The Walking Dead (FOX) volta hoje à noite, às 22hrs (meia noite no horário de Brasília) com muito mais coisas no jogo do que a simples pergunta se Rick e seu grupo vão poder ficar na fazenda de Hershel.
Existe a pergunta de quantos pontos de audiência o seriado vai ter, considerando o longo período de pausa. A AMC dividiu a segunda temporada em duas partes, e o episódio de hoje, “Nebraska”, vai ser o primeiro que vai ao ar desde o dia 27 de Novembro. O longo período fora do ar pode ser uma preocupação ainda menor do que a grande divisão de opiniões sobre a primeira e a segunda parte dessa temporada. Leia as críticas e textos de fãs sobre o acampamento em uma fazenda que é liderada por um veterinário com tolerância zero quando o assunto é matar zumbis, e fica aparente que as pessoas estão amando ou odiando.
Mantendo um nível bem alto de lealdade aos fãs, os seis episódios restantes não vão ser apenas um teste para a AMC. É também um teste para Glen Mazzara, produtor executivo que assumiu o cargo após Frank Darabont ser demitido. No momento em que fez isso, Mazzara ficou em uma situação difícil, que ficou ainda mais complicada após os detalhes de um episódio de Darabont que seria inspirado no filme “Falcão Negro em Perigo” (com a participação de Sam Witwer) foram divulgados na mídia.
Mazzara, que também produziu o aclamado drama da Fox, “The Shield”, assim como produções de menor audiência como “Hawthorne” e “Crash”, parece que tem levado as coisas com calma. “Eu estava falando para uma pessoa, que essa é a primeira vez que eu estou trabalhando em um programa que as pessoas estão assistindo”, ele brincou. “Então eu me sinto muito sortudo”.
Recentemente, durante o evento “Television Critics Association Winter Press Tour”, o editor de TV do IMDB conversou com Mazzara sobre a segunda parte dessa temporada e o caminho que o seriado está tomando, onde ele revelou alguns detalhes sobre os próximos episódios e falou sobre como uma lição que ele aprendeu com os roteiristas do “The Shield” vai influenciar o andamento do programa de agora em diante.
Minha primeira pergunta, é uma forma de esclarecimento: Quanto de criatividade você colocou nos primeiros sete episódios da segunda temporada?
Uma tremenda quantidade de criatividade. Essa é uma pergunta sobre Darabont, certo? Eu escrevi um episódio durante a primeira temporada, e eu cheguei antes de qualquer outro escritor. Eu ajudei a contratá-los. Eu, o substituto de Frank. Mas nós “quebramos” essas histórias e as desenvolvemos, e para isso ficamos semanas trancados em uma sala.
Quando as coisas aconteceram com Frank e eu fui convidado a me tornar o produtor executivo, nós estávamos gravando… Acho que o quarto episódio. Nosso quinto episódio saiu, e o sexto que eu fiz algumas mudanças, somente onde era necessário. O episódio 7 (que foi o Midseason Finale) foi escrito enquanto Frank ainda estava aqui, mas ele nunca fez anotações ou revisões naquilo. Foi um roteiro que eu revisei e coloquei pra ser produzido. E esses episódios que estão por vir, são histórias que eu desenvolvi com os escritores. Então acho que isso está bem esclarecido.
Mas eu vou dizer que eu tive que arrumar esses episódios. Eu sou responsável por toda a edição, pós-edição, música, eu fui responsável por todas as funções de produtor executivo. Então isso resultou em uma enorme influência.
Olha, eu respeito Frank, e fico feliz que ele me quis como substituto… Não vou dizer que éramos parceiros, mas era um esforço de colaboração. Frank colaborava conosco. Mas chegou a um ponto que o material estava estagnado e eu tive que moldá-lo. Isso é normal. Mas no geral, a garota (Sophia) desaparece e depois ela está no celeiro, isso foi desenvolvido com o Frank. Mas na segunda parte da temporada, o trabalho é todo meu.
Posso dizer que, de acordo com o roteiro do sétimo episódio, eu tive sorte de ter um ótimo escritor e um ótimo diretor naquele episódio. Foi como minha “estréia”, isso faz sentido?
Faz muito sentido.
Uma coisa que eu não queria fazer, era uma versão minha do programa de Frank Darabont. Eu queria seguir, e queria honrar o mundo que ele criou, porque é um mundo que eu amo. Mas eu não senti uma obrigação de me tornar Frank Darabont. Isso não seria justo nem comigo e nem com ele.
… A voz do show mudou com o episódio da Midseason Finale. Você já viu? É a minha voz.
Tem muitos artigos e textos em blogs com opiniões fortes sobre essa temporada. Tem pessoas que escreveram críticas boas, e algumas pessoas não foram tão gentis.
E qual é a sua opinião?
