Ernest Dickerson, o diretor dos episódios 2 e 3 da 2ª Temporada, compartilha o segredo dele para sobreviver ao ar livre na área rural da Geórgia, explica o que The Walking Dead tem em comum com The Wild Bunch e descreve como está tentando superar a 1ª Temporada. Confira:
P: Qual foi a inspiração para dirigir dois episódios de uma só vez para a 2ª Temporada?
R: Foi a filmagem da rodovia, que seria comum aos dois episódios. Então, sentimos que seria melhor filmar tudo que precisaríamos para os episódios 2 e 3 de uma só vez, porque seria a última vez que o governo nos deixaria bloquear a rodovia. Artisticamente, foi melhor manter tudo junto. Então, em parte do dia filmaríamos para o episódio 2 e em outra parte, filmaríamos cenas para o episódio 3. Foi meio doido manipular os dois ao mesmo tempo, mas parece que funcionou bem. Essas séries são sempre divertidas de se fazer, elas só são difíceis. Nós tínhamos de nos proteger constantemente de cobras e carrapatos e de heras venenosas e carvalho venenoso e todo o tipo de coisas, além de nos preocuparmos constantemente com o clima e com o relevo.
P: Alguma dessas coisas afligiu você?
R: Não, eu fiquei bem mesmo. Minha noiva me deu uma dica muito útil. Disse que sabonete de hortelã-pimenta é uma das melhores coisas pra se usar pra repelir carrapatos e outros tipos de insetos, então usava esse sabonete nos banhos de manhã e de noite e usava o mesmo tipo de shampoo. Normalmente, pernilongos e mosquitos me amam, mas não tive problemas com insetos. Acabou que quem não usou o sabonete de hortelã-pimenta achou carrapatos por toda parte do corpo ao voltar pra casa.
P: Você trabalhou com Spike Lee, e vocês são conhecidos pelas filmagens em áreas urbanas. Como foi filmar na área rural da Geórgia?
R: É, eu fiz todos aqueles filmes em cidades, mas eu sempre fui um estudante de bons filmes de horror. Foi bom voltar ao mato, porque eu costumava acampar bastante quando era mais novo. É interessante filmar na floresta: como qualquer ambiente diferente, você tem que se adaptar. Então, nós só trouxemos nosso material e equipamentos para a floresta e tentamos sobreviver durante o dia.
P: Você disse que uma das suas maiores influências era Alfred Hitchcock. Tem alguma coisa em seu trabalho em The Walking Dead que seja uma reminiscência dele?
R: Bem, Hitchcock foi um grande contador de estórias, principalmente pelo visual de seus filmes. Ele acreditava numa coisa que ele chamava de “cinema puro”, aonde o diálogo é quase supérfluo. E eu tento contar a história tão somente visualmente quanto possível. Para The Walkind Dead, a maior parte da minha influência vem de Faroeste: nossos personagens principais são pioneiros tentando sobreviver num estranho mundo novo, cujas leis eles estão aprendendo a cada dia; é um ambiente hostil e eles estão tentando se agarrar ao que resta de civilização. E é disso que faroeste se trata, especialmente os filmes de John Ford e Sam Peckinpah. The Searchers, The Wild Bunch, esses me influenciaram bastante.
P: Você dirigiu o episódio 5 da última temporada, aonde Andrea tem que matar Amy, que virou zumbi. Há algo de intensidade comparável nesses episódios?
R: Sou muito orgulhoso daquela cena, porque foi lindamente escrita e só funcionou porque Laurie Holden trabalhou muito bem. Eu acho que temos cenas muito boas dessa vez também: teremos a autópsia de um zumbi. Quando estávamos gravando essa cena, eu fiquei pensando se era nojento o suficiente. Eu posso ficar bastante crítico, porque eu sei o que é tudo, e aquilo é só plástico ou borracha, então, está nojento o suficiente? Eu estava realmente tentando ultrapassar o episódio do ano passado, em que Rick e Glenn têm que espalhar as tripas de um zumbi neles mesmos. [risos]
P: Qual foi o aspecto que mais te agradou de estar no set?
R: Eu acho que uma das razões de eu ser um diretor é que, apesar de ter 60 anos, sou uma criança crescida. E torço pra que todos com quem trabalho se sentirem da mesma forma. Honestamente, uma das coisas que eu faço no meu trabalho como diretor é permitir que os atores sintam-se livres para tentar coisas diferentes e trazer características para seus personagens, contanto que condigam com o roteiro. Então eu acho que a criança em mim tenta ter certeza – por mais difícil que seja, porque é difícil – que todos se divirtam trabalhando no set.
P: O que The Walking Dead ensinou a você sobre sobreviver a um apocalipse?
R: Tenha muita comida enlatada, muitas garrafas d’água, sabonete de hortelã-pimenta, e cuide de sua retaguarda. Normalmente, pessoas que não são cuidadosas e não prestam atenção às suas costas são as que são surpreendidas por trás e devoradas por zumbis.
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Fonte: AMC
Tradução: Daniel Lima / Staff WalkingDeadBr
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