O Governador começa a falar: David Morrissey fala sobre o desenvolvimento do seu personagem

Irmão contra irmão,” diz ferozmente o Governador. “O vencedor ganha liberdade. Lutem até a morte.

Isso é jeito de governar uma cidade?

A primeira metade da segunda temporada de The Walking Dead terminou com uma cena angustiante: os irmãos caipiras Merle e Daryl foram jogados em um prova sangrenta de lealdade ao Governador enquanto ele mobilizava seu rebanho – os moradores de Woodbury – a incitarem a briga.

Isso foi em Dezembro passado.

As coisas ainda não se acalmaram, pois a série de sucesso retorna para mais oito episódios. O jogo de morte continua. O Governador, interpretado por David Morrissey, é incrivelmente opressivo, até mesmo demente.

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“Com Woodbury, ele construiu um santuário, um lugar seguro no qual a humanidade pode começar de novo,” diz Morrissey. “Mas o lado negativo do poder é como um dente mole para ele. Ele não consegue parar de cutucar o dente com a língua. Há algo bem doloroso nisso, e ele adora.”

Ele parece estar perdendo a sanidade enquanto vê ameaças dentro e fora das muralhas da cidade. Isso fez com que sua lista de inimigos não fosse constituída apenas de zumbis – com seu persistente apetite pela carne humana – mas também de mortais, que são bem menos previsíveis. Isso inclui os refugiados liderados pelo xerife Rick Grimes, que se escondem em uma prisão abandonada ali por perto.

“Você consegue se adaptar à ameaça zumbi, e isso é parte do que é Woodbury. Mas o problema novo que surgiu na terceira temporada são os humanos. Você tem agora duas comunidades de humanos em conflito. Isso é muito mais complicado,” diz Morrissey.

Em outras palavras: o que é mais assustador do que os mortos? Os vivos!

No passado, o Governador exibia um lado mais suave. Seus momentos mais tocantes mostraram suas tentativas desesperadas de tentar continuar conectado com Penny, sua filha morta-viva. Retirando ela da cela em seu apartamento na qual ele a mantinha acorrentada, ele gentilmente escovava seu duro cabelo zumbi em uma cena memorável, enquanto ela rosnava e se agitava.

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Tão estranha quanto pareça, a cena fez bastante sentido para Morrissey.

“Você tem uma criança doente e você está tentando fazer uma coisa rotineira que já não é mais normal,” diz ele. “Havia muita segurança e conforto no passado, e ele estava tentando recriar aquilo.”

Mas no finale de Dezembro, Penny foi morta por Michonne, uma intrusa que tinha o objetivo de matar o Governador.

“Ele perdeu a única coisa pela qual ele vivia,” diz Morrissey, adicionando com um tanto de compreensão, “Agora ele está cheio de raiva.”

O ator de 48 anos de idade transita na direção de personagens complexos, em desordem. Ele é afamado pela minissérie britânica de 2003 States of Play, na qual ele interpreta um justo membro do parlamento que talvez estivesse envolvido em uma série de assassinatos. No mesmo ano, o filme britânico The Deal também estreou Morrissey como o membro do parlamento (e futuro primeiro ministro) Gordon Brown.

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Alguns anos antes, ele interpretou um músico do jazz com ligações com o outro mundo na série britânica Finney. No filme de 2000, Algumas Vozes, ele era o irmão sofredor do esquizofrênico Daniel Craig.

Morrissey abordou o papel do Governador com sua preocupação típica de que o personagem possui muitas facetas e com o desenvolvimento contínuo.

“Eu quis assegurar que ele não virasse um vilão de desenho animado”, disse Morrissey.

Enquanto isso, ele começou a dominar o sotaque obrigatório do sul.

Descrevendo sua feliz infância da classe trabalhadora em Liverpool, Inglaterra – “era um ambiente difícil, mas no bom sentido” – Morrissey fala sobre as conhecidas melodias dos rapazes de Liverpool que formaram a maior banda de rock mundo.

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Ele diz que trabalhou com o mesmo treinador de sotaque de Andrew Lincoln (que interpreta Rick Grimes), um colega britânico. E ele treinou bastante. “Meus filhos ficaram bem entediados comigo lendo historinhas na hora de dormir com o sotaque da Geórgia,” ele diz rindo.

As cenas de Woodbury foram filmadas na ciadade de Senoia, Geórgia, a cerca de 65 quilometros ao sul de Atlanta. Os meses de filmagem fizeram Morrissey ficar longe de sua família – dois filhos de 17 e 8 anos, uma filha de 15 e sua mulher, a novelista Esther Freud (que é a bisneta de Sigmund Freud).

“As pessoas que moram lá são ótimas,” diz, “porque nós bagunçamos suas vidas.” As filmagens da temporada terminaram em Novembro, “e eu tive grandes momentos lá.”

Mas será que o Governador voltará a governar esse comunidade ultra-protegida? Como de costume, Morrissey é cauteloso ao responder essa pergunta: “No contrato, continuarei na série por cinco anos. Mas isso não significa que eu não vou morrer no fim dessa temporada, ou em qualquer outro momento.”

Seja o que for, Morrissey pretende continuar a se arriscar com seus personagens.

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“Eu quero entrar em um trabalho me sentindo meio que em êxtase, e pensando que as coisas TALVEZ não acabem bem,” explica ele, antes de citar Blackpool como exemplo.

Renomeado como Viva Blackpool para exibição americana em 2005, essa foi uma miniserie britânica peculiar na qual ele contracenou com David Tennant, que já interpretou The Doctor em Doctor Who. Morrissey interpretou um pilantra dono de uma galeria na cidade litorânea de Blackpool, Inglaterra, que é soterrada por uma onda de assassinatos.

O que se destaca na série é a inclinação de seus personagens de fazer números de dança e canto que surgem do nada. Pense em Tony Soprano canalizando Elvis. Claramente, ESSE foi um belo risco a correr!

“Eu me lembro que no meio das gravações eles nos mostraram os jornais diários,” diz Morrissey, rindo enquanto lembra. “Então eu e David Tennant caminhamos para longe, entramos no elevador e fechamos a porta. E ficamos meio que ‘Nós NUNCA MAIS arranjaremos emprego!’”

Enquanto isso, Blackpool encantou os espectadores e ganhou prêmios. E suas estrelas com certeza conseguiram trabalhar novamente.

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Fonte: huffingtonpost.com

Jessica Storrer

Estudante de Comunicação, professora de Inglês, staff esporádica e zombie killer nas horas vagas. Tenho pavor de políticos, aspargos e portas giratórias. Sou doente por seriados, pela estrada, por mapas, por Stephen King e por culturas novas.

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