Eu gosto do programa. Não teve nenhuma semana em que eu não ficasse ansioso para um episódio novo. Mas tem alguns pontos que parecem que estão em um ciclo sem fim e nunca são resolvidos, e assim os personagens não podem continuar se desenvolvendo. Eu não acho que o problema é a fazenda – isso, na minha opinião – mas para algumas pessoas parece que ficou um episódio “preso” e muita gente pensou que a causa disso fosse um corte no orçamento.
Isso não está certo.
Sim… Para mim, alguns personagens se desenvolveram bastante. Eu gostei de como isso aconteceu com Daryl. Mas o triângulo amoroso entre Lori, Rick e Shane… Chegou a um ponto onde os personagens parecem estáticos, não houveram muitos acontecimentos ou evidências que mostrassem que eles estão se desenvolvendo.
Ok, tudo bem. E como você se sentiu depois de assistir o episódio da Midseason Finale?
O que passou pela minha cabeça foi, “Ok, Rick colocou seu chapéu de volta e agora as coisas vão mudar. Vamos lá.”
Sim. Acho que o Rick ficou meio perdido nos primeiros episódios. Desde que eu me tornei produtor executivo eu estou focando mais em colocar o Rick em evidência. Você pode ver que, no episódio 7, ele que toma a frente e atira na Sophia. A humanidade de Rick é o seu defeito. Agora Rick é o personagem principal de “The Walking Dead”, como ele deve ser. E agora se tornou um personagem mais interessante, eu acho.
Tem uma cena muito, muito interessante vindo, escrita por Evan Reilly.
A cena do bar? Tem muita tensão ali.
Sim, tenho muito orgulho daquela cena. Evan Reilly a escreveu e Clark Johnson dirigiu. Acho que estamos fazendo um trabalho muito melhor nessa segunda parte da temporada, em termos de progresso na história. Tem uma cena muito interessante no próximo episódio entre Rick e Lori. Você vai começar a ver lados dos personagens que você não via antes, e isso vai acontecer nessa segunda parte.
Eu concordo que podemos explorar mais os personagens, e é isso que nós fazemos. Mas nós também vamos aumentar a tensão, a ação, os zumbis. Tudo está a pleno vapor. Essa é a segunda parte da temporada, então durante os 13 episódios nós vamos marcar algumas coisas. Tenho a sorte de ter todos os personagens estabelecidos, então podemos levar as coisas mais pra frente. Eu tenho um bom exemplo, você quer um exemplo?
Por favor.
Tem uma cena em um episódio que você já viu, que Lori confessa ter um caso com Shane para o Rick. Isso era uma coisa que Frank não queria fazer. Ele não queria que isso viesse à tona. Eu achei que isso era um progresso importante na história pessoal dos personagens, assim como o roteiro para encontrar Sophia.
Um dos meus primeiros trabalhos foi em “The Shield”, e eu fiz esse programa por muito tempo. E nós tínhamos uma regra no The Shield: “Continue, continue, queime essa ponte agora e depois a gente descobre como atravessar o rio.” Esse é o lema que eu estou usando para The Walking Dead de agora em diante. Então se as pessoas acham que estamos parados, eu vou dar o que vocês querem. Mas sem ficar parado.
Nessa estréia da segunda parte o desenvolvimento da história fica mais presente. E não tem muita coisa de zumbis, é mais os personagens.
Mas as pessoas querem os zumbis, sabe.
Eu amo as coisas de zumbi! Mas sabe, se você pensar bem, só se passaram algumas horas depois do celeiro…
E agora tem outros sobreviventes pra competir também.
Sim. Duas coisas: primeiro, a fazenda não é mais segura. O mundo de fora vai invadir. Segundo, o episódio acontece logo depois de um ENORME massacre zumbi. Se nós fizermos outro massacre, não vai parecer real. Não vai parecer plausível. Vai parecer um vídeo game.
O que é interessante sobre esse programa é que, se a gente fizer um ataque zumbi, algumas pessoas vão dizer “Ah, é só o ataque zumbi da semana”, e se a gente não faz, as pessoas dizem “Cadê os zumbis?” Não tem como ganhar! (risos)
Mas nós estamos tentando. Estou muito orgulhoso desse episódio. Ele indica o tipo de história que eu quero fazer nessa segunda parte, e acho que nosso melhor material está nesses próximos seis episódios.
Estou ansioso. Por favor, fale um pouco mais sobre o T-Dog.
Quer saber? Eu vou te falar a verdade: T-Dog é um personagem que sofreu porque tem muitos personagens. Ele tem muita coisa legal vindo por aí, cenas muito boas. Eu acho que Irone Singleton fez um trabalho incrível, e só precisamos dar espaço pra ele. Ele é um personagem, e se você prestar atenção, ele não tem muito tempo em cena porque não está ligado a nenhuma grande história, mas mesmo assim ele ganha seu espaço. O T-Dog está se tornando muito interessante.
Às vezes esses personagens menores não tem um desenvolvimento tão rápido. É como o “Ronnie” no “The Shield”. Então estamos aprendendo como escrever para esse personagem.
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Fonte: IMDb
Tradução: @natalia7x / Staff WalkingDeadBr
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