O elenco e os produtores respondem às críticas da segunda temporada

Com o fim da segunda temporada de The Walking Dead – após as mortes de Dale e Shane, a aparição da queridinha do HQ Michonne e da prisão – os fãs estavam em frenesi e agindo como os próprios zumbis com a insaciável fome por mais, mais e MAIS! Durante a primeira fornada de episódios, no outono de 2011, a história era um pouco diferente, com alguns espectadores resmungando sobre o ritmo lento enquanto os sobreviventes andavam pela fazenda e procuravam pela desaparecida Sophia. A recompensa era claramente uma Sophia zumbificada sendo encontrada no celeiro. Com a chegada da terceira temporada, que estreia dia 14 de outubro, a Entertainment Weekly perguntou ao elenco e aos produtores como eles se sentiram sobre as críticas de um ano atrás sobre haver muita conversa fiada e pouco sangue.

NORMAN REEDUS (Daryl Dixon)
“As pessoas vão falar o que tiverem de falar, de qualquer forma. Se nós tivéssemos matado um milhão de zumbis na temporada passada, todos iriam dizer: ‘Não há enredo, eles não conversam o suficiente’. Então foda-se. Eu venho tentando entender Game of Thrones. Não consigo saber se é futuro ou passado, mas aqueles filhos da puta falam o tempo inteiro. Eu vou ficar puto sobre isso ou vou assistir e curtir o programa? Vou assistir e curtir. As pessoas vão falar de qualquer forma. Você tem que conversar para contar uma história, não é um desenho. Essa temporada é mais empolgante, definitivamente. Nós simplesmente estamos falando mais alto.”

STEVEN YEUN (Glenn)
“Você leva isso para o pessoal porque é algo em que você trabalhou muito. E como trabalhou como um grupo, coletivo, você sente como se tivesse dado seu sangue, suor e lágrimas. Mas ao mesmo tempo, você percebe que arte é algo subjetivo. Você aceita o que eles lhe dão e então ri quando eles falam algo como ‘mal posso esperar pela próxima temporada’. Fico emocionado e feliz sobre isso. Nós sabemos como isso se desenrola por estarmos filmando. Então pra mim, sempre foi algo como: espere, espere. Há um plano, estamos todos juntos. Há uma série de controles e sistemas de balanceamento para não deixar algo ir muito por um único caminho. É uma ótima dinâmica de grupo e eu acho que é uma regra para o elenco, a equipe, os roteiristas e os produtores; todo muito entende o que está fazendo. Nós sabemos que não somos perfeitos e, obviamente, a última temporada não foi perfeita. Mas você se ajusta, se mantém coerente. E espera que as pessoas voltem e assistam.”

SARAH WAYNE CALLIES (Lori Grimes)
“Quando aparece uma crítica sobre o andamento etc, eu acho que a série alcança um certo grau de visibilidade que vai gerar comentários negativos, haverá críticas, haverá controvérsias. Acho que o programa é exatamente assim, para ser honesta, se nós não gerarmos um certo número de críticas e controvérsias, provavelmente não estamos assumindo riscos suficientes. Eu não ficaria confortável se a série fosse universalmente aceita. Nós atiramos na cara de crianças. Acho que o ritmo da primeira metade da segunda temporada foi um grande risco criativo porque desaceleramos até chegarmos em uma peça de tablado ao invés de um filme de terror. Acho que esse foi o risco, pra mim valeu muito a pena. A primeira temporada foi muito rápida e curta. Na segunda, tivemos uma chance de realmente investir e explorar os personagens. Acho que o Frank é de fato um escritor – ele não se importa com o que acontece, na minha opinião, como ele se importa com quem está fazendo isso acontecer e porque. Quem se importa com o que acontece a essas pessoas se não a conhecemos intimamente? Acho que aqueles episódios foram muito importantes e também um trampolim”.

ANDREW LINCOLN (Rick Grimes)
“Eu não assisto a série e não leio as críticas. Fico de fora. Tudo que eu sabia era que eles queriam filmar como um filme. Eles sempre quiseram dizer que havia uma grande história para contar e se você se mantivesse por perto, seria recompensado. Essa era a intenção do Frank e do Glen. Eu filmei, então foi como ‘eu sei o que está vindo’. Eu estava fazendo muitas coisas de imprensa na Espanha, e a Espanha dizia “mais zumbi”, e eu tipo “por favor, acredite em mim, tem mais matança de zumbi pra frente”. É claro que queremos encontrar o equilíbrio. Ainda estamos aprendendo o que funciona e o que não funciona. Você pode agradar algumas pessoas por algum tempo e pode agradar a todos por algum tempo. Mas não pode agradar todo mundo o tempo todo. É só preferência e está tudo bem. O que eu continuo falando para as pessoas que falam muito, um grupo muito extremo de pessoas que querem algo muito específico do programa. E eles vão assistir ao programa. E eles vão assistir porque é o extremo – é mais extremista do que qualquer merd* que você já viu. E o que estamos fazendo essa temporada é além de tudo, é muito maluco o que estamos fazendo.”

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LAURIE HOLDEN (Andrea)
“Não é algo do Glen Mazarra e do Frank Darabont. É uma narrativa e eu acho que, antes de tudo, não dá para agradar todo mundo – sempre vai ter um hater. Mas era necessário que se desenvolvesse devagar no começo da história – para se conhecer os personagens, para realmente construir um conflito e então pudéssemos ir rápido e ter esse tornado de ação. Mas não dá pra ser assim o tempo todo. Eu acho que tudo terminou da forma que era esperado.”

ROBERT KIRKMAN (Produtor executivo)
“Eu sei que todos estamos muito orgulhosos da segunda temporada, ficamos muito felizes de como terminou. Acho que quando se vê como um todo, você vê como a primeira metade – que algumas pessoas falam que foi lenta – construiu um bom momento e realmente facilitou o que aconteceu nos últimos episódios que foram mais rápidos.”

GALE ANNE HURD (Produtor executivo)
“Tem que ser colocado sob perspectiva. O número de pessoas que reclamaram foi tão inferior, é um pequeno grupo e nos tentamos aumentar a sua dimensão. Se eles estivessem assim insatisfeitos, teriam parado de acompanhar. Não teriam ficado alertas – já que tivemos uma temporada dividida – em fevereiro quando recomeçamos. Acho que todos têm o direito de reclamar, mas pela maior parte nós não teríamos tido o investimento nos personagens – muitos que nem chegaram até o final da temporada – se não tivéssemos gastando aquele tempo na primeira metade, construindo a dinâmica dos personagens e os conhecendo melhor.”


Fonte: EW
Tradução: Nathalia Melati / Staff WalkingDeadBr

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Rafael Façanha

Zumbi Chefe no The Walking Dead BR. Treinador Pokémon, viciado em Magic, conectado 24 horas por dia e até já fui reconhecido como Wikipédia-Viva de The Walking Dead. Meu mundo é dividido em assistir muitas séries e filmes.

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