávamos começando a sentir o sabor, ele foi retirado de nossas mãos. Apesar de alguns erros a primeira temporada mostrou que um grande Drama focado na sobrevivência de pessoas comuns em um Apocalipse Zumbi funcionava, e certamente a expectativa para o segundo ano ficou nas alturas.
Eis que após um ano de espera a Segunda Temporada começa a ser exibida, logo com um episódio duplo com 90 minutos de duração… e não poderia ser melhor! Começando exatamente de onde a temporada anterior havia parado, vemos Rick em um monólogo enviando uma mensagem para Morgan, nessa mensagem ele não só fala dos acontecimentos de outrora como revela um pouco dos seus fantasmas, sua tentativa de não perder a fé, além de relembrar que ele ainda pensa no que Jenner sussurrou em seus ouvidos.
Sem mais delongas vemos o grupo seguindo em sua viagem, desta vez em direção ao Forte Benning, porém logo são forçados a parar, pois um sem-número de carros bloqueia a pista e não há como continuar. Aproveitando a parada o grupo vai se dividindo aos poucos e aqui e ali vão surrupiando coisas necessárias nos outros carros. Uma boa experiência também é ver como coisas que a nós faz parte do cotidiano e que à eles faz muita falta: como na cena em que Shane encontra os garrafões d’água e sem pestanejar derrama um deles inteiro sobre si mesmo, se regozijando… (Não sei vocês, mas como sei que estou assistindo uma série de zumbis, eu sempre fico alerto, mesmo nessas cenas normais em que eles parecem se divertir eu fico esperando que um zumbi surja do nada e ataque alguém!)
Eis que a paz do grupo é logo interrompida, uma manada de zumbis aproxima-se e à eles somente sobra se esconder embaixo dos carros. E é nesta cena que podemos notar como o silêncio é um ponto altíssimo de The Walking Dead. A cena ocorre sem que ninguém fale quase nada, somente vemos suas expressões e mesmo que em alguns pontos os zumbis estejam totalmente mise en scene, podemos sentir aquela angústia que os personagens estão vivendo naquele momento… E neste silêncio todo somos levados a pensar o que sempre pensamos quando os zumbis aparecem: vai dar merda. São vários pontos onde tudo pode desandar. É Andrea sozinha dentro do trailer sem notar a aproximação dos mortos, é T-Dog ferrando com o braço na porta de um carro derramando sangue como se não houvesse amanhã, Sophia que não consegue calar o choro, enquanto sua mãe não só não consegue calar o choro, como Lori tem que enfiar a mão na boca dela para que a mulher não faça mais barulho… E desta maneira é impossível não pensar que alguém ali vai fazer alguma cagada que vai colocar não somente a si mesmo em risco como a todos os outros do grupo. Então uma a uma “as merdas” vão se resolvendo. Um zumbi entra no trailer e passa a perseguir Andrea (que podia ter parado de mexer naquela bosta de arma né?) e com a ajuda de Dale consegue por cabo ao perigo, T-Dog é ajudado por ninguém mais, ninguém menos que Daryl (personagem que cada vez mais estou aprendendo a amar!) desta maneira a manada vai seguindo seu caminho (e terminando uma das melhores cenas deste episódio, quiçá da série toda!) e os personagens podem respirar aliviados… ou não.
Achando que tudo está bem Sophia começa a sair debaixo do carro e passa a ser perseguida por dois zumbis que estavam distante da manada. Rick vai correndo atrás de Sophia para salvá-la dos mortos, enquanto o restante do pessoal fica pra trás verificando se tudo está bem. O policial consegue salvar a menina, mas esta se perde na floresta dando início ao segundo ato do episódio: a busca por Sophia.
Com a manada de zumbis, o episódio logo no começo alcançou um nível de agonia e ação que dificilmente seria superado, e isso fica claro nos minutos que se seguem, o episódio adota um ritmo mais parado e arrastado, mostrando como aquele inferno todo, mesmo nos momentos de paz não deixa de perseguí-los.
Na busca por Sophia, Daryl se mostra um caçador assaz eficiente e ao vê-lo junto de Rick podemos notar como fazem um interessante contra-ponto. Enquanto o policial é o herói perfeito e honrado, Daryl surge como o anti-herói sujo e grosseirão (notem como até mesmo depois de cair na água e enfrentar os zumbis e correr atrás da menina o policial continua limpinho, enquanto Daryl desde o início está com a cara sempre suja e suada), vai ser legal se continuarem mostrando essa diferença gritante entre os dois no decorrer da temporada…
Abandonando o silêncio, os personagens passam a soltar a voz desta vez para botar pra fora suas angústias em cima dos outros. Lori e Shane discutem em todo o momento que estão longe dos ouvidos alheios, e o ex-parceiro de Rick até mesmo passa a adotar uma postura “cuzão” com o Carl que não tem culpa alguma dos acontecimentos de outrora, (aliás, devido a mudança no destino de Shane, eu acredito que esse plot entre Rick, Lori e Shane está se alongando demais e está começando a ficar chato, o que vocês acham?).
Andrea fica puta quando tem sua arma tomada por Dale e este apoiado por Shane não aceita devolvê-la. É então que Andrea cospe na cara do velho tudo o que sente, numa cena deveras tocante (Laurie Holden está arrasando na interpretação), mostrando que a personagem tem suas fragilidades e deixando quem é leitor das HQ’s com a pulga atrás da orelha pensando quando é que ela se tornará aquela mulher forte que adoramos! (Eu pelo menos acho uma das melhores personagens).
Com cenas deliciosamente angustiantes (o que foi aquela dissecação no zumbi? E a barraca abandonada no meio do nada?) e emotivas (como a de Rick voltando ao que disse ao início do episódio e pedindo dentro da Igreja um sinal de fé, algo que continue impulsionando-o como líder) The Walking Dead mostra que voltou com força total, com o exato equilíbrio entre o drama, a ação e o gore. Ainda é cedo para dizer, mas os erros da temporada anterior parece que estão sendo evitados, mas veremos nos episódios que se seguem se o nível da Season Premiere será mantido.
E por fim é incrível notar como o desfecho do episódio se deu por acontecimentos completamente diferentes daquele das HQ’s, mostrando que o que estamos assistindo é uma adaptação e que mesmo quem já leu tudo terá algumas surpresas, mesmo que o final seja semelhante ao material original. E seria este acontecimento do final do episódio o sinal de fé que o Rick tanto queria?
Por Átila Rithiery
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